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Armando Vedovatto APOCALIPSE NO III MILÊNIO ARVEDUS 6 DADOS BIOGRÁFICOS DO AUTOR Armando Vedovatto, brasileiro, pseudônimo ARVEDUS, nasceu em São Carlos, Estado de São Paulo/Brasil, em 1927. Tem três livros publicados e algumas poesias e artigos em jornais e revistas. É filiado à União Brasileira de Escritores. Desde menino tem inclinação para a Literatura. Entretanto, só começou a escrever e publicar alguns artigos e poesias em jornais e revistas por volta de 1980. Em 1981 editou o seu primeiro livro – APOCALIPSE TOTAL – com interpretação dos 22 capítulos do “Apocalipse”, a qual foi bastante elogiada pelo seu caráter eclético e ecumênico. Em 1984 editou outro livro – COMO ENRIQUECER APESAR DA INFLAÇÃO – com apenas 32 páginas, porém oferecendo eloqüente libelo contra a inflação que assolava o Brasil há quarenta anos. Em 1998 publicou o terceiro livro – ASSIM FALOU NOSTRADAMUS – com 540 páginas contendo a interpretação das dez Centúrias, da Carta ao filho César e da Carta ao Rei Henrique; e a interpretação do capítulo SETE do Livro do Profeta Daniel, outra do capítulo CINCO do Livro de São Marcos, e dos capítulos 21 e 22 do Apocalipse. Possui o Dom da interpretação de textos bíblicos e herméticos sob o prisma da Lei da Reencarnação. Em matéria de Religião, vagou por diversas correntes religiosas cristãs e não cristãs, porém radicou-se no Espiritismo Cristão codificado por Kardec. Argumenta que a sua preferência por esta Doutrina prende-se ao fato de ela oferecer horizonte mais amplo do que as demais – no sentido da religião, da filosofia, das ciências e das artes, seguindo o caráter de humildade e originalidade do Cristianismo testemunhado pelos Apóstolos e discípulos nos primeiros tempos após a Ressurreição de Jesus Cristo. Alega estar convicto de que todas as Instituições e/ou Escolas Religiosas têm suas funções adequadas aos Planos divinos para a Evolução do espírito e progresso humano e ambiental. Não obstante as suas divergências interpretativas e seus comportamentos em relação aos Escritos Sagrados. Tanto as Cristãs quanto as não Cristãs. Argumenta que mesmo as seitas pagãs e/ou primitivistas têm sua função em virtude do grau de evolução em que se encontra cada pessoa e cada alma radicadas no Planeta. Nestes termos, embora discorde da parafernália das superstições, rituais, tabus e misticismos inconseqüentes que ferem frontalmente a razão e os ditames evangélicos. Afirma que elaborou este livro ampliando a interpretação que foi oferecida no APOCALIPSE TOTAL editado em 1981, visto que aquela, tendo sido elaborada em forma sumária suficiente não ofereceu a suficiência esperada para os leigos compreenderem. Aliás, fato previsto pelo Autor – que prometeu naquele livro oferecer a ampliação que está sendo dada neste. O EDITOR APOCALIPSE NO III MILÊNIO 7 INTRODUÇÃO SUBSÍDIO Devo lembrar ao leitor que esta interpretação do livro do Apocalipse, não obstante oferecer um avanço para compreender as verdades que o Apóstolo João está transmitindo – ainda não passa de um subsídio que ofereço. Portanto, o leitor pode e deve utilizá-lo como compêndio – de acordo com a sua capacidade de conhecimentos adquiridos e a adquirir. Primeiro no universo prático de sua vida, depois nos universos da Religião, da Filosofia e das Ciências acadêmicas. O leitor deve conscientizar-se de que os conhecimentos intelectuais são importantes para a evolução do espírito e “salvação da alma”, porém, o mais importante – aqui e agora, e no Além ou Mundo Espiritual – é a Sabedoria de viver e conviver dentro das regras da boa Moral. Em todos os dias, e em todos os momentos a experiência nos mostra que o valor intrínseco da pessoa brilha indistintamente no rico e no pobre. No intelectual e no analfabeto. No grande empresário e no faxineiro. No grande sacerdote e na “viuva pobre”. No cientista e no último dos operários. Portanto, devemos lembrar que as virtudes não são apanágio de ricos nem de pobres; nem de cientistas nem de analfabetos. Pertencem a todos e estão no íntimo de todos. Depende de cada um utilizá-las na convivência com a devida humildade, moderação e boa vontade. É lei cósmica que Jesus sintetiza na parábola do pobre Lázaro no banquete do homem rico. Em contraposição estão os defeitos morais, que também não são de propriedade dos ricos, nem dos pobres, e dos demais. Isto é o essencial do que fala o Apóstolo no Apocalipse. RELIGIÃO Do mesmo modo, as Religiões se enquadram pelos Evangelhos. Todas as Religiões que hoje existem são necessárias. A função primordial delas é a de ajudar aos seus seguidores a conhecer os princípios e as regras do bom comportamento no modo e forma em que esses princípios e regras são utilizados nos Céus. Estou ciente de que a partir do terceiro céu existe uma única Religião, visto que as almas ali já possuem uma visão mais dilatada das Verdades. Aqui na Terra, e até o segundo céu, as almas ainda estarão presas ao fanatismo próprio da natureza humana em sua limitação mental. E esta limitação perdurará até o último tempo do Juízo Final. Isto o Apóstolo profetiza com clareza. CIÊNCIAS ARVEDUS 8 As Ciências acadêmicas e/ou materiais são tão importantes quanto as Religiões. Ambas têm a função de conquistar o progresso físico e o progresso mental. As Ciências são manifestadas pelos Seres Celestes aos homens a fim de que estes utilizem as riquezas da terra que lhes foram doadas por Deus para terem o conforto que produz a felicidade. Devemos sempre nos lembrar que Deus sente-se gratificado com a alegria dos homens. E se entristece com a tristeza deles. REENCARNAÇÃO Estou consciente de que os leitores que não conhecem, e os que não aceitam, a Doutrina da Reencarnação desmerecerão e fugirão da leitura deste livro. A bem da Verdade, porém, não posso e não devo furtar-me ao objetivo de o apresentar. Mesmo porque sem os princípios da reencarnação os textos do Apocalipse não podem ser devidamente interpretados. Haja vista que até esta data não existe uma obra completa de interpretação dele como esta. Acredito que houve pessoas mais competentes que eu para isto, e conheço algumas, porém desconheço os motivos pelos quais tais pessoas não se propuseram a fazê-lo. Então, ousei, mesmo sentindo minha precariedade. Mas, estou convicto de que este pouco que ofereço como subsídio será bastante útil para quem tenha capacidade de desenvolver e publicar suas conquistas. Para o leitor que a desconhece devo afirmar que a Reencarnação é Lei de Deus, da mesma forma que o nascer, o viver, o morrer, o ressurgir. Por vários milênios está comprovado na prática que o espírito não nasce ao nascer o corpo. E está comprovado que não morre ao morrer o corpo. O espírito é imortal. Fato indiscutível devidamente aceito em todas as Religiões. A divergência entre reencarnacionistas e ressurreicionistas surge da posição pragmática daqueles e da posição dialética destes. Isto é, o reencarnacionista convicto conhece na prática, no contato constante com espíritos através das mediunidades de vidência, de materialização, de efeitos físicos, do desdobramento em vigília e outras. Ao mesmo tempo recebe comprovação científica elaborada por especialistas em regressão hipnótica, sendo que alguns desses especialistas, inicialmente, são ateus ou semi- ateus. O ressurreicionista convicto fixa a sua convicção em teorias dialéticas sem se dar ao trabalho de ao menos pesquisar e analisar os fatos evidenciados pelas experiências mediúnicas e, mesmo, as de regressão hipnótica. Daí em diante o ressurreicionista baseia a sua convicção no fato de não se encontrar na Bíblia a palavra reencarnação “uma única vez”, como alegamos Protestantes. Ao mesmo tempo alheiam-se do fato de que esta palavra reencarnação é encontrada em outras Escrituras Sagradas de outras religiões milenares. Da Ásia e do Oriente Médio. APOCALIPSE NO III MILÊNIO 9 Outrossim, ao se utilizar a significação adequada oferecida pelo dicionário, o esclarecimento torna-se facilitado. Embora este coloque os verbos ressurgir e ressuscitar como sinônimos. Na prática, porém, têm sensível diferença. Na prática, o fenômeno ocorrido com Lázaro foi de ressuscitar, pois o espírito voltou a se manifestar no mesmo corpo que havia morrido há três ou quatro dias. O mesmo aconteceu com Jesus que ressuscitou após três dias da morte na cruz. Sinonimicamente, ambos ressurgiram no mesmo corpo. Lázaro continuou a viver normalmente, mesmo porque Jesus disse aos Apóstolos que ele não havia morrido. Ele disse: “Apenas dorme...” Creio que Lázaro passou por sono cataléptico. Quanto a Jesus, os Evangelistas narram alguns fenômenos esquisitos. Isto é, o fato de Ele entrar no Cenáculo atravessando a porta fechada; o fato de Maria Madalena não o reconhecer de pronto junto ao sepulcro. E o fato de os dois discípulos não o reconhecerem em todo o trajeto da estrada de Emaús. E, ainda, os Apóstolos e discípulos não o reconhecerem de imediato quando chegou à praia. O fato de não ser reconhecido por eles é facilmente explicável no Espiritismo e mesmo por psicanalistas. O atravessar a porta fechada é menos fácil de explicar, visto envolver processos de desmaterialização e rematerialização. Isto é constantemente experimentado por cientistas em colaboração com espíritas e espiritualistas. Estes, com o apoio de médiuns e espíritos produzem os efeitos físicos de desmaterialização de pedras, flores, plantas e muitos outros objetos e utensílios, fazendo-os atravessar portas e paredes e os rematerializam em ambientes hermeticamente fechados. Não tenho conhecimento de que isto tenha sido feito com animais e pessoas. A não ser nos filmes de ficção. Entretanto, estou convicto de que Jesus o fez. E o fez sem desvirtuar os parâmetros das Leis Naturais que ainda desconhecemos e que, no futuro, serão conhecidos pelos homens. E o mesmo o fez com o seu corpo após a ascensão aos Céus à vista de mais de quinhentas testemunhas. Então, depois de estar fora das vistas humanas, estou convencido de que produziu a desmaterialização de seu corpo de carne, o qual já não tinha mais utilidade para Sua missão. Ao subir aos Céus Ele utilizou os processos de levitação de Seu corpo denso. Quanto ao verbo “reencarnar” o dicionário é bem explícito: Reencarnar: “Reassumir ( o espírito ) a forma material; tornar a encarnar”. De qualquer modo o espírito passa pela lei da ressurreição. Quando encarna ou reencarna ele surge ou ressurge no corpo para ser visto pelos encarnados. Quando desencarna ele ressurge para ser visto pelos espíritos desencarnados e pode ser visto por alguns encarnados que possuam a faculdade de “vidência” ou “clarividência”. De onde se conclui que o corpo surge e o espírito ressurge dentro da Lei da Reencarnação. É o caso da resposta de Jesus a Nicodemos quando Ele disse: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do espírito não pode entrar no reino de Deus”. ( Vide João, cap. 3, vers. 5). No versículo 4: “Disse-lhe Nicodemos: como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?” E vers. 6: “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito”. E vers. 7: “Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo”. ARVEDUS 10 Ora, Jesus deve ter dito: “Nicodemos, é necessário o espírito reencarnar em vidas sucessivas.” São João, porém, narrou com outras palavras. Por isso, Ele retrucou no vers. 10: “Tu és mestre de Israel, e não sabes isto?” E no vers. 12: “Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?” Ora, Jesus estava falando por parábola, cujas figuras podemos interpretar assim: A criança nasce na água da placenta, dotada de um espírito. Portanto, é um espírito que ressurge à vista humana em corpo de criança: “nascer de novo”. O espírito “retorna” ao ventre da mãe. É “carne nascida da carne” e “espírito nascido do Espírito”. Em ambos os casos há ressurreição. Quando nasce na carne o espírito ressurge aos olhos humanos. Quando o corpo morre o espírito deixa de ser visto pelos olhos humanos, mas ressurge para os olhos das almas. Não ressuscita, ressurge. Até mesmo os muçulmanos conhecem e aceitam a reencarnação como Lei. Por que a maioria dos Cristãos a repelem? -- Porque a Igreja Católica e a Igreja Protestante têm-se enganado neste particular. -- Não obstante, posso afirmar com plena certeza que a pessoa que não sabe e a pessoa que não aceita a existência desta Lei, sua alma, ao deixar o corpo, verá claramente esta realidade. -- Tenho mais de cinqüenta anos de experiência deste fato. Entretanto, os contraditores não necessitam ficar atemorizados quanto à salvação das suas almas pelo caso de desconhecer e de não aceitar. Este temor lhes trará alguns problemas passageiros e surpresas diante da Verdade. Então, por experiência concreta devo afirmar que o conhecimento e aceitação desta Lei fortalecem as virtudes da pessoa no seu comportamento ético e enfraquecem os instintos materialistas que levam a alma à perdição. Digo, à perda de tempos úteis à evolução do espírito... MAGIA O vocábulo magia tem a propriedade de nomear uma capacidade extraordinária ou incomum nas artes e Ciências. Desde a Antigüidade a significação correta foi sendo degenerada, sendo aplicada à feitiçaria e à prestidigitação. Desde então passou a ser compreendida com a distinção de magia branca e magia negra. Dependendo da intenção do agente ou mago. Nestes termos podemos nomear a Deus por Mago Supremo, e Jesus por Grande Mago. Os Apóstolos e Profetas, também, por Grandes Magos. Na atualidade, nossos Magos levam a designação de Cientistas – com as suas grandes magias em favor de todo tipo de progresso. – Não é? Outrossim, continuam existindo os magos negros, criando equipamentos e bombas de alto poder destrutivo. E os feiticeiros comuns. APOCALIPSE NO III MILÊNIO 11 Portanto, magos brancos, magos negros, conforme a intenção deles, para o bem ou para o mal... ESPÍRITO HUMANO Em algumas partes desta interpretação coloco em explicação sumária, simplista, o que entendo por espírito, alma, e corpo, como subsídio para o leitor não familiarizado com o assunto. Causará estranheza a muitos. Aquele, porém, que pesquisar ciosamente, compreenderá minhas razões ao distinguir cada um como entidade inteligente particular, e ao mesmo tempo una. Nesta introdução, repito: Espírito é um campo determinado de energias inteligentes – individuado pela alma. Em si mesmo não tem forma. A alma é outro campo de energias inteligentes menos sutis e menos poderosas que as do espírito. Estas energias que lhe dão forma ou corpo são constituídas por energias atmosféricas e/ou outras do lugar em que estará o espírito. Desde o nascimento dele até ao mais perfeito ambiente dos céus. NO TA - Este corpo atmosférico do espírito recebe denominações variadas nas diversas Religiões e Doutrinas: alma, corpo astral, corpo vital, duplo etéreo, perispírito, etc. O corpo é uma terceira entidade constituindo uma forma ou corpo denso, no qual transitam as energias do espírito e as energias da alma – enquanto ele tem vida humana no solo terrestre. O espírito possui inteligência vasta, tanto quando preso ao corpo quanto fora dele, e capacidade extraordinária de transportar sua inteligência e corpo a grandes distâncias. Capacidadeextraordinária – em relação à capacidade do corpo e a da alma. A alma, de natureza mais densa do que a dele, embora seja seu corpo, possui capacidade de inteligência mais limitada, de conformidade com o grau de aperfeiçoamento moral e intelectual dela. E capacidade de transportar-se pelos espaços, também, mais limitada. Assim sendo, ela mantém o espírito preso junto ao solo, ou preso ao piso de variados círculos ou céus aos quais ela pode se elevar na conformidade do seu aperfeiçoamento moral ou ético. O peso específico deste corpo chamado alma vai diminuindo em razão direta com o seu comportamento ético em vidas sucessivas e intermitentes na carne e/ou fora da carne. O corpo humano, por ser constituído de energias mais adensadas do que a alma -- energias estas provindas das emanações das matérias orgânicas e inorgânicas que lhe dão o peso e as medidas – é uma entidade com inteligência e capacidade de transporte bastante limitadas. Sua natureza, aliás, é bem conhecida por qualquer leitor. Alçando a um raciocínio simplista é possível afirmar que tudo é espírito ou tudo é corpo. Tudo é espírito porque há o princípio da Energia Pura Universal, da qual tudo provém. Sabemos que o SER a quem nomeamos Deus é constituído por esta Energia Pura Universal, por cuja razão é Ele perfeito nos valores de Onisciente, Onipotente e Onipresente. ARVEDUS 12 Com tal dotação, Ele é o ESPÍRITO que cria todas as coisas e todos os seres, sendo que o espírito humano, “Ele cria à Sua imagem e semelhança”, como nos informam os textos bíblicos e outras fontes de conhecimento. Por outro lado, eu posso considerar que tudo é corpo, forma, denso; porque meu espírito está totalmente assimilado no meu corpo. Da mesma forma e modo que ele está assimilado na alma quando deixa o corpo pela ação da morte. No seu mundo, o espírito e/ou alma tem a presença vista pelos outros em forma tanto ou mais concreta do que a carne. -- Eu sou perfeito, e você, leitor, é perfeito? -- Tudo é perfeito e, ao mesmo tempo, tudo está por fazer pela transformação perene, eterna, sob o olhar impassível do Tempo. Quando se raciocina em maior profundidade conclui-se que nossa vida sobrevive sob o dilema da perfeição e da imperfeição. Do acabado e do inacabado pela eternidade a fora. Lavoisier enxergou isto e situou com maestria no seu famoso axioma: “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. -- Pois bem, meu caro leitor, queira agora ler, e/ou para melhor aproveitamento, queira estudar a interpretação que lhe ofereço. É sumamente importante confrontar cada versículo do original do Apóstolo pela sua Bíblia ou pela transcrição que ofereço no final deste livro. O AUTOR APOCALIPSE NO III MILÊNIO 13 APO CAPSE NO III MILÊNIO NO TA IMPO RTANTE: Para maior facilidade de entendimento da Interpretação que ofereço neste livro, é bom que o leitor leia em CONFRONTO com o original em sua bíblia. Para facilitar, ofereço uma transcrição fiel do original do Apóstolo no final do livro, também encontrado em todas as edições do Novo Testamento traduzido em Português por João Ferreira de Almeida. CAPÍTULO 1 Versículos 1 e 2 Neste primeiro versículo o Apóstolo escreve que o Apocalipse (que se traduz por Revelação) é um livro trazendo revelações que Jesus Cristo fez a ele, a fim de que ele escrevesse e mostrasse a todos nós, que somos servidores de Jesus, as profecias sobre os acontecimentos futuros. Devo lembrar que, conforme vamos lendo e estudando este livro da Revelação somos levados a aprender melhor a respeito de toda a filosofia religiosa registrada na Bíblia (Velho e Novo Testamentos). Este Apocalipse vai-nos ensinando por profecias que envolvem o passado, o presente e o futuro. O sentido, ou espírito da profecia não tem apenas a função de informar-nos a respeito de acontecimentos que ocorrerão no futuro, como é comum as pessoas suporem. Não tem apenas a função de nos alertar que em algum tempo ocorrerá terremotos, tempestades, tufões, guerras, aqui, ali, lá, acolá. Tem a função primordial de nos ensinar as causas e efeitos psíquicos e físicos que nascem e são ativados pela mente de cada espírito, de cada alma, de cada cérebro humano. E, ao mesmo tempo da Alma Humana ou Alma Coletiva no dia a dia. E, concomitantemente, explicar de maneira científica a ação e a reação das forças da Natureza. Tudo isto está coordenado por Deus e Sua Hierarquia com vistas para a evolução de cada espírito humano. E, por conseqüência, para todos os espíritos que povoam o âmbito da Terra, desde o mais ínfimo dos seres até ao mais brilhante e poderoso Arcanjo. Tal trabalho evolutivo envolve também todo o ambiente circunscrito ao âmbito da Terra., tanto o visível quanto o invisível para nós, terrenos. De posse deste conhecimento essencial é que podemos entender a linguagem profética do Apocalipse, vazada por São João em alegorias e metáforas – em poderosa redação literária. O mesmo ocorre com toda a Bíblia e também com outros livros sagrados que pontilham pelo mundo... E o Apóstolo termina este primeiro versículo com a sentença: “ ... e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João, seu servo”. Nota: “Anjo”, em linguagem profética ou teosófica representa um poder inteligente, ou um Ser, ou uma coisa poderosa. A interpretação deste nome depende do sujeito ou agente da sentença. Neste período, que perfaz o versículo, o sujeito é Deus. O “ seu anjo” é a Sua Vontade. E também é Jesus Cristo, o qual obedece e cumpre a Vontade de Deus e pessoalmente notifica tudo o que São João escreve, que testifica no livro do Apocalipse (da Revelação), conforme ele especifica no versículo 2. ARVEDUS 14 V. I–3 No versículo 3 ele diz que toda pessoa, toda alma que lê, ouve (entende); e guarda ( e cumpre) as coisas ( ensinamentos), torna-se bem-aventurado. E finaliza: “porque o tempo está próximo”. Com isto ele está dizendo que o tempo para eu aprender e para por em prática todos os ensinamentos deste livro do Apocalipse está próximo de mim. É o meu presente. O aqui e agora. Não obstante ele estar profetizando também para o futuro da Humanidade. DEDICAÇÃO ÀS SETE IGREJAS DA ÁSIA Nota: Em sentido profético e/ou teosófico e/ou esotérico, a nossa cabeça é o templo do espírito. As sete portas são as portas dos sentidos: os dois ouvidos, os dois olhos, as duas narinas e a boca. São as sete portas por onde nosso espírito se manifesta e ao mesmo tempo recebe as manifestações do exterior. Vers. 4 Nestes termos o Apóstolo está saudando os membros das Sete Igrejas da Ásia Menor na época em que escreveu e, ao mesmo tempo, saudando todo aquele que está lendo os seus textos em qualquer tempo. E desejando que a Graça e a Paz de Deus esteja com cada um. Encerra este versículo 4 com a sentença: “e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono”. Isto é, deseja que eu e você tenhamos a Graça e a Paz provenientes de Deus entrando pelas “sete portas” ao ver, ao ouvir, ao cheirar, ao degustar e ao falar. Enfim, é um chamamento à nossa consciência para que saibamos usufruir dos bens que Deus nos oferece graciosamente: pela bondade e beleza que nos cercam a todo momento de nossa vida. Inclusive o que há de bom e de belo criado por arte e ofício de nossos semelhantes. Em todos os sentidos. Vers. 5 No versículo 5 ele estende a mesma saudação enviada por Jesus Cristo, o qual é o anjo que vai mencionado por vários capítulos. Ele cognomina o Cristo por “primogênito dos mortos”, expressão que, na realidade, significa “primogênitodos vivos”, dos espíritos que são imortais. Os espíritos, os quais são mortos na concepção dos mortais, não na dos imortais, para os quais Cristo é o “Rei dos Reis”. E ainda diz: “ ... e o príncipe dos reis da Terra”. Estes somos nós, os homens, ou mais claramente, espíritos encarnados. Quanto à última sentença deste versículo 5, ele faz uma afirmação muito importante: “Àquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados”. Escreve “Àquele” ( a Aquele). Está rendendo graças ao Cristo, o qual, com o Seu Poder e com o Seu Sacrifício ( “Seu Sangue”), nos lavou dos nossos pecados. Com este “nos lavou de nossos pecados” ele não está dizendo que, a partir do nascimento, vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo, as gerações se tornaram livres de pecados. O que está mais do que claro aos nossos olhos. Se assim fosse, as gerações anteriores a Ele estariam perdidas? Este “ lavou” significa que os seus ensinamentos e os seus exemplos práticos passaram a nos oferecer melhor oportunidade para vencermos nossos maus instintos, nossos pecados. Evidentemente, desde que nos esforcemos por obedecer as Leis de Deus em nossa vivência e convivência com os nossos semelhantes. A vida e a ação Dele têm o cunho de fortalecer a nossa boa-vontade, a nossa fé e a Esperança. A Sua passagem pela Terra e a Sua ressurreição vieram mostrar-nos a realidade concreta da Eterna Presença de Deus e de Sua Hierarquia, sempre pronta a nos ajudar e a nos salvar (“nos lavar”) para encontrarmos o Paraíso prometido... Vers. 6 No versículo 6 diz: “e nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai”. APOCALIPSE NO III MILÊNIO 15 Isto é, cada alma e cada homem que rege sua vida pelos valores filosóficos – religiosos ensinados e exemplificados por Jesus, sagra, santifica seu próprio espírito. E assim recebe valores de um sacerdote de Deus para ajudar a muitos a evoluir, de acordo com a sua exemplificação no dia-a- dia. Pode, então, ser considerado um rei da Terra ( rei metafórico), participante do Reino de Jesus quando afirmou: “Meu reino não é deste mundo...”. Ao finalizar o versículo, diz: “a ele a glória e o poder para todo o sempre”. A tal espírito “glória e poder” progressivos, à semelhança da glória e poder do Cristo – Jesus. Vers. 7 No versículo 7 diz: “Eis que vem com as nuvens...”, isto é, o Seu poder e bondade envolvem a Terra para beneficiar homens e almas como as águas virtuosas das chuvas. “e todo o olho o verá”, isto é, a presença Dele é constante desde a época em que se manifestou na carne o homem Jesus. A poucos tem sido dado vê-lo com os olhos da carne. Prometeu, porém, e a promessa é irreversível, que todos nós, sem uma única exceção, o veremos com os olhos da alma; uns, antes do fim do Juízo Final; outros, após o Juízo Final. Não haverá exceção para almas boas nem para almas perversas. Isto é: “até os mesmos que o traspassaram”. É o mesmo que dizer: até mesmo aqueles que nunca acreditaram na Divindade Dele. E mesmo aqueles que participaram da crucificação. Ele finaliza este versículo 7 dizendo: “ e todas as tribos da Terra se lamentarão sobre ele”. O que significa: todas as almas e homens que não confiaram na Sua grandeza de Regente da Humanidade – ungido por Deus para este fim – lamentar-se-ão por esse lapso de incompreensão, de ignorância. Vers. 8 No versículo 8 o Apóstolo repete a afirmação de Jesus: “Eu sou o Alfa e o Ômega”. Com as sentenças que envolvem o período encerrado neste versículo ele faz uma declaração muito importante, a qual relaciona o seu Cristo e/ou Seu Espírito com o meu e o seu (do leitor) cristo e/ou espírito. Voltando à Sua declaração feita nos Evangelhos (Cap. 17, vers. 5 de São João, e outros) concluímos que a idade de Seu Ser ou ESPÍRITO (questão de nomenclatura) ultrapassa alguns bilhões de anos. Este SER, que na Terra se deu a conhecer pelo nome de Jesus, habitou um corpo comum como o meu e o seu (do leitor). Para nós, um milagre prodigioso. É difícil de compreender o fato de um SER tão poderoso ficar limitado a um corpo frágil como o meu e o seu, não é? Entretanto, este fato prodigioso mostra que o meu espírito e o seu são mais antigos do que nossa razão possa conceber. Nesta conjuntura eu entendo que o Apóstolo está-nos ensinando que o meu espírito e o seu, e de todos os seres humanos nascem e viverão pela Eternidade ( “o princípio e o fim”) conforme Jesus afirmou muitas vezes. E, à semelhança Dele, todo espírito, sem uma única exceção, chegará à Perfeição correspondente à de Jesus. Digo correspondente, não idêntica nem igual. Passemos ao outro item com o título: “Jesus aparece a João na Ilha de Patmos. Ordena-lhe que escreva o que viu e o participe às sete igrejas da Ásia”. Vers. 9 No versículo 9 o Apóstolo se identifica e fala das razões íntimas que o levaram à Ilha de Patmos, o que a História confirma. Vers. 10 No versículo 10 ele afirma que seu espírito foi arrebatado por alguém, algum Ser que não descreve, e nesse transe ouviu uma grande voz, possante como de trombeta. Diz que foi no dia do Senhor, em forma um tanto vaga, porém que nos permite entender que era um dia solene para o ARVEDUS 16 Senhor (Jesus), conforme se depreende do que ele narra a partir do Capítulo 4. Vers. 11 No versículo 11 ele diz que a grande voz ordenou que ele escrevesse tudo o que visse e enviasse o livro às sete igrejas que estavam na Ásia (hoje região identificada com o Oriente Médio ou Ásia Menor), as quais se localizavam nas cidades de Éfeso, Esmirna, Pérgamo, T iatira, Sardo, Filadélfia e Laodicéia. Vers. 12 No versículo 12 escreve que se voltou para ver quem falava com ele e viu sete castiçais de ouro. Não alcanço bem o que representam os castiçais em toda a sua extensão alegórica. Em parte, porém, eles representam as sete igrejas, conforme explica no versículo 20. Outrossim, considerando que o número 7 (sete) se tornou um número cabalístico, por convenção de Mestres sábios ou Magos, ele representa um número não definido, ou não especificado. Portanto, entendo que as citadas “sete igrejas”, no versículo 20 significam todas as Igrejas do mundo, da mais luxuosa até a mais humilde capelinha, pois todas elas são Casas de Deus, nas quais Ele marca presença enquanto elas existem, e mais ainda durante as orações e sermões edificantes, não importando a que instituições religiosas elas pertençam. O Templo de onde Jesus expulsou os “vendilhões” não era Cristão e, sim, Farisaico. E Jesus asseverou que ali era “Casa de meu Pai”. Lembrando ainda que o vocábulo “ igreja” tem o significado de reunião de muitas pessoas. Esotericamente, o corpo humano é uma igreja; Casa do Pai (casa do espírito). Portanto, neste caso, os “sete castiçais” estarão representando um indefinido número de pessoas, o que se depreende pelo versículo 13 a seguir. O corpo humano é um “castiçal de ouro”, isto é, um instrumento, ou um aparelho valioso para a evolução do espírito. A alma, também, é um “castiçal de ouro”, pois é o corpo perenal do espírito. Vers. 13 No versículo 13 o Apóstolo traça uma perspectiva que assinala se tratar de Jesus, pois Jesus chamava-se a si mesmo “Filho do Homem”. O “vestido comprido” é metáfora de nobreza, dignidade, justiça, etc. “Cingido com um cinto de ouro”: esta alegoria significa Poder virtuoso, Poder constituído por todas as virtudes psíquicas e físicas. Vers. 14 No versículo 14 os “cabelos brancos” significam ideais ou pensamentos puros, santos. “Olhos como chamas de fogo” significam a capacidade inteligente de conhecer e ver, capacidade penetrante da inteligência do Ser descrito.Vers. 15 No versículo 15, segundo o meu entendimento, ele está alegorizando a alma do Ser ( “seus pés”), considerando que os pés estão na parte inferior do corpo, mas são de grande valor para o equilíbrio dele em sua necessidade de caminhar. Ora, a alma é o instrumento, o corpo que transporta o espírito individualizado, desde que ele passa a existir até a eternidade. Nestes termos, sou de opinião que todo e qualquer espírito (e a alma) passam pelo mesmo processo evolutivo. Sem nenhuma exceção. Concluo, então, que mesmo o Cristo Jesus tem estado passando pelo mesmo processo evolutivo, embora Ele seja o Primogênito, o Príncipe, o Paráclito, o Filho de Deus. Portanto, como Ele refere neste próprio livro do Apocalipse; além de fazer tal referência algumas vezes nos Evangelhos, quando diz a São João, no versículo 9 do capítulo 22: “porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Ainda mais confirma o meu entendimento o que o Apóstolo escreve APOCALIPSE NO III MILÊNIO 17 neste versículo 15: “E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha”. Esta alegoria, interpretada literária ou esotericamente, merece a seguinte redação: -- Sua Alma reluzente mostra ter sido sublimada por vidas sucessivas e arrostada por muitos sofrimentos – como, por pálido exemplo, se pode representar por um latão reluzente que tivesse sido refinado em uma fornalha e transformado em figuras artísticas de dois pés humanos. Temos de observar o fato de o Cristo ter estado vivendo antes da criação da Terra, cuja idade ultrapassa os três bilhões de anos, conforme os cientistas de hoje e os teosofistas de “ontem”. Segundo sua afirmação, Ele participou do trabalho de criação deste Planeta. Aproveito a oportunidade para dizer algo a respeito do Seu corpo humano, que desapareceu e jamais foi encontrado. Existem três versões principais: A primeira versão vem dos seus inimigos religiosos da época e de seus pósteros. Têm eles alegado que o corpo foi roubado do sepulcro ( por sinal muito bem guardado por soldados romanos) e enterrado em lugar secreto, por seus discípulos. Isto não passou de boato malicioso dos saduceus e fariseus da época, pois, se fosse verdade, no mínimo existiriam dez mil deles para confirmar tal boato. A segunda versão vem de ficcionistas anônimos que alegam que o corpo foi roubado por Seus discípulos e que Ele não tinha morrido. Recebeu tratamento, curou-se e desapareceu; nesse meio tempo até se casou e teve filhos... Isto também não aconteceu. O cineasta Zefirelli até usou esta versão em um filme que o leitor pode ter visto. A terceira versão provém de teosofistas e é bastante passível de ser a verdadeira. Eles dizem que o Cristo, naqueles momentos da Ressurreição, simplesmente desmaterializou o corpo, com o seu poder indiscutível, sem deixar partículas de cinzas. Aceito bem esta versão e penso que Ele o fez por dois motivos: Primeiro – Por um preito amorável e carinhoso para com o seu irmãozinho que o serviu dedicadamente por 33 anos. Segundo – Para deixar-nos uma lição: o alerta de que nosso corpo é valioso para o espírito e que devemos cuidar bem dele até que a morte nos separe. Esta versão é bastante confirmável pela Ciência atual... Voltemos à última sentença deste versículo 15: “e a sua voz como a voz de muitas águas”. Não possuo as faculdades de vidência e de audiência do Apóstolo. Estou, porém, informado de que os videntes- audientes, em certas ocasiões, em transe, ouvem vozes assim como as descritas: com som de trombeta, de trovão, de murmúrio de muitas águas. T rata-se de uma peculiaridade que sensibiliza sobremaneira os dispositivos auditivos de tais pessoas, tornando-os tão sensíveis quanto os dispositivos da alma, a qual, pela sua conformação natural, atua em um universo mais sutil. Especialmente no caso do Apóstolo João, cuja alma já estava bem mais sublimada do que o comum de nós. De tal modo que ele foi cognominado “Apóstolo Amorável”. Ao mesmo tempo, desta sentença evola um simbolismo pujante, dando conta da atuação do poder mental do Cristo, que é manifestado por Suas palavras e sentenças evangélicas em o Novo Testamento. Elas guardam e irradiam o poder moralizador que atua pelo mundo como “voz de muitas águas”. E esta voz de muitas águas é a soma de todas as orações, sermões e conferências evangélicas que saem das bocas dos fiéis e permanecem vibrando no âmbito da Terra, sendo assimilados por todos aqueles que se sintonizam com tais vibrações benéficas. E esta “voz de muitas águas” é uma das grandes expressões simbólicas da ARVEDUS 18 “mulher vestida do sol” que encontramos no Capítulo 12: “ A mulher e o dragão”. Para aquele que não está familiarizado ainda com este assunto dou uma idéia concreta que explica o exposto: Ao assistir os programas de televisão vemos e ouvimos toda a movimentação das imagens enviadas pelas emissoras que, com os sons, viajam pela atmosfera, estratosfera e muito além. Haja vista as naves espaciais que emitem imagens de planetas e espaços distantes: de Júpiter, Urano, etc., e podemos vê-las no mesmo instante em nossos aparelhos por retransmissão de emissoras terrestres. Mais ainda: podemos ver e rever e ouvir imagens e sons que estiverem gravados em um videoteipe por tempo indefinido. Assim, concluímos que a expansão a que chamamos Céu está sempre impregnado de imagens e sons emitidos em todos os momentos por todos os seres e pela Natureza. De acordo com a capacidade de cada ser ou pessoa, ele ou ela pode sintonizar-se com tais imagens e sons, tanto do presente, como do passado e até do futuro. É o caso do Apóstolo João, que registrou para nós as imagens e os sons que a sua capacidade extraordinária de profeta captou das visões do passado, do seu presente e do futuro. Creio que estes esclarecimentos sumários serão suficientes para ajudar o leitor a entender melhor os textos originais do Apóstolo com toda a simbologia que ele aplicou ao escrever. Outrossim, quando narra que ouviu “a sua voz como a voz de muitas águas” está dizendo que a voz do citado Ser penetrou no íntimo do seu complexo auditivo da mesma forma que escutaríamos a fala gravada em uma fita magnética (cassete) quando colocamos um fone nos ouvidos e aumentamos o volume do som até atingir um estrondo ensurdecedor... Vers. 16 A descrição do Ser continua no versículo 16, começando por dizer: “E ele tinha na sua destra sete estrelas”. O mistério ou significado é explicado no versículo 20, segundo a sentença do Ser: “As sete estrelas são os anjos das sete igrejas”. Com esta sentença ele explica que está falando de um número indefinido de Igrejas e igrejas. Não obstante estar, também, se referindo às Igrejas da Ásia anteriormente mencionadas. De uma maneira profética, teosófica ou esotérica, Ele está falando de cada espírito que vive radicado no âmbito da Terra. Visto que “anjo” é sinônimo de espírito. Questão de nomenclatura gramatical. E, ao mesmo tempo, está falando de “Igrejas”, do que entendemos por nomenclatura de Religião, Doutrina, Instituição Filosófico – Religiosa, etc. Eu tenho conhecimento de que em qualquer templo – desde a maior catedral até a mais modesta capelinha, -- de qualquer Organização Religiosa de escol, sempre estarão ali em serviço e assistência aos fiéis anjos ou espíritos da Hierarquia Divina. Da mesma forma que sempre há pessoas encarregadas dos misteres aos quais nelas se subordinam. Portanto, espíritos, anjos, almas, pessoas, que estão sendo regidos pela “destra” do Cristo, e formam a SuaHierarquia Divina – Ungido por Deus, o Criador da Terra e de todas as coisas que nela existem. No Capítulo 4 o Apóstolo corrobora este fato, quando Deus entrega o “ livro secreto”, cujo livro simbólico representa mais um grau de Autoridade, Poder e Glória com que Ele coroa o Cristo, Jesus. Portanto, isto corrobora os títulos referentes a Ele no Velho e Novo Testamentos: “Rei dos Reis”, “Mestre dos Mestres”. Há muito tempo, as Igrejas Teosóficas originárias da Ásia e do Oriente Médio ( estas últimas as chamadas APOCALIPSE NO III MILÊNIO 19 Herméticas, provenientes de Hermes Trismegisto) reconhecem estes fatos que são representados pelas máximas citadas. Aprendi isto com eles quando freqüentei as suas Igrejas, ou Sociedades, das quais infelizmente para mim não cheguei a ser membro, nem mesmo um “iniciado”. Somando, porém, o que eu tenho aprendido no seio do Espiritismo Cristão, o que aprendi dos Teosofistas e das outras seitas cristãs, e também por livros destas e de outras Doutrinas, penso que me está facultado entender boa parte das majestosas profecias deste Apocalipse de São João. Por isso, estou me propondo a retransmitir meu entendimento ao prezado leitor, cônscio de que meus conhecimentos ainda são medíocres em relação à grandeza necessária da obra. Tenho certeza, porém, de que este modesto trabalho incentivará a muitos de inteligência mais ampla e até mesmo prodigiosa em relação à minha. Ao mesmo tempo estou certo de que muitos leigos no assunto receberão útil compreensão dos ensinamentos que o Apóstolo vem transmitindo em essência simbólica e alegórica. A qual essência observo que não tem sido entendida e trabalhada como era esperado por Jesus, conforme Ele mandou que fosse feito pelas Suas Igrejas e “ igrejas”, por intermédio do Apóstolo. Continuamos com a sentença: “e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios”. Aqui ele está dizendo que este Ser é dotado de verdadeira Justiça. Que do Seu pensamento saem palavras justas com relação ao equilíbrio do Bem e do Mal. É a “espada da Justiça”. E continua: “e o seu rosto era como o sol...”. Nisto está dizendo que o semblante do Ser manifestava grande Sabedoria. Era como “a luz do Sol quando na sua maior força resplandece”. Vers. 17 No versículo 17 ele expressa o sentimento de sua pequenez ante a grandeza do Ser: “Caí a seus pés como morto”. O Ser, porém, lhe diz: “Não temas”, “Eu sou o primeiro e o último”. O que, em outras palavras, significa: EU SO U. E Eu sou Aquele que teve o primeiro estágio de evolução e cheguei ao último estágio. Por conseqüência, eu sou o primeiro em relação aos seres da Terra e o último em relação ao Criador, a Deus. Vers. 18 No versículo 18 Ele manifesta a Verdade da vida eterna do espírito em relação à vida provisória do corpo humano: “Eu que vivo e fui morto, mas eis que estou vivo para todo o sempre”. E, na sentença seguinte, Ele declara que conhece os segredos ou mistérios da morte e as razões dos sofrimentos (“as chaves”). Portanto, Ele os supera e por eles não é mais afligido. Conquistou os poderes da Inteligência e do Sentimento para dominar a ilusão da morte e o assédio dos sofrimentos (“ inferno”) que assediam o espírito humano em fase de evolução. Vers. 19 No versículo 19, ordena ao Apóstolo que escreva em um livro uma essência de todos os seus conhecimentos ( do Apóstolo) a respeito do passado: “Escreve as coisas que tens visto”. E sobre as coisas do presente: “E as que são”. E as coisas do futuro, as quais são compostas por destinos determinados pelos planos Divinos, adequadas às circunstâncias ocasionais: “E as que depois destas hão de acontecer”. E o Apóstolo escreveu o livro do Apocalipse ( Revelação). Vers. 20 Sobre o versículo 20 já ofereci a interpretação com a dos versículos 13 e 16. As estrelas são os espíritos humanos e os castiçais são os seus corpos. CAPÍTULO 2 CARTAS ÀS SETE IGREJAS DA ÁSIA ARVEDUS 20 PRIMEIRA CARTA: À IGREJA DE ÉFESO Conforme a exposição que redigi no Capítulo 1, neste Capítulo2 o Apóstolo dirigiu as Cartas às Igrejas citadas, Igrejas nascentes do Cristianismo, com extensão para todas as Igrejas do futuro. Para todas as Religiões e Seitas Cristãs, e não Cristãs. Ao mesmo tempo, até mais especificamente para cada alma circunscrita à Terra. E digo alma pelo fato de que o corpo tem vida provisória e pelo fato de que a alma é imortal. E pelo fato de que ela aprende os ensinamentos que o corpo aprende, pois que ela é a mãe, a matriz do corpo. Pelo vers. número 1 ele passa a mensagem de Jesus ao espírito e/ou alma (“estrela”); e ao corpo e/ou cérebro (“castiçal”). Vers. 2, 3, 4. E diz no vers. 2: “Eu sei as tuas obras,...” (queira ler em sua bíblia), e também o vers. 3 e o 4. (Em sua bíblia ou nos textos que transcrevi neste livro e coloquei no final dele). Quanto à “primeira caridade”— a expressão dele é vaga e exige raciocínio. O substantivo “caridade” é derivado do adjetivo “caro”, que dá idéia de valor; de alta estima; de preço elevado. Do que custa grande sacrifício ou grande despesa . Ele está repreendendo a alguém, e a Igreja, e igreja. Há tantas caridades! Qual delas ele terá considerado a “primeira”? Acredito que essa “primeira caridade”é aquela que se faz a cada momento em que surge a necessidade de alguém a ser suprida. Um pedaço de pão, uma moeda, uma palavra de compreensão e carinho, um serviço edificante, etc. Enfim, todo bem que se possa fazer sem esperar recompensa, nem mesmo gratidão. Caridade para com amigos, com estranhos e, até, e principalmente, com inimigos. Conforme Jesus ensinou. Vers. 5 – No vers. 5 Jesus, falando à Igreja (à ou às instituições religiosas) alerta-a de que lhe tirará a assistência que Ele lhe dá. Com isto, acontecerá o que se vê comumente: Igrejas vazias e os sacerdotes em triste frustração. – Ao mesmo tempo está falando a mim , a você (“ igreja”) que ao nos afastarmos dos deveres e da ajuda caritativa, do espírito fraternal – Ele estará afastado de nós. Então, estaremos entregues aos riscos da frustração íntima, a qual é sentida comumente por mim e por você. Não é? Estou convicto que sem a Graça de Deus, e de Jesus, torno-me muito frágil para suportar o peso das vicissitudes circunstanciais da vida. VERS. 6 – No vers. 6 Jesus repreende a Igreja e à “ igreja”, que atuam no mau comportamento semelhante aos nicolaítas, os quais, por sua vez, comportavam-se nos padrões do profeta pagão conhecido pelo nome de Balaão: do qual é relatada a crônica no livro do Deuteronômio, capítulo 23, vers. 4; Números, cap. 22, vers.5; e mencionado por São Pedro na II Epístola, cap. 2, vers.15. NO TA: Segundo as Escrituras, Balaão era profeta capacitado e, conforme os caps. 22 a 25, era muito tendente à ambição, ao poder, à sensualidade, à idolatria. E que ensinou Balaque, o rei moabita, como levar os israelitas a se prostituir com as mulheres moabitas e incliná-los à idolatria pelo deus Baal dos pagãos. Portanto, os nicolaítas foram censurados neste vers. 6 pelas obras injustas mencionadas acima. Outrossim, segundo a Pequena Enciclopédia Bíblica, impressa pela Imprensa Metodista em São Bernardo do Campo (São Paulo-Brasil), o nome Balaão, APOCALIPSE NO III MILÊNIO 21 em hebraico, tem a significação de “devorador”. Assim sendo, a crônica sobre Balaão é, também, uma alegoria esotérica concernente aos defeitos humanos. Quando tais defeitos se sobrepõem às virtudes, degeneram-nas. Devoram-nas. Os moabitas (pagãos) que afligem e prostituem os israelitas (Servos de Deus) são símbolosdos defeitos e pecados que degeneram as virtudes (israelitas). Vers. 7 – E, no vers. 7, Jesus Cristo repete a Grande Promessa de Deus a todas as suas criaturas que vivem no âmbito da Terra ( “às igrejas”): “Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do Paraíso de Deus”. Substituindo-se as metáforas, teremos a seguinte redação: Tanto o espírito quanto a alma, quanto o corpo que conquistar o fortalecimento das virtudes de tal modo que enfraqueça o poder dos defeitos até à extinção desses defeitos, terá o direito de viver nos mundos que circundam a Terra – onde reina a Felicidade proporcionada pelo ambiente natural e proporcionada pelos Seres angélicos e almas bondosas que habitam neles. E é onde o Cristo Jesus habita, não obstante o Seu Poder e o Seu Amor estarem presentes, também, nos círculos ou mundos menos felizes que envolvem a Terra. Devo esclarecer ao leigo no assunto que: a Terra é uma “árvore da vida”; que cada corpo humano é uma “árvore da vida”. Que cada círculo ou céu que envolve a Terra é “uma árvore da vida”. Que a felicidade mora em cada local e em cada corpo. Usufruir dela depende de cada ser – em todos os momentos. É evidente que a usufruição da felicidade pode ser diminuída pela hostilidade natural do ambiente em que se encontra cada ser. Tanto no ambiente externo, quanto no ambiente interno. Isto é, no interior da cabeça de cada pessoa. Esta declaração do vers. 7 vem constantemente repetida pelo Apóstolo nesse seu livro chamado Apocalipse em outras formas de expressão ligadas aos fatos e acontecimentos do passado, presente e futuro. Continuemos pelo vers. 8. SEGUNDA CARTA: À IGREJA DE ESMIRNA Vers. 8 – No vers. 8 Jesus dá ênfase à importância da Sua ressurreição, a qual é modelo justo da ressurreição de nossa alma após a morte de nosso corpo. Vers. 9 – No vers. 9 ele afirma conhecer por experiência e sentimento todas as virtudes e fraquezas pelas quais a alma humana passa. Porém, acentua que o ser humano é rico por essência vital. Nota: O nome “judeus” no caso da sentença deste versículo é metáfora de mentes justas; “sinagoga”é metáfora de cabeça. Portanto, Ele está dizendo que havia membros daquela Igreja de Esmirna que tinham mentalidade anticristã e suas cabeças eram como sinagogas de Satanás. Ao mesmo tempo está-nos lembrando que em todas as Igrejas existem pessoas e almas pervertidas no meio do rebanho. E ainda nos faz observar que nossa cabeça é uma “sinagoga”( “ igreja”) onde os vícios, defeitos, pecados, andam par a par com nossas virtudes, as quais são nossa riqueza (“mas tu és rico”), na carne ou além dela. NO TA: O intérprete e o leitor precisam estar sempre muito atentos ao ler os textos originais do Apóstolo, o qual inclui a destinação da idéia para o indivíduo ou pessoa: isto é, espírito, alma, e corpo. Visto ARVEDUS 22 que a mente de cada entidade possui capacidade de inteligência distinta, facultativa. Embora entrelaçados operem com mentalidade una. “Trindade una”. O mesmo ocorre com a alma desencarnada. Sendo que ela, possuindo corpo e dispositivos mais sutis, na conformidade com a sua sublimação moral, vai diminuindo as suas limitações mentais e, assim, vai descartando a sua personalidade mental e se tornando apenas a forma física do espírito. No final de sua sublimação ou santificação é um anjo ou espírito puro. Acaba a dualidade mental... Outrossim, observe bem que Jesus está falando: “ao anjo da igreja”. E, ao mesmo tempo, ao anjo da “Igreja”. Ao espírito individual, eu e/ou você e, ao mesmo tempo, ao “anjo coletivo” das Igrejas citadas, e em correspondência com todas as Igrejas do mundo; em todos os tempos). Pelo esclarecimento que estou dando por esta Nota, podemos entender melhor todos os versículos do Apocalipse, e todos os versículos do Velho e do Novo Testamentos. Observe que Ele alerta para os bens e para os males que comumente acontecem à “ igreja” e à “Igreja”, por arte do “Satanás”, do diabo, do demônio – e os Bens que acontecem pelas artes dos anjos, almas e homens bons. Vers. 10 – Quando diz: “Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados”, em primeiro lugar Ele está falando ao espírito sobre uma condição evolutiva comum. Trata-se do espírito encarnado, cujo corpo lhe é uma prisão na qual ele está sujeito a todo tipo de tentação promovida pelos maus instintos ( “diabo”). Eu e você, nesta situação, estamos em prova. Em prova semelhante a de Jesus na prova do “jejum por quarenta dias no deserto”. Na realidade, os tais “40 dias de prova para Jesus”, além de crônica de seus dias como “Filho do homem”, possuem um sentido alegórico ou esotérico mais amplo. Estes “40 dias” correspondem a 40 séculos de provas a que Ele esteve sujeito para provar a Deus a capacidade de Seu Poder, a fim de ir recebendo Autoridade para a Regência da Humanidade, conforme a população de almas e homens estava sendo aumentada. Questão de proporções de valores. Isto é confirmado, em parte, pelo relato do Apóstolo no Capítulo 4, quando Jesus recebe maiores poderes e maior Autoridade, que lhe são concedidos por Deus para o citado mister de Regente da Humanidade. Nesta conjuntura o Apóstolo menciona as provações com as quais o homem comum deve arcar durante um tempo indeterminado, embora com uma previsão aproximada, quando ele diz, e o Apóstolo escreve: “ ... e tereis uma tribulação de dez dias”. Ora, “dez dias” em linguagem profética podem ser dez dias mesmo, como podem ser cem, mil, dez mil anos, ou mais. Estou ciente, e até convicto, que “eu” espírito tenho uma idade de milhares de anos. Que Jesus Cristo tem mais de três bilhões de anos. A VIDA é um eterno movimento prodigioso do qual eu faço parte. Inspirado, neste momento, eu rendo graças a Deus em canto uníssono do meu “Eu sou”: espírito, alma e corpo. E Ele termina neste vers. 10 com nova promessa: “Sê fiel até a morte, e dar- te-ei a coroa da vida”. Vers. 11 No versículo 11 Ele diz: “O que vencer não receberá o dano da Segunda morte”. Declaração estranha! Não é? Estranha, porque Ele sempre nos promete vida imortal! APOCALIPSE NO III MILÊNIO 23 Se eu me firmar, porém, no princípio teosófico de que para o espírito a morte é um estado provisório de segregação, posso concluir que a primeira morte do meu espírito deu-se no momento em que ele foi individualizado ao nascer. Deixou de ser um Todo de energia pura inteligente para ser uma partícula dela. Morreu para o Todo e nasceu para um campo inocente, ingênuo, limitado. A partir daí jamais sofrerá a morte danosa. Ao contrário, ao chegar de volta à extrema pureza, estará reintegrado à Vida Perfeita em ambiente Perfeito, mas não desintegrado no Todo, como supõem os panteístas. Nestes termos, a ciência teosófica alega que, esotericamente, o nome “morte” é sinônimo de limitação, de afastamento provisório. Então, quando o espírito encarna está morto para o seu mundo. Da mesma forma que está morto para os encarnados quando o seu corpo morre. Questão de concepção mental ao aplicar a palavra morte. Nesta conjuntura, a promessa de Jesus fica clara, verídica. Quem vencer não receberá “dano” da morte. Ao contrário, receberá a graça da Vida, eterna, feliz. TERCEIRA CARTA: À IGREJA DE PÉRGAMO Vers. 12 No versículo 12 Jesus diz ser aquele que tem um julgamento penetrante e justo (“espada aguda de dois fios”). Vers. l3 No versículo l3 declara que conhece as obras dos membros da Igreja de Pérgamo e sabe perfeitamente que nesta cidade a população eraidólatra, pagã. Portanto, ali estava o “ trono de Satanás”. Isto é, o comportamento desse povo era muito injusto, iníquo, anticristo. E declara que está enxergando com precisão e com justiça as suas obras, e sua fé. NO TA. O Antipas mencionado neste versículo era um discípulo fiel do Cristianismo nascente. Foi sacrificado pelo povo pagão de Pérgamo. Consta que fora bispo cristão nesta cidade. Vers. 14 e 15 Nos versículos 14 e 15 Ele declara que está na obrigação de chamar a atenção deles para o fato de uma parte dos membros desta Igreja estar praticando o sincretismo pagão – cristão. Que estão seguindo a doutrina de Balaão e dos nicolaítas – submetendo-se às práticas fetichistas e idolátricas, e à prostituição dos valores cristãos. NO TA Admoestação igual aos de Éfeso, conforme o versículo 6 do Cap’1. Sobre o qual redigi dados mais amplos. Vers. 16 No versículo 16 Ele alerta: “e contra eles batalharei com a espada da minha boca”. Com isto, Ele não quer dizer que mandará um raio na cabeça de cada um. Ou que mandaria seus anjos deceparem suas cabeças. Está alertando que usaria o Poder da Justiça Divina ( “espada de dois fios”). Com isto, está falando mais à alma do que ao corpo. E tais castigos, a tais t ipos de infiéis à Doutrina, principalmente sacerdotes ou pastores sobrevêm às almas, tanto enquanto no corpo, quanto, e mais, quando desencarnadas. Castigo sobre a própria consciência. Cuja consciência é o tribunal onde o juiz é implacável. E este juiz é a própria mente da alma e/ou pessoa. E mais: esse autocastigo é como um ímã que atrai o ferro. Assim, atrairá, também, castigos ou sofrimentos vindos do exterior. Do ambiente, de almas, de pessoas. Nestes termos, raciocinando com o ARVEDUS 24 apoio da intuição e da inspiração, quem tem o Dom de interpretar visualiza os fatos e acontecimentos relativos aos mencionados em todas as sete cartas. Primeiro, em si mesmo ( “ igreja”), em segundo lugar na “Igreja”; e em terceiro lugar na Alma Coletiva: seja de um grupo, de uma comunidade, de uma Nação, de toda a Humanidade. Pois Jesus Cristo, nestas cartas em estudo neste livro, em todo o Apocalipse, e em todo o Novo Testamento, está falando à minha alma; à nossa alma, não obstante estar falando ao nosso cérebro, ou ao nosso Ego. Isto que digo Ele confirma no versículo 17, o qual lhe peço ler com atenção, ao repetir Ele as promessas de uma paz ditosa pela qual cada um de nós ansiamos. Porém, que só por nós mesmos é difícil demais alcançar – sem a Graça de Deus, da qual Ele é o Dispensador. NO TA “Maná escondido”: virtudes que estão na mente da alma, e compulsoriamente escondidas no cérebro. “Uma pedra branca”: uma alma pura e/ou sublimada. “Um novo nome escrito”: uma nova situação de vida. Tanto individual quanto ambiental. “o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe”: É evidente que Ele está dando a entender que só a alma e/ou espírito de cada um pode saber e sentir o que está em sua consciência portanto, só eu saberei sentir e usufruir da paz e ditosidade que “o novo nome” – o qual posso compreender por situação angélica – só eu, ou só você pode conhecer de fato. Vers. 18 a 29 Vamos à quarta carta: do versículo 18 ao versículo 29. QUARTA CARTA: À IGREJA DE TIATIRA NO TA Nesta carta Jesus continua falando à minha alma, e à tua. Ao mesmo tempo mandava o seu recado aos membros da Igreja de Tiatira, conforme lemos. E o Apóstolo utiliza com maestria a figura de uma mulher conhecida pelo nome de Jezabel, profetisa pagã, ou bruxa, ou feiticeira; a qual seduzia muita gente, inclusive membros daquela Igreja e os conduzia à idolatria, e à prostituição mental e física. Essa Jezabel, segundo a menção, era um fac – símile da Jezabel, filha do rei Sidôneo Etbaal, esposa do rei de Israel, cujo nome era Acab, do tempo do Profeta Elias. Ela seduziu Acab e o levou a se comportar contra Deus e os seus súditos, tendo sido considerado o pior rei do povo de Israel. Como rainha feiticeira chefiava 450 sacerdotes do deus Baal, e 400 sacerdotes da deusa Astarote, os quais mantinham os povos da região subordinados à idolatria e à prostituição dos valores virtuosos). Nesta conjuntura simbólica o Apóstolo está simbolizando a minha e a sua alma. Os 850 sacerdotes pagãos simbolizam os defeitos, fraquezas, pecados que são condicionados pela minha mente quando eu atuo em prejuízo das virtudes que, também, estão na minha mente. Tais defeitos e virtudes são as manifestações naturais que bem conhecemos e estão cadastradas em qualquer dicionário: - egoísmo e altruísmo, amor e ódio, vileza e nobreza, prostituição e santificação, etc. NO TA O nome Jezabel ,em hebraico, tem a significação de “casta”. A palavra castidade representa, segundo o dicionário: “qualidade de casto; virtude da pureza”. A colocação deste nome Jezabel (“casta”) tem grande significação para se interpretar este Capítulo 2, com influência sobre todos os capítulos do livro. APOCALIPSE NO III MILÊNIO 25 Isto porque este nome e aquela mulher é metáfora e é alegoria da alma humana. Assim, quero dizer que a alma nasce pura, inocente, ingênua. Da mesma forma que o espírito nasce puro, inocente, ingênuo. Ambos nascem no mesmo momento. Pela Vontade de Deus. Entretanto, entre eles há uma diversidade energética. Tanto física quanto mental. Não obstante as energias do espírito estarem e/ou agirem de modo recíproco. Por sua natureza mais densa a alma está mais sujeita ao apego ao meio ambiente. Ou melhor, às sensações do meio ambiente. Por esta razão, sua mente alia-se mais facilmente à mente do corpo humano, cuja natureza é ainda mais densa do que a dela. Quando na vida corporal ela facilmente se põe fascinada pelos desejos e emoções da carne e se dana E ainda carrega o coitado do espírito para sofrer as conseqüências dos desatinos. Os desatinos que eu e você conhecemos bem, parte dos quais Jesus aponta nestes versículos, e o Apóstolo João está-nos evidenciando. Arrojo-me a lhe falar destas coisas convicto de que é uma verdade essencial para a vitória do meu espírito. E do seu, também. Estou ciente de que muitos não familiarizados com essas verdades ficarão até estarrecidos. E que alguns até me considerarão visionário, ficcioso. E, pior, um sacrílego. Aqueles, porém, que as conhecem, compreenderão. Os que não as conhecem e procurarem conhecer encontrarão muitas fontes de informação e de experiência... Finalizando esta nota devo dizer que a nossa “Jezabel”, a casta, infelizmente, muitas vezes acompanha essa Jezabel do Apocalipse, e aquela Jezabel dos tempos do Profeta Elias. Por esta razão é que estamos ainda aqui e não junto ao trono de Jesus, no Seu Reino. Mas um dia chegaremos lá, com a ajuda Dele, conforme prometeu e continua prometendo a todos os instantes. Quem me entendeu através destes esclarecimentos sumários já poderá entender o que Jesus falou pelos Evangelhos e está falando no livro do Apocalipse por intermédio de São João Evangelista. Vamos aos versículos: No versículo 20 Ele está mandando um recado aos membros da Igreja de T iatira. Ao mesmo tempo, porém, está dando o recado para mim, e para você. Em primeiro lugar Ele alerta para o fato da pessoa que vai à procura de adivinhos e feiticeiros, os quais prometem salvar a pessoa e a sua alma. Tanto no que se refere aos bens materiais e aos problemas do dia-a-dia, quanto aos problemas da mente e do espírito. Os quais, geralmente estão mais atolados na miséria e nos pecados do que aqueles que os procuram. E não têm condições para resolveros seus próprios problemas e muito menos os da própria alma. Outrossim, essa Jezabel também é figura da Alma Coletiva Humana, a qual fica prostituída pela idolatria a todos os deuses e anseios da carne. Idolatria aos interesses imediatos: à riqueza, à fama, ao poder, ao luxo, ao conforto material, à ostentação, e outros mais. E por esses motivos, cada pessoa, cada coletividade vai de ilusão a ilusão sofrendo frustrações e angústias. Por esses motivos cada pessoa, cada alma, perde a sensibilidade necessária para usufruir dos bens que estão ao seu redor na vida humana e, após a morte, continuará em “grande tribulação”, conforme diz Jesus no versículo 22. Em suma: é assim que a nossa Jezabel, que nasce casta, degenera-se no ARVEDUS 26 meio ambiente, no altar da idolatria aos bens provisórios. “Comem dos sacrifícios da idolatria” quando devem comer do altar das virtudes prodigalizadas por Deus. Que virtudes são estas? A humildade, a moderação, o trabalho útil, a recreação sadia, o altruísmo, a caridade, a fraternidade, etc. Vers. 22 No versículo 22 Ele diz: “Eis que a porei numa cama...” Esta “cama” é o ambiente físico e mental onde a alma vive e convive no corpo e no além. A semelhança de um prostíbulo onde a prostituta e os que adulteram com ela estão sujeitos às degradações que ali existem. Vers. 23 No versículo 23 Ele diz: “E ferirei de morte a seus filhos...” Estes “filhos” são: os pensamentos, os maus instintos, as más palavras, os maus comportamentos. “Filhos” que, com o tempo, irão sendo “feridos de morte” (vão sendo sanados) por força das tribulações causadas pelo meio ambiente, cujas tribulações sensibilizam a alma para aprender e praticar as virtudes. Por esta razão Ele afirma: “E darei a cada um de vós segundo as vossas obras”. Vers. 24 No versículo 24 Ele está dizendo em outro sentido: “digo a vós” e “aos restantes que estão em Tiatira”. Portanto, a mim que estou lendo neste momento, e a todas as almas da Terra.. Vers. 25 No versículo 25 Ele adverte minha alma para que retenha minhas virtudes de modo a permitir que a ajuda Dele me leve a vencer minhas fraquezas, as quais são fortes. Vers. 26 No versículo 26 Ele confirma “e guardar até o fim as minhas obras”. Isto é, comportar-me na conformidade dos seus ensinamentos e dos seus exemplos. “Eu lhe darei poder sobre as nações”: é o mesmo que estar dizendo; eu lhe darei poder sobre seu espírito, sobre sua alma, sobre seu corpo. Pois “nações”, neste caso, é metáfora de universos. Universo mental e universo físico. Meu cérebro e meu corpo são universos. Meu cérebro possui bilhões de seres microscópicos ( “nação”). Meu corpo, ídem. Vers. 27 No versículo 27 Ele assevera: “E com vara de ferro as regerá”. Com isto está dizendo a mim: você receberá forças provindas de Mim e vindas de si mesmo para disciplinar (“vara de ferro”) o seu comportamento. Assim suas fraquezas, seus instintos “serão quebrados como vasos de oleiro”. Para isto você receberá ajuda “como também recebi de Meu Pai”. Vers. 28 No versículo 28 Ele reafirma a Promessa de que pelos meus méritos, ampliados pela ajuda Dele, minha alma brilhará com a pureza da “estrela da manhã”. Vers. 29 E finaliza no versículo 29: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”. É o mesmo que dizer: Quem quer se esforçar para que seu espírito alcance a vitória e a glória nos céus, ouça com atenção o que o Espírito ou Vontade de Deus está dizendo pelas páginas deste livro (Apocalipse de São João). CAPÍTULO 3 QUINTA CARTA: À IGREJA DE SARDO Vers. 1 No versículo 1, Jesus começa repetindo a Sua capacidade de Regente da Humanidade por força dos poderes outorgados por Deus a Ele: “ isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus”. APOCALIPSE NO III MILÊNIO 27 “e as sete estrelas”: isto é, a Autoridade para governar todas as almas e homens que vivem no âmbito da Terra. Ele continua dirigindo mensagem à Igreja de Sardo, como era necessário. Deixando evidente, porém, a intenção de orientar todas as Igrejas do Mundo em todos os tempos. E, ao mesmo tempo, dirigindo-se a mim e a você, quando diz: “Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto”. Por ciências esotéricas é tacitamente convencionado que o espírito encarnado está “morto”. Isto é, está com as suas capacidades psicofísicas muito limitadas pelas limitações do corpo. E mesmo desencarnado está “morto” devido às limitações psicofísicas da alma ainda imperfeita. Por conseqüência os nomes morte e morto são muito usados em literatura. “O dia morre no horizonte quando o Sol se esconde.” “A lua nasce no Leste e morre no Ocidente.” “Estou morto de fome.” “Eu morro a cada minuto”, etc. Então, neste versículo diz que a pessoa ou a alma que só cuida das coisas triviais da vida coloca o espírito em situação de morto. E, pior ainda, a pessoa que se compraz em fazer mal aos outros estará morto por muito tempo. Vers. 2 No versículo 2 Ele conclama a pessoa a ser vigilante, disciplinada dentro dos padrões evangélicos. “E confirma os restantes”: isto é, esforce-se por exercitar as virtudes que já possui, visto que as virtudes não exercitadas entram em estado mórbido “que estavam para morrer”. E acrescenta: “porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus”. Vers. 3 No versículo 3 Ele convida a alma a se cuidar, pois no Juízo Final Ele virá em ocasião inesperada. Vers. 4 e 5 No versículo 4 Ele nos lembra que na Terra sempre há muitas almas que se cuidam bem. E diz: “e comigo andarão de branco”. NO TA Quando escrevo alma considero a encarnada e a desencarnada. Com isto está dizendo: almas que transparecem ainda algumas impurezas, porém alcançaram a dignidade por mérito. E pelo mérito receberão a Graça: “Será vestido de vestes brancas”, etc., conforme Ele promete no versículo 5. Vers. 6 E no versículo 6 repete: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”. Isto é, aprenda e ponha em prática a Vontade de Deus ( “Espírito”). SEXTA CARTA: À IGREJA DE FILADÉLFIA Vers. 7 O versículo 7 é claro para qualquer leitor. O que fica um tanto vago, pelo que eu entendo, é a sentença: “o que abre, e ninguém fecha; e fecha e ninguém abre”. Entendo que Ele está falando dos mistérios. Mistérios para nós até que Ele os revele. Os que revelou nos Evangelhos e no Apocalipse. O maior mistério que Ele revelou para nós foi a Sua ressurreição, com a qual Ele confirma a Promessa de Deus, a Promessa capital de que desde que o espírito é criado jamais morrerá. Que o espírito terá sempre as suas ressurreições na Terra, e sempre as suas ressurreições nos céus, e/ou mundos espirituais. Visto que “há muitas moradas na Casa de meu Pai”. Ora, Jesus Cristo ressurgiu na Terra encarnado em corpo humano. Ele já vivia há bilhões de anos. Não é um espírito que ARVEDUS 28 nasceu ao nascer o seu corpo chamado Jesus. E ressurgiu nos céus após três dias da morte do seu corpo e sua ressurreição foi confirmada por mais de quinhentas pessoas. Sendo Ele o meu modelo, com o exposto está-me dizendo que eu também ressuscito em corpo e ressuscito em alma. Eu também já vivia há muito tempo antes de ser o Armando de agora. Não nasci por este corpo. Este corpo é que nasceu por mim. Portanto, Ele abriu este segredo para nós. Quem poderá fechá-lo? Vers. 8 No versículo 8 Ele diz: “Eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar”. Que porta é esta? Não tenho a menor dúvida de que esta “porta” é o Direito concedidopor Deus pelo qual todo e qualquer espírito humano, sem uma única exceção, chegará à Perfeição e terá o direito de viver eternamente no Paraíso Perfeito, onde a Felicidade absoluta se encontra. Digo, sem um única exceção. O maior facínora, ou satanás, ou demônio, chegará lá um dia. Vers. 9 E isto Ele confirma no versículo 9, o qual solicito a você ler com atenção. Mormente a primeira frase: “Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás...” “Sinagoga de Satanás” é metáfora de cérebro de qualquer malfeitor humano. E neste caso Ele está envolvendo os saduceus e fariseus, sacerdotes e seguidores. Por “ judeus” usa metáfora de pessoas ou almas dignas, cumpridoras dos preceitos cristãos. Principalmente os Sacerdotes. Os quais, com tal dignidade no pensar, falar e comportar-se com humildade imponente, cristã, terão capacidade de corrigir a mentalidade “anticristo” dos que se comportam com indignidade religiosa, como os saduceus e fariseus daquele tempo. Vers. 10 O versículo 10 é claro. Desnecessário eu interpretar para você. Vers. 11 A primeira sentença do versículo 11 é muito importante para a nossa tranqüilidade. Ele promete: “Eis que venho sem demora”. Com esta sentença Ele está prometendo a sua ajuda a qualquer momento que eu ou você tivermos necessidade e chamar por Ele. Está sempre aqui e agora. Não está em férias eternas láaaaa... no Céu como muitos supõem. A promessa feita no versículo 12 está clara. Vers. 12 Estranha é a frase “e também o meu novo nome”. Este novo nome é o novo plano de trabalho que Ele comandará após o Juízo Final. Até lá o Seu nome continuará sendo Jesus Cristo, o Salvador. Pois a atual etapa do seu trabalho é a da salvação das almas e/ou espíritos. Por isso Ele disse: “Eu vim comprar almas para Deus”. Vers. 13 No versículo 13 Ele repete a sentença pela terceira vez: “Quem tiver ouvidos...” SÉTIMA CARTA: À IGREJA DE LAODICÉIA Vers. 14 No versículo 14 Ele faz uma declaração lapidar: “Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus”. Esta declaração traz vários fatores importantes da Sua missão ao encarnar no Planeta. Em primeiro lugar, veio testemunhar, veio mostrar de forma concreta para nós, para nossos olhos humanos que Deus é um SER. Um SER invisível para homens e almas que não O enxergam pelo APOCALIPSE NO III MILÊNIO 29 fato de seus sentidos estarem ainda obstaculizados, ou melhor, limitados pelo véu de imperfeições. Ele, porém, é visível, com toda a Sua Onipotência, Onisciência e Onipresença, para as almas já purificadas. Almas e/ou espíritos humanos que já conquistaram a posse das virtudes morais (ética e estética). E, agora, dotadas dessas virtudes, cresceram em Sentimento e Inteligência e em poder. Valores suficientes para enxergar, ouvir, sentir de alma presente, a visão deste SER majestoso a Quem conhecemos pelo nome de DEUS. Esta Verdade, o Apóstolo João confirma no Capítulo 4, a seguir, onde, de alma presente, ele enxerga DEUS, o seu trono, Anjos e “milhões de milhões de almas”. Então nos ensina que DEUS não é um SER dotado de uma forma ilimitada. Não descreve a Sua forma ou corpo. Descreve a imensidão do SEU PODER e de SUA INTELIGÊNCIA, o que podemos chegar a compreender por ONISCIÊNCIA, ONIPOTÊNCIA e ONIPRESENÇA. É disto que Jesus está falando neste versículo 14. Quanto à frase: “o princípio da criação de Deus” eu entendo que Ele está nos cientificando que Ele, o Cristo nasceu, vive e viverá eternamente. Ou melhor: foi criado dentro da mesma LEI ou PRINCÍPIO em que eu e você e nós temos sido criados por Deus. Vers. 15 ao 19 Do versículo 15 ao 19 Ele está se dirigindo às almas desinteressadas pelas verdades que Ele e toda a Sua Hierarquia de anjos e/ou espíritos, e homens, trabalham por transmitir. Dirigindo-se aos de pouca fé. Aos céticos. Àqueles que dizem: “Ah! Destas coisas eu cuidarei depois da morte”. “Se é que céu e inferno existem!” “Ah, mudemos de assunto. Vamos falar de futebol, de mulheres, de orgias, de riqueza, de fama, etc.” Aos tais e outros desinteressados é que Ele está declarando: “Que nem és frio nem quente: oxalá foras frio ou quente!” Frio: o ateu. Quente: o religioso consciente. Fervoroso. Vers. 18 Na sentença do versículo 18 Ele diz: “Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo...” Com isto, está dizendo: Este tesouro de sabedoria e poder que te ofereço foi acumulado por mim por força de trabalho e sacrifício. Porém, terás sempre minha ajuda, se quiseres. Em parte está o teu mérito. Em parte a minha Graça. Do mesmo modo que comprei com mérito, e com Graça de outrem, e do Pai. Vers. 19 No versículo 19 Ele declara: “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo”. Nestes termos Ele confessa o seu Amor incondicional de Irmão Maior ungido pelo Pai para reger os seus irmãos menores. Vers. 20 No versículo 20 Ele declara que está sempre alerta para atender o chamado e apoiar a quem quer que invoque sua ajuda. Não força, porém, a ninguém. Respeita o livre-arbítrio de cada um, conforme à Lei. Vers. 21 No versículo 21 Ele repete a Promessa de que todo aquele que vencer por mérito receberá por prêmio a Graça de viver no ambiente de Deus. Do mesmo modo que Ele conquistou este direito. E, pela quarta vez, repete: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”. Em outros termos: Quem tem já alguma compreensão e Fé na Sabedoria (“Espírito”) de Deus, ouça o que venho ditando ao Apóstolo João destinado a você que está lendo agora este livro do Apocalipse. ARVEDUS 30 Vamos, agora, ao Capítulo 4. CAPÍTULO 4 A VISÃO DO TRONO DA MAJESTADE DIVINA: OS VINTE E QUATRO ANCIÃOS E OS QUATRO ANIMAIS Com estes “vinte e quatro anciãos” o Apóstolo simboliza o TEMPO como sendo um SER vivente proporcionado pelas vinte e quatro horas do dia. E representa a Inteligência que envolve a Terra desde o íntimo do núcleo de cada átomo até a imensa Onisciência de Deus. Nesta conjuntura é a SABEDORIA acumulada no âmbito do Planeta, do mesmo modo que as ciências acumuladas em um banco de dados de um computador. E assim esse imenso campo inteligente está sempre pronto a informar à mente do SER (seres divinos e seres humanos) quando este SER se coloca em sintonia com aquele campo. Pelos quatro animais simbólicos, o Apóstolo representa as faculdades inteligentes do espírito, as quais atuam em conexão com as faculdades da alma, e com as faculdades do corpo e/ou cérebro humano. Para melhor percepção do assunto devo lembrar que o nome “inteligência” retrata um movimento de forças que dão vida a seres viventes e a todas as coisas. E tal movimento estabelece campo ou campos de ação criativa ou transformativa dentro de uma disciplina necessária a cada fato ou coisa. Nestes termos, sabemos que o núcleo de um átomo de hidrogênio possui em seu interior doze elementos (segundo recentes informações científicas) vibrantes que processam e emanam energias, formando um campo inteligente, isto é, um constante movimento disciplinado e fechado por altíssima velocidade giratória de sua periferia. E este campo inteligente se amplia com a conjugação do movimento giratório do seu único elétron. E dentro deste campo inteligente, porque é disciplinado pelas forças em giros velozes, estão as forças positivas, neutras e negativas que proporcionam a existência deste átomo de hidrogênio, o qual é o átomo número um nas ciências da física e da química, as quais utilizam inumeráveis outros átomos para a criação e transformação de bens
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