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PORTFOLIO CIENCIAS CONTABEIS 7º SEMESTRE

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6
Sistema de Ensino Presencial Conectado
ciências contábeis
Andressa Joana Rosa Brandão
CAMILLA BARBETA OLIVEIRA 
Cleber Soares da Silva
Elvio Alves Silva
Thiago Moreira de Oliveira
o papel da controladoria na gestão tributária
.
PONTES E LACERDA-MT
2018
Andressa Joana Rosa Brandão
CAMILLA BARBETA OLIVEIRA 
Cleber Soares da Silva
Elvio Alves Silva
Thiago Moreira de Oliveira
o papel da controladoria na gestão tributária
.
Trabalho interdisciplinar apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral no curso de graduação em ciências contábeis.
Orientador:
Agnaldo Pereira,
 
Luis
 Fernando Moreira Cabral da Silva, Vanessa Vilela 
Berbel
, 
Antonio
 Ricardo 
Catanio
,
 
Alcides José da Costa Filho,
 
Paulo Cesar Barbosa e
  
Iohanna
 Alves Rosa.
PONTES E LACERDA-MT
2018.1
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	6
2. DESENVOLVIMENTO.	7
2.1 PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA LEI COMPLEMENTAR 123/2006.	7
2.2 NOVO CÁLCULO DA ALÍQUOTA DO SIMPLES NACIONAL PARA 2018.	11
2.3 CONTROLADORIA E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO.	13
2.4 CONTROLES INTERNOS E AUDITORIA FISCAL.	14
3. CONCLUSÃO	18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	20
1. INTRODUÇÃO
A gestão de custos provém da contabilidade de custos que fornece conceitos e informações necessárias ao entendimento, conforme ressalta Castro et al. (2014, p. 3), “a contabilidade de custos é um instrumento que produz muitas informações para diversos níveis gerenciais das organizações”.
Neste sentido, o objetivo deste trabalho é demonstrar as alterações na Lei Complementar nº 123/2007, uma vez que com a publicação da Lei Complementar nº 155/2016 que começaram a produzir efeitos em 01/01/2018. E também demonstrar o cálculo do simples nacional, já fazendo uso do novo método apresentado na referida Lei. 
Cabe ressaltar ainda, o importante papel da controladoria no planejamento tributário, bem como a importância dos controles internos e da auditoria fiscal, Pois a ênfase no cumprimento voluntário da obrigação tributária, decorrente da percepção do risco do não cumprimento, por parte dos sujeitos passivos, está intimamente ligada com uma estrutura organizacional ágil, tecnologicamente avançada e com alto grau de especialização na execução de auditorias fiscais.
Dessa forma o presente trabalho será estruturado em três seções: a primeira será esta introdução, seguida do desenvolvimento que tratará sobre a resolução da situação-problema apontada, finalizando com as considerações finais.
2. DESENVOLVIMENTO.
2.1 PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA LEI COMPLEMENTAR 123/2006.
O Simples Nacional (Sistema integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), conforme Fabretti (2011, pág. 139) é uma forma de tributação que visa o benefício das microempresas e empresas de pequeno porte nele enquadradas, instituído pela Lei Complementar n° 123/2006, ele reduz a burocracia e as obrigações da empresa unificando vários impostos e contribuições por meio do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional). 
Assim, serão apresentadas as alterações sofridas na definição, quanto à forma de tributação, os novos anexos, as atividades e seus anexos, tanto as que não foram alteradas como as realocadas para os Anexos I a V, as vedações, o acesso aos mercados interno e externo e ao estímulo ao crédito e à capitalização.
Dentre as mudanças que ocorreram, uma das mais nítidas é a presente no art. 3º, que foi na definição de empresa de pequeno porte, pois a partir de 01/01/2018, que altera o faturamento das empresas de pequeno porte, passando a definir como empresas de pequeno porte aquelas que tenham obtido ganho no ano calendário de receita bruta maior que R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).
Segundo a Lei, a definição de Micro Empresa (ME) permaneceu inalterada, vejamos:
Art. 3º. Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais)
II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais). 
Porém, para fins de recolhimento de ICMS e ISS conforme o art. 13-A inciso II desta lei foi estabelecido um limite máximo de faturamento de R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) as empresas que ultrapassarem este valor terão de pagar estes dois impostos ICMS e ISS através do através da majoração de alíquota, vejamos abaixo:
§ 17. Na hipótese do § 13 do art. 3°, a parcela de receita bruta que exceder os montantes determinados no § 11 daquele artigo estará sujeita, em relação aos percentuais aplicáveis ao ICMS e ao ISS, às alíquotas máximas correspondentes a essas faixas previstas nos Anexos I a V desta Lei Complementar, proporcionalmente, conforme o caso.
Outra modificação ocorrida foi na abrangência do regime, as ME e EPP optante pelo Simples Nacional que contratar parceria para realização de atividade, os valores repassados aos profissionais não integrarão a receita bruta da empresa contratante para fins de tributação, cabendo ao contratante a retenção e o recolhimento dos tributos devidos pelo contratado. 
Essa parceria está relacionada aos profissionais mencionados na Lei nº 12.592/2012 que dispõe sobre o exercício das atividades profissionais de cabeleireiro, barbeiro, esteticista, manicure, pedicure, depilador e maquiador. Ante esse cenário, mencionamos que a partir de 01 de janeiro de 2018 os microempreendedores individuais, de acordo com a Lei Complementar nº 155/2016 alterando o art. 18-A da Lei Complementar n° 123/2006 dispôs em seu parágrafo primeiro e segundo que é caracterizado Microempreendedor aquele que esteja conforme o art. 966 do Código Civil Lei n° 10.406/2002 ou aquele que exerça as atividades relacionadas à indústria, comércio, prestação de serviços na área rural e que tenha um ganho de receita bruta anual que não exceda R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais) ou R$ 6.750,00 (seis mil setecentos e cinquenta reais) por mês. 
Segundo o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (2006), existem situações em que as entidades não podem ser optantes pelo Simples Nacional, em relação a atividades exploradas, houve alteração quanto à produção ou venda no atacado das bebidas alcoólicas que passaram a ser permitidas no regime, conforme o item 4.1. do Art. 17-A, inciso X, letra “b”: 
A partir de 01/01/2018, a atividade de produção e venda no atacado de bebidas alcoólicas não está vedada, quando for praticada por: micro e pequenas cervejarias, micro e pequenas vinícolas, produtores de licores e micro e pequenas destilarias. 
As Micro Empresas e Empresas de Pequeno Porte optantes pelo Simples Nacional deverão impreterivelmente ser registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e obedecerão também à regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da Secretaria da Receita Federal do Brasil quanto á produção e à comercialização de bebidas alcoólicas.
Outra alteração bem marcante foi à alteração ocorrida no cálculo do imposto e nos Anexos. Até 31/12/2017, para calcular o DAS era necessário determinar a base de cálculo e a alíquota do imposto mediante a utilização dos anexos que eram seis no total e estavam relacionados ao tipo de atividadeorganizados por faixas de faturamento. As tabelas de anexos do Simples Nacional agora serão apenas cinco. Essa alteração exclui o anexo VI que relacionava receitas provenientes de prestações de serviços por meio das atividades de medicina, medicina veterinária, odontologia, psicologia, arquitetura, dentre outras, presentes no art. 18, parágrafo 5º-I da LC n° 123/2006.
A partir de 01/01/2018, o valor do DAS passará a ser tributado com base na tabela do anexo V. Desta forma, ocorreu um ajuste que causou redução das faixas de faturamento de cada um dos Anexos que antes possuíam cada um vinte faixas de faturamento e agora passaram a ter seis faixas de faturamento. Com exceção das atividades de arquitetura e urbanismo, medicina, odontologia, psicologia, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de nutrição e bancos de leite que serão abrangidas pelo anexo III, que terá todas as suas atividades modificadas para o anexo V.
No que se refere as alíquotas são classificadas como nominal e efetiva, onde a nominal: são as alíquotas que constam nos anexos I a V e a efetiva é a alíquota resultante do cálculo envolvendo a receita bruta auferida no período de apuração será multiplicada pela alíquota determinada nos anexos e subtraída pela parcela dedutível e depois dividida pela receita bruta dos últimos 12 (doze) meses, o resultado do cálculo é a alíquota que será usada no período de apuração, permanecendo que em caso de início de atividade o cálculo deve ser proporcional a quantia de meses em que a empresa esteve em atividade no período.
Nas mudanças de acesso aos mercados, trazida pela Lei Complementar nº 155/2016 foi no acesso ao mercado interno, o Art. 42 dispõe:
Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal e trabalhista das microempresas e das empresas de pequeno porte somente será exigida para efeito de assinatura do contrato. 
Assim para a apresentação de certidões negativas para comprovar sua regularidade fiscal e trabalhista, só é obrigatória no ato de assinatura do contrato e caso não aja regularidade com a documentação apresentada, haverá um prazo de 5 dias úteis para regularização do documento:
§ 1º  Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal e trabalhista, será assegurado o prazo de cinco dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao momento em que o proponente for declarado vencedor do certame, prorrogável por igual período, a critério da administração pública, para regularização da documentação, para pagamento ou parcelamento do débito e para emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa. 
Sobre o acesso ao mercado externo de acordo com o parágrafo único do Art. 49, houve simplificação para trabalhar com importação e exportação, de modo que as empresas prestadoras de serviço de logística internacional, quando contratadas pelas ME e EPP, realização suas atividades de forma simplificada e por meio eletrônico:
Parágrafo único.  As pessoas jurídicas prestadoras de serviço de logística internacional, quando contratadas pelas empresas descritas nesta Lei Complementar, estão autorizadas a realizar atividades relativas a licenciamento administrativo, despacho aduaneiro, consolidação e desconsolidação de carga e a contratar seguro, câmbio, transporte e armazenagem de mercadorias, objeto da prestação do serviço, de forma simplificada e por meio eletrônico, na forma de regulamento.
Já referente ao estímulo ao crédito e à capitalização, o Art. 58, inclui nas linhas de credito para as ME e EPP, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, vejamos: 
Os bancos comerciais públicos e os bancos múltiplos públicos com carteira comercial, a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social BNDES manterão linhas de crédito específicas para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, vinculadas à reciprocidade social, devendo o montante disponível e suas condições de acesso ser expressos nos respectivos orçamentos e amplamente divulgados. 
O referido artigo acrescenta ainda sobre a regulamentação de percentual dos recursos que não serão recolhidos, desde que tenham sido reaplicados em financiamentos à agricultura, sob juros favorecidos e outras condições por ele fixadas:
§ 4o  O Conselho Monetário Nacional CMN regulamentará o percentual mínimo de direcionamento dos recursos de que trata o caput, inclusive no tocante aos recursos de que trata a alínea b do inciso III do art. 10 da Lei no 4.595, de 31 de dezembro de 1964.
2.2 NOVO CÁLCULO DA ALÍQUOTA DO SIMPLES NACIONAL PARA 2018.
A partir da receita bruta auferida no período de apuração será multiplicada pela alíquota determinada nos anexos e subtraída pela parcela dedutível e depois dividida pela receita bruta dos últimos 12 (doze) meses, o resultado do cálculo é a alíquota que será usada no período de apuração, permanecendo que em caso de início de atividade o cálculo deve ser proporcional a quantia de meses em que a empresa esteve em atividade no período.
Baseado nas informações repassadas pela Empresa FOX, verificou-se que a empresa em questão é do ramo industrial e tem como Receita Bruta Acumulada o valor de R$ 2.845.333,17, com um faturamento mensal de R$ 312.769,45, E sua atividade é Industria de alimentos, portanto elas se enquadrada no Anexo II da Lei Complementar na 5ª faixa:
	Receita Bruta em 12 Meses (em RS)
	Alíquota
	Valor a Deduzir (em RS)
	5ª Faixa
	180.000,01 a 3.600.000,00
	14,70%
	85.500,00
Quadro 1 – Enquadramento da empresa
Fonte: Lei Complementar nº 123/2006
Portanto, com base na nova forma de calcular, vejamos:
O valor devido mensalmente pela microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional será determinado mediante aplicação das alíquotas efetivas, calculadas a partir das alíquotas nominais constantes das tabelas dos Anexos I a V da Lei Complementar 123/2006. Após encontrar a alíquota efetiva deverá ser aplicada no faturamento mensal e assim encontrar o valor do imposto devido:
Assim, o valor do imposto devido é de R$ 36.578,64 (Trinta e Seis Mil Quinhentos e Setenta e Oito Reais e Sessenta e Quatro Centavos), e segundo a tabela do Anexo II da Lei, podemos dividir os percentuais dos impostos federais:
	FAIXAS
	REPARTIÇÃO DOS TRIBUTOS
	
	IRPJ
	CSLL
	COFINS
	PIS/PASEP
	CPP
	IPI
	ICMS
	5ª Faixa
	5,50% 
	3,50% 
	11,51% 
	2,49% 
	37,50% 
	7,50% 
	32,00%
Quadro 2 – Repartição dos tributos em percentuais
Fonte: Lei Complementar nº 123/2006
Vejamos abaixo a repartição dos tributos em valores:
	 SIMPLES
	REPARTIÇÃO DOS TRIBUTOS
	
	IRPJ
	CSLL
	COFINS
	PIS/PASEP
	CPP
	IPI
	ICMS
	36.578,64
	R$ 2.011,8252
	R$ 1.280,2524
	4.210,201464
	R$ 910,808136
	R$13.716,99
	2.743,398
	11.705,1648
Quadro 3 – Repartição dos tributos em valores
Fonte: Os autores (2018)
2.3 CONTROLADORIA E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO.
De início que a controladoria é um sistema de informações, onde há entrada de dados que são processados tornando-se em informações úteis que ajudarão na tomada de decisão do empreendimento.
No que se refere ao planejamento tributário, diante da perspectiva econômica atual o planejamento tributário tornou-se uma ferramenta de grande necessidade para todos os contribuintes, pessoas físicas ou jurídicas, na busca de um maior conhecimento da situação de cada, com a finalidade primeira de planejar seus negócios no sentido de diminuir custos e reduzir a possibilidade de surpresas desagradáveis. Ele consiste em uma técnica que visa avaliar até que pontos as operações industriais, os negócios mercantis e as prestações de serviços são impulsionadores das obrigações e dos encargos tributários inseridos em cada uma das respectivas alternativas legais pertinentes.
Neste sentido, Cury L. et. al (2011) defini planejamento tributário como uma forma legal de reduzir a carga tributária através do conhecimento técnico da legislação fiscal e do bom sensodos gestores da empresa. Fabretti (2006) ratifica esse conceito definindo planejamento tributário como um estudo prévio dos efeitos jurídicos e econômicos gerados pelo acontecimento dos fatos administrativos, buscando meios lícitos que sejam menos onerosos, exigindo bom senso do executor.
A controladoria vem ganhando espaço dentro das organizações devido à alta necessidade de controle que os gestores necessitam para competir no mercado, já que este está em constante mudança. Segundo Oliveira (1998, p.19), um setor de controladoria bem organizado é capaz de melhorar o desempenho dos gestores e da eficácia e eficiência das unidades através de atividades como o monitoramento dos controles gerenciais e apontamento de possíveis deficiências em setores específicos. Com as deficiências encontradas fica mais fácil para cada setor isolar o problema e criar medidas preventivas para sanar o mesmo: 
Os modernos conceitos de administração e gerência entendem, por sua vez, que uma controladoria eficiente e eficaz deve estar capacitada a organizar e reportar dados e informações relevantes e exercer uma força capaz de influir nas decisões dos gestores da entidade (OLIVEIRA, 1998, p.19).
Desse modo, é atribuído Controladoria, variadas funções, como por exemplo, há quem atribua à controladoria duas funções básicas: supervisionar a contabilidade em todos os seus aspectos e aplicar as informações coletadas na mesma na resolução de problemas administrativos futuros. E ainda de acordo com Oliveira (1998, p.20), o desempenho gerencial está diretamente ligado à busca do crescimento e do sucesso da entidade, que por sua vez está definido em sua missão e nos objetivos almejados, destacando entre esses a obtenção de lucro.
Assim, como os investidores buscaram a realização de um planejamento tributário antes de iniciar a abertura do empreendimento é importante que também ao definir a estrutura organizacional da empresa, seja criado um setor de controladoria com objetivo de traçar ações para realização do planejamento tributário e gestão. 
2.4 CONTROLES INTERNOS E AUDITORIA FISCAL.
Para o estabelecimento de metas e objetivos, as empresas adotam ações que aumentam a probabilidade de que estas sejam alcançadas, com isto, chega-se ao entendimento sobre controle interno, que abrange a alta administração e os níveis gerenciais apropriados. Crepaldi (2008) ainda ressalta que, “o bom desempenho do sistema de controles internos torna fácil a percepção do ganho que a empresa poderá ter, além das demais vantagens do regimento, tornando mais confiáveis os procedimentos adotados e as informações geradas”.
Podemos observar também que de acordo com o Portal de auditoria, os controles internos podem ser definidos como:
Planejamento organizacional e todos os métodos e procedimentos adotados dentro de uma empresa, a fim de salvaguardar seus ativos, verificar a adequação e o suporte dos dados contábeis, promover a eficiência operacional e encorajar a aderência às políticas definidas pela direção, com o objetivo de evitar FRAUDES, ERROS, INEFICIÊNCIAS e CRISES nas empresas.
Corroborando com este conceito temos a Resolução n° 321/72, do Conselho Federal de Contabilidade, dispõe o seguinte:
Sistema Contábil e Controle Interno O controle interno compreende o plano de organização e o conjunto coordenado dos métodos e medidas, adotados pela empresa, para proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e o grau de confiança de seus dados contábeis, bem como promover a eficiência operacional.
O Instituto de Auditores Internos do Brasil, Audibra (1992, p.48), registra:
(...) controles internos devem ser entendidos como qualquer ação tomada pela administração (assim compreendida tanto a Alta Administração como os níveis gerenciais apropriados) para aumentar a probabilidade de que os objetivos e metas estabelecidos sejam atingidos. A Alta Administração e a gerência planejam, organizam, dirigem e controlam o desempenho de maneira a possibilitar uma razoável certeza de realização.
Assim, é importante ressaltar que o controle interno não é necessariamente um complexo sistema de rotinas e procedimentos burocráticos que necessite ser implementado exatamente como indicado nos livros e normas, para que funcione de modo satisfatório. A filosofia do administrador irá determinar a capacidade de implantar sistemas de controle que apresentem condições favoráveis para a empresa, atendendo suas particularidades.
A partir do conceito de controle interno, pode-se estabelecer uma distinção entre controles contábeis e controles administrativos segundo Attie (1985, p.61):
Controles Contábeis compreendem o plano de organização e todos os métodos e procedimentos relacionados com a salvaguarda do patrimônio da propriedade dos registros contábeis”.
“Controles Administrativos – compreendem o plano de organização, bem como os métodos e procedimentos relacionados com a eficiência das operações, voltadas para a política de negócios da empresa e, indiretamente, com os registros financeiros.
Um bom sistema contábil de informação deve ser um conjunto articulado de dados, ajustes e relatórios que permitam tratar as informações de natureza repetitiva com o máximo possível de relevância e o mínimo de custos. E também fornecer relatórios para finalidades específicas e que atendam às necessidades dos gestores da empresa.
Assim, uma das técnicas mais utilizadas pela auditoria é o controle interno, como foi verificado neste artigo, institui um balizador para a contabilidade, no intuito de evitar o abuso de poder, os erros, as fraudes e principalmente a ineficiência.
Posto isso, o auditor deve efetuar o levantamento do sistema contábil e do controle interno da empresa, avaliar o grau de segurança por' eles proporcionados e, com base nesses elementos, estabelecer a natureza, a extensão e a profundidade dos procedimentos de auditoria, assim como o momento apropriado de sua aplicação.
Auditoria é um exame sistemático independente das atividades desenvolvidas em empresa ou setor revisando as demonstrações financeiras, através de um sistema financeiro que registras as transações e operações de uma entidade. De acordo com Hoog e Carlin (2011, p. 52):
a auditoria contábil é uma opinião da validade das informações contábeis, relativas ao exercício da sociedade empresária, assegurando a credibilidade das informações das peças contábeis e a integridade do patrimônio, visando a minimização de riscos (...), através de técnicas específicas.
Para Guimaraes (1998), a auditoria fiscal tem como principal objetivo a verificação do cumprimento da legislação fiscal e sua correspondência nas demonstrações financeiras, logo a auditoria fiscal pode ser considerada uma parte da auditoria financeira, pois visa verificar se as demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as características qualitativas da informação contábil e se não contém erros que possam influenciar no resultado fiscal e consequentemente no pagamento dos tributos ao governo.
Já Crepaldi (2012, p. 14) diz que ela tem o objetivo de examinar e avaliar o planejamento, “eficiência e eficácia dos procedimentos e controles adotados para a operação, pagamento e recuperação de impostos, taxas e quaisquer outros ônus de natureza fisco-tributária que incidam nas operações, bens e documentos da empresa”.
Existem dois tipos de auditoria fiscal, conforme demonstrado na tabela abaixo:
	TIPOS DE AUDITORIA FISCAL
	AUDITORIA INTERNA
	AUDITORIA EXTERNA
	PRINCIPAIS DIFERENÇAS
	Realizada pela própria empresa;
Tem caráter preventivo;
	Realizada pelos agentes da Receita Federal;
	Busca de detectar fraudes internas;
Processo mais amplo, não se restringe a investigações contábeis ou financeiras;
	Processo restrito as apurações dos impostos e demonstrações fiscais e contábeis; 
	Revisão de processos internos, políticas e regimentos. 
	Objetiva validar os dados financeiros, patrimoniais e contábeis de um determinado período, assegurando proteção aos ativos da entidade.
Quadro 4 – Tiposde Auditoria Fiscal
Fonte: Os autores (2018)
Logo acima entende-se auditoria fiscal como o ramo da auditoria especializada na verificação da exatidão dos registros contábeis tributários. E que ela é de suma importância, haja vista que é uma ferramenta que ajuda a administração, realizando um exame na situação fiscal, verificando a falta de cumprimento de normas, ou ainda omissões e inexatidões, garantindo que os controles e rotinas fiscais sejam fielmente executados e que os dados e informações contábeis correspondam às normas fiscais.
3. CONCLUSÃO
Com o surgimento da Contabilidade de Custos, os empreendimentos identificaram e reconheceram a importância desta ciência para gestão dos seus negócios, uma vez que ela auxiliava com o fornecimento de informações importantes para tomar decisões de por quanto vender? Quanto custou o produto? Qual fator do processo produtivo está encarecendo o produto?, etc... (WEB AULA UNOPAR, CONTABILIDADE DE CUSTOS, 2018).
Dentre as atividades desempenhadas pela contabilidade no auxílio a uma melhor gestão, temos o planejamento tributário, o qual é uma ferramenta orientada para a prática diária das empresas, que força os empreendedores a terem controle das suas tarefas e a adotarem medidas eficazes para atenuar e administrar o montante de tributos a serem pagos. 
Juntamente com a utilização dos controles internos e a auditoria fiscal que torna-se de suma importância diante a altíssima carga tributária que temos em nosso país. Além do que, a controladoria é considerada um órgão administrativo, que tem como principal função o fornecimento de informações aos demais departamentos. 
Com isso, um dos objetivos do trabalho foi mostrar o papel da controladoria dentro da empresa analisada, bem como as empresas em geral, sendo a controladoria uma das principais fontes de informações e como estas são usadas pela administração na tomada de decisões assertivas, e destacando ainda suas principais funções quando esta trabalha em conjunto com outros setores. 
Por fim, conclui-se que as alterações na Lei Complementar n.º 155, quanto a Lei Complementar n.º 123, que entraram em vigor a partir de 1º de janeiro de 2018, tiveram significativa importância para as empresas que se enquadram no Simples Nacional, como por exemplo a entrada de novas atividades, novos limites de faturamento e redutor da receita, além de alterações nas alíquotas. 
Para enquadrar a sua empresa no Simples Nacional, é preciso ter conhecimento dos novos tetos de faturamento, entender os percentuais de impostos e fazer os cálculos, para optar pelo regime tributário mais vantajoso para a organização.
. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AUDIBRA – Instituto dos Auditores Internos do Brasil. Normas brasileiras
para o exercício da auditoria interna. 2. ed. São Paulo: Audibra, 1992.
BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade, Resolução n° 321/72.
_______. Lei Complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm>. Acesso em: 20.Abr.2018.
CURY, Lacordaire Kemel Pimenta. et.al. Planejamento tributário. Revista CEPPG, Catalão, Ano XIV, nº 25 – 2/2011, p. 184 a 196.
FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade Tributária. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Contabilidade gerencial: teoria e prática. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
_________. Sílvio Aparecido. Auditoria Contábil – Teoria e Prática. 8ª ed. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2012.
FABRETTI, Láudio Camargo. Prática Tributária da Micro, Pequena e Média Empresa. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
GUIMARAES, Joaquim Fernando da Cunha. 1998. Auditoria Fiscal – Revista de Contabilidade e Comercio nº 117.
HOOG, Wilson Alberto Zappa; CARLIN, Everson Luiz Breda. Manual de Auditoria
Contábil – Teoria e Prática. Curitiba: Juruá Editora, 2011. 
OLIVEIRA, Luis Martins de. Controladoria: conceitos e aplicações. São Paulo: Futura, 1998.
PORTAL DA AUDITORIA. 2018. Controles Internos. Disponível em: < https://portaldeauditoria.com.br/controle-interno>. Acesso em: 20.Abr.2018.
WEB AULA 1, GESTÃO DE CUSTOS. UNOPAR. 2018.

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