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Apocalipse no III Milênio

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Armando
Vedovatto
APOCALIPSE
NO III MILÊNIO
ARVEDUS 
 
 6
DADOS BIOGRÁFICOS DO AUTOR 
 
 
Armando Vedovatto, brasileiro, pseudônimo ARVEDUS, nasceu em São Carlos, Estado 
de São Paulo/Brasil, em 1927. Tem três livros publicados e algumas poesias e artigos em jornais 
e revistas. É filiado à União Brasileira de Escritores. 
 Desde menino tem inclinação para a Literatura. Entretanto, só começou a escrever e 
publicar alguns artigos e poesias em jornais e revistas por volta de 1980. 
 Em 1981 editou o seu primeiro livro – APOCALIPSE TOTAL – com interpretação dos 
22 capítulos do “Apocalipse”, a qual foi bastante elogiada pelo seu caráter eclético e ecumênico. 
 Em 1984 editou outro livro – COMO ENRIQUECER APESAR DA INFLAÇÃO – com 
apenas 32 páginas, porém oferecendo eloqüente libelo contra a inflação que assolava o Brasil há 
quarenta anos. 
 Em 1998 publicou o terceiro livro – ASSIM FALOU NOSTRADAMUS – com 540 
páginas contendo a interpretação das dez Centúrias, da Carta ao filho César e da Carta ao Rei 
Henrique; e a interpretação do capítulo SETE do Livro do Profeta Daniel, outra do capítulo 
CINCO do Livro de São Marcos, e dos capítulos 21 e 22 do Apocalipse. 
 Possui o Dom da interpretação de textos bíblicos e herméticos sob o prisma da Lei da 
Reencarnação. 
 Em matéria de Religião, vagou por diversas correntes religiosas cristãs e não cristãs, 
porém radicou-se no Espiritismo Cristão codificado por Kardec. Argumenta que a sua 
preferência por esta Doutrina prende-se ao fato de ela oferecer horizonte mais amplo do que as 
demais – no sentido da religião, da filosofia, das ciências e das artes, seguindo o caráter de 
humildade e originalidade do Cristianismo testemunhado pelos Apóstolos e discípulos nos 
primeiros tempos após a Ressurreição de Jesus Cristo. 
 Alega estar convicto de que todas as Instituições e/ou Escolas Religiosas têm suas 
funções adequadas aos Planos divinos para a Evolução do espírito e progresso humano e 
ambiental. Não obstante as suas divergências interpretativas e seus comportamentos em relação 
aos Escritos Sagrados. Tanto as Cristãs quanto as não Cristãs. 
 Argumenta que mesmo as seitas pagãs e/ou primitivistas têm sua função em virtude do 
grau de evolução em que se encontra cada pessoa e cada alma radicadas no Planeta. Nestes 
termos, embora discorde da parafernália das superstições, rituais, tabus e misticismos 
inconseqüentes que ferem frontalmente a razão e os ditames evangélicos. 
 Afirma que elaborou este livro ampliando a interpretação que foi oferecida no 
APOCALIPSE TOTAL editado em 1981, visto que aquela, tendo sido elaborada em forma 
sumária suficiente não ofereceu a suficiência esperada para os leigos compreenderem. 
 Aliás, fato previsto pelo Autor – que prometeu naquele livro oferecer a ampliação que 
está sendo dada neste. 
 
 
 O EDITOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOCALIPSE NO III MILÊNIO 
 
 7
INTRODUÇÃO 
 
 
SUBSÍDIO 
 
 
 
 Devo lembrar ao leitor que esta interpretação do livro do Apocalipse, não obstante 
oferecer um avanço para compreender as verdades que o Apóstolo João está transmitindo – 
ainda não passa de um subsídio que ofereço. 
 Portanto, o leitor pode e deve utilizá-lo como compêndio – de acordo com a sua 
capacidade de conhecimentos adquiridos e a adquirir. 
 Primeiro no universo prático de sua vida, depois nos universos da Religião, da Filosofia 
e das Ciências acadêmicas. 
 O leitor deve conscientizar-se de que os conhecimentos intelectuais são importantes 
para a evolução do espírito e “salvação da alma”, porém, o mais importante – aqui e agora, e no 
Além ou Mundo Espiritual – é a Sabedoria de viver e conviver dentro das regras da boa Moral. 
 Em todos os dias, e em todos os momentos a experiência nos mostra que o valor 
intrínseco da pessoa brilha indistintamente no rico e no pobre. No intelectual e no analfabeto. 
No grande empresário e no faxineiro. No grande sacerdote e na “viuva pobre”. No cientista e no 
último dos operários. 
 Portanto, devemos lembrar que as virtudes não são apanágio de ricos nem de pobres; 
nem de cientistas nem de analfabetos. Pertencem a todos e estão no íntimo de todos. Depende 
de cada um utilizá-las na convivência com a devida humildade, moderação e boa vontade. 
 É lei cósmica que Jesus sintetiza na parábola do pobre Lázaro no banquete do homem 
rico. 
 Em contraposição estão os defeitos morais, que também não são de propriedade dos 
ricos, nem dos pobres, e dos demais. 
 Isto é o essencial do que fala o Apóstolo no Apocalipse. 
 
 
RELIGIÃO 
 
 
 Do mesmo modo, as Religiões se enquadram pelos Evangelhos. 
 Todas as Religiões que hoje existem são necessárias. 
 A função primordial delas é a de ajudar aos seus seguidores a conhecer os princípios e 
as regras do bom comportamento no modo e forma em que esses princípios e regras são 
utilizados nos Céus. 
 Estou ciente de que a partir do terceiro céu existe uma única Religião, visto que as 
almas ali já possuem uma visão mais dilatada das Verdades. 
 Aqui na Terra, e até o segundo céu, as almas ainda estarão presas ao fanatismo próprio 
da natureza humana em sua limitação mental. E esta limitação perdurará até o último tempo do 
Juízo Final. 
 Isto o Apóstolo profetiza com clareza. 
 
 
CIÊNCIAS 
 
ARVEDUS 
 
 8
 
 As Ciências acadêmicas e/ou materiais são tão importantes quanto as Religiões. 
 Ambas têm a função de conquistar o progresso físico e o progresso mental. 
 
 As Ciências são manifestadas pelos Seres Celestes aos homens a fim de que estes 
utilizem as riquezas da terra que lhes foram doadas por Deus para terem o conforto que produz a 
felicidade. 
 Devemos sempre nos lembrar que Deus sente-se gratificado com a alegria dos homens. 
E se entristece com a tristeza deles. 
 
 
REENCARNAÇÃO 
 
 
 
 Estou consciente de que os leitores que não conhecem, e os que não aceitam, a Doutrina 
da Reencarnação desmerecerão e fugirão da leitura deste livro. A bem da Verdade, porém, não 
posso e não devo furtar-me ao objetivo de o apresentar. 
 Mesmo porque sem os princípios da reencarnação os textos do Apocalipse não podem 
ser devidamente interpretados. 
 Haja vista que até esta data não existe uma obra completa de interpretação dele como 
esta. 
 Acredito que houve pessoas mais competentes que eu para isto, e conheço algumas, 
porém desconheço os motivos pelos quais tais pessoas não se propuseram a fazê-lo. 
 Então, ousei, mesmo sentindo minha precariedade. Mas, estou convicto de que este 
pouco que ofereço como subsídio será bastante útil para quem tenha capacidade de desenvolver 
e publicar suas conquistas. 
 Para o leitor que a desconhece devo afirmar que a Reencarnação é Lei de Deus, da 
mesma forma que o nascer, o viver, o morrer, o ressurgir. 
 Por vários milênios está comprovado na prática que o espírito não nasce ao nascer o 
corpo. E está comprovado que não morre ao morrer o corpo. 
 O espírito é imortal. Fato indiscutível devidamente aceito em todas as Religiões. 
 A divergência entre reencarnacionistas e ressurreicionistas surge da posição pragmática 
daqueles e da posição dialética destes. 
 Isto é, o reencarnacionista convicto conhece na prática, no contato constante com 
espíritos através das mediunidades de vidência, de materialização, de efeitos físicos, do 
desdobramento em vigília e outras. 
 Ao mesmo tempo recebe comprovação científica elaborada por especialistas em 
regressão hipnótica, sendo que alguns desses especialistas, inicialmente, são ateus ou semi-
ateus. 
 O ressurreicionista convicto fixa a sua convicção em teorias dialéticas sem se dar ao 
trabalho de ao menos pesquisar e analisar os fatos evidenciados pelas experiências mediúnicas 
e, mesmo, as de regressão hipnótica. 
 Daí em diante o ressurreicionista baseia a sua convicção no fato de não se encontrar na 
Bíblia a palavra reencarnação “uma única vez”, como alegamos Protestantes. 
 Ao mesmo tempo alheiam-se do fato de que esta palavra reencarnação é encontrada em 
outras Escrituras Sagradas de outras religiões milenares. Da Ásia e do Oriente Médio. 
APOCALIPSE NO III MILÊNIO 
 
 9
 Outrossim, ao se utilizar a significação adequada oferecida pelo dicionário, o 
esclarecimento torna-se facilitado. Embora este coloque os verbos ressurgir e ressuscitar como 
sinônimos. Na prática, porém, têm sensível diferença. 
 Na prática, o fenômeno ocorrido com Lázaro foi de ressuscitar, pois o espírito voltou a 
se manifestar no mesmo corpo que havia morrido há três ou quatro dias. O mesmo aconteceu 
com Jesus que ressuscitou após três dias da morte na cruz. Sinonimicamente, ambos ressurgiram 
no mesmo corpo. 
 Lázaro continuou a viver normalmente, mesmo porque Jesus disse aos Apóstolos que 
ele não havia morrido. 
 Ele disse: “Apenas dorme...” 
 Creio que Lázaro passou por sono cataléptico. 
 Quanto a Jesus, os Evangelistas narram alguns fenômenos esquisitos. Isto é, o fato de 
Ele entrar no Cenáculo atravessando a porta fechada; o fato de Maria Madalena não o 
reconhecer de pronto junto ao sepulcro. 
 E o fato de os dois discípulos não o reconhecerem em todo o trajeto da estrada de 
Emaús. E, ainda, os Apóstolos e discípulos não o reconhecerem de imediato quando chegou à 
praia. 
 O fato de não ser reconhecido por eles é facilmente explicável no Espiritismo e mesmo 
por psicanalistas. 
 O atravessar a porta fechada é menos fácil de explicar, visto envolver processos de 
desmaterialização e rematerialização. Isto é constantemente experimentado por cientistas em 
colaboração com espíritas e espiritualistas. 
 Estes, com o apoio de médiuns e espíritos produzem os efeitos físicos de 
desmaterialização de pedras, flores, plantas e muitos outros objetos e utensílios, fazendo-os 
atravessar portas e paredes e os rematerializam em ambientes hermeticamente fechados. 
 Não tenho conhecimento de que isto tenha sido feito com animais e pessoas. A não ser 
nos filmes de ficção. 
 Entretanto, estou convicto de que Jesus o fez. E o fez sem desvirtuar os parâmetros das 
Leis Naturais que ainda desconhecemos e que, no futuro, serão conhecidos pelos homens. 
 E o mesmo o fez com o seu corpo após a ascensão aos Céus à vista de mais de 
quinhentas testemunhas. Então, depois de estar fora das vistas humanas, estou convencido de 
que produziu a desmaterialização de seu corpo de carne, o qual já não tinha mais utilidade para 
Sua missão. Ao subir aos Céus Ele utilizou os processos de levitação de Seu corpo denso. 
 Quanto ao verbo “reencarnar” o dicionário é bem explícito: 
 Reencarnar: “Reassumir ( o espírito ) a forma material; tornar a encarnar”. 
 De qualquer modo o espírito passa pela lei da ressurreição. 
 Quando encarna ou reencarna ele surge ou ressurge no corpo para ser visto pelos 
encarnados. 
 Quando desencarna ele ressurge para ser visto pelos espíritos desencarnados e pode ser 
visto por alguns encarnados que possuam a faculdade de “vidência” ou “clarividência”. 
 De onde se conclui que o corpo surge e o espírito ressurge dentro da Lei da 
Reencarnação. 
 É o caso da resposta de Jesus a Nicodemos quando Ele disse: “Na verdade, na verdade 
te digo que aquele que não nascer da água e do espírito não pode entrar no reino de Deus”. ( 
Vide João, cap. 3, vers. 5). No versículo 4: “Disse-lhe Nicodemos: como pode um homem 
nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?” 
 E vers. 6: “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito”. 
 E vers. 7: “Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo”. 
ARVEDUS 
 
 10
 Ora, Jesus deve ter dito: “Nicodemos, é necessário o espírito reencarnar em vidas 
sucessivas.” 
 São João, porém, narrou com outras palavras. Por isso, Ele retrucou no vers. 10: “Tu és 
mestre de Israel, e não sabes isto?” E no vers. 12: “Se vos falei de coisas terrestres, e não 
crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?” 
 Ora, Jesus estava falando por parábola, cujas figuras podemos interpretar assim: 
 A criança nasce na água da placenta, dotada de um espírito. 
 Portanto, é um espírito que ressurge à vista humana em corpo de criança: “nascer de 
novo”. 
 O espírito “retorna” ao ventre da mãe. 
 É “carne nascida da carne” e “espírito nascido do Espírito”. Em ambos os casos há 
ressurreição. 
 Quando nasce na carne o espírito ressurge aos olhos humanos. 
 Quando o corpo morre o espírito deixa de ser visto pelos olhos humanos, mas ressurge 
para os olhos das almas. 
 Não ressuscita, ressurge. 
 Até mesmo os muçulmanos conhecem e aceitam a reencarnação como Lei. 
 Por que a maioria dos Cristãos a repelem? 
-- Porque a Igreja Católica e a Igreja Protestante têm-se enganado neste particular. 
-- Não obstante, posso afirmar com plena certeza que a pessoa que não sabe e a pessoa 
que não aceita a existência desta Lei, sua alma, ao deixar o corpo, verá claramente esta 
realidade. 
-- Tenho mais de cinqüenta anos de experiência deste fato. 
 Entretanto, os contraditores não necessitam ficar atemorizados quanto à salvação das 
suas almas pelo caso de desconhecer e de não aceitar. 
 Este temor lhes trará alguns problemas passageiros e surpresas diante da Verdade. 
 Então, por experiência concreta devo afirmar que o conhecimento e aceitação desta Lei 
fortalecem as virtudes da pessoa no seu comportamento ético e enfraquecem os instintos 
materialistas que levam a alma à perdição. Digo, à perda de tempos úteis à evolução do 
espírito... 
 
 
MAGIA 
 
 
 
 O vocábulo magia tem a propriedade de nomear uma capacidade extraordinária ou 
incomum nas artes e Ciências. 
 Desde a Antigüidade a significação correta foi sendo degenerada, sendo aplicada à 
feitiçaria e à prestidigitação. 
 Desde então passou a ser compreendida com a distinção de magia branca e magia 
negra. Dependendo da intenção do agente ou mago. 
 Nestes termos podemos nomear a Deus por Mago Supremo, e Jesus por Grande Mago. 
 Os Apóstolos e Profetas, também, por Grandes Magos. 
 Na atualidade, nossos Magos levam a designação de Cientistas – com as suas grandes 
magias em favor de todo tipo de progresso. – Não é? 
 Outrossim, continuam existindo os magos negros, criando equipamentos e bombas de 
alto poder destrutivo. E os feiticeiros comuns. 
APOCALIPSE NO III MILÊNIO 
 
 11
 Portanto, magos brancos, magos negros, conforme a intenção deles, para o bem ou para 
o mal... 
 
 
ESPÍRITO HUMANO 
 
 
 Em algumas partes desta interpretação coloco em explicação sumária, simplista, o que 
entendo por espírito, alma, e corpo, como subsídio para o leitor não familiarizado com o 
assunto. 
 Causará estranheza a muitos. Aquele, porém, que pesquisar ciosamente, compreenderá 
minhas razões ao distinguir cada um como entidade inteligente particular, e ao mesmo tempo 
una. 
 Nesta introdução, repito: 
 Espírito é um campo determinado de energias inteligentes – individuado pela alma. Em 
si mesmo não tem forma. 
 A alma é outro campo de energias inteligentes menos sutis e menos poderosas que as do 
espírito. 
 Estas energias que lhe dão forma ou corpo são constituídas por energias atmosféricas 
e/ou outras do lugar em que estará o espírito. Desde o nascimento dele até ao mais perfeito 
ambiente dos céus. 
 
 NO TA - Este corpo atmosférico do espírito recebe denominações variadas nas 
diversas Religiões e Doutrinas: alma, corpo astral, corpo vital, duplo etéreo, perispírito, etc. 
 
 O corpo é uma terceira entidade constituindo uma forma ou corpo denso, no qual 
transitam as energias do espírito e as energias da alma – enquanto ele tem vida humana no solo 
terrestre. 
 O espírito possui inteligência vasta, tanto quando preso ao corpo quanto fora dele, e 
capacidade extraordinária de transportar sua inteligência e corpo a grandes distâncias. 
 Capacidadeextraordinária – em relação à capacidade do corpo e a da alma. 
 A alma, de natureza mais densa do que a dele, embora seja seu corpo, possui capacidade 
de inteligência mais limitada, de conformidade com o grau de aperfeiçoamento moral e 
intelectual dela. E capacidade de transportar-se pelos espaços, também, mais limitada. 
 Assim sendo, ela mantém o espírito preso junto ao solo, ou preso ao piso de variados 
círculos ou céus aos quais ela pode se elevar na conformidade do seu aperfeiçoamento moral ou 
ético. 
 O peso específico deste corpo chamado alma vai diminuindo em razão direta com o seu 
comportamento ético em vidas sucessivas e intermitentes na carne e/ou fora da carne. 
 O corpo humano, por ser constituído de energias mais adensadas do que a alma -- 
energias estas provindas das emanações das matérias orgânicas e inorgânicas que lhe dão o peso 
e as medidas – é uma entidade com inteligência e capacidade de transporte bastante limitadas. 
Sua natureza, aliás, é bem conhecida por qualquer leitor. 
 Alçando a um raciocínio simplista é possível afirmar que tudo é espírito ou tudo é 
corpo. 
 Tudo é espírito porque há o princípio da Energia Pura Universal, da qual tudo provém. 
 Sabemos que o SER a quem nomeamos Deus é constituído por esta Energia Pura 
Universal, por cuja razão é Ele perfeito nos valores de Onisciente, Onipotente e Onipresente. 
ARVEDUS 
 
 12
 Com tal dotação, Ele é o ESPÍRITO que cria todas as coisas e todos os seres, sendo que 
o espírito humano, “Ele cria à Sua imagem e semelhança”, como nos informam os textos 
bíblicos e outras fontes de conhecimento. 
 Por outro lado, eu posso considerar que tudo é corpo, forma, denso; porque meu espírito 
está totalmente assimilado no meu corpo. Da mesma forma e modo que ele está assimilado na 
alma quando deixa o corpo pela ação da morte. 
 No seu mundo, o espírito e/ou alma tem a presença vista pelos outros em forma tanto 
ou mais concreta do que a carne. 
 -- Eu sou perfeito, e você, leitor, é perfeito? 
-- Tudo é perfeito e, ao mesmo tempo, tudo está por fazer pela transformação perene, 
eterna, sob o olhar impassível do Tempo. 
 Quando se raciocina em maior profundidade conclui-se que nossa vida sobrevive sob o 
dilema da perfeição e da imperfeição. Do acabado e do inacabado pela eternidade a fora. 
 Lavoisier enxergou isto e situou com maestria no seu famoso axioma: “Nada se cria, 
nada se perde, tudo se transforma”. 
-- Pois bem, meu caro leitor, queira agora ler, e/ou para melhor aproveitamento, queira 
estudar a interpretação que lhe ofereço. 
 É sumamente importante confrontar cada versículo do original do Apóstolo pela sua 
Bíblia ou pela transcrição que ofereço no final deste livro. 
 
 
O AUTOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOCALIPSE NO III MILÊNIO 
 
 13
 
APO CAPSE NO III MILÊNIO 
 
 
 
NO TA IMPO RTANTE: Para maior 
facilidade de entendimento da Interpretação 
que ofereço neste livro, é bom que o leitor 
leia em CONFRONTO com o original em 
sua bíblia. 
Para facilitar, ofereço uma 
transcrição fiel do original do Apóstolo no 
final do livro, também encontrado em todas 
as edições do Novo Testamento traduzido 
em Português por João Ferreira de 
Almeida. 
 
CAPÍTULO 1 
 Versículos 1 e 2 
 
Neste primeiro versículo o Apóstolo escreve 
que o Apocalipse (que se traduz por 
Revelação) é um livro trazendo revelações 
que Jesus Cristo fez a ele, a fim de que ele 
escrevesse e mostrasse a todos nós, que 
somos servidores de Jesus, as profecias 
sobre os acontecimentos futuros. 
 Devo lembrar que, conforme vamos 
lendo e estudando este livro da Revelação 
somos levados a aprender melhor a respeito 
de toda a filosofia religiosa registrada na 
Bíblia (Velho e Novo Testamentos). 
 Este Apocalipse vai-nos ensinando 
por profecias que envolvem o passado, o 
presente e o futuro. O sentido, ou espírito da 
profecia não tem apenas a função de 
informar-nos a respeito de acontecimentos 
que ocorrerão no futuro, como é comum as 
pessoas suporem. 
 Não tem apenas a função de nos 
alertar que em algum tempo ocorrerá 
terremotos, tempestades, tufões, guerras, 
aqui, ali, lá, acolá. 
 Tem a função primordial de nos 
ensinar as causas e efeitos psíquicos e físicos 
que nascem e são ativados pela mente de 
cada espírito, de cada alma, de cada cérebro 
humano. 
 E, ao mesmo tempo da Alma 
Humana ou Alma Coletiva no dia a dia. 
 E, concomitantemente, explicar de 
maneira científica a ação e a reação das 
forças da Natureza. Tudo isto está 
coordenado por Deus e Sua Hierarquia com 
vistas para a evolução de cada espírito 
humano. E, por conseqüência, para todos os 
espíritos que povoam o âmbito da Terra, 
desde o mais ínfimo dos seres até ao mais 
brilhante e poderoso Arcanjo. 
 Tal trabalho evolutivo envolve 
também todo o ambiente circunscrito ao 
âmbito da Terra., tanto o visível quanto o 
invisível para nós, terrenos. 
 De posse deste conhecimento 
essencial é que podemos entender a 
linguagem profética do Apocalipse, vazada 
por São João em alegorias e metáforas – em 
poderosa redação literária. 
 O mesmo ocorre com toda a Bíblia e 
também com outros livros sagrados que 
pontilham pelo mundo... 
 E o Apóstolo termina este primeiro 
versículo com a sentença: “ ... e pelo seu anjo 
as enviou, e as notificou a João, seu servo”. 
 
Nota: “Anjo”, em linguagem 
profética ou teosófica representa um poder 
inteligente, ou um Ser, ou uma coisa 
poderosa. A interpretação deste nome 
depende do sujeito ou agente da sentença. 
 Neste período, que perfaz o versículo, o 
sujeito é Deus. O “ seu anjo” é a Sua Vontade. E 
também é Jesus Cristo, o qual obedece e cumpre 
a Vontade de Deus e pessoalmente notifica tudo 
o que São João escreve, que testifica no livro do 
Apocalipse (da Revelação), conforme ele 
especifica no versículo 2. 
 
ARVEDUS 
 
 14
V. I–3 No versículo 3 ele diz que toda 
pessoa, toda alma que lê, ouve (entende); e 
guarda ( e cumpre) as coisas ( 
ensinamentos), torna-se bem-aventurado. E 
finaliza: “porque o tempo está próximo”. 
 Com isto ele está dizendo que o 
tempo para eu aprender e para por em 
prática todos os ensinamentos deste livro do 
Apocalipse está próximo de mim. É o meu 
presente. O aqui e agora. 
 Não obstante ele estar profetizando 
também para o futuro da Humanidade. 
 
 
DEDICAÇÃO ÀS SETE IGREJAS DA 
ÁSIA 
 
Nota: Em sentido profético e/ou teosófico 
e/ou esotérico, a nossa cabeça é o templo do 
espírito. As sete portas são as portas dos 
sentidos: os dois ouvidos, os dois olhos, as 
duas narinas e a boca. 
 São as sete portas por onde nosso 
espírito se manifesta e ao mesmo tempo 
recebe as manifestações do exterior. 
 
Vers. 4 Nestes termos o Apóstolo está 
saudando os membros das Sete Igrejas da 
Ásia Menor na época em que escreveu e, ao 
mesmo tempo, saudando todo aquele que 
está lendo os seus textos em qualquer tempo. 
E desejando que a Graça e a Paz de Deus 
esteja com cada um. 
 Encerra este versículo 4 com a 
sentença: “e da dos sete espíritos que estão 
diante do seu trono”. 
 Isto é, deseja que eu e você 
tenhamos a Graça e a Paz provenientes de 
Deus entrando pelas “sete portas” ao ver, ao 
ouvir, ao cheirar, ao degustar e ao falar. 
 Enfim, é um chamamento à nossa 
consciência para que saibamos usufruir dos 
bens que Deus nos oferece graciosamente: 
pela bondade e beleza que nos cercam a todo 
momento de nossa vida. Inclusive o que há 
de bom e de belo criado por arte e ofício de 
nossos semelhantes. Em todos os sentidos. 
 
Vers. 5 No versículo 5 ele estende a mesma 
saudação enviada por Jesus Cristo, o qual é 
o anjo que vai mencionado por vários 
capítulos. Ele cognomina o Cristo por 
“primogênito dos mortos”, expressão que, na 
realidade, significa “primogênitodos vivos”, 
dos espíritos que são imortais. 
 Os espíritos, os quais são mortos na 
concepção dos mortais, não na dos imortais, 
para os quais Cristo é o “Rei dos Reis”. 
 E ainda diz: “ ... e o príncipe dos reis 
da Terra”. Estes somos nós, os homens, ou 
mais claramente, espíritos encarnados. 
 Quanto à última sentença deste 
versículo 5, ele faz uma afirmação muito 
importante: “Àquele que nos ama, e em seu 
sangue nos lavou dos nossos pecados”. 
Escreve “Àquele” ( a Aquele). Está 
rendendo graças ao Cristo, o qual, com o 
Seu Poder e com o Seu Sacrifício ( “Seu 
Sangue”), nos lavou dos nossos pecados. 
Com este “nos lavou de nossos 
pecados” ele não está dizendo que, a partir 
do nascimento, vida, morte e ressurreição de 
Jesus Cristo, as gerações se tornaram livres 
de pecados. O que está mais do que claro 
aos nossos olhos. Se assim fosse, as 
gerações anteriores a Ele estariam perdidas? 
Este “ lavou” significa que os seus 
ensinamentos e os seus exemplos práticos 
passaram a nos oferecer melhor 
oportunidade para vencermos nossos maus 
instintos, nossos pecados. Evidentemente, 
desde que nos esforcemos por obedecer as 
Leis de Deus em nossa vivência e 
convivência com os nossos semelhantes. 
A vida e a ação Dele têm o cunho de 
fortalecer a nossa boa-vontade, a nossa fé e a 
Esperança. 
 A Sua passagem pela Terra e a Sua 
ressurreição vieram mostrar-nos a realidade 
concreta da Eterna Presença de Deus e de 
Sua Hierarquia, sempre pronta a nos ajudar e 
a nos salvar (“nos lavar”) para encontrarmos 
o Paraíso prometido... 
 
Vers. 6 No versículo 6 diz: “e nos fez reis 
e sacerdotes para Deus e seu Pai”. 
APOCALIPSE NO III MILÊNIO 
 
 15
 Isto é, cada alma e cada homem que 
rege sua vida pelos valores filosóficos – 
religiosos ensinados e exemplificados por 
Jesus, sagra, santifica seu próprio espírito. E 
assim recebe valores de um sacerdote de 
Deus para ajudar a muitos a evoluir, de 
acordo com a sua exemplificação no dia-a-
dia. 
 Pode, então, ser considerado um rei 
da Terra ( rei metafórico), participante do 
Reino de Jesus quando afirmou: “Meu reino 
não é deste mundo...”. 
 Ao finalizar o versículo, diz: “a ele a 
glória e o poder para todo o sempre”. 
A tal espírito “glória e poder” 
progressivos, à semelhança da glória e poder 
do Cristo – Jesus. 
 
Vers. 7 No versículo 7 diz: “Eis que vem 
com as nuvens...”, isto é, o Seu poder e 
bondade envolvem a Terra para beneficiar 
homens e almas como as águas virtuosas das 
chuvas. 
 “e todo o olho o verá”, isto é, a 
presença Dele é constante desde a época em 
que se manifestou na carne o homem Jesus. 
 A poucos tem sido dado vê-lo com 
os olhos da carne. Prometeu, porém, e a 
promessa é irreversível, que todos nós, sem 
uma única exceção, o veremos com os olhos 
da alma; uns, antes do fim do Juízo Final; 
outros, após o Juízo Final. 
 Não haverá exceção para almas boas 
nem para almas perversas. Isto é: “até os 
mesmos que o traspassaram”. É o mesmo 
que dizer: até mesmo aqueles que nunca 
acreditaram na Divindade Dele. E mesmo 
aqueles que participaram da crucificação. 
 Ele finaliza este versículo 7 dizendo: 
“ e todas as tribos da Terra se lamentarão 
sobre ele”. O que significa: todas as almas e 
homens que não confiaram na Sua grandeza 
de Regente da Humanidade – ungido por 
Deus para este fim – lamentar-se-ão por esse 
lapso de incompreensão, de ignorância. 
 
Vers. 8 No versículo 8 o Apóstolo repete a 
afirmação de Jesus: “Eu sou o Alfa e o 
Ômega”. 
 Com as sentenças que envolvem o 
período encerrado neste versículo ele faz 
uma declaração muito importante, a qual 
relaciona o seu Cristo e/ou Seu Espírito com 
o meu e o seu (do leitor) cristo e/ou espírito. 
 Voltando à Sua declaração feita nos 
Evangelhos (Cap. 17, vers. 5 de São João, e 
outros) concluímos que a idade de Seu Ser 
ou ESPÍRITO (questão de nomenclatura) 
ultrapassa alguns bilhões de anos. 
 Este SER, que na Terra se deu a 
conhecer pelo nome de Jesus, habitou um 
corpo comum como o meu e o seu (do 
leitor). 
 Para nós, um milagre prodigioso. 
É difícil de compreender o fato de um SER 
tão poderoso ficar limitado a um corpo frágil 
como o meu e o seu, não é? 
 Entretanto, este fato prodigioso 
mostra que o meu espírito e o seu são mais 
antigos do que nossa razão possa conceber. 
 Nesta conjuntura eu entendo que o 
Apóstolo está-nos ensinando que o meu 
espírito e o seu, e de todos os seres humanos 
nascem e viverão pela Eternidade ( “o 
princípio e o fim”) conforme Jesus afirmou 
muitas vezes. 
 E, à semelhança Dele, todo espírito, 
sem uma única exceção, chegará à Perfeição 
correspondente à de Jesus. Digo 
correspondente, não idêntica nem igual. 
 Passemos ao outro item com o 
título: “Jesus aparece a João na Ilha de 
Patmos. Ordena-lhe que escreva o que viu e 
o participe às sete igrejas da Ásia”. 
 
Vers. 9 No versículo 9 o Apóstolo se 
identifica e fala das razões íntimas que o 
levaram à Ilha de Patmos, o que a História 
confirma. 
 
Vers. 10 No versículo 10 ele afirma que seu 
espírito foi arrebatado por alguém, algum 
Ser que não descreve, e nesse transe ouviu 
uma grande voz, possante como de 
trombeta. 
 Diz que foi no dia do Senhor, em 
forma um tanto vaga, porém que nos permite 
entender que era um dia solene para o 
ARVEDUS 
 
 16
Senhor (Jesus), conforme se depreende do 
que ele narra a partir do Capítulo 4. 
 
Vers. 11 No versículo 11 ele diz que a 
grande voz ordenou que ele escrevesse tudo 
o que visse e enviasse o livro às sete igrejas 
que estavam na Ásia (hoje região 
identificada com o Oriente Médio ou Ásia 
Menor), as quais se localizavam nas cidades 
de Éfeso, Esmirna, Pérgamo, T iatira, Sardo, 
Filadélfia e Laodicéia. 
 
Vers. 12 No versículo 12 escreve que se 
voltou para ver quem falava com ele e viu 
sete castiçais de ouro. 
 Não alcanço bem o que representam 
os castiçais em toda a sua extensão 
alegórica. Em parte, porém, eles 
representam as sete igrejas, conforme 
explica no versículo 20. Outrossim, 
considerando que o número 7 (sete) se 
tornou um número cabalístico, por 
convenção de Mestres sábios ou Magos, ele 
representa um número não definido, ou não 
especificado. 
 Portanto, entendo que as citadas 
“sete igrejas”, no versículo 20 significam 
todas as Igrejas do mundo, da mais luxuosa 
até a mais humilde capelinha, pois todas elas 
são Casas de Deus, nas quais Ele marca 
presença enquanto elas existem, e mais 
ainda durante as orações e sermões 
edificantes, não importando a que 
instituições religiosas elas pertençam. 
 O Templo de onde Jesus expulsou 
os “vendilhões” não era Cristão e, sim, 
Farisaico. E Jesus asseverou que ali era 
“Casa de meu Pai”. Lembrando ainda que o 
vocábulo “ igreja” tem o significado de 
reunião de muitas pessoas. 
 Esotericamente, o corpo humano é 
uma igreja; Casa do Pai (casa do espírito). 
Portanto, neste caso, os “sete castiçais” 
estarão representando um indefinido número 
de pessoas, o que se depreende pelo 
versículo 13 a seguir. 
 O corpo humano é um “castiçal de 
ouro”, isto é, um instrumento, ou um 
aparelho valioso para a evolução do espírito. 
 A alma, também, é um “castiçal de 
ouro”, pois é o corpo perenal do espírito. 
 
Vers. 13 No versículo 13 o Apóstolo traça 
uma perspectiva que assinala se tratar de 
Jesus, pois Jesus chamava-se a si mesmo 
“Filho do Homem”. 
 O “vestido comprido” é metáfora de 
nobreza, dignidade, justiça, etc. 
 “Cingido com um cinto de ouro”: 
esta alegoria significa Poder virtuoso, Poder 
constituído por todas as virtudes psíquicas e 
físicas. 
 
Vers. 14 No versículo 14 os “cabelos 
brancos” significam ideais ou pensamentos 
puros, santos. 
 “Olhos como chamas de fogo” 
significam a capacidade inteligente de 
conhecer e ver, capacidade penetrante da 
inteligência do Ser descrito.Vers. 15 No versículo 15, segundo o meu 
entendimento, ele está alegorizando a alma 
do Ser ( “seus pés”), considerando que os 
pés estão na parte inferior do corpo, mas são 
de grande valor para o equilíbrio dele em 
sua necessidade de caminhar. 
 Ora, a alma é o instrumento, o corpo 
que transporta o espírito individualizado, 
desde que ele passa a existir até a eternidade. 
Nestes termos, sou de opinião que todo e 
qualquer espírito (e a alma) passam pelo 
mesmo processo evolutivo. Sem nenhuma 
exceção. 
 Concluo, então, que mesmo o Cristo 
Jesus tem estado passando pelo mesmo 
processo evolutivo, embora Ele seja o 
Primogênito, o Príncipe, o Paráclito, o Filho 
de Deus. 
 Portanto, como Ele refere neste 
próprio livro do Apocalipse; além de fazer 
tal referência algumas vezes nos 
Evangelhos, quando diz a São João, no 
versículo 9 do capítulo 22: “porque eu sou 
conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e 
dos que guardam as palavras deste livro. 
 Ainda mais confirma o meu 
entendimento o que o Apóstolo escreve 
APOCALIPSE NO III MILÊNIO 
 
 17
neste versículo 15: “E os seus pés, 
semelhantes a latão reluzente, como se 
tivessem sido refinados numa fornalha”. 
 Esta alegoria, interpretada literária 
ou esotericamente, merece a seguinte 
redação: -- Sua Alma reluzente mostra ter 
sido sublimada por vidas sucessivas e 
arrostada por muitos sofrimentos – como, 
por pálido exemplo, se pode representar por 
um latão reluzente que tivesse sido refinado 
em uma fornalha e transformado em figuras 
artísticas de dois pés humanos. 
 Temos de observar o fato de o Cristo 
ter estado vivendo antes da criação da Terra, 
cuja idade ultrapassa os três bilhões de anos, 
conforme os cientistas de hoje e os 
teosofistas de “ontem”. 
 Segundo sua afirmação, Ele 
participou do trabalho de criação deste 
Planeta. 
 Aproveito a oportunidade para dizer 
algo a respeito do Seu corpo humano, que 
desapareceu e jamais foi encontrado. 
Existem três versões principais: 
 A primeira versão vem dos seus 
inimigos religiosos da época e de seus 
pósteros. Têm eles alegado que o corpo foi 
roubado do sepulcro ( por sinal muito bem 
guardado por soldados romanos) e enterrado 
em lugar secreto, por seus discípulos. 
 Isto não passou de boato malicioso 
dos saduceus e fariseus da época, pois, se 
fosse verdade, no mínimo existiriam dez mil 
deles para confirmar tal boato. 
 A segunda versão vem de 
ficcionistas anônimos que alegam que o 
corpo foi roubado por Seus discípulos e que 
Ele não tinha morrido. Recebeu tratamento, 
curou-se e desapareceu; nesse meio tempo 
até se casou e teve filhos... 
 Isto também não aconteceu. O 
cineasta Zefirelli até usou esta versão em um 
filme que o leitor pode ter visto. 
 A terceira versão provém de 
teosofistas e é bastante passível de ser a 
verdadeira. 
 Eles dizem que o Cristo, naqueles 
momentos da Ressurreição, simplesmente 
desmaterializou o corpo, com o seu poder 
indiscutível, sem deixar partículas de cinzas. 
 Aceito bem esta versão e penso que 
Ele o fez por dois motivos: 
 Primeiro – Por um preito amorável e 
carinhoso para com o seu irmãozinho que o 
serviu dedicadamente por 33 anos. 
 Segundo – Para deixar-nos uma 
lição: o alerta de que nosso corpo é valioso 
para o espírito e que devemos cuidar bem 
dele até que a morte nos separe. 
 Esta versão é bastante confirmável 
pela Ciência atual... 
 Voltemos à última sentença deste 
versículo 15: “e a sua voz como a voz de 
muitas águas”. 
Não possuo as faculdades de 
vidência e de audiência do Apóstolo. Estou, 
porém, informado de que os videntes-
audientes, em certas ocasiões, em transe, 
ouvem vozes assim como as descritas: com 
som de trombeta, de trovão, de murmúrio de 
muitas águas. 
 T rata-se de uma peculiaridade que 
sensibiliza sobremaneira os dispositivos 
auditivos de tais pessoas, tornando-os tão 
sensíveis quanto os dispositivos da alma, a 
qual, pela sua conformação natural, atua em 
um universo mais sutil. Especialmente no 
caso do Apóstolo João, cuja alma já estava 
bem mais sublimada do que o comum de 
nós. De tal modo que ele foi cognominado 
“Apóstolo Amorável”. 
 Ao mesmo tempo, desta sentença 
evola um simbolismo pujante, dando conta 
da atuação do poder mental do Cristo, que é 
manifestado por Suas palavras e sentenças 
evangélicas em o Novo Testamento. 
 Elas guardam e irradiam o poder 
moralizador que atua pelo mundo como 
“voz de muitas águas”. E esta voz de muitas 
águas é a soma de todas as orações, sermões 
e conferências evangélicas que saem das 
bocas dos fiéis e permanecem vibrando no 
âmbito da Terra, sendo assimilados por 
todos aqueles que se sintonizam com tais 
vibrações benéficas. 
 E esta “voz de muitas águas” é uma 
das grandes expressões simbólicas da 
ARVEDUS 
 
 18
“mulher vestida do sol” que encontramos no 
Capítulo 12: “ A mulher e o dragão”. 
 Para aquele que não está 
familiarizado ainda com este assunto dou 
uma idéia concreta que explica o exposto: 
 Ao assistir os programas de 
televisão vemos e ouvimos toda a 
movimentação das imagens enviadas pelas 
emissoras que, com os sons, viajam pela 
atmosfera, estratosfera e muito além. 
 Haja vista as naves espaciais que 
emitem imagens de planetas e espaços 
distantes: de Júpiter, Urano, etc., e podemos 
vê-las no mesmo instante em nossos 
aparelhos por retransmissão de emissoras 
terrestres. 
 Mais ainda: podemos ver e rever e 
ouvir imagens e sons que estiverem 
gravados em um videoteipe por tempo 
indefinido. 
 Assim, concluímos que a expansão a 
que chamamos Céu está sempre impregnado 
de imagens e sons emitidos em todos os 
momentos por todos os seres e pela 
Natureza. 
 De acordo com a capacidade de cada 
ser ou pessoa, ele ou ela pode sintonizar-se 
com tais imagens e sons, tanto do presente, 
como do passado e até do futuro. 
 É o caso do Apóstolo João, que 
registrou para nós as imagens e os sons que 
a sua capacidade extraordinária de profeta 
captou das visões do passado, do seu 
presente e do futuro. 
 Creio que estes esclarecimentos 
sumários serão suficientes para ajudar o 
leitor a entender melhor os textos originais 
do Apóstolo com toda a simbologia que ele 
aplicou ao escrever. 
 Outrossim, quando narra que ouviu 
“a sua voz como a voz de muitas águas” está 
dizendo que a voz do citado Ser penetrou no 
íntimo do seu complexo auditivo da mesma 
forma que escutaríamos a fala gravada em 
uma fita magnética (cassete) quando 
colocamos um fone nos ouvidos e 
aumentamos o volume do som até atingir um 
estrondo ensurdecedor... 
 
Vers. 16 A descrição do Ser continua no 
versículo 16, começando por dizer: “E ele 
tinha na sua destra sete estrelas”. 
 O mistério ou significado é 
explicado no versículo 20, segundo a 
sentença do Ser: “As sete estrelas são os 
anjos das sete igrejas”. 
 Com esta sentença ele explica que 
está falando de um número indefinido de 
Igrejas e igrejas. Não obstante estar, 
também, se referindo às Igrejas da Ásia 
anteriormente mencionadas. 
 De uma maneira profética, teosófica 
ou esotérica, Ele está falando de cada 
espírito que vive radicado no âmbito da 
Terra. Visto que “anjo” é sinônimo de 
espírito. Questão de nomenclatura 
gramatical. 
 E, ao mesmo tempo, está falando de 
“Igrejas”, do que entendemos por 
nomenclatura de Religião, Doutrina, 
Instituição Filosófico – Religiosa, etc. 
 Eu tenho conhecimento de que em 
qualquer templo – desde a maior catedral até 
a mais modesta capelinha, -- de qualquer 
Organização Religiosa de escol, sempre 
estarão ali em serviço e assistência aos fiéis 
anjos ou espíritos da Hierarquia Divina. 
 Da mesma forma que sempre há 
pessoas encarregadas dos misteres aos quais 
nelas se subordinam. 
 Portanto, espíritos, anjos, almas, 
pessoas, que estão sendo regidos pela 
“destra” do Cristo, e formam a SuaHierarquia Divina – Ungido por Deus, o 
Criador da Terra e de todas as coisas que 
nela existem. 
 No Capítulo 4 o Apóstolo corrobora 
este fato, quando Deus entrega o “ livro 
secreto”, cujo livro simbólico representa 
mais um grau de Autoridade, Poder e Glória 
com que Ele coroa o Cristo, Jesus. 
 Portanto, isto corrobora os títulos 
referentes a Ele no Velho e Novo 
Testamentos: “Rei dos Reis”, “Mestre dos 
Mestres”. 
 Há muito tempo, as Igrejas 
Teosóficas originárias da Ásia e do Oriente 
Médio ( estas últimas as chamadas 
APOCALIPSE NO III MILÊNIO 
 
 19
Herméticas, provenientes de Hermes 
Trismegisto) reconhecem estes fatos que 
são representados pelas máximas citadas. 
 Aprendi isto com eles quando 
freqüentei as suas Igrejas, ou Sociedades, 
das quais infelizmente para mim não 
cheguei a ser membro, nem mesmo um 
“iniciado”. 
 Somando, porém, o que eu tenho 
aprendido no seio do Espiritismo Cristão, o 
que aprendi dos Teosofistas e das outras 
seitas cristãs, e também por livros destas e 
de outras Doutrinas, penso que me está 
facultado entender boa parte das majestosas 
profecias deste Apocalipse de São João. 
 Por isso, estou me propondo a 
retransmitir meu entendimento ao prezado 
leitor, cônscio de que meus conhecimentos 
ainda são medíocres em relação à grandeza 
necessária da obra. 
 Tenho certeza, porém, de que este 
modesto trabalho incentivará a muitos de 
inteligência mais ampla e até mesmo 
prodigiosa em relação à minha. Ao mesmo 
tempo estou certo de que muitos leigos no 
assunto receberão útil compreensão dos 
ensinamentos que o Apóstolo vem 
transmitindo em essência simbólica e 
alegórica. A qual essência observo que não 
tem sido entendida e trabalhada como era 
esperado por Jesus, conforme Ele mandou 
que fosse feito pelas Suas Igrejas e “ igrejas”, 
por intermédio do Apóstolo. 
 Continuamos com a sentença: “e da 
sua boca saía uma aguda espada de dois 
fios”. 
 Aqui ele está dizendo que este Ser é 
dotado de verdadeira Justiça. Que do Seu 
pensamento saem palavras justas com 
relação ao equilíbrio do Bem e do Mal. É a 
“espada da Justiça”. 
 E continua: “e o seu rosto era como 
o sol...”. Nisto está dizendo que o semblante 
do Ser manifestava grande Sabedoria. Era 
como “a luz do Sol quando na sua maior 
força resplandece”. 
 
Vers. 17 No versículo 17 ele expressa o 
sentimento de sua pequenez ante a grandeza 
do Ser: “Caí a seus pés como morto”. 
 O Ser, porém, lhe diz: “Não temas”, 
“Eu sou o primeiro e o último”. O que, em 
outras palavras, significa: EU SO U. E Eu 
sou Aquele que teve o primeiro estágio de 
evolução e cheguei ao último estágio. 
 Por conseqüência, eu sou o 
primeiro em relação aos seres da Terra e o 
último em relação ao Criador, a Deus. 
 
Vers. 18 No versículo 18 Ele manifesta a 
Verdade da vida eterna do espírito em 
relação à vida provisória do corpo humano: 
“Eu que vivo e fui morto, mas eis que estou 
vivo para todo o sempre”. 
 E, na sentença seguinte, Ele declara 
que conhece os segredos ou mistérios da 
morte e as razões dos sofrimentos (“as 
chaves”). Portanto, Ele os supera e por eles 
não é mais afligido. 
 Conquistou os poderes da 
Inteligência e do Sentimento para dominar a 
ilusão da morte e o assédio dos sofrimentos 
(“ inferno”) que assediam o espírito humano 
em fase de evolução. 
Vers. 19 No versículo 19, ordena ao 
Apóstolo que escreva em um livro uma 
essência de todos os seus conhecimentos 
( do Apóstolo) a respeito do passado: 
“Escreve as coisas que tens visto”. E sobre 
as coisas do presente: “E as que são”. E as 
coisas do futuro, as quais são compostas por 
destinos determinados pelos planos Divinos, 
adequadas às circunstâncias ocasionais: “E 
as que depois destas hão de acontecer”. 
 E o Apóstolo escreveu o livro do 
Apocalipse ( Revelação). 
 
Vers. 20 Sobre o versículo 20 já ofereci a 
interpretação com a dos versículos 13 e 16. 
As estrelas são os espíritos humanos e os 
castiçais são os seus corpos. 
 
 
CAPÍTULO 2 
 CARTAS ÀS SETE IGREJAS 
 DA ÁSIA 
ARVEDUS 
 
 20
 
PRIMEIRA CARTA: 
À IGREJA DE ÉFESO 
 
 
 Conforme a exposição que redigi no 
Capítulo 1, neste Capítulo2 o Apóstolo 
dirigiu as Cartas às Igrejas citadas, Igrejas 
nascentes do Cristianismo, com extensão 
para todas as Igrejas do futuro. 
 Para todas as Religiões e Seitas 
Cristãs, e não Cristãs. 
 Ao mesmo tempo, até mais 
especificamente para cada alma circunscrita 
à Terra. E digo alma pelo fato de que o 
corpo tem vida provisória e pelo fato de que 
a alma é imortal. 
 E pelo fato de que ela aprende os 
ensinamentos que o corpo aprende, pois que 
ela é a mãe, a matriz do corpo. 
Pelo vers. número 1 ele passa a 
mensagem de Jesus ao espírito e/ou alma 
(“estrela”); e ao corpo e/ou cérebro 
(“castiçal”). 
 
Vers. 2, 3, 4. E diz no vers. 2: “Eu sei as 
tuas obras,...” (queira ler em sua bíblia), e 
também o vers. 3 e o 4. (Em sua bíblia ou 
nos textos que transcrevi neste livro e 
coloquei no final dele). 
 
 Quanto à “primeira caridade”— a 
expressão dele é vaga e exige raciocínio. 
 O substantivo “caridade” é derivado 
do adjetivo “caro”, que dá idéia de valor; de 
alta estima; de preço elevado. Do que custa 
grande sacrifício ou grande despesa . 
 Ele está repreendendo a alguém, e a 
Igreja, e igreja. 
 Há tantas caridades! Qual delas ele 
terá considerado a “primeira”? 
 Acredito que essa “primeira 
caridadeӎ aquela que se faz a cada 
momento em que surge a necessidade de 
alguém a ser suprida. 
 Um pedaço de pão, uma moeda, 
uma palavra de compreensão e carinho, um 
serviço edificante, etc. 
 Enfim, todo bem que se possa fazer 
sem esperar recompensa, nem mesmo 
gratidão. Caridade para com amigos, com 
estranhos e, até, e principalmente, com 
inimigos. Conforme Jesus ensinou. 
 
Vers. 5 – No vers. 5 Jesus, falando à Igreja 
(à ou às instituições religiosas) alerta-a de 
que lhe tirará a assistência que Ele lhe dá. 
 Com isto, acontecerá o que se vê 
comumente: Igrejas vazias e os sacerdotes 
em triste frustração. – Ao mesmo tempo está 
falando a mim , a você (“ igreja”) que ao nos 
afastarmos dos deveres e da ajuda caritativa, 
do espírito fraternal – Ele estará afastado de 
nós. Então, estaremos entregues aos riscos 
da frustração íntima, a qual é sentida 
comumente por mim e por você. Não é? 
 Estou convicto que sem a Graça de 
Deus, e de Jesus, torno-me muito frágil para 
suportar o peso das vicissitudes 
circunstanciais da vida. 
 
VERS. 6 – No vers. 6 Jesus repreende a 
Igreja e à “ igreja”, que atuam no mau 
comportamento semelhante aos nicolaítas, 
os quais, por sua vez, comportavam-se nos 
padrões do profeta pagão conhecido pelo 
nome de Balaão: do qual é relatada a crônica 
no livro do Deuteronômio, capítulo 23, vers. 
4; Números, cap. 22, vers.5; e mencionado 
por São Pedro na II Epístola, cap. 2, vers.15. 
 
NO TA: Segundo as Escrituras, Balaão era 
profeta capacitado e, conforme os caps. 22 a 
25, era muito tendente à ambição, ao poder, 
à sensualidade, à idolatria. E que ensinou 
Balaque, o rei moabita, como levar os 
israelitas a se prostituir com as mulheres 
moabitas e incliná-los à idolatria pelo deus 
Baal dos pagãos. 
 Portanto, os nicolaítas foram 
censurados neste vers. 6 pelas obras injustas 
mencionadas acima. 
 Outrossim, segundo a Pequena 
Enciclopédia Bíblica, impressa pela 
Imprensa Metodista em São Bernardo do 
Campo (São Paulo-Brasil), o nome Balaão, 
APOCALIPSE NO III MILÊNIO 
 
 21
em hebraico, tem a significação de 
“devorador”. 
 Assim sendo, a crônica sobre Balaão 
é, também, uma alegoria esotérica 
concernente aos defeitos humanos. Quando 
tais defeitos se sobrepõem às virtudes, 
degeneram-nas. Devoram-nas. 
 Os moabitas (pagãos) que afligem e 
prostituem os israelitas (Servos de Deus) são 
símbolosdos defeitos e pecados que 
degeneram as virtudes (israelitas). 
 
Vers. 7 – E, no vers. 7, Jesus Cristo repete a 
Grande Promessa de Deus a todas as suas 
criaturas que vivem no âmbito da Terra ( “às 
igrejas”): “Ao que vencer, dar-lhe-ei a 
comer da árvore da vida, que está no meio 
do Paraíso de Deus”. 
 Substituindo-se as metáforas, 
teremos a seguinte redação: 
 Tanto o espírito quanto a alma, 
quanto o corpo que conquistar o 
fortalecimento das virtudes de tal modo que 
enfraqueça o poder dos defeitos até à 
extinção desses defeitos, terá o direito de 
viver nos mundos que circundam a Terra – 
onde reina a Felicidade proporcionada pelo 
ambiente natural e proporcionada pelos 
Seres angélicos e almas bondosas que 
habitam neles. 
 E é onde o Cristo Jesus habita, não 
obstante o Seu Poder e o Seu Amor estarem 
presentes, também, nos círculos ou mundos 
menos felizes que envolvem a Terra. 
 Devo esclarecer ao leigo no assunto 
que: a Terra é uma “árvore da vida”; que 
cada corpo humano é uma “árvore da vida”. 
Que cada círculo ou céu que envolve a Terra 
é “uma árvore da vida”. 
 Que a felicidade mora em cada local 
e em cada corpo. Usufruir dela depende de 
cada ser – em todos os momentos. 
 É evidente que a usufruição da 
felicidade pode ser diminuída pela 
hostilidade natural do ambiente em que se 
encontra cada ser. 
 Tanto no ambiente externo, quanto 
no ambiente interno. Isto é, no interior da 
cabeça de cada pessoa. 
 Esta declaração do vers. 7 vem 
constantemente repetida pelo Apóstolo nesse 
seu livro chamado Apocalipse em outras 
formas de expressão ligadas aos fatos e 
acontecimentos do passado, presente e 
futuro. 
 Continuemos pelo vers. 8. 
 
 
SEGUNDA CARTA: 
À IGREJA DE ESMIRNA 
 
 
Vers. 8 – No vers. 8 Jesus dá ênfase à 
importância da Sua ressurreição, a qual é 
modelo justo da ressurreição de nossa alma 
após a morte de nosso corpo. 
 
Vers. 9 – No vers. 9 ele afirma conhecer por 
experiência e sentimento todas as virtudes e 
fraquezas pelas quais a alma humana passa. 
 Porém, acentua que o ser humano é 
rico por essência vital. 
 
Nota: O nome “judeus” no caso da 
sentença deste versículo é metáfora de 
mentes justas; “sinagoga”é metáfora de 
cabeça. 
 
 Portanto, Ele está dizendo que havia 
membros daquela Igreja de Esmirna que 
tinham mentalidade anticristã e suas cabeças 
eram como sinagogas de Satanás. 
 Ao mesmo tempo está-nos 
lembrando que em todas as Igrejas existem 
pessoas e almas pervertidas no meio do 
rebanho. 
 E ainda nos faz observar que nossa 
cabeça é uma “sinagoga”( “ igreja”) onde os 
vícios, defeitos, pecados, andam par a par 
com nossas virtudes, as quais são nossa 
riqueza (“mas tu és rico”), na carne ou além 
dela. 
 
NO TA: O intérprete e o leitor precisam 
estar sempre muito atentos ao ler os textos 
originais do Apóstolo, o qual inclui a 
destinação da idéia para o indivíduo ou 
pessoa: isto é, espírito, alma, e corpo. Visto 
ARVEDUS 
 
 22
que a mente de cada entidade possui 
capacidade de inteligência distinta, 
facultativa. Embora entrelaçados operem 
com mentalidade una. “Trindade una”. 
 O mesmo ocorre com a alma 
desencarnada. Sendo que ela, possuindo 
corpo e dispositivos mais sutis, na 
conformidade com a sua sublimação moral, 
vai diminuindo as suas limitações mentais e, 
assim, vai descartando a sua personalidade 
mental e se tornando apenas a forma física 
do espírito. No final de sua sublimação ou 
santificação é um anjo ou espírito puro. 
Acaba a dualidade mental... 
 Outrossim, observe bem que Jesus 
está falando: “ao anjo da igreja”. E, ao 
mesmo tempo, ao anjo da “Igreja”. Ao 
espírito individual, eu e/ou você e, ao 
mesmo tempo, ao “anjo coletivo” das 
Igrejas citadas, e em correspondência com 
todas as Igrejas do mundo; em todos os 
tempos). 
 
 Pelo esclarecimento que estou dando 
por esta Nota, podemos entender melhor 
 
todos os versículos do Apocalipse, e todos 
os versículos do Velho e do Novo 
Testamentos. 
 Observe que Ele alerta para os bens 
e para os males que comumente acontecem à 
“ igreja” e à “Igreja”, por arte do “Satanás”, 
do diabo, do demônio – e os Bens que 
acontecem pelas artes dos anjos, almas e 
homens bons. 
 
Vers. 10 – Quando diz: “Eis que o diabo 
lançará alguns de vós na prisão, para que 
sejais tentados”, em primeiro lugar Ele está 
falando ao espírito sobre uma condição 
evolutiva comum. 
 Trata-se do espírito encarnado, cujo 
corpo lhe é uma prisão na qual ele está 
sujeito a todo tipo de tentação promovida 
pelos maus instintos ( “diabo”). 
 Eu e você, nesta situação, estamos 
em prova. Em prova semelhante a de Jesus 
na prova do “jejum por quarenta dias no 
deserto”. 
 Na realidade, os tais “40 dias de 
prova para Jesus”, além de crônica de seus 
dias como “Filho do homem”, possuem um 
sentido alegórico ou esotérico mais amplo. 
Estes “40 dias” correspondem a 40 séculos 
de provas a que Ele esteve sujeito para 
provar a Deus a capacidade de Seu Poder, a 
fim de ir recebendo Autoridade para a 
Regência da Humanidade, conforme a 
população de almas e homens estava sendo 
aumentada. 
 Questão de proporções de valores. 
 Isto é confirmado, em parte, pelo 
relato do Apóstolo no Capítulo 4, quando 
Jesus recebe maiores poderes e maior 
Autoridade, que lhe são concedidos por 
Deus para o citado mister de Regente da 
Humanidade. 
 Nesta conjuntura o Apóstolo 
menciona as provações com as quais o 
homem comum deve arcar durante um 
tempo indeterminado, embora com uma 
previsão aproximada, quando ele diz, e o 
Apóstolo escreve: 
 “ ... e tereis uma tribulação de dez 
dias”. 
Ora, “dez dias” em linguagem 
profética podem ser dez dias mesmo, como 
podem ser cem, mil, dez mil anos, ou mais. 
 Estou ciente, e até convicto, que 
“eu” espírito tenho uma idade de milhares de 
anos. 
 Que Jesus Cristo tem mais de três 
bilhões de anos. 
 A VIDA é um eterno movimento 
prodigioso do qual eu faço parte. Inspirado, 
neste momento, eu rendo graças a Deus em 
canto uníssono do meu “Eu sou”: espírito, 
alma e corpo. 
 E Ele termina neste vers. 10 com 
nova promessa: “Sê fiel até a morte, e dar-
te-ei a coroa da vida”. 
 
 Vers. 11 No versículo 11 Ele diz: 
“O que vencer não receberá o dano da 
Segunda morte”. 
 Declaração estranha! Não é? 
 Estranha, porque Ele sempre nos 
promete vida imortal! 
APOCALIPSE NO III MILÊNIO 
 
 23
 Se eu me firmar, porém, no 
princípio teosófico de que para o espírito a 
morte é um estado provisório de segregação, 
posso concluir que a primeira morte do meu 
espírito deu-se no momento em que ele foi 
individualizado ao nascer. 
 Deixou de ser um Todo de energia 
pura inteligente para ser uma partícula dela. 
 Morreu para o Todo e nasceu para 
um campo inocente, ingênuo, limitado. 
 A partir daí jamais sofrerá a morte 
danosa. Ao contrário, ao chegar de volta à 
extrema pureza, estará reintegrado à Vida 
Perfeita em ambiente Perfeito, mas não 
desintegrado no Todo, como supõem os 
panteístas. 
 Nestes termos, a ciência teosófica 
alega que, esotericamente, o nome “morte” é 
sinônimo de limitação, de afastamento 
provisório. 
 Então, quando o espírito encarna 
está morto para o seu mundo. Da mesma 
forma que está morto para os encarnados 
quando o seu corpo morre. 
 Questão de concepção mental ao 
aplicar a palavra morte. 
 Nesta conjuntura, a promessa de 
Jesus fica clara, verídica. 
Quem vencer não receberá “dano” 
da morte. 
 Ao contrário, receberá a graça da 
Vida, eterna, feliz. 
 
 
 TERCEIRA CARTA: À 
 IGREJA DE PÉRGAMO 
 
Vers. 12 No versículo 12 Jesus diz ser 
aquele que tem um julgamento penetrante e 
justo (“espada aguda de dois fios”). 
 
Vers. l3 No versículo l3 declara que 
conhece as obras dos membros da Igreja de 
Pérgamo e sabe perfeitamente que nesta 
cidade a população eraidólatra, pagã. 
Portanto, ali estava o “ trono de Satanás”. 
Isto é, o comportamento desse povo era 
muito injusto, iníquo, anticristo. 
 E declara que está enxergando com 
precisão e com justiça as suas obras, e sua 
fé. 
 
NO TA. O Antipas mencionado neste 
versículo era um discípulo fiel do 
Cristianismo nascente. Foi sacrificado pelo 
povo pagão de Pérgamo. Consta que fora 
bispo cristão nesta cidade. 
 
Vers. 14 e 15 Nos versículos 14 e 15 Ele 
declara que está na obrigação de chamar a 
atenção deles para o fato de uma parte dos 
membros desta Igreja estar praticando o 
sincretismo pagão – cristão. Que estão 
seguindo a doutrina de Balaão e dos 
nicolaítas – submetendo-se às práticas 
fetichistas e idolátricas, e à prostituição dos 
valores cristãos. 
 
NO TA Admoestação igual aos de Éfeso, 
conforme o versículo 6 do Cap’1. Sobre o 
qual redigi dados mais amplos. 
 
Vers. 16 No versículo 16 Ele alerta: “e 
contra eles batalharei com a espada da 
minha boca”. 
Com isto, Ele não quer dizer que 
mandará um raio na cabeça de cada um. Ou 
que mandaria seus anjos deceparem suas 
cabeças. 
 Está alertando que usaria o Poder da 
Justiça Divina ( “espada de dois fios”). 
 Com isto, está falando mais à alma 
do que ao corpo. 
 E tais castigos, a tais t ipos de infiéis 
à Doutrina, principalmente sacerdotes ou 
pastores sobrevêm às almas, tanto enquanto 
no corpo, quanto, e mais, quando 
desencarnadas. 
 Castigo sobre a própria consciência. 
 Cuja consciência é o tribunal onde o 
juiz é implacável. E este juiz é a própria 
mente da alma e/ou pessoa. 
E mais: esse autocastigo é como um 
ímã que atrai o ferro. Assim, atrairá, 
também, castigos ou sofrimentos vindos do 
exterior. Do ambiente, de almas, de pessoas.
 Nestes termos, raciocinando com o 
ARVEDUS 
 
 24
apoio da intuição e da inspiração, quem tem 
o Dom de interpretar visualiza os fatos e 
acontecimentos relativos aos mencionados 
em todas as sete cartas. 
Primeiro, em si mesmo ( “ igreja”), 
em segundo lugar na “Igreja”; e em terceiro 
lugar na Alma Coletiva: seja de um grupo, 
de uma comunidade, de uma Nação, de toda 
a Humanidade. 
Pois Jesus Cristo, nestas cartas em 
estudo neste livro, em todo o Apocalipse, e 
em todo o Novo Testamento, está falando à 
minha alma; à nossa alma, não obstante estar 
falando ao nosso cérebro, ou ao nosso Ego. 
Isto que digo Ele confirma no 
versículo 17, o qual lhe peço ler com 
atenção, ao repetir Ele as promessas de uma 
paz ditosa pela qual cada um de nós 
ansiamos. Porém, que só por nós mesmos é 
difícil demais alcançar – sem a Graça de 
Deus, da qual Ele é o Dispensador. 
 
NO TA “Maná escondido”: virtudes que 
estão na mente da alma, e 
compulsoriamente escondidas no cérebro. 
 “Uma pedra branca”: uma alma 
pura e/ou sublimada. 
 
“Um novo nome escrito”: uma nova 
situação de vida. Tanto individual quanto 
ambiental. 
 “o qual ninguém conhece senão 
aquele que o recebe”: É evidente que Ele 
está dando a entender que só a alma e/ou 
espírito de cada um pode saber e sentir o 
que está em sua consciência 
portanto, só eu saberei sentir e 
usufruir da paz e ditosidade que “o novo 
nome” – o qual posso compreender por 
situação angélica – só eu, ou só você pode 
conhecer de fato. 
 
Vers. 18 a 29 Vamos à quarta carta: do 
versículo 18 ao versículo 29. 
 
 
QUARTA CARTA: À IGREJA DE 
TIATIRA 
 
NO TA Nesta carta Jesus continua falando 
à minha alma, e à tua. Ao mesmo tempo 
mandava o seu recado aos membros da 
Igreja de Tiatira, conforme lemos. 
 E o Apóstolo utiliza com maestria a 
figura de uma mulher conhecida pelo nome 
de Jezabel, profetisa pagã, ou bruxa, ou 
feiticeira; a qual seduzia muita gente, 
inclusive membros daquela Igreja e os 
conduzia à idolatria, e à prostituição mental 
e física. 
 Essa Jezabel, segundo a menção, 
era um fac – símile da Jezabel, filha do rei 
Sidôneo Etbaal, esposa do rei de Israel, cujo 
nome era Acab, do tempo do Profeta Elias. 
 Ela seduziu Acab e o levou a se 
comportar contra Deus e os seus súditos, 
tendo sido considerado o pior rei do povo de 
Israel. 
 Como rainha feiticeira chefiava 450 
sacerdotes do deus Baal, e 400 sacerdotes 
da deusa Astarote, os quais mantinham os 
povos da região subordinados à idolatria e 
à prostituição dos valores virtuosos). 
Nesta conjuntura simbólica o 
Apóstolo está simbolizando a minha e a sua 
alma. 
 Os 850 sacerdotes pagãos 
simbolizam os defeitos, fraquezas, pecados 
que são condicionados pela minha mente 
quando eu atuo em prejuízo das virtudes 
que, também, estão na minha mente. 
 Tais defeitos e virtudes são as 
manifestações naturais que bem conhecemos 
e estão cadastradas em qualquer dicionário: - 
egoísmo e altruísmo, amor e ódio, vileza e 
nobreza, prostituição e santificação, etc. 
 
NO TA O nome Jezabel ,em hebraico, tem a 
significação de “casta”. 
 A palavra castidade representa, 
segundo o dicionário: “qualidade de casto; 
virtude da pureza”. 
 A colocação deste nome Jezabel 
(“casta”) tem grande significação para se 
interpretar este Capítulo 2, com influência 
sobre todos os capítulos do livro. 
APOCALIPSE NO III MILÊNIO 
 
 25
 Isto porque este nome e aquela 
mulher é metáfora e é alegoria da alma 
humana. 
 Assim, quero dizer que a alma nasce 
pura, inocente, ingênua. Da mesma forma 
que o espírito nasce puro, inocente, ingênuo. 
 Ambos nascem no mesmo momento. 
Pela Vontade de Deus. 
 Entretanto, entre eles há uma 
diversidade energética. Tanto física quanto 
mental. 
 Não obstante as energias do espírito 
estarem e/ou agirem de modo recíproco. 
 Por sua natureza mais densa a alma 
está mais sujeita ao apego ao meio 
ambiente. 
 Ou melhor, às sensações do meio 
ambiente. 
 Por esta razão, sua mente alia-se 
mais facilmente à mente do corpo humano, 
cuja natureza é ainda mais densa do que a 
dela. 
 Quando na vida corporal ela 
facilmente se põe fascinada pelos desejos e 
emoções da carne e se dana E ainda 
carrega o coitado do espírito para sofrer as 
conseqüências dos desatinos. Os desatinos 
que eu e você conhecemos bem, parte dos 
quais Jesus aponta nestes versículos, e o 
Apóstolo João está-nos evidenciando. 
 Arrojo-me a lhe falar destas coisas 
convicto de que é uma verdade essencial 
para a vitória do meu espírito. E do seu, 
também. 
 Estou ciente de que muitos não 
familiarizados com essas verdades ficarão 
até estarrecidos. E que alguns até me 
considerarão visionário, ficcioso. E, pior, 
um sacrílego. 
 Aqueles, porém, que as conhecem, 
compreenderão. Os que não as conhecem e 
procurarem conhecer encontrarão muitas 
fontes de informação e de experiência... 
 Finalizando esta nota devo dizer que 
a nossa “Jezabel”, a casta, infelizmente, 
muitas vezes acompanha essa Jezabel do 
Apocalipse, e aquela Jezabel dos tempos do 
Profeta Elias. 
 Por esta razão é que estamos ainda 
aqui e não junto ao trono de Jesus, no Seu 
Reino. 
 Mas um dia chegaremos lá, com a 
ajuda Dele, conforme prometeu e continua 
prometendo a todos os instantes. 
 Quem me entendeu através destes 
esclarecimentos sumários já poderá 
entender o que Jesus falou pelos Evangelhos 
e está falando no livro do Apocalipse por 
intermédio de São João Evangelista. 
 
 Vamos aos versículos: 
 No versículo 20 Ele está mandando 
um recado aos membros da Igreja de T iatira. 
 Ao mesmo tempo, porém, está 
dando o recado para mim, e para você. 
 Em primeiro lugar Ele alerta para o 
fato da pessoa que vai à procura de 
adivinhos e feiticeiros, os quais prometem 
salvar a pessoa e a sua alma. Tanto no que se 
refere aos bens materiais e aos problemas do 
dia-a-dia, quanto aos problemas da mente e 
do espírito. 
 Os quais, geralmente estão mais 
atolados na miséria e nos pecados do que 
aqueles que os procuram. E não têm 
condições para resolveros seus próprios 
problemas e muito menos os da própria 
alma. 
 Outrossim, essa Jezabel também é 
figura da Alma Coletiva Humana, a qual fica 
prostituída pela idolatria a todos os deuses e 
anseios da carne. Idolatria aos interesses 
imediatos: à riqueza, à fama, ao poder, ao 
luxo, ao conforto material, à ostentação, e 
outros mais. 
 E por esses motivos, cada pessoa, 
cada coletividade vai de ilusão a ilusão 
sofrendo frustrações e angústias. 
 Por esses motivos cada pessoa, cada 
alma, perde a sensibilidade necessária para 
usufruir dos bens que estão ao seu redor na 
vida humana e, após a morte, continuará em 
“grande tribulação”, conforme diz Jesus no 
versículo 22. 
 Em suma: é assim que a nossa 
Jezabel, que nasce casta, degenera-se no 
ARVEDUS 
 
 26
meio ambiente, no altar da idolatria aos bens 
provisórios. 
 “Comem dos sacrifícios da 
idolatria” quando devem comer do altar das 
virtudes prodigalizadas por Deus. 
 Que virtudes são estas? 
 A humildade, a moderação, o 
trabalho útil, a recreação sadia, o altruísmo, 
a caridade, a fraternidade, etc. 
 
Vers. 22 No versículo 22 Ele diz: “Eis que 
a porei numa cama...” 
 Esta “cama” é o ambiente físico e 
mental onde a alma vive e convive no corpo 
e no além. A semelhança de um prostíbulo 
onde a prostituta e os que adulteram com ela 
estão sujeitos às degradações que ali 
existem. 
 
Vers. 23 No versículo 23 Ele diz: “E ferirei 
de morte a seus filhos...” 
 Estes “filhos” são: os pensamentos, 
os maus instintos, as más palavras, os maus 
comportamentos. 
 “Filhos” que, com o tempo, irão 
sendo “feridos de morte” (vão sendo 
sanados) por força das tribulações causadas 
pelo meio ambiente, cujas tribulações 
sensibilizam a alma para aprender e praticar 
as virtudes. 
 Por esta razão Ele afirma: “E darei a 
cada um de vós segundo as vossas obras”. 
 
Vers. 24 No versículo 24 Ele está dizendo 
em outro sentido: “digo a vós” e “aos 
restantes que estão em Tiatira”. 
Portanto, a mim que estou lendo 
neste momento, e a todas as almas da Terra.. 
 
Vers. 25 No versículo 25 Ele adverte minha 
alma para que retenha minhas virtudes de 
modo a permitir que a ajuda Dele me leve a 
vencer minhas fraquezas, as quais são fortes. 
 
Vers. 26 No versículo 26 Ele confirma “e 
guardar até o fim as minhas obras”. 
 Isto é, comportar-me na 
conformidade dos seus ensinamentos e dos 
seus exemplos. 
 “Eu lhe darei poder sobre as 
nações”: é o mesmo que estar dizendo; eu 
lhe darei poder sobre seu espírito, sobre sua 
alma, sobre seu corpo. 
 Pois “nações”, neste caso, é 
metáfora de universos. Universo mental e 
universo físico. 
 Meu cérebro e meu corpo são 
universos. 
 Meu cérebro possui bilhões de seres 
microscópicos ( “nação”). Meu corpo, ídem. 
 
Vers. 27 No versículo 27 Ele assevera: “E 
com vara de ferro as regerá”. 
 Com isto está dizendo a mim: você 
receberá forças provindas de Mim e vindas 
de si mesmo para disciplinar (“vara de 
ferro”) o seu comportamento. 
 Assim suas fraquezas, seus instintos 
“serão quebrados como vasos de oleiro”. 
 Para isto você receberá ajuda “como 
também recebi de Meu Pai”. 
 
Vers. 28 No versículo 28 Ele reafirma a 
Promessa de que pelos meus méritos, 
ampliados pela ajuda Dele, minha alma 
brilhará com a pureza da “estrela da manhã”. 
 
Vers. 29 E finaliza no versículo 29: “Quem 
tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às 
igrejas”. 
 É o mesmo que dizer: Quem quer se 
esforçar para que seu espírito alcance a 
vitória e a glória nos céus, ouça com atenção 
o que o Espírito ou Vontade de Deus está 
dizendo pelas páginas deste livro 
(Apocalipse de São João). 
 
 CAPÍTULO 3 
 
QUINTA CARTA: À 
IGREJA DE SARDO 
 
 
Vers. 1 No versículo 1, Jesus começa 
repetindo a Sua capacidade de Regente da 
Humanidade por força dos poderes 
outorgados por Deus a Ele: “ isto diz o que 
tem os sete Espíritos de Deus”. 
APOCALIPSE NO III MILÊNIO 
 
 27
 “e as sete estrelas”: isto é, a 
Autoridade para governar todas as almas e 
homens que vivem no âmbito da Terra. 
 Ele continua dirigindo mensagem à 
Igreja de Sardo, como era necessário. 
Deixando evidente, porém, a intenção de 
orientar todas as Igrejas do Mundo em todos 
os tempos. 
 E, ao mesmo tempo, dirigindo-se a 
mim e a você, quando diz: “Eu sei as tuas 
obras, que tens nome de que vives, e estás 
morto”. 
 Por ciências esotéricas é tacitamente 
convencionado que o espírito encarnado está 
“morto”. Isto é, está com as suas 
capacidades psicofísicas muito limitadas 
pelas limitações do corpo. 
 E mesmo desencarnado está “morto” 
devido às limitações psicofísicas da alma 
ainda imperfeita. 
 Por conseqüência os nomes morte e 
morto são muito usados em literatura. 
 “O dia morre no horizonte quando o 
Sol se esconde.” “A lua nasce no Leste e 
morre no Ocidente.” “Estou morto de fome.” 
“Eu morro a cada minuto”, etc. 
 Então, neste versículo diz que a 
pessoa ou a alma que só cuida das coisas 
triviais da vida coloca o espírito em situação 
de morto. E, pior ainda, a pessoa que se 
compraz em fazer mal aos outros estará 
morto por muito tempo. 
 
Vers. 2 No versículo 2 Ele conclama a 
pessoa a ser vigilante, disciplinada dentro 
dos padrões evangélicos. 
 “E confirma os restantes”: isto é, 
esforce-se por exercitar as virtudes que já 
possui, visto que as virtudes não exercitadas 
entram em estado mórbido “que estavam 
para morrer”. 
 E acrescenta: “porque não achei as 
tuas obras perfeitas diante de Deus”. 
 
Vers. 3 No versículo 3 Ele convida a alma 
a se cuidar, pois no Juízo Final Ele virá em 
ocasião inesperada. 
 
Vers. 4 e 5 No versículo 4 Ele nos lembra 
que na Terra sempre há muitas almas que se 
cuidam bem. E diz: “e comigo andarão de 
branco”. 
 
NO TA Quando escrevo alma considero a 
encarnada e a desencarnada. 
 
 Com isto está dizendo: almas que 
transparecem ainda algumas impurezas, 
porém alcançaram a dignidade por mérito. 
 E pelo mérito receberão a Graça: 
“Será vestido de vestes brancas”, etc., 
conforme Ele promete no versículo 5. 
 
Vers. 6 E no versículo 6 repete: “Quem tem 
ouvidos, ouça o que o Espírito diz às 
igrejas”. Isto é, aprenda e ponha em prática a 
Vontade de Deus ( “Espírito”). 
 
 
SEXTA CARTA: À 
IGREJA DE FILADÉLFIA 
 
 
Vers. 7 O versículo 7 é claro para qualquer 
leitor. 
 O que fica um tanto vago, pelo que 
eu entendo, é a sentença: “o que abre, e 
ninguém fecha; e fecha e ninguém abre”. 
 Entendo que Ele está falando dos 
mistérios. Mistérios para nós até que Ele os 
revele. Os que revelou nos Evangelhos e no 
Apocalipse. 
 O maior mistério que Ele revelou 
para nós foi a Sua ressurreição, com a qual 
Ele confirma a Promessa de Deus, a 
Promessa capital de que desde que o espírito 
é criado jamais morrerá. 
 Que o espírito terá sempre as suas 
ressurreições na Terra, e sempre as suas 
ressurreições nos céus, e/ou mundos 
espirituais. 
 Visto que “há muitas moradas na 
Casa de meu Pai”. 
 Ora, Jesus Cristo ressurgiu na Terra 
encarnado em corpo humano. Ele já vivia há 
bilhões de anos. Não é um espírito que 
ARVEDUS 
 
 28
nasceu ao nascer o seu corpo chamado 
Jesus. 
 E ressurgiu nos céus após três dias 
da morte do seu corpo e sua ressurreição foi 
confirmada por mais de quinhentas pessoas. 
 Sendo Ele o meu modelo, com o 
exposto está-me dizendo que eu também 
ressuscito em corpo e ressuscito em alma. 
Eu também já vivia há muito tempo antes de 
ser o Armando de agora. Não nasci por este 
corpo. Este corpo é que nasceu por mim. 
 Portanto, Ele abriu este segredo para 
nós. Quem poderá fechá-lo? 
 
Vers. 8 No versículo 8 Ele diz: “Eis que 
diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém 
a pode fechar”. 
 Que porta é esta? 
 Não tenho a menor dúvida de que 
esta “porta” é o Direito concedidopor Deus 
pelo qual todo e qualquer espírito humano, 
sem uma única exceção, chegará à Perfeição 
e terá o direito de viver eternamente no 
Paraíso Perfeito, onde a Felicidade absoluta 
se encontra. 
 Digo, sem um única exceção. O 
maior facínora, ou satanás, ou demônio, 
chegará lá um dia. 
 
Vers. 9 E isto Ele confirma no versículo 9, 
o qual solicito a você ler com atenção. 
Mormente a primeira frase: “Eis que eu farei 
aos da sinagoga de Satanás...” 
 “Sinagoga de Satanás” é metáfora de 
cérebro de qualquer malfeitor humano. E 
neste caso Ele está envolvendo os saduceus 
e fariseus, sacerdotes e seguidores. Por 
“ judeus” usa metáfora de pessoas ou almas 
dignas, cumpridoras dos preceitos cristãos. 
Principalmente os Sacerdotes. Os quais, com 
tal dignidade no pensar, falar e comportar-se 
com humildade imponente, cristã, terão 
capacidade de corrigir a mentalidade 
“anticristo” dos que se comportam com 
indignidade religiosa, como os saduceus e 
fariseus daquele tempo. 
 
Vers. 10 O versículo 10 é claro. 
Desnecessário eu interpretar para você. 
 
Vers. 11 A primeira sentença do versículo 
11 é muito importante para a nossa 
tranqüilidade. 
 Ele promete: “Eis que venho sem 
demora”. 
 Com esta sentença Ele está 
prometendo a sua ajuda a qualquer momento 
que eu ou você tivermos necessidade e 
chamar por Ele. Está sempre aqui e agora. 
 Não está em férias eternas láaaaa... 
no Céu como muitos supõem. 
 A promessa feita no versículo 12 
está clara. 
 
Vers. 12 Estranha é a frase “e também o 
meu novo nome”. 
 Este novo nome é o novo plano de 
trabalho que Ele comandará após o Juízo 
Final. 
 Até lá o Seu nome continuará sendo 
Jesus Cristo, o Salvador. 
 Pois a atual etapa do seu trabalho é a 
da salvação das almas e/ou espíritos. 
 Por isso Ele disse: “Eu vim comprar 
almas para Deus”. 
 
Vers. 13 No versículo 13 Ele repete a 
sentença pela terceira vez: “Quem tiver 
ouvidos...” 
 
 
SÉTIMA CARTA: À 
IGREJA DE LAODICÉIA 
 
 
Vers. 14 No versículo 14 Ele faz uma 
declaração lapidar: “Isto diz o Amém, a 
testemunha fiel e verdadeira, o princípio da 
criação de Deus”. 
 
Esta declaração traz vários fatores 
importantes da Sua missão ao encarnar no 
Planeta. 
 Em primeiro lugar, veio 
testemunhar, veio mostrar de forma concreta 
para nós, para nossos olhos humanos que 
Deus é um SER. Um SER invisível para 
homens e almas que não O enxergam pelo 
APOCALIPSE NO III MILÊNIO 
 
 29
fato de seus sentidos estarem ainda 
obstaculizados, ou melhor, limitados pelo 
véu de imperfeições. 
 Ele, porém, é visível, com toda a 
Sua Onipotência, Onisciência e 
Onipresença, para as almas já purificadas. 
Almas e/ou espíritos humanos que já 
conquistaram a posse das virtudes morais 
(ética e estética). 
 E, agora, dotadas dessas virtudes, 
cresceram em Sentimento e Inteligência e 
em poder. Valores suficientes para enxergar, 
ouvir, sentir de alma presente, a visão deste 
SER majestoso a Quem conhecemos pelo 
nome de DEUS. 
 Esta Verdade, o Apóstolo João 
confirma no Capítulo 4, a seguir, onde, de 
alma presente, ele enxerga DEUS, o seu 
trono, Anjos e “milhões de milhões de 
almas”. 
 Então nos ensina que DEUS não é 
um SER dotado de uma forma ilimitada. 
Não descreve a Sua forma ou corpo. 
Descreve a imensidão do SEU 
PODER e de SUA INTELIGÊNCIA, o que 
podemos chegar a compreender por 
ONISCIÊNCIA, ONIPOTÊNCIA e 
ONIPRESENÇA. 
É disto que Jesus está falando neste 
versículo 14. 
Quanto à frase: “o princípio da 
criação de Deus” eu entendo que Ele está 
nos cientificando que Ele, o Cristo nasceu, 
vive e viverá eternamente. 
 Ou melhor: foi criado dentro da 
mesma LEI ou PRINCÍPIO em que eu e 
você e nós temos sido criados por Deus. 
 
Vers. 15 ao 19 Do versículo 15 ao 19 Ele 
está se dirigindo às almas desinteressadas 
pelas verdades que Ele e toda a Sua 
Hierarquia de anjos e/ou espíritos, e homens, 
trabalham por transmitir. 
 Dirigindo-se aos de pouca fé. Aos 
céticos. Àqueles que dizem: “Ah! Destas 
coisas eu cuidarei depois da morte”. “Se é 
que céu e inferno existem!” 
 “Ah, mudemos de assunto. Vamos 
falar de futebol, de mulheres, de orgias, de 
riqueza, de fama, etc.” 
 Aos tais e outros desinteressados é 
que Ele está declarando: “Que nem és frio 
nem quente: oxalá foras frio ou quente!” 
 Frio: o ateu. Quente: o religioso 
consciente. Fervoroso. 
 
Vers. 18 Na sentença do versículo 18 Ele 
diz: “Aconselho-te que de mim compres 
ouro provado no fogo...” 
Com isto, está dizendo: Este tesouro de 
sabedoria e poder que te ofereço foi 
acumulado por mim por força de trabalho e 
sacrifício. Porém, terás sempre minha ajuda, 
se quiseres. 
 Em parte está o teu mérito. Em parte 
a minha Graça. Do mesmo modo que 
comprei com mérito, e com Graça de 
outrem, e do Pai. 
 
Vers. 19 No versículo 19 Ele declara: “Eu 
repreendo e castigo a todos quantos amo”. 
 Nestes termos Ele confessa o seu 
Amor incondicional de Irmão Maior ungido 
pelo Pai para reger os seus irmãos menores. 
 
Vers. 20 No versículo 20 Ele declara que 
está sempre alerta para atender o chamado e 
apoiar a quem quer que invoque sua ajuda. 
 Não força, porém, a ninguém. 
Respeita o livre-arbítrio de cada um, 
conforme à Lei. 
 
Vers. 21 No versículo 21 Ele repete a 
Promessa de que todo aquele que vencer por 
mérito receberá por prêmio a Graça de viver 
no ambiente de Deus. Do mesmo modo que 
Ele conquistou este direito. 
 E, pela quarta vez, repete: “Quem 
tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às 
igrejas”. 
 Em outros termos: Quem tem já 
alguma compreensão e Fé na Sabedoria 
(“Espírito”) de Deus, ouça o que venho 
ditando ao Apóstolo João destinado a você 
que está lendo agora este livro do 
Apocalipse. 
ARVEDUS 
 
 30
 Vamos, agora, ao Capítulo 4. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 4 
 
A VISÃO DO TRONO DA MAJESTADE 
DIVINA: OS VINTE E QUATRO 
ANCIÃOS E OS QUATRO ANIMAIS 
 
 
 
Com estes “vinte e quatro anciãos” o 
Apóstolo simboliza o TEMPO como sendo 
um SER vivente proporcionado pelas vinte e 
quatro horas do dia. 
 E representa a Inteligência que 
envolve a Terra desde o íntimo do núcleo de 
cada átomo até a imensa Onisciência de 
Deus. 
 Nesta conjuntura é a SABEDORIA 
acumulada no âmbito do Planeta, do mesmo 
modo que as ciências acumuladas em um 
banco de dados de um computador. 
 E assim esse imenso campo 
inteligente está sempre pronto a informar à 
mente do SER (seres divinos e seres 
humanos) quando este SER se coloca em 
sintonia com aquele campo. 
 Pelos quatro animais simbólicos, o 
Apóstolo representa as faculdades 
inteligentes do espírito, as quais atuam em 
conexão com as faculdades da alma, e com 
as faculdades do corpo e/ou cérebro 
humano. 
 Para melhor percepção do assunto 
devo lembrar que o nome “inteligência” 
retrata um movimento de forças que dão 
vida a seres viventes e a todas as coisas. E 
tal movimento estabelece campo ou campos 
de ação criativa ou transformativa dentro de 
uma disciplina necessária a cada fato ou 
coisa. 
Nestes termos, sabemos que o 
núcleo de um átomo de hidrogênio possui 
em seu interior doze elementos (segundo 
recentes informações científicas) vibrantes 
que processam e emanam energias, 
formando um campo inteligente, isto é, um 
constante movimento disciplinado e fechado 
por altíssima velocidade giratória de sua 
periferia. 
 E este campo inteligente se amplia 
com a conjugação do movimento giratório 
do seu único elétron. E dentro deste campo 
inteligente, porque é disciplinado pelas 
forças em giros velozes, estão as forças 
positivas, neutras e negativas que 
proporcionam a existência deste átomo de 
hidrogênio, o qual é o átomo número um nas 
ciências da física e da química, as quais 
utilizam inumeráveis outros átomos para a 
criação e transformação de bens

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