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Monitor: Paula O. C. Queiroz – Turma LXIII I) Considerações Gerais * Tórax: parte do tronco situada entre o pescoço e o abdome. * “Peito”: NÃO é sinônimo de tórax, sendo muito mais extenso do que a parede torácica e a cavidade nela contida. Geralmente é entendido como a parte superior do tronco. Geralmente, esta região é mais larga na parte superior em razão do cíngulo dos membros superiores (clavículas e escápula) Grande parte de sua circunferência é conferida pelas musculaturas peitoral e escapular. Nas mulheres, ainda, pelas mamas. * Em razão do diafragma (assoalho da cavidade torácica) apresentar uma invaginação inferior profunda (é empurrado para cima), aproximadamente a metade inferior da parede torácica circunda e protege as vísceras abdominais, e não torácicas. Isso também justifica o fato de o tórax e sua cavidade serem muito menores do que sugere a aparência externa do peito. * Formato do tórax: “cone truncado” – parte superior é mais estreita e a circunferência aumenta inferiormente, alcançando o diâmetro máximo na junção com a parte abdominal do tronco. * Formato do esqueleto torácico: “gaiola abaulada”. * Caixa torácica = costelas e cartilagens costais (horizontalmente) + esterno e vértebras torácicas (verticalmente). * O tórax contem os principais órgãos do sistema respiratório e circulatório, e se divide em três espaços principais: Mediastino (central) – vísceras torácicas, exceto pulmões. Cavidades pulmonares direita e esquerda – pulmões. II) Parede torácica * A parede torácica verdadeira inclui: Caixa torácica (ossos e articulações). Músculos (tanto os que se estendem entre as costelas, quanto os músculos e a fáscia que revestem a face anterolateral). Pele Tela subcutânea (Nessa região, estão as glândulas mamárias ). Músculos toracoapendiculares anterolaterais (peitorais maior e menor, subclávio e serrátil anterior) ** ** Estes músculos cobrem a caixa torácica e formam o leito da mama (portanto, se situam na parede torácica). Porém, em termos de função e inervação, são claramente músculos dos MMSS. III) Ossos da Parede torácica COSTELAS As costelas são em número de 12 pares. São ossos alongados, em forma de semi-arcos, ligando as vértebras torácicas ao esterno. As costelas são classificadas em: 7 Pares Verdadeiras: articulam se diretamente ao esterno 3 Pares Falsas Propriamente Ditas: articulam-se indiretamente (cartilagens) 2 Pares Falsas Flutuantes: são livres 1ª Costela Face Superior Sulco Ventral – passagem da veia subclávia Tubérculo Escaleno – inserção do músculo escaleno anterior Sulco Dorsal – passagem da artéria subclávia Tubérculo do Músculo Escaleno Médio 2ª Costela * É considerada atípica, pois: - tem o dobro do tamanho da 1ª costela - possui um acidente anatômico exclusivo: tubérculo para a inserção do músculo serrátil anterior. 3ª a 10ª Costelas (Típicas) Extremidade Posterior Cabeça da Costela: parte da costela que articula-se com a coluna vertebral (vértebras torácicas) Face Articular da Cabeça da Costela (superior e inferior): Articula-se com as vértebras e o disco IV entre elas. Colo da Costela: porção achatada que se estende lateralmente à cabeça Tubérculo da Costela: eminência na face posterior da junção do colo com o corpo Face Articular do Tubérculo da Costela: articula-se com a fóvea costal do processo transverso. Ângulo Costal Crista da Cabeça da Costela Corpo (Diáfise) Face Externa Face Interna Borda Superior Borda Inferior Sulco Costal (2 Veias – 1 Artéria – 1 Nervo Intercostal) 11ª e 12ª Costelas * O tubérculo praticamente não existe. * Não possuem a divisão na cabeça, pois articulam-se através de faces articulares únicas. ESTERNO É um osso chato, plano e ímpar. É um importante osso hematopoético. Apresenta 3 partes: Manúbrio Corpo Processo Xifoide Manúbrio Possui formato trapezoide. Face Anterior Externa ou Peitoral Lisa ou levemente convexa Face Posterior Interna ou Pleural Côncava e Lisa Borda Superior Incisura Jugular Incisuras Claviculares Direita e Esquerda Borda Lateral Apresenta uma incisura costal para a 1ª cartilagem costal e 1/2 para a 2ª Borda Inferior Articula-se com o corpo Ângulo Esternal – entre o Manúbrio e o Corpo Corpo Face Externa: Anterior ou peitoral (plana) Face Interna: Posterior ou pleural (côncava) Borda Superior: Articula-se com o manúbrio Borda Inferior: Articula-se como processo xifoide Borda Lateral: 1/2 incisura costal para a 2ª cartilagem costal e incisuras costais para 3ª a 7ª cartilagem costal Processo Xifoide É fino e alongado. É a menor das três porções. Forame do processo xifoide Portanto, o Esterno articula-se com as Clavículas e as Cartilagens das Sete (7) Primeiras Costelas. VÉRTEBRAS TORÁCICAS * São em número de 12, e formam a parte dorsal da caixa torácica. Vértebra Torácica: O processo espinhoso não é bifurcado e se apresenta descendente e pontiagudo. As vértebras torácicas se articulam com as costelas, sendo que as superfícies articulares dessas vértebras são chamadas fóveas e hemi-fóveas. As fóveas podem estar localizadas no corpo vertebral, pedículo ou nos processos transversos. IV) Aberturas do tórax * Possui 2 aberturas, sendo elas: Superior: Entrada torácica. Vedada pela pleura, que projetam-se através das partes laterais, e passa por cima da 1ª costela (Cúpula da pleura). Através dessa abertura passam estruturas que entram e saem do tórax, como traqueia, esôfago e as grandes artérias e veias. É limitada pelo corpo da 1ª vértebra torácica posteriormente, pelas primeiras costelas ânterolateralmente e pela extremidade superior do manúbrio anteriormente. Inferior: Saída do tórax. Vedada quase totalmente pelo diafragma, que o separa da entrada do abdome. A maior parte das estruturas passam do tórax para o abdome, ou vice-versa, através de aberturas no diafragma. É limitada pela 12ª VT posteriormente, pela 12ª costela anterolateralmente e pela articulação xifoesternal anteriormente. V) Correlações Clínicas * Tórax raquítico ou cariniforme (pectus carinatum): anomalia congênita da parede torácixa anterior caracterizada por protusão do esterno, gerando a aparência de “peito de pombo”. * Tórax infundibuliforme (pectus escavatum): deformidade do tórax e osso esterno caracterizada por um depressão do esterno e costelas na frente do tórax. O grau de severidade varia muito. Entre os leigos: “peito de sapateiro”, “peito escavado”. * Tórax piriforme (peito em sino): a porção inferior torna-se alargada como a boca de um sino. Aparece nas grandes hepatoesplenomegalias e na ascite volumosa. * Tórax cifótico, lordótico e escoliótico: resultam das curvaturas anormais da coluna vertebral. * Tórax em tonel, enfisematoso, em barril, inspiratório ou globoso: causa mais comum é o enfisema pulmonar. Chama a atenção o diâmetro antero-posterior que se iguala ao diâmetro transversal. * Tórax chato, paralítico, tísico ou expiratório: observa-se diminuição nítida do diâmetro antero-posterior com predominância do diâmetro vertical. * Há alguns pontos de referência no tórax que merecem ser assinalado: o ângulo de Louis, o ângulo de Charpy e a vértebra proeminente. - O ângulo de Louis, constituído por uma saliência transversal que se nota na junção do manúbrio com o corpo do esterno, corresponde à articulação da 2ª costela. No dorso, o ângulo de Louis projeta-se na altura da 4ª vértebra dorsal. A bifurcação traqueal e a parte mais alta da aorta também correspondem ao ângulo de Louis. - O ângulo de Charpy ou ângulo epigástrico, formado pelas duas rebordas costais, serve para caracterizar o biótipo. - A vértebra proeminente, que corresponde à 7ª cervical, marca o local em que os ápices pulmonares se projetam na parede torácica. VI) O que costuma cair nas provas Descreva as costelas atípicas. 1ª, 2ª, 11ª e a 12ª são diferentes das costelas típicas, a 1ª costela é achatada e ela possui dois sulcos para veia e artériasubclávias, além de uma tuberosidade para fixação do músculo escaleno anterior; o corpo da 2ª costela possui uma tuberosidade para fixação do músculo serrátil anterior; a 11ª e a 12ª costelas praticamente não possuem tubérculo e tubérculo e a 12ª costela é mais curta que a maioria. Ordene, de fora para dentro, as estruturas encontradas na parede anterolateral do abdome (incluir músculos e fáscias). Citar 3 características de uma vértebras torácica - O processo espinhoso é longo e dirige-se obliquamente para baixo; - Forame vertebral pequeno e de forma circular; - As lâmina são largas, espessas e imbricadas; - Os pedículos são dirigidos um pouco cranialmente; - Os corpos, no meio da região torácica, são em forma de coração.
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