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Um produto entra em um secador de túnel com 56% de umidade (base úmida) a uma taxa de 10 kg/h. O túnel é suprido com 1500 kg de ar seco/h a 50oC e umidade relativa de 10%, e o ar sai do secador a 25oC em equilíbrio com o produto a uma umidade relativa de 50% (Figura P.1.1). Determine o teor de umidade do produto que sai do secador, considerando que a secagem NÃO é isoentálpica. Secador1 2 3 4X'3=56% X'4=? 1500 kgar seco/h 10 kgproduto/h T1=50oC, φ'1=10% T2=25oC, φ'2=50% Figura P.1.1. Secador de túnel. Solução Da carta psicrométrica, podem‐se retirar as propriedades do ar úmido nas seções 1 e 2 do secador, como mostrado na Figura P.1.2. Y1=0,0078 kgágua/kgar seco υ=0,93 m3/kg T=25oC T=50oC 2 ϕ'2=50 % 1 h1=72 kJ/kg secagem ϕ'1=10 % h2=52 kJ/kg Y2=0,0103 kgágua/kgar seco Figura P1.2. Carta psicrométrica com dados do Problema 2. Os valores de umidade absoluta do ar na entrada e na saída do secador, Y1 e Y2, respectivamente, nos permitem calcular a quantidade de água que foi removida do produto no secador: ( ) h kg 75,3)0078,00088,0(1500YYWm água23OH2 =−=−=& O produto entra no secador com produto água 1 kg kg 56,0%56'X == ou osecsólido água 1 kg kg 27,1 'X1 'X X =−= , a uma vazão de h kg 10 produto . Portanto, a quantidade de água entrando juntamente com o produto por unidade de tempo é igual a h kg 6,5 h kg 10 kg kg 56,0 águaproduto produto água =× . Para calcular a umidade do produto na saída do secador, basta subtrair a quantidade de água que foi removida e, conseqüentemente, foi para o agente de secagem, ou seja, h/kg75,3m águaOH2 =& , e dividir o resultado pela vazão de sólido seco, que é de h/kg4,4h/kg1044,0 osecsólidoproduto =× : ( ) osecsólido água osecsólido água 2 kg kg 42,0 h kg 4,4 h kg 75,36,5 X = − = Transformando em umidade em base úmida: %30'Xou kg kg 30,0 42,01 42,0 X1 X 'X 2 produto água 2 2 2 ==+=+= Deseja‐se secar pimenta calabresa para comercializá‐la na forma de flocos secos. Efetuaram‐se testes de cinética de secagem da pimenta em laboratório (Figura P.2a) e avaliou‐se a perda de parâmetros de qualidade (vitamina C e carotenóides) durante a secagem. A menor perda foi registrada para a temperatura de secagem de 50oC (ᇝ no gráfico). Na Figura P.2a, Xe é a umidade de equilíbrio (b.s.) e X0 é a umidade inicial (b.s.), cujo valor medido foi de 50%. A isoterma de dessorção foi determinada e é apresentada na Figura P.2b (aw = φ/100). Deseja‐se secar industrialmente a pimenta até a umidade final de 20%. O ar ambiente disponível está a 30oC com 60% de umidade relativa. Determinar se é possível alcançar a umidade final desejada com ar à 50oC e, se for possível, determinar o tempo total de secagem. (a) (b) Figura P.2. (a) cinética de secagem e (b) isoterma de dessorção de pimenta calabresa. Solução ܺ ᇱ ൌ 50% ሺݑ݉݅݀ܽ݀݁ ݈݅݊݅ܿ݅ܽሻ ݁ ܺԢ ൌ 20% ሺݑ݉݅݀ܽ݀݁ ݂݈݅݊ܽ ݀݁ݏ݆݁ܽ݀ܽሻ ܶ ൌ 30Ԩ ݁ ߮ ൌ 60% ݁ ௦ܶ ൌ 50Ԩ Propriedades psicrométricas do ar ambiente: ௪ܶ ൌ 24Ԩ, ܫ ൌ 72 ݇ܬ ݇݃ ܽݎ ݏ݁ܿ , ߭ ൌ 0,88 ݉ଷ ݇݃ ܽݎ ݏ݁ܿ , ܻ ൌ 0,016 ݇݃ ܪଶܱ ݇݃ ܽݎ ݏ݁ܿ Aquecimento do ar: ௦ܶ ൌ 50Ԩ ݁ ௦ܻ ൌ ܻ ൌ 0,016 ݇݃ ܪଶܱ ݇݃ ܽݎ ݏ݁ܿ Da carta psicrométrica: ௪ܶଶ ൎ 29Ԩ ݁ ߮ଶ ൌ 21% ݁ ܫଶ ൌ 93 ݇ܬ ݇݃ ܽݎ ݏ݁ܿ Nestas condições, a umidade relativa de equilíbrio é: ܽ௪ଶ ൌ ߮ଶ 100 ൌ 0,21 Da Figura P.2b, a umidade de equilíbrio do sólido é ܺ ൌ 0,1 ுమை ௦óௗ ௦ ܺ ൌ ܺ ′ 1 െ ܺ ′ ൌ 0,5 1 െ 0,5 ൌ 1 ݇݃ ܪଶܱ ݇݃ ݏó݈݅݀ ݏ݁ܿ ܺ ൌ ܺ′ 1 െ ܺ′ ൌ 0,2 1 െ 0,2 ൌ 0,25 ݇݃ ܪଶܱ ݇݃ ݏó݈݅݀ ݏ݁ܿ Portanto, para ௦ܶ ൌ 50Ԩ e ߮ଶ ൌ 21%, a umidade final desejada para a pimenta é maior que a umidade de equilíbrio (X > Xe), corroborando a viabilidade de se secar a pimenta nestas condições. Para estimar o tempo de secagem, calcula‐se o parâmetro ሺܺ െ ܺሻ ሺܺ െ ܺሻ ൌ ሺ0,25 െ 0,1ሻ ሺ1,00 െ 0,1ሻ ൌ 0,17 Entrando com este valor na Figura P.2a, pode‐se estimar o tempo de secagem em aproximadamente 4 horas. Considerando o sistema de secagem apresentado na Figura P.3, deseja-se avaliar a possibilidade de reciclar o ar da saída do secador para misturar ao ar ambiente na entrada do aquecedor, mantendo-se a vazão em massa de ar seco igual a 35,71 kgar seco/min e a temperatura na entrada do secador em 40oC. Determinar as vazões em massa de ar seco das correntes de reciclo e de ar ambiente, de forma que as condições do ar na saída do secador sejam de umidade relativa igual a 85 % e de temperatura igual a 28,2oC. Determinar o teor de umidade do produto na saída do secador se o tempo de residência no secador é suficientemente longo para que o mesmo esteja em equilíbrio com as condições de saída do ar. A isoterma de dessorção do material sendo seco é dada pelo modelo de Chung-Pfost: ( ) ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −ϕ= C TB lnln A 1 X' eq (P2) em que X’eq é a umidade de equilíbrio em base úmida (%), ϕ é a umidade relativa (base decimal), T é a temperatura em oC, e as constantes recebem os valores: A = -0,3099, B = 11,3397, e C = 70,7614. Os seguintes dados foram fornecidos para problema: %60';C20T 1o1 =ϕ= %85';C2,28T 2o2 =ϕ= C40T o4 = min/osecarkg71,35m3 = Figura P.3. Diagrama esquemático do problema. Solução Os pontos de estado 1 e 2, na Figura P.3, representam as propriedades do ar ambiente e na saída do secador. Aquecedor Secador 2 1 4 3 Figura P2.2. Carta psicrométrica: representação esquemática. Para localizar o ponto de estado da mistura 3, inicialmente, deve-se ligar os pontos 1 e 2 por uma reta. O ponto de estado 3 representa as propriedades do ar na entrada do aquecedor. Considerando que a secagem é um processo isoentálpico, o ponto de estado 4 (na entrada do secador) pode ser definido pelas propriedades C40Teosecarkg/kJ7,80hh o424 === Neste ponto, a umidade absoluta é osecarkg/águakg0155,0Y4 = . Considerando que a umidade absoluta não varia durante o processo de aquecimento, a umidade absoluta na entrada do aquecedor é osecarkg/águakg0155,0YY 43 == . Portanto o ponto de estado 3 (mistura das correntes de reciclo e ar ambiente) é definido pela interseção da reta osecarkg/águakg0155,0tetanconsY3 == com a reta que liga os pontos de estado 1 e 2. Portanto, da carta psicrométrica, no ponto 3, a entalpia é osecarkg/kJ5,64h3 = e a temperatura é C5,24T o3 = . A umidade absoluta no ponto de estado 2 é osecarkg/águakg0204,0Y2 = . Efetuando-se o balanço de massa para o vapor de água: 221133 YmYmYm += (P2.2) h=42 kJ/kg Y3=0,0155 kg/kg T=20oC T=28,2oC Y2=0,0204 kg/kg 3 2 ϕ'=85 % 1 h=64,3 kJ/kg aquecimento secagem ϕ'=60 % T=40oC Y1=0,0087 kg/kg h=80,7 kJ/kg 4 T=24,5oC Sabe-se que 213 mmm += (P2.3) Explicitando m2 na equação (P2.3) e substituindo o resultado em (P2.2): 2131133 Y)mm(YmYm −+= (P2.4) Explicitando m1 na equação (P2.4): )YY( )YY( mm 21 23 31 − −= (P2.5) Substituindo os valores de m3, Y3, Y2 e Y1 em (P2.5): )0204,00087,0( )0204,00155,0(71,35m1 − −= ⇒ min/osecarkg0844,15m1 = Da equação (P2.3): 0844,1571,35mmm 132 −=−= ⇒ min/osecarkg6256,20m2 = Efetuando o balanço de energia, pode-se calcular a entalpia da mistura: 71,35 7,806256,20420844,15mm hmhmh 21 2211 3 ×+×=+ += ⇒ osecarkg/kJ3,64h3 = h3 deve bater com o encontrado na carta psicrométrica!!! Da equação (P2.1): ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −−= 7614,70 2,283397,11)85,0(lnln 3099,0 1'X eq ⇒ %4915,10'X eq = O teor de umidade em base úmida se relaciona ao teor em base seca por meio de: 104915,01 104915,0X 'X1 'XX −=⇒−= ⇒ osecsólidokg/águakg1172,0X =
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