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Amostragem de solo para avaliação da sua fertilidade • A ferramenta mais importante para a adequada avaliação da fertilidade do solo é a análise química das diversas variáveis que influenciam o crescimento e desenvolvimento das plantas; • Os valores obtidos para cada variável são indicativos (suficiência ou deficiência) e possibilitam a indicação de medidas adequadas para manejar a fertilidade do solo. Variáveis pH em água Alumínio trocável (Al3+) Cálcio (Ca2+) e Magnésio (Mg2+) trocáveis Fósforo (P) disponível Potássio (K+) disponível Hidrogênio (H+) + Alumínio (Al3+) Micronutrientes (B, Cu, Fe, Mn e Zn) Somas de bases trocáveis (S.B.) CTC efetiva (CTCe ou t) CTC total (CTC ou T) Saturação por bases trocáveis (V%) 3.2.12 Saturação por alumínio (m%) 3.2.13 Matéria orgânica (M.O.) pH em água Alumínio trocável (Al3+) Cálcio (Ca2+) e Magnésio (Mg2+) trocáveis Fósforo (P) disponível Potássio (K+) disponível Hidrogênio (H+) + Alumínio (Al3+) Micronutrientes (B, Cu, Fe, Mn e Zn) Somas de bases trocáveis (S.B.) CTC efetiva (CTCe ou t) CTC total (CTC ou T) Saturação por bases trocáveis (V%) Saturação por alumínio (m%) Matéria orgânica (M.O.) • O plano de fertilização do solo para uma nutrição mineral adequada das culturas é constituído basicamente pelas seguintes etapas: 1. Amostragem de solo da área a ser cultivada; 2. Análises laboratoriais; 3. Interpretação da(s) análise(s); 4. Recomendação de corretivos e fertilizantes; 5. Aplicação e manejo dos insumos na lavoura. Amostragem de solo • É a primeira e principal etapa de um programa de avaliação da fertilidade do solo, pois é com base na análise química da amostra do solo que se realiza a interpretação e que são definidas as doses de corretivos e de adubos a serem recomendadas. Amostra de solo • É a porção de solo que é capaz de representar fielmente as características químicas de uma determinada área: Do ponto de vista da fertilidade do solo: • AMOSTRA SIMPLES (sub-amostra): é uma pequena quantidade de solo coletada ao acaso com equipamento adequado em uma determinada área (gleba) uniforme (homogênea); • AMOSTRA COMPOSTA (amostra): é formada por várias amostras simples, devidamente misturadas, com o fim de representá-la e que será enviada ao laboratório para análise. Representatividade da amostra Ex.: amostra de 300g • Área de 1,0 ha (10.000 m²); • Profundidade: 0-20 cm • Volume de solo: 2.000.000 dm³/ha; • Amostra 300g »» utiliza-se 10g para análises. Instrumentos de coleta (manual) Sonda Trado holandês Enxadão Pá de corte Brocas para amostragem de solo Coleta mecanizada Profundidade de coleta • Para a maioria das culturas, as amostras simples são coletadas na camada de 0-20 cm, no entanto, deve-se levar em conta a camada de solo onde se concentra o maior volume do sistema radicular. Sistema radicular Para que a amostra seja representativa é necessário: 1) Dividir a área a ser amostrada em talhões homogêneos; (Obs.: os solos são normalmente heterogêneos e a variabilidade é freqüentemente observada por profissionais e agricultores, ocorrendo mesmo dentro das chamadas “áreas uniformes”) Obtenção de área uniformes: a) Topografia; b) Cobertura vegetal; c) Cor do solo; d) Textura; e) Drenagem; f) Histórico de manejo do solo e uso de insumos. 2) Utilizar o mesmo equipamento de coleta durante toda a amostragem (sonda, trado, enxadão ou pá de corte) para que o volume de cada amostra simples seja sempre o mesmo; ATENÇÃO: todas as ferramentas e recipientes usados para a amostragem e embalagem da terra devem estar limpos e, principalmente, não devem conter resíduos de calcário ou fertilizantes. Para amostras nas quais pretende-se também analisar micronutrientes, use trado de aço e baldes plásticos. 3) Coletar o maior número de amostras simples possível para a formação de uma amostra composta cujo resultado desta última seja mais preciso. OBS.: geralmente recomenda-se a coleta de aproximadamente 20 amostras simples (trado ou enxadão) e 30 amostras simples (sonda). ATENÇÃO: o número de amostras simples coletadas com a sonda é maior em razão do menor volume de solo obtido com essa ferramenta. 4) Não raspar o solo da superfície do local de coleta; Obs.: se necessário, retirar somente o material vegetal (folhas); ATENÇÃO: evitar a coleta de amostras em locais próximos a cupinzeiros, formigueiros, queimadas de restos culturais, currais, saleiros, cochos de animais etc. 5) Na área a ser amostrada, realizar a coleta das amostras simples em zig-zag, nas profundidades de interesse agronômico: 0-20 cm; 20-40 cm; 40- 60 cm etc; ATENÇÃO: Amostras coletadas em faixas de profundidades intermediárias, (0-5 cm, 5-10 cm, 0-10 cm etc.) geram valores que não podem ser interpretados com base nas classes de disponibilidade de nutrientes disponíveis na literatura, uma vez que a maioria dessas faixas foram determinadas para a profundidade de 0-20 cm. 6) Em áreas cultivadas com culturas perenes, realizar a coleta das amostras simples sob a copa das plantas, no local de aplicação dos fertilizantes. OBS.: recomenda-se também, para o caso de culturas perenes, a coleta de amostras nas entrelinhas, para avaliação dos teores de nutrientes e de características relacionadas à acidez. »» Neste caso, devem ser enviadas duas amostras compostas para o laboratório: uma coletada sob a copa das plantas e outra coletada na entrelinha. 7) Reunir todas as amostras simples em um recipiente limpo, de preferência de plástico (balde). Posteriormente, fazer mistura de todo o conjunto de amostras simples, destorroando o solo. Deixar secar à sombra. ATENÇÃO: retirar aproximadamente 300g dessa mistura, colocar em um saco plástico limpo, fazer a identificação e enviar para o laboratório. Planejamento da amostragem: • A análise de solo é uma técnica fundamental para ajustar os programas de calagem e de adubação a longo prazo; • Desta forma, é preciso se ter um planejamento adequado da amostragem do solo, possibilitando que se tome decisões acertadas. Época e freqüência de amostragem • ÉPOCA: poderá ser feita em qualquer época do ano. É preciso que se saiba que em alguns meses do ano há maior atividade dos laboratórios (julho e agosto), acarretando uma maior demora na entrega dos resultados por parte dos mesmos; • FREQUÊNCIA: é dependente da intensidade de uso da área. Naquelas onde se pratica apenas uma cultura por ano pode-se amostrar a cada 3, 4 ou 5 anos. Em áreas onde se faz 2 a 3 culturas anuais consecutivas, com uso intensivo de adubação, pode ser interessante se fazer amostragem anualmente ou de 2 em 2 anos. Em média, deve-se repetir a amostragem a cada 2 a 3 anos.
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