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Seminário A. Kroeber. O Superorgânico, Cultura como Adaptação

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Instituto de Filosofia, Sociologia e Política
 
 Cultura como adaptação
 “O Superorgânico”
 Alfred Luis Kroeber
 Mariele Afonso Domingues 
Júnior Henrique Kerber
 
 
 Pelotas, 16 de outubro de 2014
Cultura como adaptação
O Superorgânico, Alfred Kroeber.
Alfred Luis Kroeber (1876-1960) foi um antropólogo estadunidense, obteve um papel de destaque entre seus colegas antropólogos em sua época, caracterizava-se pela profundidade teórica e pelo seu campo de trabalho amplo, o qual incluía trabalhos relacionados aos indígenas, a arqueologia, a lingüística e ao folclore. Como aluno de Franz Boas, trabalha com a crítica a visão de cultura na antropologia evolucionista e do darwinismo social, dirigindo críticas a autores como Herbet Spencer. Sendo assim, ainda hoje citado, por ser um dos principais representantes da orientação culturalista na antropologia norte-americana. Reconhecimento este, que se deve ao seu artigo “O Superorgânico”, publicado em 1917, o qual visa mostrar a cultura como um sistema independente da natureza e, do qual trataremos neste trabalho.
O artigo:
“O Superorgânico”, levanta a discussão que visa elucidar a diferença que separa o orgânico e o cultural;
No artigo, o autor apresenta a natureza da cultura, que seria a atividade humana que transcende o plano do orgânico. Ou seja, aquilo que o homem acrescenta a natureza, a partir de sua própria natureza criadora;
O homem, diferentemente dos animais, rompe as barreiras ambientais e transforma toda a Terra em seu habitat, é assim, um ser superorgânico;
No artigo, o autor destaca a distinção entre o homem e os demais animais. Distinção, que se dá pelo poder transformador do homem, onde ele é capaz de modificar o meio em que vive, é capaz de transformar todo o planeta em seu habitat, diferentemente dos outros animais, que acabam por modificar seus próprios organismos, para melhor se adaptarem ao meio. Aí vemos a diferença do orgânico e do cultural, onde o homem é o único animal capaz de produzir a cultura. Cultura, que para Kroeber seria o que classificaria o homem como um ser superorgânico, ou seja, essa capacidade criadora do homem, de acrescentar algo que lhe seja necessário a natureza. A cultura surge assim, como algo humano, pois ela só pode existir onde exista civilização, e a civilização é algo pertencente a espécie humana, é a civilização que nos distingue dos demais animais. A cultura então, é um processo acumulativo, resultante de toda a experiência histórica das gerações anteriores.
“... A distinção importante entre o animal e o homem não é a que existe entre o físico e o mental, que é uma diferença de grau relativo, mas a entre o orgânico e o social, que é de qualidade. O animal tem mentalidade, e nós temos corpos; mas o homem tem na civilização o que nenhum animal possui.”Pág.238
Kroeber demonstra a diferença entre o homem e os diversos animais, usando entre outros, o exemplo da linguagem, que no homem se distingue dentre as diferentes nacionalidades, idiomas e etc. Diferentemente dos animais, a linguagem utilizada pelo homem não é hereditária, ela é adquirida, é externa, é portanto, um produto social e não um crescimento orgânico. É através da linguagem, que o homem expressa pensamentos e conhecimentos que são herdados culturalmente e não geneticamente, a linguagem humana adquire na cultura, como se vê um papel de grande importância. O autor destaca ainda diversos outros exemplos, através dos quais reafirma o homem como um ser superorgânico, ou seja, um ser que se desenvolve além do orgânico, por um processo fortemente acumulativo:
“O processo do desenvolvimento da civilização é fortemente acumulativo, conserva-se o antigo, apesar da aquisição do novo.”Pág.235
Assim, observa-se que as instituições religiosas, o uso de ferramentas, a lingüística, as vestimentas, e meios empregados para a sobrevivência, entre outros, são fatores “superorgânicos” transmitidos pela cultura na qual estão inseridos os indivíduos. 
Resumindo, a contribuição de Kroeber para a ampliação do conceito de cultura pode ser relacionada nos seguintes pontos:
A cultura, mais do que a herança genética, determina o comportamento do homem e justifica as suas realizações;
O homem age de acordo com os seus padrões culturais. Os seus intuitos foram parcialmente anulados pelo longo processo evolutivo que passou;
A cultura é o meio de adaptação aos diferentes ambientes ecológicos. Em vez de modificar para isto o seu aparato biológico, o homem modifica o seu equipamento superorgânico;
Em decorrência da afirmação anterior, o homem foi capaz de romper as barreiras das diferenças ambientais e transformar toda a terra em seu hábitat;
Adquirindo cultura, o homem passou a depender muito mais do aprendizado do que de agir através de atitudes geneticamente determinadas;
Como já era do conhecimento da humanidade, desde o iluminismo, é este processo de aprendizagem ( socialização ou endoculturação, não importa o termo) que determina o seu comportamento e a sua capacidade artística ou profissional;
A cultura é um processo acumulativo, resultante de toda a experiência histórica das gerações anteriores. Este processo limita ou estimula a ação criativa do indivíduo;
Os gênios são indivíduos altamente inteligentes que têm a oportunidade de utilizar o conhecimento existente ao seu dispor, construído pelos participantes vivos ou mortos de seu sistema cultural, e criar um novo objeto ou uma nova técnica. Nesta classificação podem ser incluídos os indivíduos que fizeram as primeiras invenções, tais como o primeiro homem que produziu o fogo através do atrito da madeira seca; ou o primeiro homem que fabricou a primeira máquina capaz de ampliara a força muscular, o arco e a flecha, etc. São eles gênios da mesma grandeza de Santos Dumond e Einstein. Sem as suas primeiras invenções ou descobertas, hoje consideradas modestas, não teriam ocorrido as demais. E pior do que isto, talvez nem a espécie humana teria chegado ao que é hoje.

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