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NECROSE Alyne Mara Rodrigues de Carvalho Fortaleza/ CE LESÃO REVERSÍVEL x LESÃO IRREVERSÍVEL Estímulos persistentes levam a célula a cruzar o limiar da irreversibilidade – Dano das membranas – Edema de organelas – Aumento do cálcio intracelular Características de Lesões Irreversíveis – Incapacidade de reverter a disfunção mitocondrial – Alterações profundas de membrana - ruptura NECROSE Refere-se a todas as alterações morfológicas que ocorrem após a morte celular em um tecido vivo, resultante da ação progressiva de enzimas nas células que sofreram ação letal; As células necróticas são incapazes de manter a integridade das membranas e seu conteúdo extravasa; Resulta da desnaturação das proteínas intracelulares e da digestão enzimática da célula. É irreversível e patológico NECROSE Indica a morte celular ocorrida em organismo vivo seguida de fenômenos de autólise. As membranas das células necróticas perdem a sua integridade, ocorrendo extravasamento de substâncias contidas nas células; Nos casos de infarto agudo do miocárdio, por exemplo, Troponinas (Tn-I e Tn-T) e creatina quinase (CK-MB) acham-se presentes ou elevadas no sangue periférico, onde podem ser dosadas, constituindo assim importante método diagnóstico. NECROSE Degradação enzimática: autólise; Rapidez diagnóstico morfológico depende do método de investigação – Microscópio eletrônico > Microscópio óptico > Macroscopia Degradação enzimática dos componentes da célula por enzimas da própria célula liberada dos lisossomos MORFOLOGIA DA CÉLULA NECRÓTICA CITOPLASMÁTICA: – Eosinofilia → perda do RNA e proteínas desnaturadas – Volume aumentado ou não – Vacuolização → digestão enzimática – Figuras de mielina → massas fosfolipídicas NUCLEARES: - Cariólise: redução da basofilia da cromatina (perda do DNA, dissolução nuclear) - Picnose: encolhimento do núcleo e aumento da basofilia - Cariorrexe: fragmentação do núcleo picnótico Núcleo perde o contorno e fica pálido devido a dissolução da cromatina (ação das RNAses e DNAases Condensação da cromatina. O núcleo apresenta-se retraído, escurecido, homogêneo e arredondado A membrana celular se rompe e fragmentos nucleares são liberados no citoplasma PICNOSE CARIORREXE CARIÓLISE NECROSE Picnose, cariólise e cariorrexe são decorrente da redução excessiva do pH na célula morta (que condensa a cromatina) e da ação da desoxirribonuclease e de outras proteases que digerem a cromatina e a membrana celular; TIPOS DE NECROSE Coagulação Liquefação Caseosa Gordurosa Gangrenosa NECROSE DE COAGULAÇÃO Preserva contorno celular e arquitetura do tecido Caracterizada por: – Predomínio da desnaturação proteica – Degradação das organelas – Tumefação celular Causa mais frequente é a isquemia; Área atingida geralmente é esbranquiçada e salienta-se na superfície do órgão; NECROSE DE COAGULAÇÃO NECROSE DE COAGULAÇÃO NECROSE DE LIQUEFAÇÃO Ocorre o predomínio da digestão enzimática (acúmulo de células inflamatórias); Comum em infecções bacterianas e fúngicas; Independente da patogenia, ocorre a digestão completa das células mortas; O resultado final é a transformação do tecido em uma massa viscosa NECROSE DE LIQUEFAÇÃO NECROSE DE LIQUEFAÇÃO A necrose liquefativa é típica de órgãos ricos em lipídios ou quando há um abscesso com grande infiltração de céls. inflamatórias que liberam enzimas proteolíticas. NECROSE CASEOSA Macroscopicamente: transformação das células necróticas em uma massa homogênea, acidófila, contendo núcleos picnóticos e na periferia núcleos fragmentados (aparência de queijo branco na área) É encontrada frequentemente em focos de tuberculose; O foco necrótico aparece como fragmentos granulosos amorfos, composto restos celulares e uma borda inflamatória A arquitetura celular está completamente destruída NECROSE CASEOSA NECROSE CASEOSA NECROSE CASEOSA NECROSE CASEOSA ASPECTO MICROSCÓPICO: Tendência é calcificar ou pode ser eliminada para o exterior; A cavidade resultante chama-se caverna; É uma área homogênea ou finamente granulosa e de cor róseo forte, geralmente circundada por granulomas NECROSE CASEOSA NECROSE GORDUROSA Não identifica um padrão específico de necrose; São áreas de destruição de gordura que ocorre tipicamente como resultado da liberação de lipases; Liquefação das membranas dos adipócitos e combinação de ácidos graxos + íons cálcio, formando áreas brancas (saponificação) Microscopicamente: focos de adipócitos necrosados de contornos sombreados, com depósitos basofílicos de cálcio, cercados por reação inflamatória NECROSE GORDUROSA NECROSE GORDUROSA Necrose do tecido adiposo → pele, mama, peritônio; Lesões traumáticas, isquêmicas ou químicas → ruptura de células adiposas. Ex: pancreatite aguda; Os ácidos graxos livres e as enzimas pancreáticas são lesivos → disseminação da necrose. NECROSE GORDUROSA Histologicamente → focos de adipócitos necrosados de contornos sombreados, com depósitos basofílicos de cálcio, cercados por uma reação inflamatória. NECROSE GANGRENOSA Não identifica um padrão específico de necrose; É geralmente utilizado em relação a um membro; Há ação de fatores externos sobre o tecido necrosado. NECROSE GANGRENOSA GANGRENA SECA → A área necrótica perde água para o ambiente, ficando seca, retraída e com aspecto mumificado. Ocorre nas extremidades; GANGRENA ÚMIDA → Quando o tecido necrótico se contamina com bactérias saprófitas, que digerem o tecido, amolecendo-o. Estas bactérias são geralmente anaeróbicas e produzem enzimas proteolíticas e fosfolipases. GANGRENA GASOSA → Quando as bactérias contaminantes pertencem ao gênero Clostridium, pode haver também produção de gases, daí a gangrena gasosa. NECROSE GANGRENOSA EVOLUÇÃO REGENERAÇÃO: quando o tecido necrosado tem capacidade de regeneração, os restos celulares são reabsorvidos. Ex.: FIGADO: Se for pouco alterado, há regeneração e conservação da malha das fibras. Se a área necrosada for extensa há um colapso e embora regenerado não há uma reorganização perfeita (desorganizar a arquitetura do órgão) CICATRIZAÇÃO: processo pelo qual o tecido necrosado é substituído por tecido conjuntivo. Ocorre quando a lesão é extensa e se as células destruídas não possuem capacidade de regeneração. EVOLUÇÃO ENCISTAMENTO: Quando o material necrótico não é absorvido. Há uma proliferação de tecido conjuntivo e formação de uma cápsula que encista o tecido necrosado ELIMINAÇÃO: Se a zona da necrose atingir a parede que se comunica com o meio externo, o material necrosado é lançado e eliminado originando uma cavidade CALCIFICAÇÃO
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