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ELETRICIDADE APLICADA CAMPUS PRAÇA XI TURMA 3008 FATOR DE POTÊNCIA Prof.: JADSON jjjjjjjjjjjj Aluno: MARCIO SCHIAVINATO Matr.: 20100211928-6 FATOR DE POTÊNCIA A maioria das cargas das unidades consumidoras consome energia reativa indutiva, tais como: motores, transformadores, reatores para lâmpadas de descarga, fornos de indução, entre outros. As cargas indutivas necessitam de campo eletromagnético para seu funcionamento, por isso sua operação requer dois tipos de potência: POTÊNCIA ATIVA - potência que efetivamente realiza trabalho gerando calor, luz, movimento, etc. É medida em kW. POTÊNCIA REATIVA - potência usada apenas para criar e manter os campos eletromagnéticos das cargas indutivas.É medida em kvar. O FATOR DE POTÊNCIA (FP) é uma relação entre potência ativa e potência reativa. Trata-se da diferença entre o consumo aparente (medido em VA) e o consumo real (medido em watts). FP = W . VA W - Esta é a unidade que representa a energia que está sendo convertida em trabalho no equipamento. É chamada de Potência Ativa ou também de Potência Real. VAr - Esta é a unidade que representa a energia que está sendo utilizada para produzir os campos elétrico e magnético necessários para o funcionamento de alguns tipos de cargas como, por exemplo, motores, transformadores, cargas não-lineares, retificadores industriais etc. Também é resultado de cargas onde a corrente é “chaveada” através de transistores, diodos, tiristores, etc. É chamada de Potência Reativa. VA - Esta é a unidade da Potência Aparente, que é obtida pela “soma vetorial” das Potências Ativa e Reativa. O site http://www.cp.com.br/upl/artigo_4.pdf trás a melhor analogia para entendermos o real significado dessas três potências: Figura 1 – Analogia da Cerveja Como pode ser visto na Figura 1, a Potencia Ativa (W) representa a porção líquida do copo, ou seja, a parte que realmente será utilizada para matar a sede. Como na vida nem tudo é perfeito, junto com a cerveja vem uma parte de espuma, representada pela Potência Reativa (VAr). Essa espuma está ocupando lugar no copo, porém não é utilizada para matar a sede. O conteúdo total do copo representa a Potência Aparente. Tanto espuma quanto cerveja ocupam espaço no copo, da mesma forma que potência ativa e reativa ocupam a rede elétrica, diminuindo a real capacidade de transmissão de potência ativa da rede, em função de potência reativa ali presente. A analogia da cerveja pode ser utilizada para as seguintes conclusões iniciais: - Quanto menos espuma tiver no copo, haverá mais cerveja. Da mesma maneira, quanto menos Potência Reativa for consumida, maior será o Fator de Potência. - Se um sistema não consome Potência Reativa, possui um Fator de Potência unitário, ou seja, toda a potência drenada da fonte (rede elétrica) é convertida em trabalho. Em um mundo ideal, relembrando a analogia da cerveja, VAr deve ser muito pequena (a espuma deve se aproximar de zero) com W e VA praticamente iguais, com menos espuma e mais cerveja. Desta forma há um melhor aproveitamento da capacidade do copo (rede elétrica). CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA A Correção do fator de potência através, principalmente, da instalação de capacitores tem sido alvo de muita atenção das áreas de projeto, manutenção e finanças de empresas interessadas em racionalizar o consumo de seus equipamentos elétricos. Objetivando otimizar o uso da energia elétrica gerada no país, o extinto DNAEE (Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica), atualmente com a denominação de ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), através do Decreto Nº 479 de 20 de março de 1992 estabeleceu que o fator de potência mínimo deve ser 0,92. Com o avanço da tecnologia e com o aumento das cargas não lineares nas instalações elétricas, a correção do fator de potência passa a exigir alguns cuidados especiais. Embora os capacitores elevem os níveis de tensão, é raramente econômico instalá-los em estabelecimentos industriais apenas para esse fim. A melhoria da tensão deve ser considerada como um benefício adicional dos capacitores. A tensão em qualquer ponto de um circuito elétrico é igual a da fonte geradora menos a queda de tensão até aquele ponto. Assim, se a tensão da fonte geradora e as diversas quedas de tensão forem conhecidas, a tensão em qualquer ponto pode ser facilmente determinada. Como a tensão na fonte é conhecida, o problema consiste apenas na determinação das quedas de tensão. A fim de simplificar o cálculo das quedas de tensão, a seguinte fórmula é geralmente usada : ΔV = R.I.cosϕ ± X.I.senϕ onde : ΔV = Queda de tensão [V] R = Resistência [Ω] I = Corrente total [A] ϕ = Ângulo do fator de potência X = Reatância [Ω] (+) = Para cargas com fator de potência atrasado (-) = Para cargas com fator de potência adiantado Os valores de ΔV, R e X são valores por fase. A queda de tensão entre fases para um sistema trifásico seria ΔV.√3 . Conhecido o fator de potência e a corrente total, as componentes da corrente são facilmente obtidas: IkW = I . cosϕ Ikvar = I . senϕ onde: IkW = corrente ativa Ikvar = corrente reativa VANTAGENS DA CORREÇÃO DO FP Vantagens para o consumidor: Redução significativa do custo de energia elétrica; Aumento da eficiência energética da empresa; Melhoria da tensão; Aumento da capacidade dos equipamentos de manobra; Aumento da vida útil das instalações e equipamentos; Redução do efeito Joule; Redução da corrente reativa na rede elétrica. Vantagens da Concessionária: O bloco de potência reativa deixa de circular no sistema de transmissão e distribuição; Evita as perdas pelo efeito Joule; Aumenta a capacidade do sistema de transmissão e distribuição para conduzir o bloco de potência ativa; Aumenta a capacidade de geração com intuito de atender mais consumidores; Diminui os custos de geração. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CASA, Darci, Manual de Correção do Fator de Potência - DICEL Engenharia
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