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Teoria da Constituição e Direitos Fundamentais

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Teoria da Constituição e direitos fundamentais
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Ordenamento jurídico, Constituição 
e norma fundamental
Miguel Reale  ordenamento jurídico: “é o sistema de normas jurídicas in acto, compreendendo fontes do direito e todos os seus conteúdos e projeções: é pois, o sistema de normas em sua concreta realização...”
Abrange regras explícitas e as elaboradas para suprir as lacunas do sistema.
Normas  prevalência na sociedade: forças coercitivas  articulação das normas estrutura  divisão: categorias, figuras, institutos, instituições e sistemas:
Categorias: normas ordenadas em função de disciplina;
Institutos: normas complexas  mesma natureza finalidade penhor, hipoteca, falência...
Instituição: realidades distintas, natureza ética, biológica, econômica, exemplo: família, propriedade, sindicatos
Figura: várias modalidades que pode assumir um instituto – exemplo: Posse
Normas, figuras, institutos e instituições  SISTEMAS
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Princípio da plenitude da ordem jurídica
O sistema legal não pode ter casos omissos  deixar de dar solução!!!
Sistema jurídico vigente e eficaz!
Teorias sobre a validade do ordenamento jurídico:
Direito reduzido: sistema de leis
Ampliação = influenciada por Kelsen  sistema de normas legais e negociais  ordem lógica e coerente  subordinação gradativa  pirâmide
Ápice = Constituição
Leis de Direito Privado e Público
Jurisprudências 
Base: regras e normas particulares.
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Teoria Institucional ou histórico-cultural ou tridimensional do ordenamento jurídico.
Ordenamento jurídico é normativo  dependem dos FATOS, VALORES e as NORMAS são complexos relacionados
Miguel Reale: “... O Direito é, em verdade, uma das expressões basilares do espírito humano em seu incessante processo de objetivação “sistemas de respostas sucessivas” aos problemas que se põem através da história”
... Ordenamento jurídico pode ser visto como um macromodelo, cujo âmbito de validade é traçado em razão do modelo constitucional, ao qual devem imperativamente se adequar todos os modelos jurídicos”.
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Primeiras concepções de Constituição
Constitucionalismo
Técnica de limitação do poder  limitação do poder autoritário e sobreposição dos direitos fundamentais;
Constituições escritas e com propósitos
Breve evolução histórica:
Na antiguidade: clássica  estado teocrático limitação do poder político por profetas  fiscalizavam aqueles que não respeitassem os limites blíblicos.
Século V a.C  cidades estados-gregas tinham poderes nas mãos de governantes e governados
Durante a Idade Média: Carta Magna de 1215  proteção de direito individuais;
Durante a Idade Moderna: pactos internacionais  proteção dos direitos individuais
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Constitucionalismo norte-americano: - contratos de colonização (“novas terras”, sem poderes – consenso)
 Declaração dos Direitos do Estado da Virgínia (1776), Constituições de ex-colônias britânicas da América do Norte, Constituição da Confederação dos Estados Americanos, 1781
Constitucionalismo moderno – durante a idade contemporânea 
Marcos Históricos: Constituição norte-americana de 1787 e a francesa de 1797  preâmbulo: Declaração do Homem e do Cidadão
Povo Titular do Poder  liberalismo clássico: individualismo, absenteísmo estatal (passagem de um estado autoritário para um estado de Direito - valorização da propriedade privada e proteção do indivíduo” (CF de 1824 e 1891 receberam esta influência)
Constitucionalismo contemporâneo (social): totalitarismo constitucional - normas programáticas (metas, programas, direção); objetivos a serem alcançados, Poder Público (cobrança, gestão de verbas públicas, organização controle; 
Constitucionalismo globalizado – proteção dos direitos humanos
Fraternidade e solidariedade
processo de intervenção do Estado para proteger os mais fracos (trabalhadores) realizando justiça social  fim século XIX e fortalece no século XX
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Constitucionalismo do futuro
Direitos Humanos + Direito Constitucional fraternal  verdade, solidariedade, consenso, continuidade, participação, integração, universalização.
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Constituição Federal
== Antiguidade
Aristóteles  distinção de leis constitucionais e comuns
Século XVIII  valorização do Estado
Homem organizando a política  modelar o Estado segundo princípios racionais
Antecedentes históricos: pactos, forais ou cartas de franquia e contratos de colonização e leis fundamentais do reino.
Pactos: convenção monarca X súditos – acordo de vontades – 
Exemplos: Magna Carta – João sem terra e súditos – direitos respeitados pela coroa.
Forais ou cartas de franquia – proteção a direitos individuais – participação dos súditos no governo – elemento político: outorga pelo senhor.
Contrato de colonização: quando peregrinos chegaram à América  regras  chefes de família  organização
Leis fundamentais do reino: defesa da Coroa – superioridade e imutabilidade – PODER!
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Pacto Social ou Contrato social
Idade Média  contrato com os súditos  POVO  sujeição ao príncipe, desde que governasse com JUSTIÇA.
Século XVII – Thomas Hobbes e John Locke  teoria>> sociedade se funda em pacto  Rousseau
Neoconstitucionalismo: 
Constitucionalismo pós-moderno, pós-positivimos.
Eficácia da Constituição!
Novo modelo = axiológico = constituição do valor  concretização dos direitos materiais  valorização das condições dignas.
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Concepção de norma fundamental
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Transformação do Estado  autoritarista 
 liberal-social
Influenciou D. Constitucional  DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
Surgimento de microssistemas  Código de Defesa do Consumidor, Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), leis de proteção ao meio ambiente, dentre outros...
Verticalização hierárquica das normas  topo do ordenamento  CF
Estado de Direito e Estado Democrático de Direito
Estado de Direito: busca a primazia da lei  princípio da legalidade, reconhece separação dos poderes, personalidade jurídica do Estado, garantia de direitos fundamentais e existência de controle de constitucionalidade.
Estado Democrático de Direito: normas democráticas, eleições livres, periódicas e pelo povo  respeito à soberania popular
Estado Constitucional: garantia de legitimação e limitação do poder.
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Terminologia
Constituição: verbo constituir  base, formação, composição, estrutura, organização
Alexandre de Moraes: lei fundamental e suprema
Regras de estruturação do Estado
Formação dos Poderes
Forma de governo
Forma de aquisição do poder de governar
Distribuição de competência, direitos e garantias dos cidadãos 
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Objeto da Constituição Federal
José Afonso da Silva:
Cabe ao Direito Constitucional o estudo sistemático das normas que integram a constituição do Estado. Sendo ciência, há que ser forçosamente um conhecimento sistematizado sobre determinado objeto, e este é constituído pelas normas fundamentais da organização do Estado, isto é, pelas normas relativas à estrutura do Estado, formas de governo, modo de aquisição e exercício do poder, estabelecimento de seus órgãos, limites de atuação, direitos fundamentais do homem e respectivas garantias e regras básicas da ordem econômica social (Curso de Direito Constitucional positivo, p. 34)
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Supremacia Constitucional
Escrita e rígida  procedimento rigoroso para qualquer tipo de alteração.
Supremacia ligada ao controle de constitucionalidade
Princípio da supremacia: todas as situações jurídicas de acordo com princípios e preceitos da Constituição... Omitir também é inconstitucional!
Requisito de validade da norma jurídica.
Controle estrutural na organização do Estado e compatibilidade das leis.
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Constituição
Conjunto de valores pré-definidos
Sentido político: estrutura de formação do Estado – regras para os titulares do poder – modo e forma de existência da unidade política
Sentido sociológico: reflexo de lutas sociais
– Aristóteles – modo de ser de cada sociedade.
-> essência, soma dos fatores reais
Sentido formal (jurídico): conjunto de normas superiores às outras
 Kelsen – teoria da norma pura do direito  reflexos.
Pedro Lenza  alocação da Constituição no DEVER SER  fruto da vontade racional do homem e não das leis naturais
José Afonso da Silva  sentido lógico-jurídico e jurídico-positivo
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Conceito por José Afonso da Silva
“A Constituição é algo que tem, como forma, um complexo de normas (escritas ou costumeiras); como conteúdo, a conduta humana motivada pelas relações sociais (econômicas, políticas, religiosas, etc); como fim a realização dos valores que apontam para o existir da comunidade; e, finalmente, como causa criadora e recriadora, o poder que emana do povo. Não pode ser compreendida e interpretada, se não se tiver em mente essa estrutura considerada como conexão de sentido, como tudo aquilo que integra um conjunto de valores” (op. cit, p. 39)
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Conceito material e formal
Material  ligado ao conteúdo, Exemplo Estado – organização
São regras estruturais – alicerces
Formal  forma, introdução – conjunto de normas reunidas em um documento solene, não importa a sua materialidade  traduz obrigação de procedimento solene.
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