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HPE TERCEIRA PROVA LETÍCIA EMILLY

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA 
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA 
 
  
 
 
LETÍCIA EMILLY 
20170104800 
 
 
REFERENTE A TERCEIRA AVALIAÇÃO 
QUESTIONÁRIO: A REVOLUÇÃO MARGINALISTA, A TEORIA KEYNESIANA.
 
HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO
Prof. Dr. TIAGO FARIAS SOBEL
A REVOLUÇÃO MARGINALISTA
1º) em que consistiu a chamada revolução marginalista e o que ela teve de peculiar/característico?
	Os neoclássicos foram os responsáveis por mudar a teoria do valor começada com Adam Smith e com David Ricardo (Estes autores explicavam a formação dos preços, basicamente, pelos seus custos de produção. Se uma mercadoria "A" custava, para ser produzida, o dobro que a mercadoria "B, o preço de "A" seria duas vezes maior que o preço de "B"). Porém, com a dependência dos custos ao volume da produção, os custos caem quando o volume da produção aumenta, ou seja, era necessário levar em consideração a demanda pelas mercadorias,
 Tendo em vista isso, relacionaram o estudo da demanda ao conceito de utilidade (O valor da utilidade marginal se define como sendo o valor, para o consumidor, representado por uma unidade adicional de alguma mercadoria, uma unidade marginal, à margem.) O gráfico da utilidade marginal é crescente, porém com intensidade diminuída a cada unidade adicionada, chegando um momento em que a utilidade será decrescente devido a satisfação completa o que é chamada de lei dos rendimentos marginais decrescentes, como observa-se a seguir:
 
	A análise marginal leva a resolução do paradoxo do valor, que é separado em valor de uso (subjetivo) e valor de troca (utilidade oferecida pelo consumo do último bem no mercado). A peculiaridade apresentada é a introdução do cálculo diferencial na busca para solução de problemas (salário, valor da água, valor do transporte...).
2º). Quais eram as principais críticas teóricas que se faziam à teoria clássica nos anos que antecederam a Revolução Marginalista? Além disso, é possível se apontar alguma relação entre as mudanças na sociedade inglesa e a crise da Economia Clássica?
	Três importantes fundamentos clássicos foram duramente criticados, os principais críticos foram os representantes da Escola Histórica, Marx e os Marginalistas.
 A teoria do fundo de salário (fundo do salário/ quantidade de mão de obra) recebeu críticas de: Mill, que afirmava que os salários não podiam aumentar sem ser ligado ao fundo dos empregados e contratação de mão de obra ou pela diminuição na concorrência.; Schumpeter citou que “assinar a fundo a teoria do fundo de salário tornou-se esporte favorito dos economistas”; Já Jevons afirma que essa teoria é ilusória. 
A teoria da taxa natural de salário foi perdendo confiança/ credibilidade devido ao fato de afirmar que o salário tende a manter o crescimento demográfico constante quando houve o aumento do crescimento populacional entre os anos de 1850/1860 e melhorias no padrão de vida da população.
Outra teria clássica que foi amplamente crítica foi a da teoria do valor-trabalho, que segundo Jevons necessitava de uma avaliação mais especifica para bens de oferta imutável.; Menger critica diretamente a afirmação que o valor da terra dependeria da sua fertilidade e não do curso de mão de obra para que seja mantida a produção, de Ricardo.; outro crítico é Walras que critica “causalidade valor” apenas do “custo/MO” para “P”.
Lado a lado às criticas direcionadas as teorias e métodos clássicos citados acima, a perca de credibilidade para com os clássicos contribuiu para relacionar a hostilidade ao ambiente social e econômico do período, ou seja, a opinião pública contestava os clássicos. Ao lado da deterioração das condições de trabalho e do prolongamento de sua jornada, novas mudanças são propiciadas pela incorporação no mercado de trabalho de mulheres e crianças. A culpa se deu ao liberalismo e as falhas clássicas. A vida exacerbada por uma configuração mais conflituosa entre as classes se traduzia em tensões crescentes na política o que levou a uma ação mais incisiva do Estado na economia com o objetivo de atenuar esses conflitos. A teoria marginal é tida como importante ferramenta p/auxiliar decisões de alocação ótima dos recursos.
3º) De um modo geral, descreva as principais contribuições de Cournout e Von Thunen à evolução da ciência econômica em direção à análise “Marginalista”.
	Cournot foi o primeiro teórico que passou a utilizar a matemática para descrever alguns conceitos econômicos, como o da demanda, oferta e preço. Ao analisar os mercados em monopólio, estabeleceu o ponto de equilíbrio de monopólio, chamado de ponto de Cournot. Também utilizou o conceito de elasticidade-demanda de Marshall, redimentos de escala e a maximização através da igualdade entre receita marginal e custo marginal. Estudou o duopólio e oligopólio, estabelecendo o conhecido modelo de Cournot. Também contribuiu significativamente para o estudo da estatística. Que posteriormente seria precursor dos teóricos marginalistas.
	Von Thunen foi divergente com Ricardo em relação a teoria da renda da terra do mesmo, Thunen afirmava que o que seria determinante da renda da terra era o custo de transporte e a produtividade dos meios de produção e não a fertilidade relativa das terras (Ricardo).
4º) Qual a importância do entendimento acerca da centralidade do conceito de “Utilidade” e “Utilidade Marginal” para a consolidação da corrente marginalista como principal corrente do pensamento econômico?
	O reconhecimento da importância de tais conceitos como centrais cresceu a partir de 1870 pois a utilidade deu forma a perspectiva psicológica e subjetiva em economia e o uso do “marginal” direcionou a economia à analises com objetivo de maximização. Tornando o conceito de Utilidade e Utilidade do bem adicionado como fundamentais para a nova tendência baseada em cálculo marginal, escolhas individuais e micro estática (Que iriam consolidar a corrente marginalista como principal correte do pensamento econômico.).
5º) Explique o “paradoxo do valor” de Smith e como a análise marginalista contribuiu para solucionar este aparente paradoxo?
	Em sua principal publicação, Adam Smith apresenta um questionamento: “Porque é que a água que é tão essencial à vida vale muito menos do que o diamante que é apenas um bem de luxo? ”, conhecido como “Paradoxo do Valor”, que só foi respondido cerca de dois séculos depois, quando os Marginalistas apresentaram suas conclusões relacionadas a importância da utilidade marginal na escolha do consumidor. 
	Com os marginalistas, o valor de determinado bem está na satisfação, na utilidade que o consumidor extrai desse bem. A água apresenta um alto valor de uso (pois é essencial para os seres vivos) e um baixo valor de troca (pois é abundante na natureza), ao contrário do diamante, que apresenta baixo valor de uso e alto valor de troca.
	Ou seja, “como a água é abundante e sua transformação em agua potável apresenta custos baixos difere do diamante, que são escassos e tem custo de extração da natureza extremamente elevado” – Samuelson.
A REVOLUÇÃO KEYNESIANA
1º). Como a demanda agregada é determinada no modelo clássico? Quais seriam os efeitos de um aumento na demanda agregada sobre o produto, o emprego e o nível de preços? Explique.	
A demanda agregada para os clássicos tem como base a teoria quantitativa da moeda. MV= PT (M- oferta de moeda/V- velocidade de circulação da moeda/ P- nível geral dos preços/T- nível da atividade econômica) Um aumento de M eleva o consumo, o que gera aumento do nível dos preços. M e P têm relação direta e proporcional.
 No decorrer do processo de ajuste da economia, a demanda em excesso agregado resulta em inflação, o que gera uma variação no nível dos preços sem aumentar a renda ou o produto, ou seja, a oferta de bens e serviços. Um choque negativo de demanda gera quedas nos preços e salários, porém as quantidades de bens e serviços permanecem constantes. O principal motivo pelo qual a quantidade ofertadade bens, serviços e nível de emprego não caem é o fato do salário real se manter constante. Com o salário real constante as empresas contratam continuamente e os trabalhadores continuam ofertando mão de obra e consumindo uma mesma quantidade de bens e serviços. O salário nominal como flexível e o salário real em constância.
2º). Explique como as origens da revolução Keynesiana associam-se ao problema do desemprego.
	Na década de 1930, a conjuntura econômica mundial passava por uma profunda crise, chamada de “Grande depressão”, que é considerado o maior e mais forte período de recessão do século XX. A quebra da bolsa de valores de NY gerou elevação extrema das taxas de desemprego nos EUA e nos principais países capitalistas Europeus, além da bruta queda em seus PIBS. O pensamento e teoria econômica vigente (CLÁSSICOS) afirmava que se tratava de um problema temporário e não apresentavam explicações nem soluções para tal cenário.
A teoria geral de Keynes consegue mostrar que as combinações das políticas econômicas adotadas até então não estavam funcionando adequadamente para aquele contexto, e apontou soluções que poderia tirar o mundo da recessão e estabilizar as taxas da economia, inclusive a de desemprego.
No gráfico abaixo, poderemos visualizar melhor tal taxa (desemprego).
3º). Qual o teor da crítica de Keynes à Lei de Say? Nesse sentido, qual seria o papel da demanda efetiva na determinação do produto e do nível de emprego, segundo Keynes?
	No decorrer do desenvolvimento de sua teoria, Keynes afirma que as decisões de investimento não costumam ser tomadas em um cenário de incertezas. Devido a isso, o tratamento da moeda como reserva de valor de alta liquidez, as incertezas podem levar a retenção da moeda por parte dos investidores. Keynes afirma que a fundamentação neoclássica só teria validade caso não existisse demanda especulativa por moeda. A crítica a Lei de Say refutou a hipótese neoclássica sobre o comportamento dos investidores, poupadores e consumidores. Ele basicamente demonstrou que a demanda agregada somente será automaticamente regulada de modo a não divergir da oferta agregada se a demanda especulativa da moeda for inexistente.
Segundo Keynes, o nível da demanda efetiva da economia determina o nível de produto agregado e de renda, no que se convencionou chamar de princípio da demanda efetiva.
Keynes, que resumia a Lei de Say como "a oferta cria sua própria demanda", e assim como o economista político clássico Thomas Malthus, não acreditava que a produção de mercadorias geraria, sempre e obrigatoriamente, demanda suficiente para outras mercadorias. Poderiam ocorrer crises de superprodução, como ocorreu na década de 1930. Assim, o mercado pode, durante os períodos recessivos, não gerar demanda o bastante para garantir o pleno emprego dos fatores de produção devido ao entesouramento das poupanças. Nessas ocasiões, seria aconselhável que o Estado criasse déficits fiscais para aumentar a demanda efetiva e gerar uma situação de pleno emprego.
4º). Na teoria Keynesiana, o nível da demanda agregada é sempre afetado positivamente por uma queda na taxa de juros? Se sim, como? Se não, por quê?
A relação entre o nível de preços e a quantidade demandada de bens e serviços é negativa. Sem mudanças na demanda por moeda, a taxa de juros se reduz e essa queda da taxa de juros leva a um aumento da quantidade de bens e serviços demandados. O nível de preços é determinado pela quantidade de moeda demandada. Um nível de preços mais alto aumenta a quantidade de moeda demandada para qualquer taxa de juros. Demandas mais elevadas levam a aumentos na taxa de juros fato que reduz quantidade de bens e serviços demandada se reduz.
5º). Para Keynes, qual seria a política econômica mais eficiente: a política monetária ou a fiscal? Explique
	A intervenção estatal para Keynes, apresenta-se, principalmente, na forma de política fiscal. Esta se ancora tanto na administração dos gastos públicos quanto na política de tributação. Por conseguinte, a política fiscal Keynesiana recai, diretamente, sobre a demanda agregada da sociedade, isto é, sobre o investimento e o consumo, público e privado.
Na fase expansiva do ciclo econômico, segundo a ortodoxia Keynesiana, a política monetária deve ser restritiva, com taxas de juros mais altas e redução da quantidade de moeda na economia, o que é feito mediante a venda, pelo Banco Central, de títulos da dívida pública, e a política fiscal deve ser mais austera, com redução dos gastos públicos, e aumento da tributação, da carga tributária, sobre os fatores de produção, como forma de combater a maior ameaça da fase expansionista do ciclo econômico, que é a inflação. Ambas as políticas se direcionam para conter a demanda agregada e evitar o aumento generalizado dos preços. No que concerne à política fiscal, tal combinação de maior tributação com menor despesa pública contribui para a ocorrência de superávit fiscal nas contas do Governo.

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