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Hipertermoterapia: Conceito e Modalidades

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1 
Hipertermoterapia 
 
1. Conceito: 
� É uma modalidade terapêutica que utiliza o calor como fonte de tratamento 
� Conhecida também como termoterapia 
� Apresenta possibilidades de aplicações térmicas superficiais e profundas 
 
2. Calor: 
� É a transferência da energia térmica de um corpo com maior para outro com 
menor temperatura 
� Relaciona-se com o grau de agitação térmica de cada corpo 
� Se dá no corpo humano pelo aumento da vibração molecular e da taxa 
metabólica 
� O frio é um atenuante da agitação térmica, trazendo queda de temperatura na 
matéria 
 
3. Temperatura: 
� É a medida do nível de calor de um corpo 
� É a medida da energia cinética das moléculas de um corpo 
� Aferida fidedignamente somente através do termômetro 
 
4. Termogênese: 
� Representa a capacidade do organismo em produzir calor 
� A temperatura corporal independe da temperatura extracorpórea 
� Tal fato se deve aos mecanismos de controle da temperatura corporal 
� O corpo responde de diferentes formas no frio e no calor 
� Há dois tipos de termogênese: 
a) Mecânica: 
� Baseia-se na produção de calor que ocorre durante o calafrio 
 2 
� O calafrio é uma resposta à exposição súbita a baixa temperatura ou a um 
estado febril intenso 
� É involuntário, apresenta uma contração desordenada da musculatura 
esquelética, podendo aumentar em até 5 vezes o consumo de oxigênio, 
sendo este fato resultado de intensa atividade celular corporal 
b) Química: 
� Ocorre quando há aclimatação gradativa do indivíduo a baixas temperaturas 
� Com a queda gradativa da temperatura o organismo compensa sua 
demanda de calor, aumentando o metabolismo interno, sem ocorrência de 
calafrios 
� É o meio mais importante de manutenção da temperatura corporal 
� O calor é produzido no corpo humano através de reações exotérmicas 
� Sono, subnutrição e hipofunção tireóidea reduzem o metabolismo basal. 
Tensão muscular, calafrio, alimentação, exercícios físicos e 
hiperfuncionamento tireóideo aumentam esse metabolismo. 
 
5. Termólise: 
� Representa a capacidade do organismo em dissipar o calor recebido 
� Ocorre por quatro diferentes mecanismos: 
a) Radiação: 
� Dissipado por meio de ondas eletromagnéticas, através da radiação IV 
� Todo corpo com temperatura superior a -273°C emite raios IV 
� Quanto maior a área da fonte e maior a elevação de temperatura, maior será 
a transmissão de calor para o meio 
� A pele é a principal fonte de radiação calorífica do corpo humano (60%), 
dissipando o contingente de energia térmica recebida 
� Obs – Exposição prolongada ao sol 
b) Evaporação: 
� Ocorre no organismo pela evaporação da água na pele e nos pulmões 
(25%) 
 3 
� Aumenta-se com hiperventilação pulmonar e febre 
� É prejudicada nos queimados pela solução de continuidade cutânea 
c) Condução: 
� Ocorre quando há contato entre os meios 
� Observamos no contato corporal e na necessidade de roupagem especial 
em esportes aquáticos 
d) Convecção: 
� É a transferência de energia térmica de um sistema para outro, através da 
movimentação de massas de fluido, ocorrendo deslocamento por áreas de 
maior para menor temperatura ou vice-versa 
� Resulta da diferença entre a consistência das partículas da massa fluídica 
� Condução + Convecção = 15% perda calórica total 
 
6. Controle da Temperatura Corporal: 
� A Importância do Hipotálamo: 
� O Hipotálamo é o responsável em realizar o balanço entre perda e produção de 
calor no organismo 
� Suas regiões anteriores controlam a termólise, já as posteriores a termogênese 
� A termogênese é controlada pelo aumento metabólico por ação hormonal e 
pelos calafrios 
� A termólise é controlada pela sudorese e vasodilatação periférica 
� Variações circadianas da temperatura corporal: 
� Fatores internos e externos levam a pequenas variações na temperatura 
corporal 
� Ocorrem episódios de queda durante o sono e elevação ao fim da tarde. Há 
inversão em relação aos trabalhadores noturnos por adaptação do relógio 
biológico 
 
 
 
 4 
7. Modalidades Termoterapêuticas: 
� Envolvem os métodos de transferência de calor que são observados durante a 
realização do tratamento Fisioterapêutico 
a) Termoterapia por Condução: 
� Ocorre pela transferência de energia de vibração entre as moléculas 
� A vibração molecular é aumentada por uma fonte hipertérmica 
� Representada terapeuticamente através do contato direto com a pele, 
reproduzindo um aquecimento superficial 
� Engloba os recursos mais tradicionais de Eletrotermofototerapia 
� Seus efeitos diretos podem atingir até 1cm, excluindo os reflexos 
� Observada nas Bolsas de Água Quente, Compressas, Banho de Parafina. 
b) Termoterapia por Convecção: 
� Ocorre em meio fluido com transferência térmica entre os meios de maior e 
menor densidade por fator gravitacional até atingir homogeneidade 
� Observamos ascensão de moléculas dissipadas e queda de moléculas coesas 
� Observada no Turbilhão e Forno de Bier 
c) Termoterapia por Conversão: 
� Se dá pela conversão de fótons, energia elétrica ou sônica em calor 
� Engloba os mais modernos recursos de Eletrotermofototerapia 
� Baseia-se no Efeito Joule – Produção de calor entre os tecidos, aproveitando 
sua resistência com a passagem de energia termogênica 
� Observada no US, MO, OC, UV e IV 
 
8. Absorção de Energia Calórica: 
� Toda ação térmica depende da capacidade de absorção térmica do material em 
que será aplicado o calor ou frio 
� Quando a matéria é uniforme deve-se levar em consideração a condutibilidade 
� A condutibilidade do corpo humano se assemelha a da água e é diferente do 
metal 
 5 
� Não se tem como mensurar a energia térmica absorvida no organismo devido a 
termoregulação, mas podemos avaliar as reações biológicas pela exposição ao 
calor ou frio 
� As reações simpáticas de vasoconstrição e vasodilatação ocorrem devido a 
necessidade do organismo em reagir ao calor ou frio, sendo ativadas por via 
neural e enzimática 
� O aquecimento superficial tem diferentes atuações de acordo com as áreas em 
que é aplicado 
 
9. Efeitos Fisiológicos Gerais da Termoterapia: 
� Geração ou transmissão de calor no corpo humano 
� Vasodilatação – CO2 / Histamina / Inibição Endotelial / Produção de NO 
� ↑ do fluxo sangüíneo 
� ↑ metabólico 
� ↑ α tecidual 
� ↑ velocidade de condução nervosa 
� ↑ débito cardíaco 
� ↑ atividade de glândulas sudoríparas 
� ↑ consumo de O2 
� ↑ atividade enzimática 
� ↑ permeabilidade celular e capilar 
� ↑ ação de agentes fagocitários 
� ↑ eliminação de metabólitos 
� ↓ atividade do fuso neuromuscular 
� ↓ excitabilidade nervosa em tecido muscular contraturado 
� ↓ pressão sangüínea sobre o endotélio 
� ↓ viscosidade sinovial 
 
 
 6 
10. Efeitos Terapêuticos Gerais da Termoterapia: 
� ↓ rigidez articular 
� ↓ espasmo muscular 
� Promove estado de relaxamento e maleabilidade tecidual 
� Analgésico 
� Antiinflamatório 
� Cicatrizante 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
Ultra Som 
 
1. Introdução: 
� Som é toda onda mecânica perceptível ao ouvido humano, com freqüência 
entre 20 e 20.000 Hz 
� É obtido para utilização em Medicina e Fisioterapia através dos Transdutores 
eletroacústicos 
� Apresenta proveito terapêutico, estético ou diagnóstico 
� O som possui Velocidade de propagação de 340 m/s, e não se propaga no 
vácuo 
� Sofre ação dos fenômenos ópticos, apresentando reflexão, refração, difração e 
interferência 
 
2. US Terapêutico: 
� São ondas sonoras não perceptíveis ao ouvido humano, com freqüência 
terapêutica entre 1MHz, 3MHz e 5MHz 
� É produzido através da conversão de energia elétrica convencional em uma 
corrente elétrica de alta freqüência, que percorre um cristal cerâmico (PZT),dando aí geração da onda ultra sônica (Efeito Pizoelétrico) 
� Terapia ultra sônica é o tratamento médico mediante vibrações mecânicas com 
freqüência superior a 20.000 Hz 
� Descoberto em 1917 por Langevin. Utilizado terapeuticamente com sucesso em 
1939 por Pohlmann (Hospital Martin Luther – Berlin/Alemanha) 
 
3. Biofísica: 
a) Propagação: 
� Necessitam de um meio de propagação 
� Fatores de propagação no tecido: Índice de absorção no tecido e Refração da 
radiação 
 8 
� A velocidade da onda ultra sônica é inversamente proporcional a 
compressibilidade do meio 
b) Ondas de compressão e tração: 
� É a maneira como se propagam 
c) Impedância acústica: 
� É a resistência oferecida por cada tecido a onda ultra sônica 
d) Interfaces: 
� É a faixa de transição das estruturas corporais percorridas pelo feixe US 
e) Reflexão: 
� Ocorre quando a onda retorna ao meio de origem 
� Observamos em meios com impedância diferente 
� Não ocorre em meios com mesma impedância 
f) Refração: 
� Ocorre quando uma onda passa por interfaces diferentes 
� Altera-se sua velocidade pois cada tecido apresenta um grau de 
compressibilidade distinto 
� Penetra com um  de incidência e propaga-se com um diferente  de refração 
g) Absorção: 
� É a capacidade de reter a radiação 
� Está intimamente ligado ao fenômeno da refração 
� A energia acústica das ondas ultra sônicas é mais absorvida por tecidos ricos 
em proteínas 
� Quanto maior f do aparelho, menor λ, maior absorção superficial, menor 
capacidade de penetração 
� Quanto maior temperatura tecidual, mais superficial se torna a absorção (Furini 
e Longo, 1996) 
� Crio x US – Associações terapêuticas 
h) Efeito Tixotrópico: 
� É a propriedade do US em solver colóides 
 9 
� Necessita de uma maior observação para se atribuir ao feixe US esta 
propriedade 
i) Atenuação: 
� É a diminuição da intensidade do feixe US ao percorrer os tecidos 
� Ocorre durante a penetração dos feixes nas diversas etapas 
� Causada por: Difusão em meio heterogêneo, reflexão e refração em interfaces, 
e coeficiente de absorção dos meios 
� Cada tecido possui um índice de redução em 50% da potência (Hoogland, 
1986) 
j) Efeito Pizoelétrico: 
� Se dá pela ocorrência de mudanças elétricas na superfície de materiais. Neste 
caso, nos materiais encontrados no interior do transdutor, responsáveis pela 
produção do feixe US ( Cristais de Quartzo / Titanato de Bário / Titanato 
Zirconato de Chumbo) 
� Os responsáveis pela geração das ondas ultra sônicas são os PZT 
� Em contato com energia elétrica, mudam sua característica em relação ao 
repouso, ficando mais espesso e delgado, emitindo assim ondas US 
� Descoberto por Pierri e Jacques Curie em 1980 
� Durante o deslocamento do transdutor, as regiões de compressão e rarefação 
se afastam, formando uma onda US 
� Tecidos orgânicos também respondem com efeito pizoelétrico 
k) Cavitação: 
� Estável – Responde a tração (fluido formando cavidades gasosas) e 
compressão (gás da cavidade passando ao fluido). Apresenta efeitos 
terapêuticos e atérmicos 
� Instável – Colabamento de bolhas aumentando concentração de energia a 
ponto de não comportá-la. Provoca grande aquecimento tecidual. Provoca 
danos teciduais e aumento da pressão tissular 
� Visualizada com um pacote de água sobre o transdutor 
� Minimizada com movimentação do cabeçote e dosimetria correta 
 10 
l) Ondas estacionárias: 
� Ocorrem devido a reflexão de ondas US em interfaces de tecidos com 
impedância acústica diferente 
� Pode haver superposição de ondas e resulta em somação de estímulos 
m) Campos próximo e distante: 
� Compreende as zonas de Fresnel e Fraunhofer 
� Ocorre interferência na Zona de Fresnel devido a uma pequena convergência. 
Alta taxa de não uniformidade (BNR). Observamos picos de intensidade em 5 e 
10x a mais do que o estabelecido 
� A Zona de Fraunhofer apresenta baixa BNR e uniformidade do feixe 
� A intensidade diminui a medida em que se afasta 
� A distribuição dos campos o cabeçote deve ser constantemente movimentado 
� Na aplicação subaquática devemos levar a Zona de Fresnel em consideração 
pelo fato da alternância de intensidade de pico promover adaptação da área de 
tratamento, equilibrando a quantidade de energia recebida 
� O US tem no campo próximo seus maiores benefícios, pois o campo distante 
apresenta menor concentração energética 
� O comprimento do campo próximo depende da ERA e da freqüência de 
emissão. No US 1Mhz 5cm² ERA, Fresnel é aproximada a 10cm. No US 3 Mhz 
o campo próximo é três vezes maior 
 
4. Propriedades do US Terapêutico: 
� Devemos ter cautela em sua aplicação, pois promove dor periostal 
� Apresenta necessidade do Gel para condução. Pode-se usar a água como 
condutor em superfícies irregulares 
� Pomadas e vaselina devem ser descartados, pois não permitem boa 
transmissão da onda 
� ERA – Área efetiva de radiação no cabeçote. Menor do que a área geométrica 
do cabeçote. Se houver defeito na colagem do cristal ou espaço a emissão será 
prejudicada 
 11 
� Pode haver dano do aparelho quando este for ligado sem nenhuma substância 
a frente do cabeçote 
� 90% da energia que atinge o implante metálico é refletida aos tecidos vizinhos, 
portanto sem levar ao aquecimento do material (Garavello, 1997). Tendo em 
vista tal situação, sua aplicação em áreas com implante metálico é possível 
� A superfície óssea reflete em 30% a radiação 
� Aplicabilidade: 1 Mhz – Lesões profundas (2,5 a 5cm). 3 Mhz – Lesões 
Superficiais (Abaixo de 2,5cm). 5MHz – Ação dérmica e epidérmica 
� Regimes de emissão – Contínuo e Pulsado (1:2, 1:5, 1:10 e 1:20) 
� O ciclo deve ser eleito de acordo com a fase de cicatrização ou estrutura 
anatômica, não devendo estar fora da fase proveitosa ou provocar dor 
� US contínuo – Efeito térmico e mecânico. Quanto maior intensidade maior 
aquecimento 
� US Pulsado – Efeito mecânico. O corpo absorve rapidamente o estímulo de 
aquecimento 
� O US só pode ser aferido através da balança acústica 
� O fato da redução na geração de radiação US pulsada permite que exploremos 
maiores intensidades sem risco para o tecido 
� Intensidades máximas – USC – 2W/cm². USP – 3W/cm² 
 
5. Efeitos Fisiológicos: 
� Efeito mecânico 
� Vasodilatação 
� Ação tixotrópica 
� Liberação de Histamina 
� Ação sobre nervos periféricos 
� Elevação intracelular de Ca 
� ↑ fluxo sangüíneo 
� ↑ metabolismo 
� ↑ permeabilidade celular e capilar 
 12 
� ↑ atividade de Fibroblastos 
� ↑ síntese protéica e colágena 
� ↑ α 
� ↑ atividade enzimática tecidual 
 
6. Efeitos Terapêuticos: 
� Antiinflamatório 
� Analgésico 
� Fibrinolítico 
� Regenerativo 
� Ação reflexa 
� Relaxante 
� Consolidativo 
 
7. Dosimetria: 
� É o produto da intensidade do estímulo pela duração do tratamento 
� Para calcularmos a intensidade devemos levar em consideração o nível de 
radiação que chegará ao local da lesão 
� A terapêutica deve ser assintomática, admitindo-se leve sensação de calor 
� O tempo de aplicação depende da área, chegando a um tempo máximo de 15’ 
(Área de 75/100 cm²). Se o tempo superar a área, devemos dividi-la em 
quadrantes, realizando mais de uma aplicação 
� Não devem ser realizadas aplicações por menos de 3’ devido a ineficiência 
� Levar em consideração a tabela de redução de potência para cálculo da 
intensidade 
� Em áreas menores do que o TE, devemos utilizar o método semi-estático 
� O tempo de aplicação é calculado pela divisão da área de aplicação pela ERA 
 
� Tabela de Atenuação da Onda Ultra Sônica (Hoogland, 1986) 
 13 
Meio de Propagação US 1MHz US 3MHz 
Pele 11,1mm 4mm 
Gordura 50mm 16,5mm 
Músculo 9mm 3mm 
Tendão 6,2mm 2mm 
Cartilagem 6mm 2mm 
Osso 2,1mm --- 
Água 11500mm 3833mm 
 
� Guia de Intensidade da onda US (Hoogland, 1986)� Baixa – Até 0,3 W/cm² 
� Média – Entre 0,4 W/cm² e 1,2 W/cm² 
� Alta – A partir de 1,3 W/cm² 
 
8. Utilização Prática: 
� É imprescindível um perfeito acoplamento entre cabeçote e tecido, envolvendo 
uma substância de impedância acústica próxima a do tecido humano para não 
haver perda energética inicial 
� Caso não se utilize essa substância será formada uma fina camada de ar 
� Formulações em gel apresentam maior transmissão que outros 
� Antes da aplicação devemos realizar o Teste da Névoa 
� Foram lançados redutores da área geométrica com a finalidade de aplicação 
em regiões menores, porém caíram em desuso por ineficiência, sendo agora 
fabricados TE com diferentes ERA’s 
� Na técnica subaquática não há problemas em subemergir o cabeçote pois são 
blindados, mas por via das dúvidas, consulte antes o manual 
 
9. Técnicas de Aplicação: 
a) Direta: 
 14 
� Realizadas em superfícies relativamente planas. Transdutor deve estar em 
perfeito contato. Substância de acoplamento obrigatória para minimizar reflexão 
� O gel industrializado é a terceira substância mais eficaz (Mardegan e Guirro, 
2004) 
� Devemos estabelecer movimentação contínua e uniforme do cabeçote a uma 
velocidade de 4cm/s (Kramer, 1984), visando uma distribuição homogênea da 
energia, das variações de intensidade e para prevenir alterações circulatórias 
� No caso da realização de movimentos rápidos durante a aplicação, a energia 
absorvida pelo tecido será diminuída e mal distribuída (Michlovitz, 1996) 
� Dinâmica – O cabeçote é deslizado sobre a região de forma circular, 
transversal, longitudinal, curta, em superposições a fim de garantir tratamento 
uniforme da área 
� Semi-estática – O cabeçote realiza movimentos de pouca amplitude para 
garantir a não somação da radiação. Utilizada em lesões pontuais, menores 
que o TE 
� Estática – Desaconselhada pelo fato de somar estímulos, podendo levar a uma 
cavitação instável e agravar o quadro patológico. O pico de intensidade é muito 
elevado nesses casos. Pode gerar dano tecidual 
b) Subaquática: 
� Indicadas para regiões de superfície irregular ou a relato de dor ao contato 
� Apresenta acoplamento total 
� Utiliza-se um recipiente plástico ou vítreo para o tratamento 
� Os cabeçotes podem ser imersos por serem blindados 
� Manter distância de 1cm a 1,5cm para priorizar Zona de Fresnel 
c) Corretores: 
� Utilizada em áreas irregulares quando não se tem como lançar o subaquático 
� Lança-se almofadas de gel (correto), luvas de borracha (incorreto) ou 
preservativos masculinos (incorreto) 
� Dependendo de como for aplicada apresenta grande atenuação, sendo próxima 
a 80% (Guirro, 2001) 
 15 
d) Fonoforese: 
� Realizada com aplicação direta associada a utilização de medicamentos como 
substância de acoplamento 
� A terapêutica é potencializada pela soma dos fatores, mas também pode ser 
prejudicada por combinações terapêuticas 
� O USC em alta freqüência é o que apresenta o melhor aproveitamento 
� A penetração pode chegar a 6cm (Andrews, 2000). Há compostos que 
bloqueiam a radiação US ou são incapazes de se penetrar (Cremes e 
pomadas) 
� Os medicamentos mais utilizados são circulatórios, cicatrizantes e anti-
inflamatórios 
� A taxa de transmissão deve ser maior que 80% da transmissão da água 
(Casarotto, 200) 
� Nos tratamentos estéticos são utilizadas enzimas de difusão, e as doses devem 
ser cuidadosamente adotadas para evitar uma eventual desnaturação 
e) Reflexo Segmentar: 
� Trabalha com um efeito indireto, sonando raízes nervosas 
� Autores também sugerem associá-la a terapia local 
 
10. Indicações: 
� Fraturas 
� Transtornos Cervicodorsolombares 
� Espondilalgias 
� Processos inflamatórios em Ligamentos, Tendões, Fáscias, Bursas, Nervos e 
Cápsulas 
� Fibroses e calcificações 
� Lesões Musculares 
� Hérnia discal 
� Entorses 
� Edemas / Hematomas / Equimoses 
 16 
� Artroses 
� Incisões cirúrgicas 
� Úlceras de pressão 
� Celulites 
� Pré-cinético 
 
11. Contra-Indicações: 
� Isquemias 
� A nível ocular 
� Sobre útero grávido 
� Em região cardíaca 
� Neoplasias 
� Genitais 
� Sobre varizes 
� Tromboflebites 
� Inflamações sépticas 
� Imediatamente pós-trauma 
� Patologias Reumatológicas de ordem metabólica 
� Diabéticos 
� Proeminências ósseas 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ondas Curtas 
 
 17 
1. Eletromagnetismo: 
� Campo eletromagnético – É um espaço onde agem forças magnéticas 
formadas em torno de um condutor elétrico, sem necessidade de um meio de 
sustentação 
� Uma corrente elétrica altera o condutor e a região ao seu redor 
� Fio Retilíneo – Gera círculos concêntricos 
� Solenóide – Gera um campo em sentido uniforme no seu interior. Possui maior 
efeito eletromagnético 
� Com o fim da passagem da corrente elétrica o campo eletromagnético cessa-se 
� Espectro eletromagnético: 
� É a reunião de diferentes ondas eletromagnéticas 
� A luz visível é uma radiação eletromagnética, com cada cor tendo uma diferente 
representação na escala do espectro magnético a nível de f e λ 
� As ondas eletromagnéticas são uma forma de energia, propagam-se no vácuo e 
podem ser captadas por antenas. Quanto maior f, menor λ 
� D’Arsonval foi o primeiro cientista a estudar os efeitos do campo magnético no 
organismo humano 
 
2. Histórico do Ondas Curtas: 
� Surgiu da evolução de um antigo recurso de diatermia que trabalhava com 
maior aquecimento em tecido adiposo e ósseo 
� Por aperfeiçoamento eletrônico (Auto-Osciladores), houve um ajuste de 
freqüência de 300Kc para 30Mc, resultando na substituição dos aparelhos de 
diatermia pelos aparelhos de Ondas Curtas 
 
 
3. Conceito: 
 18 
� É um recurso que produz ondas eletromagnéticas a partir da geração de 
correntes elétricas de alta freqüência (λ=11m/f=27,12MHz), apresenta 
funcionamento pendular e não estimula nervos motores 
 
4. Biofísica: 
� Fenômeno D’Arsonval: 
� Seletividade de freqüência x Reação corporal 
� Efeito Joule: 
� Durante a instalação do campo eletromagnético, moléculas de água, íons e 
proteínas realizam rotações gerando calor nas estruturas orgânicas 
� Experiência de Schiliephake: 
� Utilizou-se 3 reservatórios de água com eletrodos posicionados em ambas 
extremidades 
� Observou-se que quanto maior proximidade dos eletrodos aos reservatórios, 
maior aquecimento periférico. Quanto maior afastamento, mais homogênea é a 
distribuição de calor 
� Conclusão: Para um aquecimento mais central ou homogêneo, devemos afastar 
os eletrodos da superfície cutânea na técnica de posicionamento transversal 
� Ausência de Fenômenos Eletrolíticos: 
� Não se observam fenômenos de migração iônica durante aplicação do OC, pois 
a polaridade é indefinida 
� Ação do Campo Eletromagnético: 
� Objetos metálicos interagem com o campo eletromagnético, atraindo para si a 
radiação, funcionando como antenas 
� Profissionais adotam diferentes comportamentos frente ao campo 
eletromagnético 
� Andrews (2000) – Manter demais aparelhos a uma distância de 4,5m de raio 
� Transmissão das Ondas Eletromagnéticas: 
 19 
� Materiais Ferromagnéticos – Apresentam alta influência sobre o campo 
eletromagnético 
� Materiais Paramagnéticos – Apresentam relativa interação com o campo 
eletromagnético 
� Materiais Diamagnéticos – Não são influenciados pelo campo eletromagnético 
� Fatores se não forem observados podem trazer prejuízo ao tratamento 
� Aquecimento: 
� Quanto mais corrente for conduzida pelo tecido, menor a resistência oferecida 
por ele 
� Para tecidos com maior resistência, devemos aumentar a intensidade da 
corrente para promovermos um aquecimento mais profundo 
� Aquecimento = Corrente² x Resistência x Tempo 
� O aquecimento efetivo no OC é relacionado aos Dipolos 
� Os Dipolos são moléculas externamenteneutras, com cargas internas 
assimétricas, encontrados genericamente nos fluidos corporais. Ao se 
submeterem a radiação eletromagnética seu lado de carga negativa se 
direciona ao polo positivo. Acompanham as rápidas mudanças de polo nas 
correntes de alta freqüência gerando calor 
� As células de tecido adiposo sofrem deformação quando expostas ao campo 
eletromagnético, porém sem entrar em movimentação devido serem apolares 
� Quanto mais aquoso o tecido, maior condutividade elétrica, portanto resulta em 
maior aquecimento 
� Se aumentarmos a resistência do tecido por onde estiver passando a corrente, 
teremos uma elevação do aquecimento, porém será menos vigoroso que se 
aumentarmos a intensidade da corrente 
� Não devemos calcular os 5’ iniciais como terapêuticos, pois fazem parte da 
adaptação do tecido à radiação eletromagnética. A medida em que o OC vai 
penetrando, vai tornando o tecido mais condutivo pela vasodilatação 
� O tecido muscular sofrerá um aquecimento vigoroso devido sua grande 
concentração vascular 
 20 
� É discutível o fato do tecido adiposo ser permeado por vasos sangüíneos 
� A terapêutica pode sofrer maior resistência por uma baixa temperatura externa 
 
5. Efeitos Fisiológicos: 
� Produção de calor 
� Vasodilatação 
� Hiperemia 
� ↑ fluxo sangüíneo 
� ↑ O2 
� ↑ metabolismo 
� ↑ débito cardíaco 
� ↑ atividade sudorípara 
� ↑ fagocitose 
� ↓ pressão capilar 
� ↓ viscosidade sinovial 
 
6. Efeitos Terapêuticos: 
� Antiinflamatório 
� Regenerativo 
� Analgésico 
� Espasmolítico 
� Cicatrizante 
 
7. Técnicas de Aplicação: 
� Os eletrodos devem ser maiores do que a área a ser tratada pela menor 
uniformidade do campo magnético nas bordas 
� Os aparelhos possuem opções em tamanhos de eletrodos, com cada um sendo 
melhor adaptado a cada tipo de transtorno 
 21 
� Deve-se haver uma distância entre 2cm e 4cm entre a placa capacitora e a pele 
do paciente 
I – Técnica Capacitiva: 
� Ocorre quando as estruturas funcionam como dielétricos dentro de um capacitor 
onde passa um campo elétrico (Método do Campo Elétrico) 
a) Placas Capacitoras Flexíveis: 
� São placas metálicas flexíveis revestidas com material plástico, borracha, feltro 
ou espuma 
� Possuem tamanhos variados 
� Devemos posicionar uma toalha dobrada entre a pele e o eletrodo ao aplica 
esta técnica 
b) Eletrodos de Schliephake 
� São discos metálicos acoplados a braços mecânicos multidirecionais 
� São cobertos por envoltórios de vidro, plástico ou borracha, mantendo a 
distância entre a pele e a placa capacitora 
� Pode ainda ser utilizada uma toalha 
II – Técnica Indutiva: 
a) Mônodo: 
� A radiação é emitida através de uma bobina indutiva envolvida em um tambor 
plástico 
� O posicionamento do emissor deve ser paralelo para minimizarmos a reflexão 
� Uma corrente elétrica é gerada no interior do aparelho, penetrando 
primariamente como uma “meia lua” na região a ser tratada, e 
secundariamente, forma-se um campo magnético perpendicular ao seu 
direcionamento 
� Promove maior aquecimento no músculo do que na gordura (Michlovitz, 1996) 
ao se comparar com qualquer técnica capacitiva 
b) Solenóide: 
� Também são conhecidos como cabo indutivo 
 22 
� Podem ser aplicados ao longo da região de tratamento ou envoltos ao 
segmento 
� Deve-se obedecer uma distância de 15cm a cada volta do espiral 
� O segmento a ser tratado deve ser envolvido com toalhas e preso com 
pregadores plásticos ou de madeira 
� Não deve passar pelas axilas / prega do cotovelo / virilhas para não haver 
tensão térmica excessiva sobre os vasos superficiais 
� São pouco utilizados no Brasil 
� Posicionamento de Eletrodos: 
a) Transversal: 
� Eletrodos posicionados latero-medialmente ou antero-posteriormente 
� Os tecidos têm apresentação tranversal em relação à radiação 
� Apresenta maior concentração térmica nas estruturas periféricas 
� Eletrodos muito aproximados dificultam a geração de um campo magnético de 
qualidade 
� É diretamente relacionada com a Experiência de Schiliephake 
b) Longitudinal: 
� Os tecidos se encontram dispostos paralelamente ao sentido da geração do 
campo eletromagnético 
� A corrente segue o fluxo de estruturas de menor resistência 
c) Co-planar: 
� Os eletrodos são posicionados no mesmo plano 
� Apresenta poder de penetração intermediário 
� Deve haver uma distância entre 8cm e 10cm para não haver acúmulo de 
radiação nas placas e ser por demais superficializada 
d) Seios Frontais: 
� Possuem formato especial 
� Posiciona-se um dispersivo em região torácica 
 
 
 23 
8. Dosimetria: 
� Depende exclusivamente da sensação térmica e da fase de cicatrização 
� Utiliza-se a Escala de Schiliephake 
Calor Muito Débil Abaixo do limiar de sensibilidade 
Calor Débil Imediatamente perceptível 
Calor Médio Calor agradável 
Calor Forte Calor intenso 
 
� Doses no limite do tolerável podem causar lesões profundas imperceptíveis a 
princípio devido ao fato das terminações nervosas se encontrarem em sua 
maioria superficialmente 
� Alguns autores mostram que os efeitos circulatórios são maiores a exposição 
de calor moderado do que intenso 
� O tempo de tratamento estabelece uma ligação com a fase de cicatrização 
 
9. Sintonia: 
� É o ajuste do componente elétrico do OC ao paciente 
� A sintonia da radiação é fundamental para o aproveitamento terapêutico, pois 
determina o ponto ideal de sintonização do campo eletromagnético 
� Trajeto da Radiação no aparelho: Energia Eletromagnética de Alta Freqüência 
→ Bobina Oscilatória → Bobina de Ressonância → Capacitores → Resultado 
Radioativo no Circuito Paciente 
� A sintonia se dá pelo equilíbrio entre a energia dos circuitos 
� Como operar um aparelho de sintonia manual: 
I - Posicionar eletrodos 
II - Eleger dose 
III - girar botão de sintonia até a máxima deflexão 
IV - Girar em sentido contrário para retornar ao máximo 
� A sintonia deve estar de acordo com a dosimetria. Caso não ocorra, observar: 
I - Posição de eletrodos 
 24 
II - Tamanho de eletrodos 
III - Distância eletrodo / pele 
IV - Distância entre cabos 
� Após efetuar mudanças o aparelho deve ser novamente sintonizado 
� Podemos observar a sintonia com uma lâmpada fluorescente queimada 
posicionada entre os cabos 
 
10. Precauções: 
� Evitar uso próximo a aparelhos terapêuticos ou diagnósticos num raio de 9m 
� Remover objetos metálicos do campo de aplicação 
� Utilizar toalhas entre os aplicadores 
� Questionar sobre marcapasso, DIU, próteses e implantes metálicos 
� Retirar lentes de contato em aplicações sobre a face 
� Evitar exposição sobre gônadas 
� Observar período menstrual 
� Paciente não deve se movimentar durante o tratamento 
� Colocar toalha entre os cabos e a pele do paciente 
� Evitar macas e cadeiras metálicas 
� Atentar para transtornos cardíacos 
� Tempo de exposição do Fisioterapeuta: 8 minutos diários 
� Uso da Gaiola de Faraday 
� Cautela em proeminências ósseas para evitarmos o “Efeito Ponta” 
� Evitar epífises férteis 
� Observar patologias reumatológicas 
 
11. Indicações: 
� Contusões 
� Contraturas musculares 
� Lesões musculares 
� Lombalgia / Lombociatalgia 
 25 
� Cervicalgia / Cervicobraquialgia 
� Dorsalgia 
� Artroses 
� Tendinites 
� Sinovites 
� Fasciites 
� Pós-fraturas 
 
12. Contra-Indicações 
� Lesões em Fase Aguda 
� Edemas agudos 
� Patologias hemorrágicas 
� Gestantes 
� Neoplasias 
� Portadores de marcapasso 
� Indivíduos com alteração de sensibilidade 
� Trombose 
� Tromboflebite 
� Aterosclerose 
� Patologias infecciosas 
� Estado febril 
� Portadores de implantes metálicos 
� Doenças articulares degenerativas de ordem metabólica 
� Isquemias 
� Cardiopatas 
 
 
 
 
 26 
Ondas Curtas Pulsáteis 
 
1. Conceito: 
� É uma modalidadede emissão de Ondas Curtas com geração interrompida do 
campo magnético 
� São de característica atérmica, exceto na modalidade de maior repetição de 
pulsos 
� A potência média determina o aquecimento 
� Determinados aparelhos permitem calibragem, já outros oferecem o recurso de 
maneira padronizada 
 
2. Freqüência de Repetição de Pulsos: 
� A indicação da Freqüência de Repetição de pulsos pode estar associada à fase 
da patologia 
a) Baixa: 
� A energia recebida é rapidamente dissipada, não gerando aquecimento 
� Observam-se efeitos não-térmicos com a somação dos pulsos 
b) Média: 
� Observa-se efeito térmico residual ao término da passagem de um impulso e ao 
início de outro, porém não gera aquecimento para ser considerado como 
Hipertermoterapia 
� Observam-se efeitos não-térmicos com a somação dos pulsos 
c) Alta: 
� Os intervalos entre os pulsos são mais breves devido a freqüência mais elevada 
� Ocorre acúmulo progressivo de energia térmica, gerando calor 
 
3. Mecanismo de Ação: 
� Atua em modulação de potencial de bomba Na / K 
� É um recurso que se apresenta em evolução 
 
 27 
4. Efeitos Terapêuticos/Fisiológicos: 
� Acelera reabsorção de exudato 
� Acelera consolidação de fraturas 
� Regeneração tecidual 
� Analgesia precoce 
� Ação Antiinflamatória 
� Breve estímulo circulatório 
 
5. Indicações: 
� Neuropraxias 
� Edemas / Hematomas / Equimoses 
� Ferimentos / Incisões cirúrgicas / Queimados 
� Fraturas em consolidação 
� Contusões 
� Quadros inflamatórios 
� Indivíduos com alteração de sensibilidade 
� Transtornos circulatórios periféricos 
 
6. Contra-Indicações: 
� Gestantes 
� Portadores de Marca-passo 
� Neoplasias 
� Implantes metálicos 
 
7. Dosimetria: 
� Levar em consideração os seguintes parâmetros a serem calibrados: 
I – Potência média 
II – Duração do ciclo 
III – Percentual de ciclos 
 
 28 
Microondas 
 
1. Histórico: 
� Foi projetado com a finalidade de ser um aparelho unidirecional, e de maior 
penetrabilidade que o OC 
� Sua radiação é obtida através da Válvula de Magnetron 
 
2. Conceito: 
� São vibrações eletromagnéticas com f = 300MHz a 300GHz / λ = 1mm a 1m 
� São utilizados terapeuticamente em duas freqüências: 2456MHz e 951MHz 
 
3. Propriedades 
� A maioria dos aparelhos em uso no mercado, atualmente, possui freqüência de 
2456MHz 
� A melhor freqüência para aplicação terapêutica está a nível de 900MHz, pois 
minimiza geração de calor subcutâneo, atuando de modo mais aprofundado, 
minimizando também reflexão em superfície óssea 
� As MO viajam na velocidade da luz e propagam-se no vácuo 
� Sofrem diretamente com os Fenômenos Ópticos 
� O aquecimento tecidual é ampliado com reflexões e refrações da radiação em 
diferentes interfaces 
� O poder de penetração é inversamente proporcional a f 
� Os aparelhos que trabalham com 2456MHz apresentam um maior aquecimento 
superficial dando falsa impressão de maior competência 
 
4. Equipamento: 
a) Obtenção: 
� Gerada através da Válvula de Magnetron 
 29 
� A válvula apresenta grande durabilidade por trabalhar em apenas 1/3 da 
capacidade total 
� A Válvula de Magnetron é composto por anodo, catodo e antena 
� O anodo é uma peça oca de ferro com veios que são conectados pela antena 
em direção ao catodo, que é um filamento. Ao ser aquecida, a válvula emite 
elétrons, que vibram formando uma corrente elétrica de alta freqüência 
� Após formada, a C. E. de Alta Freqüência, é transmitida ao aplicador através de 
um cabo blindado, onde encontra uma estrutura espiralada e é repassada à 
superfície refletora, sendo assim transmitida uma radiação em forma de anel 
� A superfície refletora pode apresentar diversas formas 
� A intensidade deve superar a resistência do tecido, vencendo a termoregulação, 
gerando hipertermoterapia 
b) Eletrodos: 
I – Contato Direto: 
� Devem ser aplicados acoplados à pele ou a 1cm da superfície 
� Apresentam melhor acoplamento e menor dispersão radioativa 
� Asseguram arrefecimento mais uniforme, sem concentração em bordas 
� Quando associados a uma freqüência de emissão de 915MHz são os mais 
competentes 
II – Contato Indireto: 
� Devem ser aplicados entre 10cm e 20cm de distância da superfície 
� Retangular – Variam de tamanho, emitindo radiação ovalada de maior 
intensidade central 
� Mônodo – Possuem padrão toroidal, onde no centro a radiação é menos 
intensa. É ideal para ser aplicada em áreas com proeminências ósseas 
III – Focal: 
� São utilizados em áreas de pouca amplitude 
� Possuem de 1cm a 2cm de diâmetro 
 
 
 30 
5. Propagação e Absorção: 
� As MO apresentam uma grande capacidade de reflexão, podendo atingir um 
nível de 50% do que foi emitido 
� Para garantir melhores índices de aproveitamento, o emissor deve ser 
posicionado perpendicularmente e a freqüência de emissão adotada deve ser 
de 915MHz 
� A temperatura tecidual é minimizada pela vasodialtação após atingir o ápice, 
passando a ser estável 
� A radiação de 2456MHz apresenta melhor aproveitamento em profundidade 
quando aplicada a uma região de pouca espessura cutânea e adiposa 
� O MO não é um recurso de aquecimento global e sim focal, portanto quando o 
objetivo for aquecer uma articulação ou segmento como um todo, outro recurso 
deve ser utilizado 
� O campo magnético do MO interage com outros aparelhos e objetos metálicos 
a uma distância de 3m 
� Quanto mais aquoso o tecido, maior aquecimento sofrerá 
� A radiação MO gera calor por mecanismo físico de vibração molecular pelos 
tecidos os quais percorre 
� A medida em que a temperatura tecidual aumenta, aumenta-se também a 
capacidade do tecido em propagar as MO, facilitando assim a penetração da 
radiação 
� É questionado o fato do tecido adiposo sofrer algum efeito em relação à 
aplicação de Hipertermoterapia 
� Assim como em outros recursos, o MO também apresenta uma variação de 
emissão intervalada, conhecido como MO Frio, que não é comumente 
encontrada no mercado e ainda encontra-se em evolução em relação ao seu 
papel terapêutico 
� O MO Frio teoricamente pode ser mais profundo, pois trabalha em até 5x a 
potência do magnetron 
 31 
� Comenta-se também que o MO frio pode ser aplicado em indivíduos que 
possuam implantes metálicos por serem focais e interrompidos, porém essa 
afirmação se perde devido ao fato dos metais funcionarem como antenas, 
desviando parte da radiação emitida 
 
6. Efeitos Fisiológicos: 
� Produção de calor 
� Vasodilatação 
� Hiperemia 
� ↑ metabolismo 
� ↑ circulação sangüínea 
� ↑ condução nervosa 
� ↑ O2 
� ↓ pressão sangüínea 
 
7. Efeitos Terapêuticos: 
� Regenerativo 
� Analgésico 
� Antiinflamatório 
� Reflexo 
� Espasmolítico 
 
8. Dosimetria: 
� Fundamentada na escala de Schiliephake 
Calor Muito Débil Abaixo do limiar de sensibilidade 
Calor Débil Imediatamente perceptível 
Calor Médio Calor agradável 
Calor Forte Calor intenso 
 
 32 
� Tempo de Aplicação – FSAr – 10’ / FSAm a FC – 15’ a 20’ 
� É importante a manutenção da dose pré-estabelecida para não descaracterizar 
o tratamento 
 
9. Técnica de Aplicação: 
� Posicionar aplicador perpendicularmente em relação ao local de aplicação 
� Respeitar distância de 10cm a 20cm 
� Aguardar aquecimento da válvula 
� Paciente deve estar de modo confortável, pois não pode se mover durante o 
tratamento 
� O local de aplicação deve estar desnudo e seco 
� Objetos metálicos e demais aparelhos devem estar afastados a uma distância 
de 3m 
� Não deve haver vermelhidão intensa da região após a aplicação, e sim um leve 
rubor 
 
10. Indicações: 
� Quadros inflamatórios mioarticulares 
� Transtornos nervosos 
� Traumatismos diretos 
� Contraturas musculares 
� Lesões musculares 
� Artroses 
� Espondilalgias 
 
11. Contra-Indicações:� Aplicações em região ocular 
� Indivíduos com alteração de sensibilidade 
� Gestantes 
� Áreas com acometimentos vasculares 
 33 
� Neoplasias 
� Sobre gônadas 
� Indivíduos com implantes metálicos 
� Osteomielites 
� Patologias Reumatológicas de ordem metabólica 
� Áreas isquêmicas 
� Período menstrual 
� Portadores de marcapasso cardíaco 
� Hipersensibilidades capilares 
� Feridas ou curativos molhados 
� Lesões em fase aguda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 34 
Crioterapia 
 
1 – Introdução/Histórico: 
� Hipócrates já indicava a Crioterapia, na antiguidade, com a finalidade de 
analgesia pós-cirúrgica ou tratamento convencional 
� Tredelemburguer observou que o gelo poderia ser lesivo 
� Kabat alavanca a utilização da Crioterapia com seu PNF 
� Knight lançou uma nova abordagem no tratamento envolvendo o gelo, 
propondo novas técnicas e confrontando os aspectos de vasoconstrição e 
vasodilatação 
 
2 – Conceito: 
� É o resfriamento local da região a ser tratada com finalidade terapêutica 
� Definida também como terapia pelo frio ou terapia fria 
� Abrange técnicas específicas de utilização do frio como sólido / líquido / gasoso 
 
3 – Objetivo Terapêutico: 
� Retirada de calor do corpo humano para proveito terapêutico 
� Os tecidos são induzidos a um estado de hipotermia e redução da taxa 
metabólica local, promovendo menor necessidade de consumo de O2 
� Tal justifica, tem a intenção de fundamentar o fato do tecido ser mais 
preservado, evitando maiores manifestações reflexas ao trauma, como hipóxia 
secundária e intensa atividade de prostaglandinas 
 
4 – Efeitos: 
a) Sobre a Temperatura Corporal: 
� Segundo Knight (1995), a temperatura cutânea cai abruptamente após 
aplicação do gelo, e seus efeitos se mantém 1 hora após a retirada do recurso 
 35 
� Segundo Rodrigues (1995), a recuperação total da temperatura superficial pode 
durar entre 1 e 2 horas, mas sua recuperação após 20 e 30 minutos de retirada 
já permitiria uma nova aplicação sem prejuízos 
� Quanto mais profundo for o tecido, mais lenta será nele a queda da 
temperatura, fato ocorrido por possuir circulação sangüínea em vasos mais 
calibrosos e pela maior barreira térmica superficial 
� Existem colocações de que a temperatura tecidual profunda permanece 
diminuindo mesmo após a retirada do gelo, por um período aproximado ao da 
manutenção do resfriamento, porém tal fato pode se tornar discutível, pois a 
retirada do estímulo superficial geraria uma resposta imediata de equilíbrio 
térmico 
� É indicada para maior resfriamento do tecido profundo a aplicação de uma 
técnica intermitente, após curto intervalo de recuperação 
� Segundo McMaster (1978), comprovou-se após estudos a queda da 
temperatura articular de 9,4°C para 0,7°C em 30’ de aplicação. Ainda após 150’, 
a temperatura articular ainda permaneceu em 5°C 
� Indivíduos mais magros possuem menor barreira contra a aplicação da 
Crioterapia, por isso quanto mais obeso o sujeito, maior tempo de aplicação de 
acordo com a área em que o tratamento for administrado 
b) Sobre a Circulação Sangüínea: 
� Guirro (1999) atribui a vasoconstrição devido a menor concentração de CO2 
aumentar o tônus vascular 
� A vasoconstrição ocorre por estímulos de fibras simpáticas aferentes disparado 
por ação enzimática, envolvendo mais precisamente a Angiotensina e a 
Endotelina 
� Pesquisadores apresentaram diferentes interpretações a respeito de VC ou VD 
envolvendo o frio 
� O fluxo sangüíneo ainda permanece diminuído após 20’ de aplicação do gelo 
� VIF e Hiperemia são dois fenômenos ocasionados pela exposição de um 
determinado segmento à ação da Crioterapia, que tem diferentes características 
 36 
� Knight (1995): 
� A vasoconstrição permanece após um extenso período do fim da Crioterapia 
� Descarta-se VIF, admite-se diminuição na vasoconstrição 
� Rodrigues (1995): 
� Só ocorre vasoconstrição pela tentativa do organismo em manter o calor interno 
� Alega que o fluxo sangüíneo é somente induzido por exercício físico 
� Michlovitz (1996): 
� Atribui-se VIF devido a um neurotransmissor denominado substância H 
� Somado a ativação de reflexos axônicos, alguns pesquisadores atribuem VIF 
devido a inibição de atividade miogênica lisa nos vasos sangüíneos 
� Collins (1998): 
� Evoluiu a colocação da VIF, alegando que a mesma ocorreria devido a 
paralização na contração da musculatura lisa nos vasos sangüíneos 
c) Sobre o Mecanismo Neuromuscular: 
� Espasmolítico: 
� O frio limita velocidade de condução do impulso nervoso em fibras Ia e IIa, e 
inibe neurônio motor γ, diminuindo o arco reflexo miotático 
� As fibras musculares fásicas são mais suscetíveis ao resfriamento 
� A aplicação da Crioterapia por imersão durante 30’ a 10°C/15°C, diminui torque 
muscular entre 60% e 80% 
� ↓α muscular e conectivo: 
� Figueiredo (1998) relata aumento no limiar doloroso e diminuição em velocidade 
de condução nervosa como benéficos para realização do alongamento 
muscular 
� Em contrapartida, relata que ↓α reduz a extensibilidade do tecido, dificultando 
assim a flexibilidade muscular 
d) Sobre os Nervos: 
 37 
� Knight (1995) atribui a Crioterapia uma diminuição na freqüência de 
transmissão de impulsos nervosos, devido a um menor número de fibras que se 
despolarizariam simultaneamente e também pelo maior período refratário 
e) Sobre a Dor: 
� Mecanismo Direto - ↑ Limiar doloroso / Liberação de Endorfinas / ↓Metabólica / 
Ação Anestésica 
� Mecanismo Indireto – Pela ação progressiva sobre a causa 
� Segundo Knight (1995), quanto maior o tempo de aplicação da Crioterapia, 
maior a resposta de diminuição na sensação dolorosa 
� A sensação de dor nos primeiros momentos de aplicação da Crioterapia, 
devem-se ao processo de vasoconstrição 
f) Sobre o Metabolismo Celular: 
� Ocorre redução da taxa metabólica 
� Atribui ao tecido lesado melhores condições de recuperação 
� Segundo Guirro (1999), uma célula a 37°C apresenta consumo máximo de O2, 
e a 15°C sua necessidade reduz a 10% 
g) Sobre a Inflamação: 
� Retarda o processo inflamatório 
h) Sobre a Sensação Cutânea: 
� Diminui a sensação cutânea 
i) Sobre o Tecido Celular Subcutâneo: 
� Encontra um embarreiramento no tecido adiposo 
j) Sobre as Glândulas Sudoríparas: 
� Diminui suas atividades 
k) Sobre a Viscosidade: 
� Aumenta 
l) Sobre a Permeabilidade Celular: 
� Diminui, daí sua importância no trauma agudo 
 
 
 38 
5 – Indicações: 
� Pós-trauma imediato 
� Quadros álgicos 
� Dores difusas ou irradiadas 
� Pós-amputação 
� Processos inflamatórios 
� Contraturas musculares 
� Patologias Reumatológicas em Geral 
 
6 – Contra-Indicações: 
� Hipersensiblidade 
� Alergia ao Frio 
� Alterações cardiovasculares 
� Diabéticos 
� Aplicação sobre feridas abertas 
 
7 – Técnicas Terapêuticas: 
a) Hydrocollator: 
� Consiste em uma bolsa de vinil ou plástico repleta de gel 
� A bolsa de vinil acondiciona o gel abaixo de 0°C em um período de tempo entre 
30’ e 60’, sendo de intensa transmissão hipotérmica 
� Não perde sua temperatura de forma consistente na troca com o corpo humano 
� Sua terapêutica não deve exceder 20’ para evitarmos lesões cutâneas 
� O pacote de gel também é mantido a uma temperatura abaixo de 0°C, mas não 
consegue mantê-la negativa após 5’. Têm menor poder de transmissão 
hipotérmica do que o Hydrocollator, sua terapêutica deve durar entre 10’ e 15’, 
pois recebe com mais facilidade calor do corpo humano 
b) Pacote Químico: 
� É de natureza descartável e possui divisões para acondicionar substâncias 
químicas que promoverão o resfriamento 
 39 
� O resfriamento se dá pela ruptura do envoltório da bolsa menor, que em contato 
com a maior resultará na reação química responsávelpelo resfriamento 
� Deve-se tomar cuidado para não haver vazamento do conteúdo para não haver 
queimadura 
� Não é utilizada em tratamentos convencionais, e sim emergenciais 
c) Bolsa de Borracha: 
� Ocorre através de si aplicação direta sobre a pele 
� Pode ser repleta de gelo, gelo+H2O ou gelo+álcool (2g x 1a) 
� Acompanha o contorno corporal, realizando a terapêutica a uma temperatura 
entre 2°C e 5°C 
� Não promove lesões cutâneas com facilidade 
� Indicada a lesões superficiais quando forem bolsas de maior espessura 
� Quanto menor espessura da bolsa maior resfriamento 
d) Compressa Fria / Panqueca Fria: 
� Freqüentemente observamos em uso domiciliar 
� Quando em compressa, dobra-se a toalha e aplica-se embebida na pele 
� Quando em panqueca, devemos proceder da mesma maneira que a 
compressa, porém adicionando gelo moído no interior da toalha 
� Utiliza-se eficazmente a cerca de 30’ 
e) Banho de Contraste: 
� Se dá pela imersão alternada em recipientes com H2O fria e quente 
� Promovem atividades vasomotoras, caracterizando uma “ginástica vascular” 
� Devemos levar alguns fatores em consideração ao aplicar a técnica – 
Profundidade da lesão (Superficial – 10’ a 15’ / Profundo – 30’), Estágio da 
Lesão (Subaguda Recente / Média) 
f) Banho de Imersão: 
� Utilizado para imersão de um segmento em H2O gelada 
� O recipiente deve ser proporcional, onde deveremos adicionar pedras de gelo 
para atingir a temperatura desejada para tratamento 
� Áreas menores – 1°C a 5°C a 30’. Áreas maiores - 10°C a 15°C a 20’ 
 40 
g) Turbilhão Frio: 
� Associa o frio e a massagem na mesma terapêutica 
� A duração e a temperatura seguem os mesmos princípios da imersão 
� A ação de relaxamento confronta-se quando vem associada ao fenômeno de 
contração térmica 
h) Criomassagem: 
� Envolve um massageamento utilizando um bastão / cubo / picolé de gelo 
� Seus efeitos fisiológicos e terapêuticos ainda não estão totalmente elucidados 
� Aplica-se através de um movimento de vai-e-vem sobre a pele, paralelamente 
às fibras musculares, com a movimentação sempre cobrindo a área anterior 
� Indicado a lesões superficiais, resfriamento e inibição de terminações nervosas 
livres 
� Devemos ter cautela com a pressão exercida sobre o paciente 
� Denomina-se Crioestimulação quando aplicado a lesões neurológicas com 
movimentos curtos e breves, e solicitamos contração muscular por parte do 
paciente 
i) Pacote de Gelo: 
� Se dá através da aplicação do gelo acondicionado no interior de um saco 
plástico, na região a ser tratada 
� Evitar o gelo em cubo devido dificultar a moldagem. Retirar o ar para melhor 
acoplamento 
� Não ultrapassar 60’ de aplicação para se evitar ulcerações 
� O saco plástico pode ser fixo com faixas elásticas ou ataduras de crepe, 
preferencialmente após 10’ ou 15’ do início, atentando para não haver 
compressão excessiva 
� Posicionar um isolante entre a pele e o aplicador para minimizar nas primeiras 
sessões a sensação desagradável do frio direto a pele. Tal sensação é 
individual e de caráter adaptativo 
� Adaptável a qualquer tipo de lesão devido sua facilidade de aplicação 
 41 
� Mantém a temperatura do gelo entre 2°C e 4°C, sendo a técnica que resfria 
mais rapidamente e que apresenta maior eficiência 
j) Criospray: 
� Atua como redutor da sensação dolorosa sendo um contra-irritante 
� Spray Fluor-Metano 
� É um gás inerte 
� Indicado a aplicações tópicas diversas 
� Minimizar inalação de vapores, evitar contato com os olhos, e não aplicar ao 
ponto de congelamento 
� Pode resultar em sensibilidade cutânea e causar pigmentação em peles muito 
brancas. Não aplicar em indivíduos sensíveis ao composto 
� Ao aplicar, inverter o frasco por 30cm de distância da região a ser tratada 
� Spray Cloretano 
� É um gás explosivo, inflamável, tóxico e anestésico geral 
� É um vapor refrigerante, de aplicação diversa 
� Sua inalação pode causar efeitos entorpecentes inclusive com parada cardio-
respiratória. Não utilizar próximo a chamas 
� Não utilizar em indivíduos sensíveis ao composto 
� Ao aplicar, inverter o frasco por 30cm de distância da região a ser tratada 
 
8 – Lesões Provocadas Pelo Frio: 
a) Ulceração: 
� Superficial: 
� Representa o congelamento da pele e do tecido subcutâneo, aparecendo 
manchas azuis, arroxeadas ou estrias 
� Sua evolução pode levar a sensação de queimadura / ferroada / coceira intensa 
/ inchaço da área e ulcerar bolhas 
� Com ou sem formação de bolhas a pele irá descamar e permanecerá 
hiperêmica e tensa, tornando-se sensível ao frio 
� Profunda: 
 42 
� Envolve pele, tecido subcutâneo, vasos sangüíneos e músculos 
� Seus sintomas se assemelham aos da ulceração superficial, apresentando um 
maior grau de comprometimento 
� Há perda permanente do tecido onde não houve uma recuperação suficiente da 
temperatura 
� A pele apresenta por duas semanas com uma cor cinza e fria 
� Até a linha do tecido não lesado o foco se apresentará escuro, seco e enrugado 
� A pele também pode se apresentar úmida, sensível, inflamada e dolorida 
b) Pé-de-Imersão / Pé-de-Trincheira: 
� O pé-de-imersão resulta da exposição prolongada ao frio ou a água com 
temperatura próxima ao ponto de gelo 
� Sua evolução demosntra edema, hiperemia e anestesia transitória, não 
representando riscos quando leve, mas nos casos mais graves apresenta dor, 
adormecimento e redução de força muscular. Dificilmente evolui para gangrena 
� O pé-de-trincheira apresenta as mesmas condições do pé-de-imersão, porém 
diferindo na apresentação 
c) Hipersensibilidade ao Frio: 
� Representam as reações alérgicas 
� É diferente da dor produzida pela diferença do gradiente termal 
� Pode ser comprovada através do Teste de Barusch 
d) Alterações Vasoespásticas (Fenômeno de Raynaud): 
� São alterações funcionais da circulação periférica de caráter local 
� Envolve artérias e arteríolas em extremidades, resultando em palidez ou 
cianose da pele, seguido de hiperemia, também podendo ocorrer formigamento 
e queimação 
� Acomete aqueles que se expõem de forma leve ao frio 
e) Acrocianose: 
� Se dá pela apresentação de frio persistente e cianose distal de extremidades 
� É a mais incomum e a menos nociva ação deletéria 
 43 
� A Crioterapia deve ter sua aplicação evitada a indivíduos com desordens 
vasoespásticas, para se previnir uma necrose isquêmica 
 
9 – Fase Proveitosa de Aplicação da Crioterapia: 
� A Crioterapia deve ser aplicada preferencialmente em Fase Aguda, 
apresentando também um bom proveito quando aplicada inicialmente na Fase 
Subaguda 
� O destaque da aplicação da Crioterapia em Fase Aguda é dado pelo fato de 
minimizar extravazamento de exudato, facilitar agregação do tampão 
plaquetário e minimizar resposta dolorosa 
� Deve-se ainda atentar para o fato da Crioterapia, minimizar consumo celular de 
O2, o que faz com que os danos causados pelo período de hipóxia tecidual 
sejam minimizados 
� O tempo de aplicação da Crioterapia será diferenciado em relação a fatores 
como Fase de Cicatrização, Extensão da Lesão, Volume de Tecido acima da 
lesão e Tipo de Fonte

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