Buscar

Strongyloides Stercoralis

Prévia do material em texto

Strongyloides stercoralis 
� Reino: Animalia 
� Filo: Aschelminthes 
� Superfamilia: Rhabdiasoidea 
� Família: Strongyloididae 
� Gêneros: Strongyloides 
� Espécie: S.stercoralis 
Morfologia 
 Fêmea partenogenética parasita 
• 1,7 a 2,5mm X 0,03 a 0,04 mm 
• corpo cilíndrico – ext. anterior arredondada 
e posterior afilada 
• esôfago filarióide 
• ovovivípara – ovo larvado 
• cutícula fina e transparente 
 
Constituição genética triplóide (3n) 
produzindo ovos: 3n, 2n e n; 
 Eliminam 30 a 40 ovos larvados/dia - ovo 
libera larva rabditóide dentro do hospedeiro 
Aparelho digestivo simples 
 
Morfologia 
Morfologia 
Morfologia 
Morfologia 
 Fêmea de vida livre ou estercoral 
•Constituição genética 2n 
• 0,8 a 1,2mm X 0,05 a 0,07 mm 
• Aspecto fusiforme→ext. ant. arredondada e 
ext. post. afilada 
• Cutícula fina e transparente, boca com três 
lábios, esôfago curto rabditóide. 
•Aparelho digestivo simples com boca 
contendo três lábios 
 
 
 Fêmea de vida livre ou estercoral 
 Ùtero com aproximadamente 28 ovos; 
 
Vulva localizada próximo ao meio do corpo; 
 
Apresenta receptáculo seminal 
 
 
Morfologia 
Morfologia 
Morfologia 
 Macho de vida livre 
•Constituição genética 1n 
0,7mm X 0,04 mm 
• Aspecto fusiforme, ext. ant. arredondada e 
ext. post. recurvada ventralmente 
• Boca com três lábios→esôfago tipo 
rabditóide →intestino terminando em cloaca 
 
•Apresenta espículos auxiliadores na cópula 
 
 
Morfologia 
Macho de vida 
livre 
larva rabditóide 
Morfologia 
Espículo 
Morfologia 
 Ovos 
• Elípticos, parede fina e transparente 
• 0,05mm X 0,03mm 
• Podem aparecer em pessoas com diarréia 
grave ou com uso de laxantes 
 
 
 
 
 
 Larva rabditóide 
Esôfago rabditóide 
Cutícula fina e hialina 
0,2-0,3 mm X 0,015 mm 
Vestíbulo bucal curto 
Primórdio genital nítido 
Cauda pontiaguda 
Morfologia 
Larva rabditóide 
Primórdio 
genital 
Esôfago rabditóide 
Primórdio 
genital 
Esôfago rabditóide vestíbulo bucal curto 
Larva rabditóide 
Larvas rabditóides 
S. stercoralis 
 
Esôfago rabditóide 
 
Vestíbulo bucal – curto 
 
Primórdio genital nítido 
 
 
Ancilostomídeos 
 
Esôfago rabditóide 
 
Vest. Bucal – alongado 
 
Vestígio de prim. gen. 
Larvas rabditóides 
S. stercoralis 
Ancilostomídeo 
Larvas filarióides 
S. stercoralis 
 
Esôfago filarióide - ½ do 
comp. da larva 
Não apresentam bainha 
 
Cauda entalhada 
 
 
Ancilostomídeos 
 
Esôfago filarióide – 1/3 do 
comp. da larva 
Apresentam cutícula 
externa - encapsuladas 
Cauda pontiaguda 
Larvas filarióides S. stercoralis 
cauda entalhada 
esôfago do 
tipo 
filarióide 
Larva filarióide S. stercoralis 
Larvas filarióides ancilostomídeos 
Habitat 
Fêmeas partenogenéticas→ parede intestino→ 
Criptas da mucosa duodenal 
 
Formas graves→ porção pilórica do estômago até 
intestino grosso 
Ciclo biológico 
Ciclo biológico 
Transmissão 
Hetero ou primoinfecção  L3 penetram através da 
pele, boca e esôfago 
 
Não há preferência pelo ponto do tegumento 
 
Mais frequente 
 
 
Auto-infecção externa ou exógena  L1 
(rabditóide)  região perianal  L3 (filarióide) 
penetração  ciclo direto 
 
Crianças, idosos ou pacientes internados  defecam 
na fralda, roupa ou por falta de higiene que deixa 
restos de fezes na região perianal 
 
Transmissão 
Auto-infecção interna ou endógena  L1 
(rabditóide)  luz intestinal  L3 (filarióide)  
penetração mucosa int. Aceleração desse 
mecanismo  Hiperinfecção 
Forma disseminada  vários órgãos 
 
Fêmeas partenogenéticas no pulmão 
 
Ex :paciente com constipação e retardo na 
eliminação do material fecal 
Baixa na imunidade  
 
Transmissão 
Patogenia e sintomatologia 
Carga parasitária, estado nutricional, resposta 
imunitária 
 
Ação mecânica, traumática, irritativa, tóxica e 
antigênica 
Patogenia e sintomatologia 
Cutânea 
• ponto de penetração das larvas. Reação celular 
apenas no local onde as larvas estão mortas. 
 
Ocorrência de cordão eritematoso em tecido 
subcutâneo com presença de prurido: Larva currens 
- 5 a 15 cm hora 
 
 
 
Pulmonar – tosse, febre, dispnéia e crises 
asmatiformes. Passagem das L3 dos capilares para 
os alvéolos  hemorragia, infiltrado inflamatório  
broncopneumonia, síndrome de Löeffler, edema 
pulmonar e insuficiência respiratória. 
 
Patogenia e sintomatologia 
Patogenia e sintomatologia 
Intestinal – presença de fêmeas partenogenéticas + 
larvas e ovos no ID (IG): 
 
1. enterite catarral – reação inflamatória leve com  da 
secreção mucóide 
• Parasito localizado nas criptas glandulares 
• Inflamação leve 
• Aumento do número de células que secretam mucina 
• responsáveis pelo aumento na produção de muco 
 
 
 
2. enterite edematosa – reação inflamatória com edema 
de submucosa 
 
• Parasitos localizados em todas as túnicas da parede 
intestinal 
• Reação inflamatória com edema 
• Desaparecimento do relevo mucoso 
• Síndome de má-absorção 
 
 
Patogenia e sintomatologia 
3. enterite ulcerosa – ulcerações com invasão 
bacteriana 
• Inflamação com intensa eosinofilia 
• Ulceração, produção de tecido fibrótico e alteração 
do peristaltismo (íleo paralítico) 
• Invasão bacteriana 
• Sintomas: diarréia, náusea, vômito, esteatorréia, 
desidratação, emagrecimento, choque hipovolêmico, 
que associado a outras condições, pode ser fatal. 
Patogenia e sintomatologia 
Patogenia e sintomatologia 
4. Disseminada – imunocomprometidos 
• rins – hematúria e proteinúria 
• fígado e vesícula biliar – colecistite 
• coração 
• Cérebro 
• pâncreas, tireóides, próstata, linfonodos... 
• infecção bacteriana secundária 
 
Patogenia e sintomatologia 
• dor abdominal 
• vômitos 
• diarréia intensa 
• pneumonia hemorrágica 
• broncopneumonia bacteriana 
• insuficiência respiratória 
• óbito 
Hiperinfecção em pacientes imunodeficientes e 
pacientes que utilizam corticoesteróides em doses 
elevadas. 
 
 Os corticoesteróides, por seus metabólitos que se 
assemelham a hidroxiecdisona, promovem completa 
transformação das larvas rabditóides em filarióides 
que invadem a mucosa intestinal. 
Patologia 
Diagnóstico laboratorial 
Liberação de larvas nas fezes é irregular 
 
 Utilização de 3 a 5 amostras colhidas em dias 
alternados. 
 
Pesquisa de larvas em fezes sem conservantes. 
 
Exame de fezes: pesquisa de larvas – Baermann-
Moraes e Rugai 
 
 
 
Coprocultura – Desenvolvimento do ciclo indireto 
Método de Loos (carvão vegetal), Harada& Mori 
(papel filtro) e método de cultura em placa de ágar. 
 
Pesquisa de larvas em secreções e outros líquidos 
orgânicos: broncopulmonar, duodenal, urina, líq. 
pleural, ascítico e LCR. 
 
Diagnóstico laboratorial 
Diagnóstico laboratorial 
A – Método de Rugai 
B – Método de Baermann 
C – Método de Harada-Mori 
Diagnóstico diferencial 
A: LR ancilostomídeo 
B: LR S. stercoralis 
C: LF ancilostomídeo 
D: LF S.stercoralis 
1.vestíbulo bucal longo 
2. primórdio genital 
rudimentar 
3. vestíbulo bucal 
pequeno 
4. primórdio genital 
5. Bainha 
6. cauda pontiaguda 7 
7. esôfago longo 
8. cauda bifurcada. 
ELISA 
• Utilização de antígeno de S ratti. 
• Reaçõescruzadas com ancilostomose e ascaríase 
 
 Outras formas de diagnóstico 
• Western blotting 
• Biópsia intestinal 
• Endoscopia digestiva 
Diagnóstico imunológico 
Tratamento 
Tiabendazol – atua somente sobre as fêmeas 
partenogenéticas 
 
Cambendazol – atua sobre as fêmeas 
partenogenéticas e larvas 
 
Albendazol – atua sobre as fêmeas 
partenogenéticas e larvas – não deve ser usado 
nas formas disseminadas 
 
Ivermectina 
 
 
Nos casos de constipação intestinal, associar um 
laxativo para impedir a evolução das larvas 
rabditóides e causar uma auto-infecção interna. 
 
Tratamento 
Nos paises desenvolvidos, a infecção prevalece em 
trabalhadores rurais e agricultores. 
 Nos países tropicais, a infecção prevalece em 
crianças. 
 
 Fatores epidemiológicos: contaminação do solo com 
fezes, temperatura entre 25 a 35°C, solo arenoso, 
úmido , rico em matéria orgânica e com ausência de 
luz direta. 
Epidemiologia 
Tratamento dos indivíduos parasitados 
 Uso de calçados 
 Higiene alimentar 
 Higiene pessoal 
 Cuidado com contaminação do solo 
Profilaxia 
Referências bibliográficas 
DE CARLI, Geraldo Attílio. Parasitologia 
Clínica.2.Ed.São Paulo: Ed. Atheneu, 2007. 906p 
 NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 
12.Ed.São Paulo: Editora Atheneu, 2011. 
 REY, Luis. Bases da Parasitologia Médica. 
3.Ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 
2010.391p. 
 www.dpd.cdc.gov

Continue navegando