Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
23/08/2018 Disciplina Portal http://lms4.2.webaula.com.br/portaldoaluno/training/classroom?classId=719357 1/9 Redes locais e comutação Aula 4 - Comutação na camada de enlace e componentes do switch INTRODUÇÃO Nesta aula, você estudará a camada de enlace e os serviços por ela oferecidos, a arquitetura ethernet e seu método de acesso ao meio. Além disso, verá a diferença entre domínio de colisão e de broadcast, as características dos equipamentos de camadas 1, 2 e 3. Aqui, você analisará também a comutação dos switches e pontes em relação ao tipo de transmissão unicast, multicast ou broadcast, as características dos swtiches e a comparação entre cascateamento e empilhamento. Fará uma análise mais detalhada das comunicações unicast, multicast e broadcast. Estudará, ainda, as con�gurações direcionais, half e full duplex e a interligação de equipamentos através cabos especí�cos crossover ou straight-through, além da auto-MDIX. Analisará também, com mais profundidade, os métodos 23/08/2018 Disciplina Portal http://lms4.2.webaula.com.br/portaldoaluno/training/classroom?classId=719357 2/9 de encaminhamento do switch store and forward, cut through e fragmente free, além de comutação simétrica e assimétrica quanto à largura de banda, que leva à necessidade de utilização de buffers que são basicamente de dois tipos (port-based memory e shared memory). Finalmente, analisará as comutações de camadas 2 e 3 e verá uma breve comparação entre roteadores e switches L3. OBJETIVOS Analisar os requisitos de comutação relacionados à camada de enlace; Identi�car os tipos de comutação; Descrever o funcionamento de um switch. 23/08/2018 Disciplina Portal http://lms4.2.webaula.com.br/portaldoaluno/training/classroom?classId=719357 3/9 CAMADA DE ENLACE Inicialmente vamos nos reposicionar no modelo em camadas OSI, já que o TCP/IP não estuda detalhadamente a parte da rede de acesso que engloba as camadas 1 e 2 do modelo OSI. A camada de enlace tem um objetivo único de encapsular sua informação (que, no caso de nossa �gura, é o datagrama IP) para deslocar a mesma até o nó adjacente, que é o destino de sua unidade de dados (frame ou quadro). O protocolo de camada de enlace de�ne o enquadramento dos bits no formato do frame ethernet II ou IEEE802.3, no caso do ethernet, bem como método de acesso ao meio a ser utilizado (CSMA/CD). O datagrama IP é endereçado de sua origem ao seu destino, exemplo 200.1.1.1 para 200.15.15.100, não importando quantos enlaces o datagrama irá percorrer até seu destino �nal. Um exemplo de caminho (glossário): ARQUITETURA ETHERNET Fonte da Imagem: Maxx-Studio / Shutterstock A arquitetura ethernet iniciou seu desenvolvimento na década de 1970, momento em que alguns apostavam em seu sucesso e outros a de�niam como uma rede caótica por causa das colisões. Sua evolução e domínio de mercado de redes locais (LAN) se deve à familiaridade por parte dos administradores de rede, simplicidade e principalmente economia. A ethernet utiliza transmissão em banda-base, onde seu adaptador envia o sinal digital diretamente no canal utilizando toda a sua largura de banda, sem deslocar o sinal para outra banda de frequência. Várias tecnologias oriundas do ethernet utilizam a codi�cação Manchester, para aumentar o sincronismo, já que o receptor e o transmissor não possuem um perfeito sincronismo, por não existir um clock externo, comum a ambos. A ethernet presta o serviço não orientado à conexão e sem con�rmação. Seu protocolo ou método de acesso ao meio é o CSMA/CD (Carrier Sense Multiple Access with Collision Detection), conforme mostra o diagrama a seguir: Como funciona o protocolo CSMA/CD dentro de um adaptador especí�co? 1. O adaptador obtém uma informação (datagrama IP) de sua camada de rede, encapsula o datagrama adicionando um head e um tail e o coloca no buffer do adaptador; 23/08/2018 Disciplina Portal http://lms4.2.webaula.com.br/portaldoaluno/training/classroom?classId=719357 4/9 2. Se o adaptador percebe canal sem transmissão (carrier sense), espera um IFG (Inter Frame Gap) 9, 6µs e inicia a transmissão do quadro; 3. Se percebe que está ocupado, espera um IFG e volta a perceber o canal (escutar o canal); 4. Enquanto transmite, o adaptador monitora a presença de colisão (destruição da transmissão no coaxial) ou presença de transmissão de outros nós da rede. Veja (glossário): INDICAÇÃO DE LINK Para saber mais sobre a e�ciência da Ethernet, clique aqui (glossário) para baixar o PDF. CARACTERÍSTICAS DOS EQUIPAMENTOS HUBs são equipamentos de camada 1, regeneram o sinal(bit) e o repetem em todas as portas, exceto pela porta a qual o recebeu (�ooding). Une domínios de colisão e não possui conceito de endereço, o bit não é endereçável. Pontes ou Bridges são equipamentos de camada 2, recebem o frame ou quadro, registram o endereço de origem (SA) e a informação da respectiva interface, pela qual recebeu o frame na tabela de endereços MAC (CAM), segmentam a rede não deixando passar colisões separando domínios de colisão. Possui o conceito de endereço físico, realiza o encaminhamento frames com endereço unicast somente para a porta de destino especí�ca onde a estação se encontra, desde que esse destino esteja armazenado em sua tabela de endereços MAC e o endereço de broadcast para todas as portas, exceto a porta pela qual recebeu (�ooding). Switches são equipamentos também de camada 2, realizando as mesmas tarefas das pontes ou bridges. A diferença é que a switch teve em seu desenvolvimento o objetivo de diminuir a latência dos equipamentos de camada 2, que armazenam todo o frame ou quadro antes de encaminhá-lo (comutação por software — store and forward). Os switches trabalham com comutação por hardware realizando mircosegmentações em seu backplane em geral. A tecnologia ASICs, as comutações por hardware cut-through e fragment free serão detalhados mais adiante nesta aula. Roteadores são equipamentos de camada 3, que encaminham datagramas e não frames ou quadros e funcionam como hosts TCP/IP. Assim, ao receberem frames ou quadros, descartam os que não forem a ele destinados (unicast) ou a um dos grupos ao qual pertença (multicast), ou broadcast, que é para todos e processam o mesmo entregando a informação do frame ou quadro à camada 3. Os roteadores trabalham com armazenamento e encaminhamento do datagrama, toma a decisão de roteamento com base na tabela de rotas IP (IP route). Como o roteador processa o frame e realiza o encaminhamento da unidade de dados da camada de redes, ele realiza uma segmentação de domínios de broadcast e colisão. O roteador separa os domínios de broadcast que tecnicamente é a rede local, logo o roteador separa redes. ENDEREÇAMENTO NA CAMADA DE ENLACE Inicialmente devemos lembrar que: 23/08/2018 Disciplina Portal http://lms4.2.webaula.com.br/portaldoaluno/training/classroom?classId=719357 5/9 Deve ser observado que o endereço físico não é da estação de rede e sim do adaptador de rede. Logo, se uma placa possuir 2 adaptadores, estará com 2 endereços físicos ou endereços MAC. A maioria das LANs possuem endereços de 6 bytes, expressos em notação hexadecimal, cada byte ou dois dígitos hexadecimais separados por “:”. Esse endereço MAC vem gravado de fábrica na ROM ou EPROM do adaptador (NIC). Esses endereços precisam ser únicos. COMO ESSES ENDEREÇOS SÃO CONTROLADOS? Os 3 primeiros bytes são controlados pelo IEEE (Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos), em que cada fabricante recebe o seu OUI (Organizationally Unique Identi�er); Os 3 últimos bytes são controlados pelo próprio fabricante, em que serializam as diversas interfaces fabricadas. Apesar do endereço físico (end MAC) ser composto por duas informações (os 3 primeiros bytes OUI e os 3 últimos S/N (número de série) da interface pelo fabricante), o mesmo não possui qualquer tipo de hierarquia. É, assim, um endereçolinear composto, não fornecendo ideia de grupo, pois pode-se criar redes com placas de fabricantes diferentes. Observação: Nas LANs, para os dados se deslocarem de uma estação para outra, é necessário, em ambientes de múltiplo acesso, que a origem saiba o endereço físico do destino. Nas redes passam bits, os bits formam os frames ou quadros e os mesmos são endereçados com endereço físico ou MAC. COMUTAÇÃO Os comutadores de camada de enlace tem como função receber frames ou quadros de camada de enlace e encaminhá-los para enlaces de saída. COMUNICAÇÃO EM UMA REDE ETHERNET A comunicação em uma rede local comutada ocorre de três formas: Alguns autores utilizam a terminologia endereço unicast, endereço de multicast e endereço de broadcast. Apesar de ser a forma de transmitir, no caso da rede ethernet, o endereço é o que vai de�nir a reação de determinada transmissão. Exemplos (glossário): 23/08/2018 Disciplina Portal http://lms4.2.webaula.com.br/portaldoaluno/training/classroom?classId=719357 6/9 Lembrete: A MAC Address Table (CAM) é atualizada baseada no endereço de origem e como, normalmente, uma estação não possui o endereço do grupo, não enviará o frame tendo como origem o endereço de multicast. Logo, na tabela, não constará esses destinos e o camada 2 realizará um �ooding. INDICAÇÃO DE LINK Para conhecer outras de�nições clássicas e saber mais sobre Comunicação em uma rede Ethernet, clique aqui (glossário) para baixar o PDF. Questão 1 Um switch, equipamento camada 2, possibilita transmissão unicast, multicast ou broadcast. Observando sua MAC Address Table e topologia, analise a �gura abaixo: Um datagrama IP destinado ao host 10.1.1.4 será encapsulado em um frame ethernet, sabendo-se ainda que a tabela ARP (glossário) do host de origem possui todos os mapeamentos de endereço lógico para endereço físico. Para qual porta, ou portas, o switch realizará a comutação desse frame em unicast? a) Realizará um �ooding. b) Realizará a comutação para a interface de saída Fa0/4. c) Realizará o descarte do frame. d) Realizará a comutação para as interfaces Fa0/2 e Fa0/3. e) Realizará a comutação para a interface Fa0/1. Justi�cativa 23/08/2018 Disciplina Portal http://lms4.2.webaula.com.br/portaldoaluno/training/classroom?classId=719357 7/9 Questão 2 Os equipamentos de camada 2 originalmente foram construídos para segmentar a rede, dividindo em domínios de colisão. A grande melhora foi gerenciar o tráfego criando uma tabela que armazena o segmento em que se encontra cada nó da rede, evitando repassar frames para todos os segmentos. O grande problema é que o equipamento de camada 2 possui uma latência maior do que a do equipamento camada 1 (HUB). Qual tipo de comutação de switch ethernet preza pela diminuição da latência, porém com a capacidade de tratar alguns erros como runt frame? a) Cut through – fast forward b) Fragmente free – sem fragmentos c) Store and forward – armazenar e encaminhar d) Simetric - simétrica e) Assymetric - assimétrica Justi�cativa Questão 3 Apesar da semelhança de função entre os roteadores e switches L3, o switch L3 não consegue substituir totalmente os roteadores. Qual das características abaixo NÃO é suportada pelos roteadores? a) Gerência de tráfego b) Interfaces WIC (WAN Interface Card) c) Roteamento camada 3 d) Roteamento velocidade do cabo (wirespeed) e) Protocolos de roteamento avançado 23/08/2018 Disciplina Portal http://lms4.2.webaula.com.br/portaldoaluno/training/classroom?classId=719357 8/9 Justi�cativa ATIVIDADE PROPOSTA Realize um estudo para relacionar a melhor opção de comutação de switch ethernet (store and forward, cut through ou fragment free) utilizando full duplex e justi�que detalhadamente sua escolha. Glossário UM EXEMPLO DE CAMINHO 23/08/2018 Disciplina Portal http://lms4.2.webaula.com.br/portaldoaluno/training/classroom?classId=719357 9/9 Host inicial (nó inicial) até o default gateway; Default gateway até o próximo roteador (intermediário 1); Do roteador (intermediário 1) até o roteador (intermediário 2); Do roteador (intermediário 2) até o roteador default gateway do nó destino; Default gateway do nó destino até o nó de destino. O datagrama de origem é praticamente o datagrama recebido no destino, sofrendo decrementação do campo TTL e talvez uma fragmentação do datagrama IP no enlace X25. Como os serviços fornecidos pelos protocolos de enlace podem ser diferentes, a camada de rede necessita ser capaz de utilizar os diversos enlaces sem deixar de cumprir sua tarefa: levar o datagrama IP através das diversas redes interligadas (internetwork). EXEMPLOS: 1. Quando um comutador camada 2 recebe um frame destinado ao endereço FF: FF: FF: FF: FF: FF, a reação será enviar para todas as portas, exceto a porta pela qual recebeu esse frame (�ooding). 2. Outro exemplo seria transmissão multicast RIP versão 2, que utiliza o endereço IP 224.0.0.9 e o endereço MAC 01:00:5E:00:00:09. Uma regra para os endereços de multicast IPv4 é que utilizam endereço MAC de 01:00:5E:00:00:00 até 01:00:5E:07:FF:FF, observando que sempre inicia por 01:00:5E nos 24 primeiros bits e seu 25º bit “setado” em zero. ARP Address Resolution Protocol, protocolo que realiza o mapeamento do endereço lógico (IP) para o endereço físico (MAC) em ambientes de múltiplo acesso.
Compartilhar