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Online 2 DO GOVERNO: FORMAS E DEBATES
Introdução
Quando falamos em Governo, pode nos vir à mente que tipo de governo seria o mais eficiente para manter a sociedade organizada e garantir os direitos mais importantes para os indivíduos ? Seria um governo civil ou um governo militar? Deveríamos viver a democracia ou a ditadura ? O que seria mais viável para a nossa sociedade?
Antes de tentarmos responder a qualquer uma dessas perguntas, temos que reconhecer um pouco mais sobre as diferentes formas de governo para que nosso conhecimento se amplie um pouco mais e é isso que faremos na nossa aula de hoje.
Governo
Entendemos governo como uma autoridade política existente dentro de uma sociedade constituída e que, com regras próprias, procura garantir a organização de uma dada sociedade e, resgatando um pouco de nossa aula anterior, consolidar a ideia de Estado-nação, dando-lhe um aspecto mais seguro e organizado.
Nesse sentido, a existência do governo se faz praticamente obrigatória e resta à sociedade decidir qual forma é mais viável para o exercício desse governo. Stuart Mill, em seu livro Considerações sobre o governo representativo (1861) procura tecer algumas reflexões acerca da formação dos governos, considerando que o governo representativo é a melhor forma de constituição, pois nele o povo ou uma parte dele exerce participação através dos seus representantes políticos.
Formas de governo
Aristóteles afirma que o governo pode ser exercido por um só, por poucos ou por muitos, com o objetivo de estabelecer o bem comum para todos, não devendo o governo, seja ele qual for, distanciar-se desse propósito. Segundo ele, essas formas de governo são divididas em puras e impuras.
Puras 
Monarquia (governo de um)
Aristocracia (governo de vários)
Democracia (governo do povo)
  Impuras
Tirania (corrupção da monarquia)
Oligarquia (corrupção da aristocracia)
*Demagogia (corrupção da democracia)
DEMAGOGIA
O sentido de demagogia mudou a partir de Aristóteles, que a vê como uma prática “corrupta ou degenerada da Politeia”, com a formação de governos despóticos ou que governam em nome do povo.
Totalitarismo, despotismo, tirania e ditadura são regimes de pessoas ou grupos que podem até usar de força bruta para impor seus mandamentos, regras ou leis, pré-existentes ou não.
Formas de governo
Democracia ---------------------------------Deturpação da democracia--------------------------- Demagogia
A Democracia (demos + kratos) surge na Antiguidade, especificamente dentro da teoria clássica ou aristotélica e no Dicionário de Política organizado por Bobbio (1983), é entendida como “a democracia como Governo do povo, de todos os cidadãos, ou seja, de todos aqueles que gozam dos direitos de cidadania, distingue-se da monarquia, como Governo de um só, e da aristocracia como Governo de poucos”. Sua principal característica é a participação do povo de forma intensa nas decisões, participação essa que pode ocorrer de forma direita ou indireta.
Um dos teóricos que mais buscou compreender a democracia no mundo moderno foi Alexis de Tocqueville. Em sua clássica obra, Democracia na América (1835), o autor analisou o processo que viu se desenvolver nas antigas colônias inglesas da América do Norte. O modelo que visualizou correspondia ao que ele identificava como o que mais se aproximava de uma sociedade onde o exercício da liberdade era plenamente efetuado e era ainda elemento gerador de mudanças. Para o autor ainda, o povo deveria participar plena e ativamente desse exercício de liberdade através de suas ações políticas e participações nos negócios públicos.
A liberdade ainda deveria ser um fator constante e o cerne do exercício da democracia e teria que ser preservada, utilizando-se todos os esforços possíveis e uma constante vigilância para a manutenção dessa conquista. 
Tocqueville, em Democracia na América, afirma que: 
“(...) Não voltemos nossos olhos para a América para copiar servilmente as instituições que ela se concedeu, mas para melhor compreender aquelas que nos convém, menos para aproveitar os exemplos do que os ensinamentos e antes para nos servir dos princípios do que dos detalhes de suas leis.
“(...) As leis da república francesa podem e devem, em muitos casos, ser diferentes daquelas que regem os Estados Unidos, mas os princípios sobre os quais as constituições americanas se baseiam, estes princípios de ordem, de equilíbrio dos poderes, de liberdade real, de respeito sincero e profundo ao direito, são indispensáveis a todas as repúblicas, devem ser comuns a todas e pode-se dizer de antemão que, onde eles não existirem mais, a república logo deixará de existir. ”
Ao analisarmos os governos ao nosso redor, vemos que a maioria deles assenta suas bases no modelo democrático inaugurado com a Constituição dos Estados Unidos da América, definindo a divisão de poderes, para evitar que um acabe dominando o outro e, assim, garantindo a plena liberdade de atuação e tendo o princípio da liberdade como máxima que não deve ser, de forma alguma, desconsiderada. O Continente Americano, ao buscar o seu processo de independência, adotou a democracia representativa como forma de governo e, apesar de diversos problemas de ordem política que a região apresentou, conseguimos perceber que o exercício desse poder de liberdade política conseguiu construir países sólidos, ainda que durante a segunda metade do século XX, uma grande parte da região tenha sido alvo de ditaduras militares.
Demagogia
A demagogia pode ser caracterizada como a deturpação da democracia e é um termo de origem grega que, basicamente, significa “a arte de conduzir o povo”. Na Grécia Antiga, aquele que era um bom orador e sabia conduzir o povo adequadamente fazia jus ao título. Não é propriamente uma forma de governo e seu sentido está justamente em ser um tipo de política que busca sua base de apoio nas massas e em seus principais anseios. Sua prática está associada a trabalhar esses anseios e alguns a associam ao populismo.
O fortalecimento da demagogia ocorreu de forma intensa a partir do advento da sociedade industrial, quando líderes passaram a surgir no seio de uma sociedade com muito mais demandas e aspirações. Esses líderes enfocavam cada vez mais as necessidades de uma população que buscava representação diante de uma gama de aspirações, principalmente no que diz respeito aos seus direitos. 
Muitos políticos são considerados demagogos quando manipulam a massa de acordo com seus próprios interesses, sujeitando-as e obtendo admiração e respeito, o que lhe garante a continuidade de sua participação dentro do jogo político, seja dentro de um modelo democrático, autoritário ou ditatorial.
Aristocracia------------------------------Inverso---------------------------------------Oligarquia
Aristocracia
É entendida como o governo dos melhores, ou seja, onde a liderança é creditada a um grupo de pessoas que estariam plenamente aptas a conduzir uma dada sociedade. Seriam os melhores cidadãos, com formação moral e intelectual, mas com o único objetivo de atender aos interesses do povo. Esses “melhores homens” seriam escolhidos em consenso com os cidadãos de forma a garantir o interesse da coletividade. Na concepção aristotélica, esses melhores homens não seriam escolhidos por suas origens de nascimento ou mesmo de riqueza, o que permitiria que qualquer pessoa pudesse ser alçada à condição de liderança.
Com o passar do tempo e, principalmente na Idade Média, aristocracia passou a ser associada à nobreza e ao clero, que passaram a compor uma classe de privilegiados por nascimento ou por ordem religiosa, o que acabou por suplantar de vez a ideia aristotélica de liderança a partir de qualidades e por merecimento.
Oligarquia
Está muito associada a abuso de poder e a opressão. É uma forma de manter o poder com o uso da força e pode ser considerada como o desvirtuamento da monarquia. Seu termo designava um governo marcado, muitasvezes, pelo uso da força sem limites. No Dicionário de Política (1983) ela aparece associada à ditadura moderna, sendo o tirano apontado como o chefe de uma facção política que buscava impor seu poder com o uso de sua força, exercendo um comando “arbitrário e ilimitado”.
Por ter essa associação com pessoas abastadas, a oligarquia acabou por caracterizar o poder exercido pelos mais abastados em uma dada localidade, ainda que não fosse um país. Como exemplo, podemos citar a formação das oligarquias no Brasil no período conhecido como República Velha (1889-1930). Os estados de São Paulo e Minas Gerais possuíam as oligarquias mais fortes da época, que juntas formaram a conhecia política do café com leite. Esse modelo político era tão forte que, inclusive, estava presente na presidência da república brasileira, tal o alcance de sua atuação.
Ditadura------------------------Inverso da democracia
Acerca da ditadura, é interessante falarmos que ela esteve presente ao longo da história de diferentes formas. Na antiguidade, especificamente em Roma, era utilizada para situações de emergência e dentro de limites constitucionalmente definidos, perdendo, ao longo do tempo, sua função de existir somente em situações de crise e passando a se tornar mais constante e com motivações diferentes daquela para as quais ela havia sido pensada.
Na modernidade, ela ganha uma nova roupagem, onde o líder exerce seu poder de forma absoluta e se mantém no exercício desse poder por um longo tempo, mesmo inicialmente se autoproclamando temporária. É considerado um regime não democrático, pois não pressupõe a participação popular e as decisões são centradas na figura do líder. Também não há o respeito à divisão de poderes e as decisões são tomadas unilateralmente ou pelo grupo que esteja no poder. 
Em diversos casos, ditaduras são constituídas a partir de golpes de estado e contam com o apoio e a estrutura das forças militares, pois esse grupo, por deter o poder legal da força, exerce uma influência muito grande na garantia do exercício do poder dos ditadores em alguns locais.
Na era contemporânea, diversas ditaduras foram instauradas, algumas com cunho político, outras de cunho ideológico. Cada um desses modelos aborda um ponto de vista que considera essencial para a sua manutenção no poder e o explora ao máximo. Como exemplo de ditadura política podemos citar as que ocorreram na América Latina na segunda metade do século XX. Na teoria, eram fomentadas pelo temor ao crescimento do comunismo. Na prática, buscavam estabelecer uma rede de militares no poder que garantissem interesses diversos. Muitas dessas ditaduras permaneceram longos anos no poder e começaram a se encerrar a partir do enfraquecimento da Guerra Fria, na década de 1980. Como exemplo de ditadura ideológica, podemos citar a massificação dos indivíduos dentro de um mundo globalizado que procura impor suas opiniões e modelos, estabelecendo, ainda que indiretamente, a sua hegemonia.
Monarquia-----------------------Inverso----------------------------Tirania
Monarquia
Uma das mais antigas formas de governo, onde é exercido por uma liderança que o detém em suas mãos e que permanece no poder de forma hereditária. Monarquia, no Dicionário de Política (1983) organizado por Norberto Bobbio, é definida comumente como “aquele sistema de dirigir a republica que se centraliza estavelmente em uma só pessoa investida de poderes especialíssimos, exatamente monárquicos que a colocam claramente, acima de todo o conjunto dos governados”. No entanto, como ela apresenta diferentes vertentes, é entendida como “um regime substancial, mas não exclusivamente monopessoal, baseado no consenso, geralmente fundado em bases hereditárias e dotado daquelas atribuições que a tradição define com o termo de soberania”.
As monarquias absolutas, centradas exclusivamente na figura do rei, começaram a entrar em crise a partir da Revolução Francesa (1789), inaugurando uma nova fase na história do pensamento contemporâneo. Essa revolução fez com que o Antigo Regime, esse poder voltado exclusivamente para o rei e que reside em sua figura, entrasse em crise. A soberania passou a ser exercida através do povo e da manifestação de sua vontade. 
Atualmente, ainda temos formas de governo monárquicas, mas não absolutas como antes do processo da França. Hoje, muitas são monarquias constitucionais e como exemplo atual disso vemos a Inglaterra, também denominada como monarquia representativa. Essa limitação do poder do rei ocorreu exatamente para que o poder absoluto não fosse exercido de forma a não atender aos interesses do povo, da nobreza e da burguesia 
Tirania
Está muito associada a abuso de poder e a opressão. É uma forma de manter o poder com o uso da força e pode ser considerada como o desvirtuamento da monarquia. Seu termo designava um governo marcado, muitas vezes, pelo uso da força sem limites. No Dicionário de Política (1983) ela aparece associada à ditadura moderna, sendo o tirano apontado como o chefe de uma facção política que buscava impor seu poder com o uso de sua força, exercendo um comando “arbitrário e ilimitado”.
Sistemas de governo
Os principais sistemas de governo
Principais características do presidencialismo
• O sistema só pode ser usado em repúblicas
• O chefe de estado(presidente) é o chefe de governo e portanto tem plena responsabilidade política e amplas atribuições.
• O chefe de governo é o presidente eleito pelo povo, direta ou indiretamente. Fica no cargo por tempo determinado, previsto na Constituição.
• O poder executivo é exercido pelo presidente da República auxiliado pelos ministros de estado que são livremente escolhidos pelo presidente. A responsabilidade dos ministros é relativa à confiança do presidente.
• Adotado no Brasil, nos EUA, México.
Principais características do parlamentarismo
• O sistema pode ser usado em monarquias ou repúblicas.
• O chefe de Estado (rei ou presidente) não é o chefe de governo e portanto não tem responsabilidade política. Suas funções são restritas.
• O chefe de governo é o premier ou primeiro ministro, indicado pelo chefe de Estado e escolhido pelos representantes do povo. Fica no cargo enquanto tiver a confiança do Parlamento.
• O poder Executivo é exercido pelo Gabinete dos Ministros. Os Ministros de Estado são indicados pelo premier e são aprovados pelo parlamento. Sua responsabilidade é solidária; se um sair todos saem em tese.
• È o caso de Inglaterra, França, Alemanha.
O sistema parlamentarista e o sistema presidencialista só se aplicam em regimes democráticos, sejam monarquias ou repúblicas. Não são aplicados em ditaduras. Em caráter excepcional podemos encontrar modelos alternativos como os diretórios encontrados na Suíça.
Nem sempre o presidencialismo foi a forma de governo adotada no Brasil. Nossos governantes já optaram, em dois períodos, pelo parlamentarismo. Primeiro, no início do governo de Pedro 2º, quando se cria, pelo decreto de 20 de julho de 1847, a presidência do conselho de ministros. Essa fase terminaria apenas em 1889, com aproclamação da República.
Anos depois, em 1961, quando da renúncia de Jânio Quadros, o parlamentarismo foi a solução encontrada para garantir a posse do vice-presidente, João Goulart, criticado pelos militares por seu esquerdismo. Essa fase, contudo, na qual se sucederam três primeiros-ministros - Tancredo Neves, Brochado da Rocha e Hermes Lima - durou apenas cerca de um ano e meio. Em plebiscito realizado no mês de janeiro de 1963, 80% dos votos foram favoráveis ao retorno do presidencialismo.
Mas quais as diferenças entre parlamentarismo e presidencialismo?
No âmbito dos Estados democráticos, encontramos duas formas de governo, a parlamentar e a presidencial. A primeira, a que damos o nome de parlamentarismo, pode ser encontrada em sistemas monárquicos ou republicanos. A segunda, que recebe o nome de presidencialismo, é própria apenas dos sistemas republicanos.
A cada uma dessas formas de governo corresponde um tipo particular de PoderExecutivo, que pode ser exercido ou por um chefe de Estado ou, de maneira equilibrada, por um chefe de Governo e um chefe de Estado.
 
Parlamentarismo
No caso do governo parlamentar, suas origens estão ligadas às monarquias constitucionais europeias, especialmente a britânica. No parlamentarismo inglês, o chamado cabinet government, os eleitores escolhem, entre dois partidos, seus representantes no Parlamento. O partido que obtiver a maioria dos votos é, automaticamente, responsável pelo governo, para o qual escolhe um chefe - um primeiro-ministro.
Mas o governo parlamentar pode ocorrer em monarquias ou repúblicas que sejam multipartidárias, nas quais os diferentes partidos se unem para formar o que chamamos de governos de coalizão.
Com pequenas diferenças de país a país, no parlamentarismo o chefe de governo - que também pode receber o nome de chanceler, premier, presidente do conselho de ministros, etc. - divide o poder com o chefe de Estado - um presidente, também escolhido pelo voto, ou um monarca, cujo cargo é hereditário.
O chefe de governo, quase sempre, fica responsável pela escolha e nomeação dos ministros ou secretários, pela administração do Estado e, por meio de acordos, pela formação de uma maioria, no Parlamento, que permita a governabilidade do país.
Quanto ao presidente (ou monarca), este mantém distância das miudezas da luta política, cuidando apenas de grandes questões, das linhas-mestras do Estado, como as relações diplomáticas com outros países e o aperfeiçoamento das instituições políticas nacionais, assumindo, muitas vezes, o papel de moderador entre as forças partidárias.
Vale ressaltar que o chefe de Governo, diante de um grave impasse ou quando não tem mais a confiança dos parlamentares, detém o poder de dissolver o Parlamento ou de pedir sua dissolução ao chefe de Estado, que, nesses casos, convoca imediatamente novas eleições.
 
Presidencialismo
A maioria dos regimes presidencialistas inspirou-se na forma de governo dos Estados Unidos da América, chamada de presidencial government. Em seu estado puro, esse tipo de governo é caracterizado pela concentração, nas mãos do presidente da República, dos poderes de chefe de Estado e de Governo.
Eleito pelo voto popular, o presidente escolhe seu ministério ou secretariado, representa o país nas relações internacionais, dita grande parte da pauta do Parlamento, pode declarar guerra a outra nação, etc. Ou seja, possui amplos poderes, inclusive o de nomear os membros das mais altas cortes do Judiciário. Centro do sistema governamental, o presidente determina ou interfere diretamente em tudo, inclusive nas questões mais corriqueiras da luta política entre os diferentes partidos.
Para alguns estudiosos, o presidencialismo é um sistema de governo que parece conferir estabilidade e eficiência ao Poder Executivo, mas que, ao mesmo tempo, enfraquece a iniciativa do Legislativo - e principalmente seu poder de controle e fiscalização.
 
O caso francês
A França possui uma forma de governo peculiar, variante do presidencialismo puro - chamada por alguns cientistas políticos de semipresidencialismo -, na qual o presidente, apesar de eleito pela população, não concentra em si os poderes de chefe de Governo e de Estado.
Eleito, o presidente nomeia, dentre os membros do Parlamento (que também foi eleito por voto popular), um primeiro-ministro que será responsável pela coordenação do governo.
Na República Francesa, o governo não depende de um voto de confiança explícito do Legislativo, mas este pode votar uma "moção de desconfiança". Caso isso ocorra, o presidente decide se aceita a demissão do Governo (incluindo o primeiro-ministro) ou se dissolve o Parlamento e convoca novas eleições.
Ditadura militar - 5 questões
O golpe militar de 1964 suspendeu a democracia e a liberdade de expressão no Brasil por mais de duas décadas. O tema é um dos mais cobrados nos vestibulares das grandes faculdades. Faça o quiz e teste seus conhecimentos sobre o assunto.
No dia 31 de março de 1964, um levante apoiado pela camada mais conservadora da população brasileira executou com sucesso um golpe de Estado e retirou o poder das mãos do presidente da República. O governante deposto pelas Forças Armadas em 1964 foi:
João Goulart -----Em 1961, o presidente Jânio Quadros renunciou e quem assumiu a presidência do Brasil foi João Goulart (Jango), que governou em regime parlamentarista até 1963 e foi deposto pelo golpe de Estado em 1964.
O Golpe de 1964 teve suporte político de um governo que lutava contra os regimes socialistas em diversos países do mundo. A ditadura militar submeteu o Brasil a um regime alinhado politicamente a qual país?
Estados Unidos
Comentário:O Big Stick (literalmente em português: "Grande Porrete") foi uma frase de efeito usada para descrever o estilo de diplomacia empregada pelo presidente estadunidense Theodore Roosevelt, como corolário da Doutrina Monroe, a qual especificava que osEstados Unidos da América deveriam assumir o papel de polícia internacional no hemisfério ocidental. As intenções desta diplomacia eram proteger os interesses econômicos dos Estados Unidos na América Latina.
Em 1968, o regime militar tornou-se ainda mais rígido, e os direitos civis e políticos da população ficaram mais restritos pelo decreto do Ato Institucional nº 5 (AI-5). Quem era o presidente militar que governava o Brasil em 1968?
Costa e Silva
Comentário:Marechal Artur da Costa e Silva (Taquari, 3 de outubro de 1899 — Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 1969) foi um militar e político brasileiro, o segundo presidente do regime militar instaurado pelo Golpe Militar de 1964. Nascido no interior do Rio Grande do Sul, Costa e Silva já havia ocupado o Ministério da Guerra no governo anterior, do marechal Castelo Branco. No dia do seu aniversário, em 3 de outubro de 1966, Costa e Silva foi eleito presidente da República pelo Congresso Nacional, obtendo 294 votos.
Durante quatro anos da ditadura militar, a economia brasileira cresceu, em média, 11,2% ao ano. O período ficou conhecido como "milagre econômico" e ocorreu entre os anos:
1969 e 1973
Comentário:O "milagre econômico brasileiro" foi a denominação dada à época de crescimento econômico ocorrido durante a ditadura militar no Brasil, durante o governo Médici. Nesse período, paradoxalmente, houve aumento da concentração de renda e da pobreza e instaurou-se um pensamento ufanista de "Brasil potência".
O processo de abertura política "lento, seguro e gradual" foi proposto pelo general Ernesto Geisel, sucessor de Garrastazu Médici, pressionado principalmente pelo fim do "milagre econômico". A abertura proporcionou o crescimento de qual partido político?
MDB
Comentário:O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) foi um partido político brasileiro que abrigou os opositores do Regime Militar de 1964 ante o poderio governista da Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Organizado em fins de 1965 e fundado no ano seguinte, o partido se caracterizou por sua multiplicidade ideológica graças sobretudo aos embates entre os "autênticos" e "moderados" quanto aos rumos a seguir no enfrentamento ao poder militar. Inicialmente raquítico em seu desempenho eleitoral, experimentou grande crescimento no governo de Ernesto Geisel obrigando os militares a extinguirem o bipartidarismo. Assim surgiu o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) em 1980.
A ditadura durou 24 anos, portanto teve vários presidentes militares, sendo em sua maioria generais. 
O golpe militar de 1964 
A crise política se arrastava desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961. O vice de Jânio era João Goulart, que assumiu a presidência num clima político adverso. O governo de João Goulart (1961-1964) foi marcado pela abertura às organizações sociais. Estudantes, organização populares e trabalhadores ganharam espaço, causando a preocupação das classes conservadoras como, por exemplo, os empresários, banqueiros, Igreja Católica, militares e classe média. Todos temiam uma guinada doBrasil para o lado socialista. Vale lembrar, que neste período, o mundo vivia o auge da Guerra Fria. 
Este estilo populista e de esquerda, chegou a gerar até mesmo preocupação nos EUA, que junto com as classes conservadoras brasileiras, temiam um golpe comunista. 
Os partidos de oposição, como a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Social Democrático (PSD), acusavam Jango de estar planejando um golpe de esquerda e de ser o responsável pela carestia e pelo desabastecimento que o Brasil enfrentava. 
No dia 13 de março de 1964, João Goulart realiza um grande comício na Central do Brasil ( Rio de Janeiro ), onde defende as Reformas de Base. Neste plano, Jango prometia mudanças radicais na estrutura agrária, econômica e educacional do país. 
Seis dias depois, em 19 de março, os conservadores organizam uma manifestação contra as intenções de João Goulart. Foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu milhares de pessoas pelas ruas do centro da cidade de São Paulo. 
O clima de crise política e as tensões sociais aumentavam a cada dia. No dia 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. Para evitar uma guerra civil, Jango deixa o país refugiando-se no Uruguai. Os militares tomam o poder. Em 9 de abril, é decretado o Ato Institucional Número 1 ( AI-1 ). Este, cassa mandatos políticos de opositores ao regime militar e tira a estabilidade de funcionários públicos. 
GOVERNO CASTELLO BRANCO (1964-1967) 
Castello Branco, general militar, foi eleito pelo Congresso Nacional presidente da República em 15 de abril de 1964. Em seu pronunciamento, declarou defender a democracia, porém ao começar seu governo, assume uma posição autoritária. 
Estabeleceu eleições indiretas para presidente, além de dissolver os partidos políticos. Vários parlamentares federais e estaduais tiveram seus mandatos cassados, cidadãos tiveram seus direitos políticos e constitucionais cancelados e os sindicatos receberam intervenção do governo militar. 
Em seu governo, foi instituído o bipartidarismo. Só estavam autorizados o funcionamento de dois partidos : Movimento Democrático Brasileiro ( MDB ) e a Aliança Renovadora Nacional ( ARENA ). Enquanto o primeiro era de oposição, de certa forma controlada, o segundo representava os militares. 
O governo militar impõe, em janeiro de 1967, uma nova Constituição para o país. Aprovada neste mesmo ano, a Constituição de 1967 confirma e institucionaliza o regime militar e suas formas de atuação. 
GOVERNO COSTA E SILVA (1967-1969) 
Em 1967, assume a presidência o general Arthur da Costa e Silva, após ser eleito indiretamente pelo Congresso Nacional. Seu governo é marcado por protestos e manifestações sociais. A oposição ao regime militar cresce no país. A UNE ( União Nacional dos Estudantes ) organiza, no Rio de Janeiro, a Passeata dos Cem Mil. 
Em Contagem (MG) e Osasco (SP), greves de operários paralisam fábricas em protesto ao regime militar. 
A guerrilha urbana começa a se organizar. Formada por jovens idealistas de esquerda, assaltam bancos e seqüestram embaixadores para obterem fundos para o movimento de oposição armada. 
No dia 13 de dezembro de 1968, o governo decreta o Ato Institucional Número 5 ( AI-5 ). Este foi o mais duro do governo militar, pois aposentou juízes, cassou mandatos, acabou com as garantias do habeas-corpus e aumentou a repressão militar e policial. 
GOVERNO DA JUNTA MILITAR (31/8/1969-30/10/1969) 
Doente, Costa e Silva foi substituído por uma junta militar formada pelos ministros Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica). 
Dois grupos de esquerda, O MR-8 e a ALN seqüestram o embaixador dos EUA Charles Elbrick. Os guerrilheiros exigem a libertação de 15 presos políticos, exigência conseguida com sucesso. Porém, em 18 de setembro, o governo decreta a Lei de Segurança Nacional. Esta lei decretava o exílio e a pena de morte em casos de "guerra psicológica adversa, ou revolucionária, ou subversiva". 
No final de 1969, o líder da ALN, Carlos Mariguella, foi morto pelas forças de repressão em São Paulo. 
GOVERNO MEDICI (1969-1974) 
Em 1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente : o general Emílio Garrastazu Medici. Seu governo é considerado o mais duro e repressivo do período, conhecido como " anos de chumbo ". A repressão à luta armada cresce e uma severa política de censura é colocada em execução. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão artística são censuradas. Muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país. O DOI-Codi ( Destacamento de Operações e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna ) atua como centro de investigação e repressão do governo militar. 
Ganha força no campo a guerrilha rural, principalmente no Araguaia. A guerrilha do Araguaia é fortemente reprimida pelas forças militares. 
O Milagre Econômico 
Na área econômica o país crescia rapidamente. Este período que vai de 1969 a 1973 ficou conhecido com a época do Milagre Econômico. O PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao ano, enquanto a inflação beirava os 18%. Com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infra-estrutura. Todos estes investimentos geraram milhões de empregos pelo país. Algumas obras, consideradas faraônicas, foram executadas, como a Rodovia Transamazônica e a Ponte Rio-Niteroi. 
Porém, todo esse crescimento teve um custo altíssimo e a conta deveria ser paga no futuro. Os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida externa elevada para os padrões econômicos do Brasil. 
GOVERNO GEISEL (1974-1979) 
Em 1974 assume a presidência o general Ernesto Geisel que começa um lento processo de transição rumo à democracia. Seu governo coincide com o fim do milagre econômico e com a insatisfação popular em altas taxas. A crise do petróleo e a recessão mundial interferem na economia brasileira, no momento em que os créditos e empréstimos internacionais diminuem. 
Geisel anuncia a abertura política lenta, gradual e segura. A oposição política começa a ganhar espaço. Nas eleições de 1974, o MDB conquista 59% dos votos para o Senado, 48% da Câmara dos Deputados e ganha a prefeitura da maioria das grandes cidades. 
Os militares de linha dura, não contentes com os caminhos do governo Geisel, começam a promover ataques clandestinos aos membros da esquerda. Em 1975, o jornalista Vladimir Herzog á assassinado nas dependências do DOI-Codi em São Paulo. Em janeiro de 1976, o operário Manuel Fiel Filho aparece morto em situação semelhante. 
Em 1978, Geisel acaba com o AI-5, restaura o habeas-corpus e abre caminho para a volta da democracia no Brasil. 
GOVERNO FIGUEIREDO (1979-1985) 
A vitória do MDB nas eleições em 1978 começa a acelerar o processo de redemocratização. O general João Baptista Figueiredo decreta a Lei da Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e demais brasileiros exilados e condenados por crimes políticos. Os militares de linha dura continuam com a repressão clandestina. Cartas-bomba são colocadas em órgãos da imprensa e da OAB (Ordem dos advogados do Brasil). No dia 30 de Abril de 1981, uma bomba explode durante um show no centro de convenções do Rio Centro. O atentado fora provavelmente promovido por militares de linha dura, embora até hoje nada tenha sido provado. 
Em 1979, o governo aprova lei que restabelece o pluripartidarismo no país. Os partidos voltam a funcionar dentro da normalidade. A ARENA muda o nome e passa a ser PDS, enquanto o MDB passa a ser PMDB. Outros partidos são criados, como : Partido dos Trabalhadores ( PT ) e o Partido Democrático Trabalhista ( PDT ). 
A Redemocratização e a Campanha pelas Diretas Já 
Nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresenta vários problemas. A inflação é alta e a recessão também. Enquanto isso a oposição ganha terreno com o surgimento de novos partidose com o fortalecimento dos sindicatos. 
Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores de futebol e milhões de brasileiros participam do movimento das Diretas Já. O movimento era favorável à aprovação da Emenda Dante de Oliveira que garantiria eleições diretas para presidente naquele ano. Para a decepção do povo, a emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados. 
No dia 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheria o deputado Tancredo Neves, que concorreu com Paulo Maluf, como novo presidente da República. Ele fazia parte da Aliança Democrática – o grupo de oposição formado pelo PMDB e pela Frente Liberal. 
Era o fim do regime militar. Porém Tancredo Neves fica doente antes de assumir e acaba falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil. A Constituição de 1988 apagou os rastros da ditadura militar e estabeleceu princípios democráticos no país.

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