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UENF, CBB, LQFPP Prof. Gustavo Rezende Bioquímica Geral 7ª aula: Carboidratos I Monossacarídeos e Dissacarídeos Carboidratos: São as biomoléculas mais abundantes no planeta. A cada ano a fotossíntese converte mais de 100 bilhões de toneladas de CO2 e H2O em celulose e outros produtos vegetais. Carboidratos como açúcar e amido são a base da dieta da maioria dos povos do mundo. A oxidação de carboidratos é a principal via de produção de energia para a maioria dos organismos não fotossintéticos. Polímeros de carboidratos são importantes componentes estruturais para o corpo de animais e vegetais, além de participarem de diversos processos biológicos (próxima aula). Conteúdo de carboidratos (expresso como % do total de energia (%E) de alguns alimentos comuns e a quantidade que deve ser ingerido de cada alimento para fornecer 100g de carboidratos Alimento /bebida Conteúdo de carboidratos (%E) Conteúdo de água (%) Porção (g) que fornece 100g de carboidratos Pão branco Pão Integral Arroz cozido Batata cozida Batata frita Banana Mamão papaia Mel Abacaxi Cream craker Corn flakes Hamburger Nugget Coca-cola 52 51 30 21 54 37 10 78 58 73 84 30 2 10 36 39 67 76 4 63 91 22 42 4 3 58 ND 90 192 298 333 470 184 1031 1408 128 174 138 120 3,5 pedaços 46 pedaços 3 latas Fonte: Nutrient compopsition of Malaysian Foods (1988) by Tee ES, Ismail NM, Mohd Nasir I & Khatijah I. ND – não disponível Carboidratos: Carboidratos também são chamados de forma geral de hidratos de carbono, glicídios, açúcares, oses ou sacarídeos (do grego sackcharon, que significa açúcar). Carboidratos são majoritariamente poli-hidroxi aldeídos ou poli-hidroxi cetonas ou substâncias que geram esses compostos após hidrólise... Carboidratos: Carboidratos também são chamados de forma geral de hidratos de carbono, glicídios, açúcares, oses ou sacarídeos (do grego sackcharon, que significa açúcar). Carboidratos são majoritariamente poli-hidroxi aldeídos ou poli-hidroxi cetonas ou substâncias que geram esses compostos após hidrólise... Grupos funcionais: Carboidratos: Carboidratos também são chamados de forma geral de hidratos de carbono, glicídios, açúcares, oses ou sacarídeos (do grego sackcharon, que significa açúcar). Carboidratos são majoritariamente poli-hidroxi aldeídos ou poli-hidroxi cetonas ou substâncias que geram esses compostos após hidrólise... Grupos funcionais: Estrutura geral de uma carbonila: Carboidratos: Carboidratos também são chamados de forma geral de hidratos de carbono, glicídios, açúcares, oses ou sacarídeos (do grego sackcharon, que significa açúcar). Carboidratos são majoritariamente poli-hidroxi aldeídos ou poli-hidroxi cetonas ou substâncias que geram esses compostos após hidrólise... Grupos funcionais: Estrutura geral de uma carbonila: Na cetona os grupos R1 e R2 são substituintes que contém carbono. Carboidratos: Muitos, mas não todos, possuem a fórmula empírica (CH2O)n. Alguns contêm nitrogênio, fósforo ou enxofre. Três classes de carboidratos: Monossacarídeos (uma única unidade de poli-hidroxi aldeído ou cetona). O mais abundante na natureza é o açúcar de 6 carbonos D-glicose. Oligossacarídeos (oligo = poucos): pequenas cadeias de resíduos de monossacarídeos ligados entre si por ligações glicosídicas. Mais abundantes na natureza são os dissacarídeos, sendo o mais comum a sacarose (açúcar de mesa), que é uma D-glicose ligada a uma D-frutose. Polissacarídeos, que possuem mais de 20 resíduos de açúcares (próxima aula). Monossacarídeos: Incolores, sólidos cristalinos, solúveis em água e insolúveis em solventes orgânicos. A maioria tem sabor doce. Podem ser classificados quanto à função química. Se a função for um aldeído, o açúcar chama-se aldose. Se a função for uma cetona, o açúcar chama-se cetose. Podem ser classificados quanto o número de carbonos de sua estrutura: trioses, tetroses, pentoses, hexoses e heptoses possuem, respectivamente, três, quatro, cinco, seis e sete átomos de carbono em suas estruturas. Existem aldopentoses e cetopentoses, aldohexoses e cetohexoses, etc. Monossacarídeos, duas trioses: Monossacarídeos, duas pentoses: Monossacarídeos, duas hexoses: Estereoisomeria em carboidratos: Estereoisômeros: Isômeros que possuem a mesma composição e a mesma ordem de conexões atômicas mas que diferem na posição de seus átomos no espaço. Estereoisômeros não podem ser convertidos um no outro. Nas biomoléculas a estereoisomeria está relacionada com um átomo de carbono que possui quatro ligações com quatro grupos distintos: Estereoisomeria em carboidratos: Estereoisômeros: Isômeros que possuem a mesma composição e a mesma ordem de conexões atômicas mas que diferem na posição de seus átomos no espaço. Estereoisômeros não podem ser convertidos um no outro. Nas biomoléculas a estereoisomeria está relacionada com um átomo de carbono que possui quatro ligações com quatro grupos distintos: C Esse carbono é dito como assimétrico, sendo chamado de centro quiral. Se o carbono é simétrico não existe um centro quirial... Estereoisomeria em carboidratos: Carbono é simétrico e a molécula consegue ser sobreposta sobre sua própria imagem em um espelho. Estereoisomeria em carboidratos: A imagem no espelho, que não pode ser superposta à imagem original, é um enantiômero da imagem original. Estereoisomeria em carboidratos: Existem dois tipos de estereoisômeros: Enantiômeros (imagens especulares não sobrepostas uma da outra) e Diastereômeros (imagens que não são especulares). Especular no sentido de espelho. Uma molécula terá 2n estereoisômeros dependendo do número n de carbonos quirais dentro dessa molécula... Estereoisomeria, exemplo de butanos com duas substituições: Butanos com duas substituições (X e Y nas moléculas) possuem dois carbonos quirais, logo existem 22 = 4 estereoisomeros desses butanos. Estereoisômeros em monossacarídeos : Todos os monossacarídeos, como exceção da diidroxiacetona, possuem um ou mais carbonos assimétricos (quirais) e assim ocorrem em formas de estereoisômeros. Estereoisômeros em monossacarídeos : A aldose mais simples, gliceraldeído, possuem dois enantiômeros: isômero D e isômero L. Estereoisômeros em monossacarídeos : Lembrando que na natureza, o mais comum é que aminoácidos ocorram na forma de L isômeros e açúcares ocorram na forma de D isômeros. De forma geral, D aminoácidos e L açúcares não são metabolizados!! L-Alanina D-Alanina L-Gliceraldeído D-Gliceraldeído Açúcar D L Enzima Ligação forte Ligação fraca Enantiômeros Significado biológico da quiralidade: Uma vez que o ambiente natural (os organismos e suas biomoléculas) é composto de moléculas enantioméricas (aminoácidos, nucleosídeos, carboidratos, e fosfolipídeos são moléculas quirais), os enantiômeros terão propriedades diferentes. Dessa forma, no nosso corpo: Estereoisômeros em monossacarídeos : Portanto, a partir daqui, veremos apenas os isômeros D dos açúcares. Mas tenham em mente que existem também todos os mesmos açúcares como isômeros L: As formas D e L de uma mesmo açúcar são enantiômeros entre sí. Estereoisômeros em monossacarídeos : O carbono quiral mais distante da carbonila definirá o isômero como sendo D ou L: hidroxila na direita é D, hidroxila na esquerda é L: carbonila carbonila carbono quiral mais distante da carbonila carbono quiral mais distante da carbonilaEstereoisômeros em monossacarídeos : Portanto, a partir daqui, veremos apenas os isômeros D dos açúcares. Mas tenham em mente que existem também todos os mesmos açúcares como isômeros L. Os carbonos em vermelho são centros quirais. D-aldoses de 3 e 4 carbonos: D-aldoses de 5 carbonos: D-aldoses de 6 carbonos (slide 1 de 2): D-aldoses de 6 carbonos (slide 2 de 2): D-cetoses de 3 e 4 carbonos: D-cetoses de 5 carbonos: D-cetoses de 6 carbonos:
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