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Noções Gerais de 
Direitos Humanos
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“Nenhum homem é uma ilha, um ser inteiro, 
em si mesmo; todo homem é uma partícula do 
continente, uma parte da terra. A morte de um 
único homem me diminui, porque eu pertenço 
à Humanidade”.
John Donne
Direitos Humanos
Os Direitos humanos constituem um ramo do 
direito, da mesma forma que o direito civil, o 
direito do trabalho ou o direito administrativo. 
Direitos Humanos
• Antiguidade (*** - 476)
• Idade Média (476 - 1453)
• Idade Moderna (1453 - 1789)
• Idade contemporânea (1789 - atual)
Direitos Humanos
Os Direitos humanos buscam igualar todo ser 
humano naquilo que possuem de mais 
elementar: o pertencimento à espécie 
humana, independente da cor da pele, 
religião, nacionalidade, sexo, idade, etnia ou 
qualquer outra condição. 
Direitos Humanos
Conjunto de normas jurídicas nacionais e 
internacionais que buscam assegurar um 
patamar mínimo de dignidade para todo e 
qualquer ser humano.
Conceito
O Direitos Humanos visam concretizar as 
exigências de dignidade da pessoa humana, 
de liberdade e igualdade, as quais devem ser 
reconhecidas pelos ordenamentos jurídicos 
em âmbito nacional e internacional. 
Noções Gerais
No âmbito internacional as normas jurídicas 
de Direitos Humanos se revelam por meio de:
a) tratados internacionais;
b) costumes;
c) princípios gerais do Direito Internacional.
Âmbito Internacional
No âmbito interno destacam-se:
a) constituição;
b) leis específicas;
c) atos normativos secundários (decretos 
executivos). 
Âmbito Nacional
Os Direitos Humanos possuem superioridade 
normativa material (quanto ao seu conteúdo) 
e formal (jus cogens), pois são imperativas e 
não podem ser derrogadas por vontade das 
partes.
Características
Os Direitos Humanos são fruto de um longo 
processo histórico, de diversas lutas pelo 
reconhecimento do ser humano como o fim, e 
não um meio, do Direito.
Historicidade
Os Direitos Humanos se aplicam a todas as 
pessoas em qualquer parte do mundo.
A corrente relativista busca adequar os 
Direitos Humanos às particularidades sociais 
de cada Estado, povo ou nação.
Universalidade
Os titulares dos Direitos Humanos não podem 
renunciar a esses direitos. Tal renúncia é 
considerada nula, ainda que realizada 
livremente pelo indivíduo.
Irrenunciabilidade
Os Direitos Humanos não podem ser 
negociados (vendidos, cedidos, emprestado, 
doados etc.).
Inalienabilidade
Os Direitos Humanos não se sujeitam a prazo 
prescricional, ou seja, não se esvaem com o 
passar do tempo.
A pretensão indenizatória por violação aos 
Direitos Humanos está sujeita a prescrição.
Imprescritibilidade
Os Direitos Humanos possuem uma relação 
complexa de proteção por meio de diversos 
diplomas jurídicos internacionais e nacionais.
Interdependência
O jurista italiano Norberto Bobbio, no livro A 
era dos direitos, organizou uma classificação 
dos Direitos Humanos em “gerações” 
(atualmente dimensões), de acordo com seu 
período e características.
Dimensões
Os Direitos Humanos de Primeira Dimensão se 
relacionam com o ideal de liberdade e 
compreendem os direitos civis e políticos.
Dimensões
Os Direitos Humanos de Segunda Dimensão se 
relacionam com o ideal de igualdade e 
compreendem os direitos sociais, culturais e 
econômicos.
Dimensões
Os Direitos Humanos de Terceira Dimensão se 
relacionam com o ideal de fraternidade e 
compreendem os direitos coletivos e difusos.
Dimensões
Primeira Dimensão Segunda Dimensão Terceira Dimensão
Liberdade Igualdade Fraternidade
Direitos civis e 
políticos
Direitos sociais, 
culturais e 
econômicos
Direitos coletivos e 
difusos
Revolução Francesa Revolução Mexicana II Guerra Mundial
Declaração dos 
Direitos do Homem e 
do Cidadão (1789)
Constituição de 
Weimar (1919)
Declaração Universal 
dos Direitos Humanos 
(1948)
Estado absolutista –
liberal
Estado liberal – social
Estado social –
constitucional
Liberdade de 
expressão
Educação Meio ambiente
Atualmente já se projetam Direitos Humanos 
de Quarta e Quinta Dimensões se relacionam 
com os avanços na área da genética e com a 
paz mundial (respectivamente).
Dimensões
Os tratados de direitos humanos preveem 
somente obrigações aos Estados e não aos 
cidadãos desses Estados.
Natureza Objetiva
Antes de provocação do órgão internacional 
para apuração de violação aos direitos 
humanos, é preciso provocar os órgãos 
internos. Assim, a atuação dos órgãos 
internacionais é subsidiária e complementar à 
atuação interna do Estado. 
Esgotamento Interno
A soberania como limite de aplicação dos 
Direitos Humanos é fortemente contestada 
doutrinadores, que compreendem que existe 
um conjunto de regras mínimas protetivas que 
devem ser observadas independentemente 
das diversidades políticas, econômicas, 
sociais ou culturais.
Limites
• Direito Humanitário (normas de proteção 
humana em períodos de guerra)
• Liga das Nações (organismo internacional 
para a promoção da paz entre as nações)
• OIT (órgão internacional que promove o 
respeito e dignidade do trabalhador)
Precedentes Históricos
Constitui a expansão, para além das fronteiras 
nacionais, dos direitos fundamentais da 
pessoa humana, bem como a consagração das 
normas “jus cogens”.
Internacionalização
Global
• ONU
Regional
• Sistema Europeu de Direitos Humanos
• Organização dos Estados Americanos (OEA)
• Organização da Unidade Africana (OUA)
Internacionalização
Para além dos sistemas internacionais de 
Direitos Humanos, cada país possui uma 
organização específica em relação ao tema, 
denominados sistemas nacionais de proteção 
aos Direitos Humanos. 
Internalização
No atual regime jurídico brasileiro, para 
ingressarem na ordem jurídica interna, os 
tratados são submetidos a um longo processo. 
Desde o início de sua formação até a 
incorporação, são identificadas seis fases [...]
Incorporação
a) negociação
b) assinatura
c) mensagem ao Congresso
d) aprovação mediante decreto legislativo
e) ratificação
f) promulgação mediante decreto presidencial
Incorporação
As fases de negociação e assinatura, são de 
competência do Presidente da República (art. 
84, VIII). Em razão da possibilidade de 
delegação, quem as executa são o Ministro 
das Relações Exteriores e os Chefes de Missões 
Diplomáticas.
Incorporação
Assinado o tratado, começa a fase interna de 
aprovação e execução, por meio uma 
mensagem do Presidente ao Congresso 
Nacional. Essa mensagem é um ato político 
em que são remetidos a justificativa e o inteiro 
teor do tratado.
Incorporação
Recebida a mensagem, formaliza-se a 
procedimento legislativo de aprovação. 
Iniciando-se na Câmara dos Deputados e 
terminando no Senado, o qual visa edição de 
Decreto Legislativo, promulgado pelo 
Presidente do Senado.
Incorporação
Aprovado pelo Congresso, o Decreto 
Legislativo é remetido ao Presidente para a 
ratificação. Contudo, uma vez ratificados, os 
tratados em geral ainda não surtem efeitos, 
quer na ordem interna, quer na ordem 
internacional.
Incorporação
Para produzir efeito perante o direito 
internacional, faz-se necessário o envio do 
instrumento ratificado pelo Presidente da 
República ao depositário do tratado, que o 
protocolará e enviará cópia aos outros 
Estados que integram o pacto internacional.
Incorporação
Para produzir efeitos na ordem interna, deve 
ocorrer a promulgação de Decreto do Poder 
Executivo (ato com força de lei) pelo 
Presidente.
Incorporação
O Decreto Executivo acarreta três efeitos:
a) promulgação do tratado;
b) publicaçãooficial de seu texto;
c) executoriedade do ato internacional que 
passa então a “vincular e obrigar no plano do 
direito positivo interno”, como lei ordinária.
Incorporação
Com a promulgação da EC 45/03, que 
introduziu o art. 5º, § 3º, na Constituição, todo 
tratado sobre direitos humanos aprovado com 
base no rito tradicional (Decreto Legislativo 
mais Decreto Executivo) terá estatura 
“supralegal”, isto é, estará abaixo da 
Constituição, mas acima das leis.
Incorporação
Já os Tratados Internacionais sobre Direitos 
Humanos, aprovados na forma do art. 60, da 
Constituição, equivalem as Emendas 
Constitucionais.
Incorporação
Noções Gerais de 
Direitos Humanos
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