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DIREITO PENAL
Professor Norberto Bonamin 
CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA
-> Crimes de perigo abstrato, que não necessita que haja alguma consequência. 
-> Ação penal pública incondicionada em todos estes crimes.
ART. 286 — INCITAÇÃO AO CRIME
— Incitar: auxiliar, promover, incentivar a prática de um crime (portanto não de contravenções penais, apenas crimes tipificados) de maneira pública. Existem duas correntes. Uma considera que enquanto fala-se com um amigo não é incitação, por exemplo, apenas quando torna-se de conhecimento à pessoas estranhas à interlocução (que não está participando da conversa), o fato torna-se público, sendo uma pessoa o mínimo. Para a segunda corrente, por outro lado (a mais utilizada), apenas considera-se público quando um número incontável de pessoas têm acesso àquela informação (publicidade pela mídia, redes sociais, etc). 
— Sujeito ativo
Qualquer pessoa, é um crime comum. 
— Bem jurídico
Paz pública.
— Sujeito passivo
A coletividade, os integrantes da “paz pública”.
— Tipo subjetivo
Dolo, vontade de incitação pública do crime. Portanto, se alguém escuta uma conversa particular não pune-se, porque a vontade do sujeito não foi que aquilo tivesse publicidade.
— Consumação
Quando acontece a incitação, não necessitando do cometimento do crime por alguém.
— Tentativa 
Não existe. 
— Crime de Juizado Especial Criminal devido à pena máxima ser menor de dois anos. 
ART. 287 — APOLOGIA DE CRIME OU CRIMINOSO
— Fazer apologia: incentivar, fazer propaganda, dar apoio a um fato criminoso ou propagar positivamente o autor de um crime publicamente. Ou seja, não pode ser incentivo de contravenção ou de autor de contravenção e o ato deve ter publicidade, não ser feito entre particulares, numa conversa particular. 
-> Manifestações como a marcha da maconha e da legalização do aborto não são puníveis, eis que são expressões de opiniões e movimentos que visam a mudança das leis do Estado, portanto não devem ser puníveis. 
-> Não basta uma apologia genérica, para ser crime deve haver apologia de FATO CRIMINOSO ou AUTOR DE CRIME que já ocorreu ou está ocorrendo, não que pode ocorrer futuramente. 
-> O autor deve ser de crime com sentença transitada em julgado.
-> No caso do professor de história que tinha uma suástica nas lajotas da piscina, que foi descoberta quando houve um crime nas proximidades e a polícia sobrevoou ali perto, não enquadra-se como apologia ao crime, eis que a intenção do professor não era incentivar publicamente, já que estava na privacidade de sua casa. 
— Sujeito ativo
Qualquer pessoa, é um crime comum.
— Bem jurídico 
Paz pública.
— Sujeito passivo
A coletividade, que são os integrantes da paz pública. 
— Tipo subjetivo
Dolo, vontade livre e consciente de fazer esse tipo de propaganda.
— Consumação
Com o apoio público de um crime ou autor do crime transitado em julgado.
— Tentativa 
Não existe.
— Competência do JEC.
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA — ART. 288
— Associarem-se: união de forças e esforços, sendo um crime de forma livre, porque independe da maneira que unem-se as forças. Necessária 3 ou mais pessoas, devendo ter o objetivo de cometer crimes. A associação em si já é um crime, não necessitando que de fato haja o cometimento de algum crime adicional. Devem ser crimes reiterados, não apenas uma única vez ou esporadicamente. 
— Sujeito ativo
Crime comum, qualquer pessoa pode praticar, de concurso obrigatório, eis que apenas uma pessoa sozinha não pode comete-lo. 
— Sujeito passivo
Coletividade, portanto é um crime de ação penal pública incondicionada.
— Bem jurídico 
Paz pública.
— Tipo subjetivo
Dolo, a vontade livre e consciente de unir-se para cometer diversos crimes.
— Consumação
Com a simples associação com o intuito de cometer diversos crimes, não necessitando que eles ocorram.
— Tentativa 
Não existe.
— Parágrafo único — majoramento: aumento da pena quando a a associação é armada ou se há a participação de criança ou adolescente, isto porque aumenta a periculosidade e diminui a capacidade de resistência da vítima. 
—> No caso de haverem 3 pessoas em associação criminosa e uma delas ser menor de idade ou inimputável, ainda vale o crime, porque mesmo sendo inimputáveis ainda cometeram o crime, só responderão de maneira diferente do que os maiores de idade. 
CONSTITUIÇÃO DE MÍLICIA PRIVADA — ART. 288-A 
— Constituir: formar, compor.
— Organizar: estruturar, dar ordens.
— Integrar: ser parte.
— Manter: conservar.
— Custear: prover despesas, financiar.
—> Diferença entre 288 e 288-a: a milícia não determina o número mínimo de pessoas. 
CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA 
-> Fé pública não é nada mais nada menos que marcos de veracidade, credibilidade, confiança. 
ART. 289 — MOEDA FALSA 
— Falsificar: começar do zero, contrafação.
— Alterar: alteração do papel moeda, já pegava uma coisa que existia e fazia uma coisa melhor, como tornar a nota de dois em cem
— Moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro. Ou seja, podemos comprar qualquer moeda, desde que o Brasil tenha tratados e convenções com o país da moeda, sendo assim, falsificar dólar, por exemplo, pode enquadrar no artigo 289.
Sujeito ativo
Crime comum 
Sujeito passivo
Sociedade, bem comum, coletividade. Vítima imediata e determinada não é tão importante, pois não protege o patrimônio das pessoas, e sim a fé pública, ou seja, a vítima é a coletividade, pois são a fé pública trata-se de marca de veracidade 
Tipo subjetivo
Doloso, vontade livre e consciente de falsificar Mesmo com animus jocandi é enquadrado no artigo 289. Atualmente, para alguém ser punido pelo 289, essa moeda deve ter verossimilhança: ou seja, ela tem que ter a possibilidade de enganar o homem médio. Se a nota não tem capacidade de enganar o homem médio – essa moeda/nota é rustica. Nota falsa das novelas da globo, teria que ser um equilibro, em que a nota fosse rustica, e mesmo assim os espectadores acreditarem.
Consumação 
Na falsificação 
Tentativa 
Existe, pessoas que são pegas, estouraram o local, com todos os apetrechos para falsificar.
— Parágrafo § 1º — Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa 
— Parágrafo § 2º — Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de seis meses a dois anos, e multa – juizado especial 
— Parágrafo § 3º — É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa, o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão: Crime especifico I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei; 
— Funcionário Público: qualquer pessoa, independentemente de salário/remuneração, que exerce cargo, emprego, ou função pública. 
-> Ação penal pública incondicionada 
ART. 291 — PETRECHOS PARA FALSIFICAÇÃO DE MOEDA
Crime que protege a credibilidade da moeda. 
— Fabricar, adquirir, fornecer, possuir, guardar;
— À título oneroso ou gratuito;
— Maquinismo, aparelho, instrumento, qualquer objeto;
— Precisa um especial fim de agir a favor da falsificação da moeda. Por exemplo, nossos computadores são capazes de fazer falsificações, porém não é só porque se tem um computador que se está falsificando; necessita do especial fim de agir. 
— Independentemente se a máquina estiver montada ou desmontada na posse de pessoas diferentes, o que faz a diferença é o nexo causal.
Sujeito ativo
Crime comum. 
Sujeito passivo
Coletividade
Tipo subjetivo
Dolo, vontade livre e consciente de um indivíduo praticar os verbos do tipo objetivo. Por exemplo, se um homem compra um mimiográfo e vem a descobrir que era um aparelho de falsificação, ele não comete o crime, porque não existe o dolo. 
CRIMES DE FALSO
ART. 293 — FALSIFICAÇÃO DE PAPÉIS PÚBLICOS 
— Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: fazer nova ou melhorar.
—Papel é só a forma, enquanto o documento contem informações. 
— Exemplos de papéis públicos (rol exemplificativo): 
I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel de emissão legal destinado à arrecadação de tributo; 
II - papel de crédito público que não seja moeda de curso legal (ex: precatórios); 
III - vale postal; 
IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou de outro estabelecimento mantido por entidade de direito público; 
V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou caução por que o poder público seja responsável; 
VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada pela União, por Estado ou por Município.
— Parágrafo § 1º —  Incorre na mesma pena quem (presunção de que é a mesma coisa/equiparação): 
I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsificados a que se refere este artigo; 
II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda, fornece ou restitui à circulação selo falsificado destinado a controle tributário; 
III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em depósito, guarda, troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, produto ou mercadoria: a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle tributário, falsificado; b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária determina a obrigatoriedade de sua aplicação.
— Parágrafo § 2º — Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legítimos, com o fim de torná-los novamente utilizáveis, carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
— Parágrafo § 3º — Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, qualquer dos papéis citados. 
— Parágrafo § 4º — Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo de boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou alterados, depois de conhecer a falsidade ou alteração, incorre na pena de detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. 
— Parágrafo § 5º — Equipara-se a atividade comercial qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em vias, praças ou outros logradouros públicos e em residências. 
ART. 294 — PETRECHOS DE FALSIFICAÇÃO 
Crime que protege a credibilidade da moeda. 
— Fabricar, adquirir, fornecer, possuir, guardar;
— À título oneroso ou gratuito;
— Maquinismo, aparelho, instrumento, qualquer objeto;
— Precisa um especial fim de agir a favor da falsificação da moeda. Por exemplo, nossos computadores são capazes de fazer falsificações, porém não é só porque se tem um computador que se está falsificando; necessita do especial fim de agir. 
— Independentemente se a máquina estiver montada ou desmontada na posse de pessoas diferentes, o que faz a diferença é o nexo causal.
Sujeito ativo
Crime comum. 
Sujeito passivo
Coletividade
Tipo subjetivo
Dolo, vontade livre e consciente de um indivíduo praticar os verbos do tipo objetivo. Por exemplo, se um homem compra um mimiográfo e vem a descobrir que era um aparelho de falsificação, ele não comete o crime, porque não existe o dolo. 
Consumação
No término/conclusão da falsificação.
Tentativa
Cabe se o sujeito for pego no ato da falsificação, antes de terminar.
— ART. 295 — Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
ART. 295 — FALSIFICAÇÃO DE SELO OU SINAL PÚBLICO
— Falsificar, fabricar, alterar: fazer nova ou melhorar. 
— Selo público: destinado a autenticar atos da União, Estado e Municípios.
— Selo ou sinal: de entidade de direito público, autoridade ou de tabelião.
Sujeito ativo
O caput é crime comum, enquanto que para o parágrafo 2 é necessário ser funcionário público.
Sujeito passivo
Coletividade. 
Tipo subjetivo
Dolo, vontade livre e consciente de um indivíduo praticar os verbos do tipo objetivo. No parágrafo 2, a pessoa deve utilizar-se e aproveitar-se do cargo para que aqui esteja classificado. Se é um agente público, mas não utiliza do cargo, responde pelo caput.
Consumação
No término/conclusão da falsificação.
Tentativa
Cabe se o sujeito for pego no ato da falsificação, antes de terminar.
— Parágrafo 1º — Incorre na mesma pena: I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado; II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio. III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da Administração Pública. 
— Parágrafo 2º — A pena é aumentada 1/6 se o agente é funcionário público, eis que para eles existe uma confiança e tal crime é um abuso desta.
ART. 296 — FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO
— Falsificar no todo ou em parte, documento público
— Alterar documento público verdadeiro
Sujeito ativo
O caput é crime comum, enquanto que para o parágrafo 2 é necessário ser funcionário público.
Sujeito passivo
Coletividade
Tipo subjetivo
Dolo, vontade livre e consciente de um indivíduo praticar os verbos do tipo objetivo. No parágrafo 2, a pessoa deve utilizar-se e aproveitar-se do cargo para que aqui esteja classificado. Se é um agente público, mas não utiliza do cargo, responde pelo caput.
Consumação
No término/conclusão da falsificação.
Tentativa
Cabe se o sujeito for pego no ato da falsificação, antes de terminar.
— Parágrafo 1º — A pena é aumentada 1/6 se o agente é funcionário público, eis que para eles existe uma confiança e tal crime é um abuso desta.
— Parágrafo 2º — Equiparam-se a documento público aqui o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.
— Parágrafo 3º — Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório; II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. Insere é quando a pessoa mesma insere e faz inserir é quando o agente utiliza-se de alguém para inserir. 
— Parágrafo 4º — Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.
ART. 298 — FALSIDADE DE DOCUMENTO PARTICULAR
— Falsificar no todo ou em parte, documento particular
— Alterar documento particular verdadeiro
Sujeito ativo
Crime comum.
Sujeito passivo
Coletividade
Tipo subjetivo
Dolo, vontade livre e consciente de um indivíduo praticar os verbos do tipo objetivo. 
— DOCUMENTO PÚBLICO X PARTICULAR: o público é 	aquele feito por agente publico competente para tanto o uso das suas atribuições na forma legal. Enquanto isso, o particular é feito entre pessoas, empresas. 
— DOCUMENTO PARTICULAR QUANDO É PUBLICADO NÃO SE TRANSFORMA EM PÚBLICO, PORQUE A ELE FOI APENAS DADO PUBLICIDADE.
— PARÁGRAFO ÚNICO — FALSIDADE DE CARTÃO: equipara-se ao caput o cartão de crédito e débito. 
ART. 299 — FALSIDADE IDEOLÓGICA
— Omitir: deixar de fazer algo, omitir uma informação que do documento deveria constar.
— Insere/faz inserir: adiciona ou faz com que alguém adicione declaração falsa/diferente da que deveria estar escrita. O fazer inserir é quando a pessoa não pode inserir por conta própria, necessitando de um terceiro. 
— Pode ser feito em qualquer documento, público ou privado.
— Não é qualquer informação que se insere, omite ou faz inserir.DEVE HAVER O FIM DE PREJUDICAR DIREITO, CRIAR OBRIGAÇÃO OU ALTERAR A VERDADE SOBRE FATO JURIDICAMENTE RELEVANTE. 
Sujeito ativo
Crime comum.
Sujeito passivo
Coletividade.
Tipo subjetivo
Dolo, vontade livre e consciente da pessoa alterar/omitir informação de documento, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar verdade sobre fato juridicamente relevante. Sem isso não existe crime. No parágrafo único, a pessoa deve utilizar-se e aproveitar-se do cargo para que aqui esteja classificado. Se é um agente público, mas não utiliza do cargo, responde pelo caput.
Consumação
Com a assinatura/impressão do documento.
— Parágrafo único — a pena aumenta-se de um sexto se o agente é funcionário público ou se a alteração é de registro civil.
ART. 300 — FALSO RECONHECIMENTO DE FIRMA 
— Reconhecer como verdadeira firma ou letra que não o seja.
— Exercício de função pública.
Sujeito ativo
Funcionário público de cartório em exercício de sua função, crime próprio.
Sujeito passivo
Coletividade.
Tipo subjetivo
Dolo, vontade livre e consciente da pessoa reconhecer a firma ou letra falsa como verdadeira, no exercício de sua função pública. Deve estar nas atividades da função, senão não classifica.
Consumação
No reconhecimento.
DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
ART. 312 — PECULATO
— Funcionário público: art. 327 -> qualquer pessoa, independentemente de salário/remuneração, que exerce cargo, emprego, ou função pública. Estagiários também são considerados para efeitos penais. Deve-se observar aqui para peculato as funções que o funcionário pratica. Por exemplo, se a pessoa apenas cuida da portaria e apropria-se de algo que não está no seu setor, não pratica peculato, porque seu cargo não dava acesso àquele setor.
— Apropriar-se de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel público ou particular
— Desviar em proveito próprio ou alheio: aqui não necessariamente fala-se de valores ou objetos de cunho econômico, podendo ser favores, cargo, poder, tanto para si ou para outrem. 
— Posse em razão do cargo: o móvel deve estar na posse da pessoa exatamente por ela ser funcionária pública. 
Sujeito ativo
Crime próprio, funcionário público.
Sujeito passivo
Administração Pública, coletividade.
Tipo subjetivo
Dolo, vontade livre e consciente da pessoa apropriar-se ou desviar dinheiro, bem móvel ou valor. Deve estar na posse por causa do cargo e usar dessas atividades. 
Consumação 
Quando ocorre os verbos (quando se apropriou, desviou).
— Parágrafo 1 — Aplica-se a mesma pena se o funcionário público, embora não tenha posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. Aqui cabe se a pessoa não está na posse, mas subtrai da pessoa que o possui, ou utiliza ajuda desta pessoa, em razão de seu cargo que possui acesso à certos lugares, equipamentos, objetos, etc. 
— Exemplo: o juiz encarregado do caso do Eike Batista, que se apropriou da Ferrari dele (peculato de móvel privado).
— Parágrafo 2 — PECULATO CULPOSO — mediante negligência, imprudência e imperícia, o funcionário público concorre culposamente para o peculato de outrem. Por exemplo, deixar a porta aberta sem querer e a outra pessoa entra e comete o peculato. 
ART. 316 — CONCUSSÃO
— Exigir: impor, obrigar, constranger. Necessariamente, quando se há uma norma com exigência, não quer dizer que não há saída, que a pessoa não tem escolha, porém normalmente esta é desproporcionalmente dolorosa e negativa.
— Para si ou para outrem
— Direta: falar ou escrever o que quer.
— Indiretamente: através de terceiros, por mímica, silêncio.
— Fora da função: algum funcionário público que esteja de licença ou de férias, até mesmo aposentado, usando o seu cargo para ganhar alguma vantagem indevida. O caso de ele não estar nesse momento exercendo as atividades, não impede que ele não utilize de seu cargo para conseguir algo.
— Antes de assumi-la: no caso da pessoa ter passado em concurso, por exemplo, ou ter sido selecionado para a vaga, porém ainda não assumiu a função. Ex: procurador que passou no concurso, mas ainda está na preparação e não assinou termo de posse.
— Vantagem indevida: aqui fala-se não apenas de móveis ou dinheiro (de cunho econômico), podendo ser também algo como poder, cargo ou apenas uma promessa de algo. 
— Diferença entre peculato e concussão: nesse fala-se de bens móveis, naquele fala-se de vantagem indevida.
— Crime de forma livre, pode ser de qualquer jeito: silêncio, escrito, verbal, mímica, gesto.
Sujeito ativo
Crime próprio, funcionário público.
Sujeito passivo
Administração Pública, coletividade.
Tipo subjetivo
Dolo, vontade livre e consciente da pessoa de exigir algum tipo de vantagem para si ou outros, independentemente de estar na atividade das suas funções. 
Consumação
Quando ocorre os verbos (quando há a exigência). Independe de conseguir a vantagem. 
Tentativa
Admite, porque é crime de forma livre, podendo pois haver a exigência por escrito e a carta não chegar. 
— Parágrafo 1 — EXCESSO DE EXAÇÃO — se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido (o funcionário público cobra tributo/contribuição que ele sabe ou que deveria saber ser indevido, independentemente de ser para si, outrem, coletividade) ou quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza (o funcionário cobra de maneira ou por meios ilegais). 
— Parágrafo 2 — se o funcionário desvia (afana, subtrai), em proveito próprio ou de outrem (aqui pode ser para o próprio bolso ou para outra pessoa), o que recebeu indevidamente (referente ao excesso de exação) para recolher aos cofres públicos. Ou seja, o funcionário pega para si ou outrem o dinheiro que cobrou em excesso/indevidamente e que era para ir aos cofres públicos.
ART. 317 — CORRUPÇÃO PASSIVA
— Solicitar: o mesmo que pedir sem um caráter obrigacional, não é uma demanda, exigência. Portanto há uma saída para a pessoa.
— Receber: não se pede, mas aceita-se. 
— Para si ou para outrem
— Direta: falar ou escrever o que quer. 
— Indiretamente: através de terceiros, por mímica, silêncio.
— Fora da função: algum funcionário público que esteja de licença ou de férias, até mesmo aposentado, usando o seu cargo para ganhar alguma vantagem indevida. O caso de ele não estar nesse momento exercendo as atividades, não impede que ele não utilize de seu cargo para conseguir algo.
— Antes de assumi-la: no caso da pessoa ter passado em concurso, por exemplo, ou ter sido selecionado para a vaga, porém ainda não assumiu a função. Ex: procurador que passou no concurso, mas ainda está na preparação e não assinou termo de posse.
— Vantagem indevida: aqui fala-se não apenas de móveis ou dinheiro (de cunho econômico), podendo ser também algo como poder, cargo ou apenas uma promessa de algo.
— Aceitar promessa de vantagem: como por exemplo, oferecer dinheiro/cargo para que o funcionário agilize alguma diligência que é de seu interesse. 
— Diferença entre corrupção passiva e ativa: a passiva é cometida por funcionário público, enquanto a ativa é um crime praticado por particulares contra a Administração Pública, nem sempre exigindo um para se haver o outro. Na corrupção ativa promete-se ou oferece-se, enquanto na passiva se pede ou aceita. 
 Sujeito ativo
Crime próprio, funcionário público.
Sujeito passivo
Administração Pública, coletividade.
Tipo subjetivo
Dolo, vontade livre e consciente da pessoa de solicitar ou receber para si ou outros vantagem indevida, independentemente de estar na atividade das suas funções. 
Consumação
Quando ocorre os verbos (quando há a exigência). Independe de conseguir a vantagem. 
Tentativa
Admite, porque é crime de forma livre, podendo pois haver a exigência por escrito e a carta não chegar. 
— Parágrafo 1 — a pena é aumentada de um terço se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retardaou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. Ou seja, para receber a vantagem ou a promessa, o funcionário acaba não terminando suas atividades ou violando alguma regra.
— Parágrafo 2 — se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem. Ou seja, o funcionário público é convencido e pressionado para não praticar/retardar alguma atividade, ou violar alguma regra. Exemplo mais comum é quando um superior pede algo ilegal ao funcionário e este, por medo de ser punido, acaba cedendo ao pedido.
ART. 318 — FACILITAÇÃO DE CONTRABANDO OU DESCAMINHO
— Facilitar: favorecer, ajudar, auxiliar.
— Infração de dever funcional: dentro das atividades de funcionário público. 
— Contrabando: importação e exportação de produtos ilícitos.
— Descaminho: importação e exportação de produtos do país sem o pagamento dos tributos.
Bem jurídico
Administração Pública
Sujeito ativo
Funcionário público que possua, junto com o seu dever funcional, a obrigação de evitar contrabando e descaminho (crime próprio). Ex: policial rodoviário federal, fiscal da receita federal. 
Sujeito passivo
Coletividade.
Tipo subjetivo
Dolo, vontade livre e consciente de favorecer o contrabando ou descaminho. 
Consumação
Quando ocorre os verbos (quando há a facilitação).
Tentativa
Pode haver, como exemplo, alguém chegar no momento (um superior) e perceber o que o funcionário estava fazendo.
ART. 319 — PREVARICAÇÃO
— Retardar: atrasar.
— Deixar de praticar indevidamente ato de ofício: deixa de praticar uma obrigação de funcionário público.
— Praticar contra disposição expressa de lei: praticar contra disposição legal, como exemplo o policial deixar de prender alguém em flagrante por querer favorecer o criminoso.
— Satisfazer interesse ou sentimento pessoal: interesse econômico, financeiro, sexual, amoroso, financeiro, de poder ou, qualquer tipo de sentimento pessoal, qualquer que seja ele (preguiça, raiva, compaixão). 
Bem jurídico
Administração Pública
Sujeito ativo
Funcionário público, crime próprio.
Sujeito passivo
Coletividade.
Tipo subjetivo
Dolo, vontade livre e consciente de retardar ou deixar de praticar algum ato de ofício ou praticar contra disposição legal para satisfazer um interesse ou sentimento pessoal.
Consumação
Quando ocorre os verbos (quando há o retardamento o quando deixa de praticar, ou pratica contra a lei).
— ART. 319-A — deixar o diretor de penitenciária, e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo. 
ART. 321 — ADVOCACIA ADMINISTRATIVA
— Patrocinar: incentivar, promover, ajudar.
— Direta ou indiretamente 
— Interesse privado perante administração pública
— Valendo-se da qualidade de funcionário: utiliza-se da posição provida pelo cargo de funcionário para cometer o crime. 
Sujeito ativo
Funcionário público, crime próprio.
Sujeito passivo
Coletividade.
Tipo subjetivo
Dolo, vontade livre e consciente de patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado, valendo-se da sua qualidade de funcionário. 
Consumação
Quando ocorre os verbos (patrocínio de interesse privado). 
— Parágrafo 1 — se o interesse é ilegítimo, a pena é maior.
ART. 322 — VIOLÊNCIA ARBITRÁRIA
— Praticar violência
— No exercício de função a pretexto de exercê-la: o funcionário usa a força/violência em sua função ou usar como pretexto sua função para tal. A violência deve ser fora da normalidade, devendo a violência ser o último recurso usado, quando não há mais nenhuma outra opção. Ex: policial que emprega violência em protesto, é aceito apenas quando está reagindo a uma violência. 
Sujeito ativo
Funcionário público, crime próprio.
Sujeito passivo
Coletividade.
Tipo subjetivo 
Dolo, vontade livre e consciente de praticar a violência, sabendo que não era necessária, nas suas atividades de funcionário ou em função delas. 
Consumação 
Quando ocorre os verbos (prática da violência).
ART. 323 — ABANDONO DE FUNÇÃO 
— Abandonar: não precisa ter caráter definitivo, podendo ser temporário. A saída do funcionário das suas funções normais, fora dos casos permitidos em lei, pode-se ser analisada como abandono de função.
— Cargo público
— Fora dos casos permitidos em lei: férias, licenças em caso de doença/gravidez/paternidade, aposentadoria.
— Crime de competência do JEC.
Sujeito ativo
Funcionário público, crime próprio.
Sujeito passivo
Coletividade.
Tipo subjetivo
Dolo, vontade livre e consciente de abandonar função. 
Consumação
Quando ocorre o verbo (abandono da função). 
— Normalmente é investigado internamente por um procedimento disciplinar administrativo. Dessa forma ela é punida administrativamente e penalmente, não ocorrendo nesse fato bis in idem, já que se tratam de esferas diferentes.
— Ação penal pública incondicionada.
— Pode ocorrer abandono de função mesmo com o indivíduo indo ao espaço de trabalhar, desde que ela não exerça suas atividades. Por exemplo: o funcionário que vai e fica fazendo outras coisas, vai para outros lugares, não respeita seus horários. 
— PARÁGRAFO § 1º — se do fato resulta prejuízo público, a pena base é maior.
— PARÁGRAFO § 2º — se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira, a pena base é maior. Justificado porque 
ART. 328 — USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA
— Usurpar: tomar para si, fazer uso. A simples mentira não é usurpação de função pública. Requere-se que a pessoa exercite as atividades específicas do funcionário público. 
— Exercício de função pública 
Sujeito ativo 
Qualquer pessoa.
Sujeito passivo
Coletividade e Estado.
Tipo subjetivo
Dolo, vontade livre e consciente de usurpar função. 
Consumação
Quando ocorre o verbo (usurpar função). 
— PARÁGRAFO § 1º — se do fato o agente aufere vantagem, a pena base é maior.
ART. 329 — RESISTÊNCIA
— Opor-se à execução de ato legal: ir contra ato legal. Ato legal aqui são apenas aqueles determinados pelo funcionário específico (como prisão preventiva assinada por juiz ou prisão em flagrante do policial).
— Mediante violência ou ameaça: deve haver violência (física).
— Funcionário competente para executá-lo ou quem lhe preste auxílio: deve ser apenas da autoridade competente (como policial, oficial de justiça) ou quem esteja-lhe auxiliando no ato. 
Sujeito ativo 
Qualquer pessoa.
Sujeito passivo
Coletividade e Estado.
Tipo subjetivo
Dolo, vontade livre e consciente de resistir. 
Consumação
Quando ocorre o verbo (resistir). 
— PARÁGRAFO ÚNICO — se do fato o agente aufere vantagem, a pena base é maior.
ART. 330 — DESOBEDIÊNCIA
— Desobedecer: negar-se a cumprir, fazer o contrário do mandado (comissiva) ou não cumprir, deixar de obedecer (omissiva).
— Ordem legal de funcionário público
— Diferença entre resistência e desobediência: desobediência pode ser apenas negação ou até mesmo silêncio, enquanto a resistência deve ser mediante violência ou grave ameaça. 
— Crime de forma livre.
Sujeito ativo 
Qualquer pessoa.
Sujeito passivo
Coletividade e Estado.
Tipo subjetivo
Dolo, vontade livre e consciente de desobedecer. 
Consumação
Quando ocorre o verbo (desobedecer). 
— PARÁGRAFO § 1º — se o ato, em razão da resistência, não se executa, a pena base é maior.
— PARÁGRAFO § 2º — as penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência. Ou seja, 
ART. 331 — DESACATO
— Desacatar: ofender, desrespeitar.
— Funcionário público
— No exercício da função: apenas quando ele está no seu horário de trabalho, exercendo suas atividades.
— Em razão dela: por ele ser um funcionário público, humilhação.
— Já foi pacificado de que a crítica severa ou ácida ao funcionário público ou ao órgão que ele representa, por si só não caracteriza desacato, já que aqui também deve ser respeitada a liberdade de expressão. 
Sujeito ativo 
Qualquer pessoa.
Sujeito passivo
Coletividadee Estado.
Tipo subjetivo
Dolo, vontade livre e consciente de desacatar. 
Consumação
Quando ocorre o verbo (desacatar). 
ART. 332 — TRÁFICO DE INFLUÊNCIA 
— Solicitar: pedir, requerer.
— Exigir: demandar, intimar, determinar.
— Cobrar: fazer com que seja pago. 
— Obter: conseguir, vir a ter para si. 
— Para si ou para outrem
— Vantagem ou promessa de vantagem: dinheiro, poder, cargo, promessa de algo futuro.
— A pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função: o funcionário público tem posição privilegiada no que visa aquela pessoa, portanto ela tenta influir no exercício de sua função. 
— O que é punido é o “despachante”, a pessoa que faz o meio de campo da influência e cobra pelo que faz. Quando se faz por favor, que não será cobrado, apenas “na amizade”, não há crime. Se alguém chega para o despachante e pede o favor em troca de dinheiro e a pessoa aceita, são coautores no crime. 
Sujeito ativo 
Qualquer pessoa.
Sujeito passivo
Coletividade e Estado.
Tipo subjetivo
Dolo, vontade livre e consciente de praticar os verbos descritos no tipo penal. 
Consumação
Quando ocorre o verbo (solicitar, exigir, cobrar, obter). 
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA 
ART. 339 — DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA
— Dar causa: iniciar.
— Instauração de investigação policial/processo judicial/investigação administrativa/inquérito civil/ação de improbidade administrativa contra alguém: fazer a máquina do judiciário se mover indevidamente.
— Imputando-lhe crime de que o sabe inocente: ou seja, a pessoa faz isso de má-fé, pois sabe que a pessoa não cometeu o que lhe imputa.
Bem jurídico
Administração da justiça.
Sujeito ativo
Qualquer pessoa, crime comum. 
Sujeito passivo
Coletividade.
Tipo Subjetivo
Dolo, vontade livre e consciente de dar causa à investigações contra uma pessoa que sabe ser inocente. 
— Parágrafo § 1º — aumenta em 1/6 ao fazer uso do anonimato, usar nome suposto 
— Parágrafo § 2º — diminui de ½ se a imputação for da prática de contravenção 
ART. 342 — FALSO TESTEMUNHO/FALSA PERÍCIA
— Fazer afirmação falsa
— Negar/calar a verdade
— Como testemunha/perito/contador/intérprete em processo judicial/administrativo/IPL/juízo arbitral
Bem jurídico
Administração da justiça . 
Sujeito ativo
Testemunha que prestou compromisso de falar a verdade, crime próprio. 
Sujeito passivo
Coletividade 
Tipo subjetivo
Dolo de falsear a verdade. 
— Parágrafo § 1º — aumenta de 1/6 à 1/3 se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta .
— Parágrafo § 2º — o fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade
CONTRAVENÇÕES PENAIS — Lei n. 3.688 de 1941
— Todos são de competência da ação penal pública incondicionada.
— Pode-se dizer que as contravenções são condutas de menor potencial ofensivo, por isso mesmo são de competência do JEC.
— Não existe e não se pune tentativa de contravenção penal. 
— Não existe prisão em flagrante.
— ARTIGOS COBRADOS NA PROVA DA PARTE GERAL: 1, 2, 4 e 8.
a. Parte geral
— ART. 1 — aplicam-se as contravenções às regras gerais do Código Penal, sempre que a presente lei não disponha de modo diverso. Ou seja, quando esta lei específica for omissa, aplica-se o dito no Código Penal. Ex: prescrição. 
— ART. 2 — a lei brasileira só é aplicável à contravenção praticada no território nacional. Princípio da territorialidade, porém em alguns casos existem a exceção da extraterritorialidade (ex: crime cometido por estrangeiro contra presidente da República). No caso das contravenções, não existe extraterritorialidade. 
— ART. 4 — Não é punível a tentativa de contravenção. 
— ART. 8 — No caso de ignorância ou de errada compreensão da lei, quando escusáveis, a pena pode deixar de ser aplicada.
— ART. 17 — A ação penal é pública incondicionada, devendo a autoridade proceder de ofício. 
DIFERENÇAS ENTRE CRIME E CONTRAVENÇÃO:
1. No crime existe a possibilidade de punir a tentativa, porém na contravenção não.
2. Nos crimes pode existir a extraterritorialidade, enquanto a contravenção não.
3. Nos crimes o não conhecimento da lei não é escusável, enquanto as contravenções, dependendo o caso, a lei pode deixar de ser aplicada caso o desconhecimento e/ou errônea compreensão seja escusavel. 
b. Parte especial
— ART. 21 — Praticar vias de fato contra alguém. O bem jurídico é a integridade física. Ou seja, é algo que não cabe na lesão corporal, porque não deixa vestígios e portanto não sairia no laudo pericial de corpo de delito. Por outro lado, o legislador coloca-o nas contravenções, porque podem existir agressões que não deixem vestígios, mas que não por isso sejam ignoráveis. Ex: empurrão, tapa. 
— ART. 22 — Receber em estabelecimento psiquiátrico, e nele internar, sem as formalidades legais, pessoa apresentada como doente mental. 
— ART. 24 — Fabricar, ceder ou vender gazua (minha, chave falsa, utilizada para abrir qualquer coisa, atualmente tendo como analogia, atualmente, os controles remotos que captam o sinal do carro para abri-lo) ou instrumento empregado usualmente na prática de crime de furto. 
— ART. 28 — Disparar arma de fogo em lugar habitado em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela. 
— ART. 37 — Arremessar ou derramar em via pública, ou em lugar de uso comum, ou do uso alheio, coisa que possa ofender, sujar ou molestar alguém. Ex: fazer xixi na rua. 
— ART. 40 — Provocar tumulto ou portar-se de modo inconveniente ou desrespeitoso, em solenidade ou ato oficial, em assembléia ou espetáculo público, se o fato não constitui infração penal mais grave.
— ART. 41 — Provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto (ex: disparar alarme de incêndio).
— ART. 59 — Entregar-se alguém habitualmente à ociosidade, sendo válido para o trabalho, sem ter renda que lhe assegure meios bastantes de subsistência, ou prover à própria subsistência mediante ocupação ilícita.
— ART. 63 — Servir bebidas alcoólicas: 
II – a quem se acha em estado de embriaguez; 
III – a pessoa que o agente sabe sofrer das faculdades mentais; 
IV – a pessoa que o agente sabe estar judicialmente proibida de frequentar lugares onde se consome bebida de tal natureza:
LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE — LEI 4.898/1965
— Foi criada no segundo ano da ditadura, o que é bastante irônico. 
— Não traz o que seria o conceito de abuso de autoridade e é bastante falha. Parecida com as primeiras leis de organização criminosa, que dá apenas exemplos e não conceitua. Não fica muito claro, ainda, quem são as autoridades. 
— O abuso de autoridade se dá quando a autoridade extrapola os limites legais da sua atuação.
— A representação é exercida por petição da autoridade superior do que tiver competência legal para aplicar a sanção, militar ou civil; ou petição ao órgão do MP que tiver competência para iniciar processo-crime contra a autoridade culpada.
— Constitui abuso de autoridade:
a) à liberdade de locomoção; 
b) à inviolabilidade do domicílio; 
c) ao sigilo da correspondência; 
d) à liberdade de consciência e de crença; 
e) ao livre exercício do culto religioso; 
f) à liberdade de associação; 
g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício do voto; 
h) ao direito de reunião; 
i) à incolumidade física do indivíduo; 
j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional. 
E TAMBÉM:
a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder; 
b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei; 
c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção de qualquer pessoa; 
d) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja comunicada;e) levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiança, permitida em lei; 
f) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa, desde que a cobrança não tenha apoio em lei, quer quanto à espécie quer quanto ao seu valor; 
g) recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial recibo de importância recebida a título de carceragem, custas, emolumentos ou de qualquer outra despesa; 
h) o ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural ou jurídica, quando praticado com abuso ou desvio de poder ou sem competência legal;
i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade. 
— Considera-se autoridade, quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração (funcionário público).
— A autoridade que cometer abuso está sujeita à esfera penal, cível e administrativa (não há bis in idem).
— Punições:
a) advertência; 
b) repreensão; 
c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens; 
d) destituição de função; 
e) demissão; 
f) demissão, a bem do serviço público.
— Sanção penal:
Autonomamente ou mesmo cumulativamente:
a) multa de cem a cinco mil cruzeiros; 
b) detenção por dez dias a seis meses; 
c) perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por prazo até três anos.
— Competência do JEC, segue este rito especial.
LEI DE DROGAS — N. 11.343/06
— Exemplo clássico de lei penal em branco, que necessita de complementação, eis que não existe uma classificação das drogas, quais são as substâncias, sendo estas determinadas na portaria SVS n 344 de 12 de maio de 1998 (isto porque a alteração de uma portaria é extremamente mais fácil do que alterar uma lei; portanto, a adição ou exclusão de substância determinadas com drogas são feitas nesta portaria).
— No mundo ocidental, os países ocidentais cristãos criaram quatro tipos de políticas criminais referentes às drogas:
a. radicalismo total (teoria americana): zero tolerância ao tráfico e uso de drogas. Todas as armas legais são usadas contra o tráfico e o uso. Era penalizado tanto o traficante quanto o usuário com as penas máximas, pois se tinha a ideia de que se o uso fosse combatido, não estimularia o tráfico interno e internacional. Atualmente não existe mais.
b. liberal total (Europa, década de 60): fomentada pelo jornal The Economist, e seu escritor Stuart Mill, que defendia que a droga deveria ser totalmente liberada, porque cada um faz o que quiser da sua vida e o Estado não tem nada a ver com isso. Nenhum Estado acatou isso em totalidade, nem na época e nem nos dias atuais.
c. teoria da redução de danos (Europa — epidemia do HIV por meio do uso da heroína): como o nome remete, visava reduzir os danos, ou seja, o Estado reconhece que não consegue controlar o uso de drogas, porém ainda precisa diminuir as consequências. No caso da epidemia de HIV, na qual os usuários eram acometidos pela doença por utilizarem as mesmas seringas, o governo começou a distribuir seringas descartáveis de graça. Medida parecida com o que o Brasil faz na época do carnaval, distribuindo camisinhas. Além disso, na Holanda toma-se uma medida parecida: a maconha é lícita dentro de pubs, segundo a lógica de que seria melhor que as pessoas consumissem em um lugar monitorado, taxado com impostos e lícito do que às escondidas, sem controle algum.
d. justiça terapêutica (Brasil): traficante será tratado com todos os rigores da lei, usuário terá um tratamento especial (JEC) e dependente químico não é considerado um problema criminal, mas sim de saúde, portanto não possui nenhuma consequência na esfera penal. 
— ART. 28 — CRIME DO USUÁRIO: quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal. Tecnicamente, usar não é crime, pois não está no tipo objetivo, porém não há como usá-la sem adquirir, guardar, ter em depósito, transportar ou trazer consigo. Penas: i) advertência sobre efeitos das drogas; ii) prestação de serviços à comunidade; iii) medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. Nenhuma delas é prisão!! PARÁGRAFO 2: para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente. Ou seja, dependendo do local, antecedente criminal, conduta social, a pessoa pode ser ou usuário ou traficante. Trata-se de direito penal do autor, pois envolve o que a pessoa é ou o que ela fez no passado. 
— ART. 33 — TRÁFICO DE DROGAS — importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. 
— PARÁGRAFO 1 — EQUIPARAÇÃO AO TRÁFICO — nas mesmas penas incorre quem: 
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas; 
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; 
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
— PARÁGRAFO 2 — INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO E AUXÍLIO AO USO DE DROGAS — induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido da droga.
— PARÁGRAFO 3 — oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem. 
— PARÁGRAFO 4 — MINORANTE — reduzem-se as penas de 1/6 a 2/3 se o sujeito é primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. 
— ART. 34 — MAQUINÁRIO — fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
— ART. 35 — ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO — associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei.
— ART. 36 — FINANCIAMENTO DE TRÁFICO — financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei.
LEI DE CRIMES AMBIENTAIS — N. 9.605/98
— Trouxe a penalização de pessoas jurídica
— Não há o bis in idem quando ocorre sanções em esferas diferentes.
— Teorias para punir a pessoa jurídica:
a) dupla imputação objetiva — 
b) imputação corporativa — 
— A maioria dos crimes ambientais são de menor potencial ofensivo.
— Quando a pessoa física/jurídica forem fazer a transação pena, o MP, além de ofertar a cesta básica ou serviço comunitário, tem de exigir, quando possível, a reparação do dano ambiental.
CRIMES CONTRA A FAUNA
— ART. 29 — matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes de fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacorda com a obtida.
— ART. 30 — EXPORTAÇÃO DE PELES — exportar para oexterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização de autoridade ambiental competente.
— ART. 31 — INTRODUÇÃO DE ESPÉCIME** — introduzir espécime de animal no país, sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida por autoridade competente.
— ART. 32 — MAUS-TRATOS — praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou multar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. Incorre na mesma pena quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. A pena é aumentada de 1/6 a 1/3 se ocorre a morte do animal.
— ART. 34 — PESCA — pescar em período na qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente. 
— ART. 35 — pescar mediante utilização de: i) explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante; ii) substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente.
— ART. 37 — EXCEÇÕES — não é crime de abate de animal, quando realizado: i) em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou sua família; ii) para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente; iv) por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.
CRIMES CONTRA A FLORA
— ART. 38 — DESTRUIÇÃO DE PRESERVAÇÃO — destruir floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção. 
— ART. 38-A — DESTRUIÇÃO DE VEGETAÇÃO — destruir ou danificar vegetação primária ou secundária, em estágio avançado ou médio de regeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção. Aqui deve-se levar em consideração a população que mora nesse meio (criação de bairros, por exemplo), o que torna a lei um pouco perigosa nesse sentido.
— ART. 39 — CORTAR ÁRVORES — cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem permissão de autoridade competente. 
— ART. 40 — DANO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO — causar dano direto e indireto às unidades de conservação.
— ART. 40-A — UNIDADES DE CONSERVAÇÃO — áreas de proteção ambiental, as áreas de relevante interesse ecológico, as florestas nacionais, as reservas extrativistas, as reservas de fauna, as reservas de desenvolvimento sustentável e as reservas particulares do patrimônio natural.
— ART. 41 — INCÊNDIO DE FLORESTA.
— ART. 42 — BALÕES — fabricar, vender, transportar ou vender balões que possam provocar incendios nas florestas demais forma de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano.
CRIMES DE POLUIÇÃO
— ART. 54 — causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora.
CRIMES CONTRA O ORDENAMENTO URBANO E O PATRIMÔNIO CULTURAL
— ART. 62 — destruir, inutilizar, ou deteriorar: i) bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial; ii) arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ou similar protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial.
— ART. 65 — PICHAÇÃO — pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano. Cuidar com a diferença entre pichação e grafite. O grafite é uma arte, que é autorizada pelo dono do local (seja público ou particular). 
CRIMES CONTRA ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL
— Crimes próprios, praticado por funcionário público.
INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS
— ART. 70 — INFRAÇÃO AMBIENTAL — toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente. 
LEI MARIA DA PENHA — N. 11.340/06
— A lei veio para proteger a mulher dentro do âmbito familiar. Trata-se, portanto, de crime próprio especial, porque destina-se à mulher no âmbito familiar (sendo fora de casa, por exemplo, o procedimento é da justiça comum).
— Cria-se a discussão de que a lei é “desatualizada”, eis que o homem também podem ser violentados no âmbito familiar pelas mulheres. Além disso, não inclui os novos parâmetros contemporâneos de família (relação homossexual, por exemplo). 
— ART. 5 — configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas; 
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa; 
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. 
As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.
— ART. 7 — FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: (não configura-se como rol taxativo, apenas exemplificativo e podendo ser aplicado em analogia e situações parecidas)
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal; 
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação; 
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; 
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades; 
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA: medidas cautelares diversas da prisão, mas, caso não respeitadas, é motivo para prisão preventiva.
— ART. 18 — Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas: 
I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência; 
II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando for o caso; 
III - comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis.
MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA QUE OBRIGAM O AGRESSOR 
— ART. 22 — Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras: 
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003; 
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida; 
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais: 
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor; 
b) contato com a ofendida,seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação; 
c) freqüentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida; 
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar; 
V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios.

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