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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SALVADOR INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL KELLY ANSELMO DE SOUZA kellysouza_12@hotmail.com Hidráulica Equação da dinâmica dos fluidos – Teorema de Bernoulli NEAS ENG 662 – Hidráulica Prof.Ms. Kelly Anselmo de Souza kellysouza1210@gmail.com UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SALVADOR INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL 1.Conceito: Na hidrodinâmica são estudadas as leis que regem o comportamento dos líquidos em movimento. 2. Vazão: A vazão é representada pelo volume de líquido que atravessa uma determinada seção transversal na unidade de tempo. O volume de líquido dVol, que num tempo dt atravessa uma seção A normal à direção da corrente, é igual ao volume gerado pelo deslocamento ds de A, durante o tempo dt (vide figura a seguir). 2. Vazão: dVol = A.ds Se dividirmos os termos da expressão acima por dt, teremos: dVol/dt = A.ds/dt Analisando os termos da equação anterior, chegaremos as seguintes conclusões óbvias: dVol/dt = Q (Q = vazão ou descarga de líquido). ds/dt = V ( V = velocidade de escoamento do líquido ). Q = A.V 2. Vazão: No SI de medidas, a vazão é expressa em m³/s. Também são utilizadas m³/dia; m³/h; l/dia; l/h e l/s; Quadro de equivalência entre as principais unidades de vazão; UNIDADE m³/s m³/h m³/dia l/s l/h l/dia 1 m³/s = 1 3.600 86.400 1.000 3.600.000 86.400.000 1 m³/h = 1/3.600 1 24 1/3,6 1.000 24.000 1 m³/dia = 1/86.400 1/24 1 1/86,4 1/ 0,024 1.000 1 l/s = 0,001 3,6 86,4 1 3.600 86.400 1 l/h = 1/3.600. 000 0.001 0,024 1/3.600 1 24 1 l/dia = 1/86.400 .000 1/24.000 0,001 1/86.400 1/24 1 2. Vazão: Para os condutos forçados, no qual se utiliza os tubos de seção circular, teremos: Q = _π. D² . V 4 3. Equação da Continuidade: Consideremos o seguinte trecho da tubulação: Onde: V1 = velocidade na seção 1, em m/s. V2 = velocidade na seção 2, em m/s. A1 = Área da seção 1, em m². A2 = Área da seção 2, em m². 3. Equação da Continuidade: Adotando-se o princípio de conservação de massas, a massa de líquido que entra na seção 1 será igual à massa de líquido que sai da seção 2, ou seja: Qm1 = Qm2 Se tivermos um líquido incompressível a vazão em massa (Qm) é igual à vazão volumétrica (Q). Assim: Q1 = Q2 Como: Q1 = A1.V1 e Q2 = A2.V2 Substituindo as equações, teremos: A1.V1 = A2.V2 3. Equação da Continuidade: Esta é a Equação da Continuidade para líquidos incompressíveis, sendo válida para qualquer seção de escoamento. Em se tratando de tubos, cuja seção é circular, teremos: π.D1 2.V1 = π.D2 2.V2 4 4 3. Equação da Continuidade: Procedendo às devidas simplificações, obteremos: D1 2.V1 = D2 2.V2 Onde: D1 = Diâmetro interno do tubo na seção 1, em m. D2 = Diâmetro interno do tubo na seção 2, em m. 3. Equação da Continuidade - Exercícios • EXERCÍCIO 01. Calcular a vazão de água que circula à velocidade de 2,0 m/s por um tubo de 50 mm de diâmetro. Responder em todas as unidades de vazão. • EXERCÍCIO 02. Um conduto de 100 mm de diâmetro tem descarga de 6,0 l/s. Qual a velocidade média de escoamento do líquido? • EXERCÍCIO 03. Encontrar o diâmetro de uma canalização para conduzir uma vazão de 100,0 l/s, com velocidade média de escoamento do líquido em seu interior de 2,0 m/s. 3. Equação da Continuidade - Exercícios • EXERCÍCIO 04. As tubulações 1 e 2 confluem para o ponto “A”, e deste, através da tubulação 3, conflui para o ponto “B”, daí derivando para as tubulações 4, 5 e 6, indicando as flexas o sentido de fluxo de cada uma. No ponto “B” a vazão foi fornecida, encontrando-se 40,86 l/s. De acordo com os dados fornecidos na figura abaixo, calcular as variáveis solicitadas. 4.CLASSIFICAÇÃO DO MOVIMENTO DOS LÍQUIDOS: O escoamento dos líquidos se classifica em relação ao tempo e ao espaço. Em relação ao tempo e fixando-se uma seção, o movimento dos líquidos se classifica em: • PERMANENTE • NÃO-PERMANENTE 4.CLASSIFICAÇÃO DO MOVIMENTO DOS LÍQUIDOS: PERMANENTE: • Quando os seus parâmetros hidráulicos de velocidade (V), pressão (P) e massa (ρ) não se alteram com o tempo. Exemplo: uma tubulação com vazão constante ao longo do tempo. NÃO-PERMANENTE: • Caracterizam-se quando, em um determinado ponto, ocorrerem mudanças nestes parâmetros, em qualquer um ou em todos, com o tempo. Exemplo: um riacho em fase de aumento gradual de vazão. 4.CLASSIFICAÇÃO DO MOVIMENTO DOS LÍQUIDOS: Em relação ao espaço e fixando-se um tempo “t”, tem-se seguinte classificação: • PERMANENTE UNIFORME • PERMANENTE NÃO-UNIFORME • NÃO-PERMANENTE UNIFORME • NÃO-PERMANENTE NÃO-UNIFORME 4.CLASSIFICAÇÃO DO MOVIMENTO DOS LÍQUIDOS: PERMANENTE UNIFORME: As condições de escoamento não variam com a posição e com o tempo. A velocidade e a seção transversal de escoamento permanecem constantes em todas as seções da corrente líquida. Exemplo: tome-se um líquido escoando por um conduto longo, de seção e vazão constantes. 4.CLASSIFICAÇÃO DO MOVIMENTO DOS LÍQUIDOS: PERMANENTE NÃO-UNIFORME: As condições de escoamento mudam espacialmente, mas não com o tempo. A velocidade e a área da seção transversal podem variar de seção para seção, mas, para uma mesma seção, elas não variam com o tempo. Exemplo: escoamento com vazão constante através de uma tubulação com diâmetro crescente ou decrescente. 4.CLASSIFICAÇÃO DO MOVIMENTO DOS LÍQUIDOS: NÃO-PERMANENTE UNIFORME: Para um dado instante, a velocidade varia com o tempo, mas é a mesma em todos os pontos do conduto. Exemplo: o escoamento através de uma tubulação longa, de diâmetro constante, com vazão crescente ou decrescente. 4.CLASSIFICAÇÃO DO MOVIMENTO DOS LÍQUIDOS: NÃO-PERMANENTE NÃO-UNIFORME: A velocidade varia no espaço e com o tempo. Exemplo: O escoamento com vazão variável em um conduto de seção crescente ou decrescente. 5. ENERGIA PRINCÍPIO DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA A energia não pode ser criada nemdestruída, mas apenas transformada, ou seja, a energia total é sempre constante. A energia pode apresentar-se em diversas formas. Hoje apresentaremos as de maior importância no campo da hidrodinâmica. 5. ENERGIA Energia Potencial ou de Posição(Hz): As energias serão determinadas por unidade de peso. Desta forma terão as dimensões de um comprimento (L), fato que torna o seu uso bastante prático na hidráulica. A energia potencial ou de posição de um ponto de um líquido por unidade de peso é definida como a cota desse ponto em relação a um determinado plano de referência. 5. ENERGIA Energia Potencial, Posição ou Geométrica (Hz): Hz = Z = m 5. ENERGIA Energia de Pressão (Hp): A energia de pressão pode ser obtida pela equação de pressão dos líquidos: P = γ.h A energia de pressão expressa em altura de coluna de líquido será: h = P / γ Assim: Hp = P / γ 5. ENERGIA Energia de Pressão (Hp): A energia de pressão ou piezométrica é obtida com o uso dos medidores de pressão, tais como, piezômetro, manômetro de Bourdon, etc, no ponto desejado. Exemplo: 5. ENERGIA Energia de Velocidade (Hv): Teorema de Torricelli V2 = V0 2 + 2*g*S V = Velocidade final do corpo em queda livre, em m/s; V0 = Velocidade inicial do corpo em queda livre, no momento que passa pelo plano de referência, m/s; g = Aceleração da gravidade (constante e igual a 9,81 m/s2) S = Espaço percorrido pelo corpo em queda livre, em m. 5. ENERGIA Energia de Velocidade (Hv): Tomemos como exemplo uma gota de água que se condensa em uma nuvem que se encontra a uma altura “h”, se tomarmos o ponto onde a gota de água se condensa na nuvem como referencial, teremos: V0 = 0 e S = h Substituindo na expressão do Teorema de Torricelli, teremos: V2 = V0 2 + 2*g*S V2 = 02 + 2*g*h ou V2 = 2*g*h h = V2 / 2*g 5. ENERGIA Energia de Velocidade (Hv): Hv = V² / 2 * g A energia de velocidade ou cinética é obtida com o uso conjugado, no mesmo ponto, do medidor de pressão, tais como, piezômetro, manômetro de Bourdon, etc, e do tubo Pitot, responsável pela medição da soma da energia de pressão com a energia de velocidade. 5. ENERGIA Energia de Velocidade (Hv): Hv = V² / 2 * g A energia de velocidade ou cinética é obtida com o uso conjugado, no mesmo ponto, do medidor de pressão, tais como, piezômetro, manômetro de Bourdon, etc, e do tubo Pitot, responsável pela medição da soma da energia de pressão com a energia de velocidade. 5. ENERGIA Energia de Velocidade (Hv): Assim: o Tubo de Pitot = V²/2*g + P/γ o Piezômetro = P/γ Por diferença de medidas entre o tubo Pitot e o piezômetro, tem-se: V²/2*g + P/γ - P/γ = V²/2*g 6. TEOREMA DE BERNOULLI O Teorema de Bernoulli é um dos mais importantes de hidráulica e representa um caso particular onde se aplica diretamente o princípio de conservação de energia. Neste particular, para fins didáticos, estudaremos o Teorema de Bernoulli para líquidos perfeitos e reais. 6. TEOREMA DE BERNOULLI TEOREMA DE BERNOULLI PARA LÍQUIDOS PERFEITOS Nestas condições, admite-se como hipótese um escoamento em regime permanente, sem receber ou fornecer energia e sem troca de calor 6. TEOREMA DE BERNOULLI TEOREMA DE BERNOULLI PARA LÍQUIDOS PERFEITOS 6. TEOREMA DE BERNOULLI A energia total, ou carga dinâmica (H), é representada pela soma de todas as formas de energia em um ponto qualquer do circuito hidráulico (energia potencial + energia de pressão + energia de velocidade), sendo absolutamente constante ao longo deste conduto, ou seja: H = Z + V²/2*g + P/γ Em que: H = Energia Total ou constante de Bernoulli, em m 6. TEOREMA DE BERNOULLI TEOREMA DE BERNOULLI PARA LÍQUIDOS PERFEITOS Comparando-se a soma das formas de energia em um ponto (1) com a soma das formas de energia em outro ponto (2) no circuito hidráulico, teremos: Z1 + V²1/2*g + P1/γ = Z2 + V²2/2*g + P2/γ 6. TEOREMA DE BERNOULLI INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DO TEOREMA DE BERNOULLI 6.TEOREMA DE BERNOULLI INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DO TEOREMA DE BERNOULLI 6. TEOREMA DE BERNOULLI O Teorema de Bernoulli, quando expresso em termos de energia por unidade de peso admite uma interpretação geométrica muito simples. De fato, cada um dos termos desta equação tem dimensão linear. Essas grandezas lineares recebem o nome de carga ou altura, e a sua soma é denominada de carga, altura total ou constante de Bernoulli (H) que, representa a altura entra o plano de referencia e o plano de energia total (vide figuras anteriores). 6. TEOREMA DE BERNOULLI TERMO P/γ Este termo recebe a denominação de altura ou carga piezométrica, pois corresponde a altura de uma coluna de líquido, água, por exemplo, que pode ser medida por um piezômetro; Estando o registro fechado (sistema estático), ter-se-á apenas energia de pressão e o líquido no piezômetro alcançará o nível de água no reservatório, obedecendo ao princípio dos vasos comunicantes; 6. TEOREMA DE BERNOULLI TERMO P/γ Com o registro aberto (sistema dinâmico), o líquido circulará pela tubulação e os piezômetros indicarão cargas decrescentes, em decorrência do aumento das energias de velocidade; Fechando-se gradualmente o registro tem-se a diminuição gradual da vazão e, consequentemente, da velocidade, implicando numa diminuição também gradual da energia de velocidade, aumentando, consequentemente, a energia de pressão, já que a soma das energias é constante. 6. TEOREMA DE BERNOULLI TERMO V²/2*g É denominado de altura ou carga cinética ou de velocidade. O líquido em movimento apresenta certa quantidade de energia devido a sua velocidade. Esta energia também pode ser relacionada a uma coluna líquida através de um tubo Pitot; Em condutos sob pressão, a carga de velocidade é sempre o menor dos três componentes de carga total. Normalmente, a velocidade da água em tubulações situa-se entre 0,60 e 3,00 m/s. Para um valor médio de 1,50 m/s, ter-se-á uma carga cinética de aproximadamente 0,11 mca. 6. TEOREMA DE BERNOULLI TERMO V²/2*g Comparada com a carga piezométrica e de posição, a carga de velocidade chega a ser insignificante, razão pela qual ela normalmente é desconsiderada; Em tubulações despejando água livremente na atmosfera, não existe carga piezométrica na sua extremidade de saída, pois a pressão ali reinante é atmosférica, mas, mesmo assim, aágua continua escoando, graças à energia cinética da água; Observe que a diminuição da seção do tubo implica no aumento da velocidade, resultando numa maior energia de velocidade nesta seção, em detrimento da diminuição da energia de pressão. TERMO Z Corresponde à carga de posição do líquido, tomada em relação a um plano de referência, como mostrado na figura a seguir. A linha piezométrica ou linha de pressão (LP) é determinada pela soma dos termos (Z + P/γ) em cada seção do conduto. 6. TEOREMA DE BERNOULLI 5. TEOREMA DE BERNOULLI TERMO Z CONCLUSÕES: Os manômetros registram a soma da carga piezométrica e de posição; não registrando, porém, a carga de velocidade, o que é feito pelo tubo Pitot; Não existe carga cinética ou de velocidade em sistemas estáticos, somente em sistemas onde existe fluxo de líquido; Em sistemas onde o diâmetro da tubulação permanece constante, a carga de velocidade é a mesma para todos os seus pontos. Para uma mesma vazão, ela somente se altera quando ocorrem mudanças no diâmetro da tubulação. Isto decorre da equação da continuidade (Q = Ai.Vi). 6. TEOREMA DE BERNOULLI EXERCÍCIOS • EXERCÍCIO 01. Em um conduto transportando água, é conectado um tubo piezométrico “A” e um tubo Pitot “B”. Lido o desnível entre ambos, encontrou-se ∆h = 4,0 cm. Sabendo-se que o conduto tem 4” Ø, pede-se: • a) a velocidade média da água. • b) a vazão, em l/s. • EXERCÍCIO 02. Um conduto é constituído de dois trechos de 100 e 75 mm de diâmetro. Calcular a pressão no ponto 2, sabendo- se que no ponto 1, 10,0 m acima do ponto 2, a pressão é de 2,0 kgf/cm². A velocidade em 1 é de 0,60 m/s. Desprezar as perdas de energia. 6. TEOREMA DE BERNOULLI TEOREMA DE BERNOULLI PARA LÍQUIDOS REAIS Leva-se em conta o efeito das perdas de energia por atrito do líquido com as paredes do conduto e entre as partículas do próprio líquido (viscosidade ou atrito interno), causas principais da dissipação dessa energia sob a forma irreversível de calor. Em hidráulica, esta perda de energia é denominada de perda de carga (hf), sendo uma variável importante no dimensionamento de circuitos hidráulicos. 5. TEOREMA DE BERNOULLI TEOREMA DE BERNOULLI PARA LÍQUIDOS REAIS Considerando agora líquidos reais, faz-se necessária a adaptação do Teorema de Bernoulli, introduzindo-se a variável perda de carga (hf), resultando em: Z1 + V²1/2*g + P1/γ = Z2 + V²2/2*g + P2/γ + hf(1-2) Em que: hf(1-2) = Perda de carga , em mca, quando o líquido transportado flui do ponto 1 para o ponto 2 no circuito hidráulico. 5. TEOREMA DE BERNOULLI TEOREMA DE BERNOULLI PARA LÍQUIDOS REAIS 5. TEOREMA DE BERNOULLI TEOREMA DE BERNOULLI PARA LÍQUIDOS REAIS 5. TEOREMA DE BERNOULLI TEOREMA DE BERNOULLI PARA LÍQUIDOS REAIS J = hf/ L J = Perda de carga unitária ou gradiente de declividade, em m/m; hf= Perda de carga contínua, em m.c.a; L = Comprimento do conduto, em m. 5. TEOREMA DE BERNOULLI TEOREMA DE BERNOULLI PARA LÍQUIDOS REAIS Considerações importantes: • A energia total em 1 é maior que a energia total em 2; • Existe uma relação inversa entre energia de pressão e perda de carga Exercícios 1) Uma tubulação horizontal transporta 850 l/seg de água. Em 2 tem ela o diâmetro de 450 mm e a pressão de 0,700 Kg/cm2; em 1, o seu diâmetro é de 900 mm e a pressão de 0,763 Kg/cm2. Calcular a perda de carga entre os dois pontos. 3) Um conduto hidráulico de 1000 m de comprimento, apresenta uma perda de carga contínua de 30 cm. Qual a sua perda de carga unitária? 4) Um circuito hidráulico apresenta uma perda de carga unitária de 5 cm/m. Qual a perda de carga contínua se o tubo apresentar um comprimento de 360 m? 5) Um circuito hidráulico apresenta um gradiente de declividade de 0,4 m/100 m. Qual a perda de carga contínua se o conduto apresentar um comprimento de 600 m?