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Fichamento A história dos quilombos na capitania de Goiás História do Brasil 1

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Fichamento - História do Brasil 1
REIS, João José; GOMES, Flávio dos Santos (orgs.). Liberdade por um fio: História dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. 
Os quilombos do ouro na capitania de Goiás
Autora – Mary Karasch
1. Biografia do autor e obras:
2. Resumo:
3. Identificar os objetivos principais: listá-los em forma de citação.
a)- Assim este ensaio tratará principalmente dos quilombos que puderam ser identificados no século XVIII, lançando mão daqueles foi tipos de registros – Pg. 240.
4. Identificação do tema: o tema não é o problema ou o objetivo do texto, mas o assunto que está sendo tratado. Por isso é só listar os temas principais abordados pelo (s) autor/es.
5. Tese (s) do autor (es): nem sempre a tese está explicita, nem mesmo no início do texto; ela pode estar nas entrelinhas ou no final do texto.
a)- Teoria – Um a história definitiva dos quilombos na capitania de Goiás fica para ser pesquisada por meio de uma combinação entre antropologia, arqueologia e história oral – Pg. 240.
b)- O que fica sugerido aqui neste breve apanhado é que o fenômeno do quilombo foi importante para o desenvolvimento de comunidades negras autônomas em Goiás, que se auto-sustentavam por meio da mineração do ouro e do cultivo de alimentos – Pg. 240.
c)- Acreditamos que vieram a desempenhar um importante papel na formação das comunidades camponesas livres nos atuais estados de Goiás e Tocantins – Pg. 241.
6. Ideias
a)- A história oficial dos quilombos de Goiás pode ter começado com um bando em 1727 que, segundo Gilka Salles, ameaçava punir com açoites “os africanos que em fuga se abrigavam junto a outros moradores e intimidava com multa a quem não lhes denunciasse a fuga. É improvável, no entanto, que a década de 1720 marcasse o início do quilombismo em Goiás porque os escravos indígenas já fugiam no século XVII, e nós acreditamos que africados fugidos do Maranhão, Bahia e Pernambuco percorreram a rota do serão com destino ao norte e nordeste de Goiás – Pg. 240.
b)- Base documental – Os quilombos que podem ser identificados por meio de documentos e traduções locais datam, em grande parte, do século XVIII, embora alguns continuassem a existir no século XIX e uns poucos permanecessem isolados até o século XX – Pg. 240.
c)- [...] os quilombolas do século XVIII eram escravos garimpeiros em fuga que continuavam a praticar seu ofício escondidos em montanhas remotas. Suspeitamos que trocavam seu ouro por mercadorias do que precisavam em seus esconderijos, tais como armas, munição, cachaça e tecidos – Pg. 240-241.
d)- Pode-se no entanto documentar que esses fugitivos trocaram outro por cartas de alforria. A procura de importantes veios auríferos para comprar a liberdade levou alguns deles a descobrirem importantes veios auríferos, dos quais os luso-brasileiros depois se apropriaram. Os quilombolas então contribuíram para a descoberta e exploração da riqueza mineral na capitania de Goiás – Pg. 241.
e)- A capitania de Goiás era um local ideal para a formação de quilombos. Afastada dos centros administrativos portugueses do litoral, a capitania estava distante das forças coloniais militares responsáveis pela destruição de quilombos – Pg. 241.
f)- Uma segunda vantagem desses quilombolas no século XVIII foi a capitania possuir uma população esparsa, especialmente de brancos. Afinal, revoltas escravas e quilombos costumavam ocorrer com mais frequência quando os escravos, especialmente africanos, superavam numericamente os senhores – Pg. 241.
g)- No século XVIII, os africanos eram comumente importados para trabalhar nas minas de ouro de Goiás e para lá viajavam em comboios que partiam de Salvador e do Rio e Janeiro. No início do século XIX, os africanos se dividiam em duas grandes “nações”, minas e angolas, porém identidades étnicas mais específicas sobrevivem nos documentos do final do século XVIII e início do XIX – Pg. 242.
h)- O segundo maior grupo de fugitivos de Goiás era dos indígenas escravizados como cativos de guerra, que procuravam escapar na primeira oportunidade que tivessem. Estre os índios que fugiam de bandeiras paulistas estavam os carijós, de língua tupi, que buscavam refúgio no vale do rio Tocantins na década de 1720 e que se tornariam inimigos implacáveis dos colonizadores e seus escravos – Pg. 244.
i)- Enquanto as mulheres e crianças eram vigiadas de perto nas casas dos colonos e as mulheres eram forçadas a viver com os senhores como concubinas e domésticas, ou a cultivar alimentos nas fazendas, os homens eram levados a campos isolados de mineração e fazendas de gado ou alocados no trabalho em grandes engenhos de açúcar – Pg. 244.
i)- O último fator favorecendo a formação dos quilombos era o tipo de terreno de Goiás e Tocantins. Embora muitas regiões do Brasil oferecessem refúgios idieais para os quilombolas, a capitania de Goiás deve ser considerada entre as melhores para esse fim pela inacessibilidade de seus esconderijos naturais – Pg. 244.
j)- Os montes Pireneus, atrás de Meia Ponta (hoje Pirenópolis), a serra Dourada perto de Vila Boa, e as chapadas perto de Arraias ofereciam possibilidades sem limites de refúgio [...] Assim, os escravos tinham disponíveis florestas densas, montanhas inexploradas, cerrados espinhosos, manguezais infestados por mosquitos, ilhas escondidas, inúmeros rios e muita distância dos brancos – tinham, enfim, locais onde levantar quilombos e viver em liberdade – Pg. 245.
k)- Algumas vezes o grupo de escravos garimpeiros não ficava muito tempo aquilombado porque descobrira ouro, negociava o retorno para seus proprietários e comprava deles a alforria. Assim, os quilombos de Goiás eram geralmente grupos transitórios, sem continuidade territorial ou temporal – Pg. 245.
l)- Os escravos fugiam para os quilombos por muitas razões. Embora não tenhamos o testemunho dos quilombolas, as autoridade coloniais responsáveis por resolver o problema das constantes fugas de africanos e índios escravizados geralmente acusavam os senhores de os maltratarem. Na década de 1750, vários funcionários da Coroa acusaram os proprietários de não alimentá-los nem vesti-los adequadamente e de sujeita-los a “bárbaros castigos” – Pg. 245.
A geografia dos quilombos
a)- Seu medo [d. General Marcos de Noronha (1749-1755), e o medo de outros governadores coloniais era de que os quilombolas assaltassem os comboios de ouro ou interrompessem sua produção com assaltos a tropeiros e mineiros – Pg. 246.
b)- Quando os índios (os Apinajé?) os capturaram, cortaram-lhes as cabeças e em seguida as expuseram suspensas em postes fincados nas margens do rio – Pg. 246-247.
c)- Os índios tinham fugido para o mato porque achavam que uma expedição chefiada pelo tenente-coronel Venceslau Gomes da Silva “trazia ordens para os degolar”. Talvez essa breve referência indicasse a existência de laços entre os jesuítas, índios e quilombolas nas imediações de São Félix e de Duro – Pg. 247.
d)- Crixás era uma das mais ricas povoações mineiras do século XVIII e em suas lavras trabalhavam muitos escravos, razão por que figura destacadamente nas listas de vilas ameaçadas por quilombos. Mas até agora pouco se sabe sobre quilombos perto daquela povoação mineira – Pg. 251.
As forças de repressão
a)- Base documental – Outras informações sobre o fenômeno dos quilombos podem ser obtidas a partir de um estudo das forças militares e indígenas que procuravam destruí-los e de outras dificuldades enfrentadas pelos quilombolas – Pg. 253
b)- Em primeiro lugar, o mesmo ecossistema que os protegia também os ameaçava. No “tempo das águas” chovia torrencialmente, formando grandes alagadiços, o que provocava praga de mosquitos – Pg. 253.
c)- As bandeiras eram de dois tipos: aquelas organizadas pelo governo da capitania de Goiás ou de uma capitania vizinha e aquelas formadas por senhores de escravos locais que tentavam recapturar seus escravos fugidos ou obter novos cativos – Pg. 254.
d)- As fontes até agora consultadas sugerem que,embora os quilombos de Goiás fossem numerosos, os quilombolas não o eram, ou as bandeiras fracassaram em capturar todos os habitantes dos quilombos maiores – Pg. 254.
e)- Além dos bandeirantes que caçavam quilombolas, os governadores das capitanias também nomeavam capitães-do-mato. Em 1750, o governador de Goiás instruiu o sargento-mor de Meia ponte a formar “uma companhia de dezoito ou vinte capitães-do-mato”, chefiados por um cabo, e encarrega-los de patrulhar estradas e sertões para localizar “negros fugidos” e aprisiona-los – Pg. 254.
f)- O terceiro grupo envolvido na repressão ao quilombos eram as nações independentes de índios de Goiás. As fontes do século XVIII sugerem que elas destruíam mais quilombo do que as bandeiras luso-brasileiras. Duas nações que frequentemente atacavam e destruíam os quilombos eram os Xavantes e Caiapó – Pg. 255.
g)- O governador de Goiás noticiava regularmente ataques desses índios contra os quilombos da capitania. Segundo ele, os Caiapó capturavam “muitos pretos fugidos que os condiam aos Arraiais da Capitania” – Pg. 255. 
h)- O sucesso dos índios na captura de negros fugidos é sugerido por um caso bem documentado, segundo o qual o escravo Joaquim tentaria escapar de uma expedição chefiada por Thomas de Souza Villa Real, que andava explorando o Araguaia na década de 1790. Os Carajá rapidamente capturaram o escravo para Villa Real – Pg. 256.
i)- Uma outra motivação antinegra dos índios era a vingança. Os índios matavam os quilombolas devido a uma longa história de rapto de suas mulheres por estes últimos, como sugere a história do quilombo da Carlota, do outro lado da fronteira, em Mato Grosso – Pg. 256.
j)- O que é, entretanto, particularmente interessante é que o governador prosseguisse explicando que os “pretos forros” do regimentos dos Henriques possuíam excelente habilidade para manobrar as Peças de Artilharia pequenas [...] Assim, a correspondência oficial assevera que os regimentos negros – então compostos de “crioulos e pretos forros”, ou seja, negros libertos africanos e brasileiros – também lutaram na guerra contra os quilombos [...] A motivação que tinham em fazê-lo pode estar parcialmente sugerido no censo e nas listas de milícias na década de 1820, que revelam que os oficiais dos Henriques eram pequenos proprietários de escravos – Pg. 257.
k)- Os quilombolas reescravizados que sobreviviam aos açoite e multilações eram devolvidos aos senhores ou vendidos. Doravante mais bem vigiados e mais severamente punidos, pagavam um preço alto por terem fugido e formado quilombos – Pg. 258.
Conclusão
a)- Do outro lado, os portugueses reconheciam nos quilombos uma ameaça ao regime escravista, ou mais especificamente a suas vidas e propriedades e ao envio regular do quinto do ouro para Salvador e Rio de Janeiro. Por isso, se empenharam em organizar bandeiras para destruí-los – Pg. 258.
7. Problematizações principais
a)- Embora poucos documentos revelem muito sobre a estrutura interna ou a economia dos quilombos enquanto comunidades autônomas, podemos perceber semelhanças com outras sociedades quilombolas nas Américas, mas com uma importante diferença, qual seja, o papel da mineração de ouro na formação e duração das comunidades de escravos fugidos em Goiás – Pg. 240.
b)- Embora frequentemente ignorados pela historiografia oficial local, os numerosos quilombos do Brasil Central desempenharam um importante papel na formação da economia e sociedade mineradoras da capitania de Goiás no século XVIII – Pg. 258.
8. Listar as fontes e os principais autores (historiografia) mencionados no texto
9. síntese crítica do texto:

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