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Eletrotermofototerapia unidade 1

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Prévia do material em texto

Eletrotermofototerapia
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Aline Caniçais 
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Correntes Despolarizadas
• Introdução;
• Forma de Classificação das 
Correntes Despolarizadas;
• Indicações.
• Proporcionar aos profi ssionais de estética conhecimento mais amplo dos conceitos, 
aplicabilidades, parametrização e técnicas de aplicação desse tipo de corrente em-
pregada na estética, assim como a trabalhar de forma correta e segura com essa 
terapia e com os equipamentos mais utilizados nos tratamentos.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Correntes Despolarizadas
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Correntes Despolarizadas
Introdução
As correntes elétricas aplicadas à área da Saúde são um dos recursos físicos 
de uma área denominada Eletroterapia. Existe grande diversidade de correntes 
que podem ser utilizadas, que diferem tecnicamente (classificação, forma de onda 
e frequência, entre outras) e, com isso, terapeuticamente (indicações, aplicações, 
contraindicações etc.).
Entretanto, todas têm um único objetivo: interagir com os tecidos biológicos e indu-
zir reações e modificações em diferentes níveis e objetivos terapêuticos bem definidos. 
Podem ser utilizadas na área médica, cirúrgica, terapêutica e estética, entre outras.
As correntes elétricas possuem grande aplicabilidade na estética, seja nos trata-
mentos faciais, seja nos corporais. Praticamente, todas as patologias estéticas podem 
ter correntes elétricas entre as formas de tratamento, com excelentes resultados. 
Existem correntes que interagem com o tecido promovendo reparação, analgesia 
e restabelecimento local, por exemplo, num pós-operatório de cirurgia plástica; cor-
rentes para estimulação muscular, que promovem fortalecimento e tonificação em 
pacientes sedentários e ativos, associados, inclusive, ao exercício ativo; correntes que 
estimulam a drenagem linfática, seja por bombeamento muscular, seja por estimu-
lação da contração do músculo liso da parede dos linfangions, reduzindo edemas e 
linfedemas; correntes que realizam lipólise por estímulo da cascata lipolítica (ativação 
do sistema nervoso autônomo simpático) e correntes que promovem a permeação 
de ativos, entre outras práticas clínicas e indicações.
Nesta Unidade, abordaremos as Correntes Despolarizadas de baixa e média 
frequência para uso nos tratamentos estéticos.
Forma de Classificação das 
Correntes Despolarizadas
As correntes elétricas terapêuticas são classificadas de acordo com sua fre-
quência, sendo que frequência é a quantidade de pulsos de corrente que temos 
numa determinada unidade de tempo, no caso, o segundo. A unidade que utili-
zamos é “Hz” (hertz). 
Importante!
Vamos entender melhor: se temos 10 pulsos por segundo, chamamos de 10Hz; se te-
mos 500 pulsos, 500Hz; então, se temos 1000 pulsos, chamamos de 1000Hz ou 1KHz 
(quilohertz), e assim por diante. Se temos 1 milhão de pulsos por segundo teremos, 
então, 1MHz (mega-hertz).
Importante!
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Dentre as correntes despolarizadas, as de “baixa frequência” são aquelas que 
possuem menos que 1000Hz; e as de “média frequência” possuem entre 1000Hz 
e 10.000Hz. 
Correntes despolarizadas: são aquelas onde há a inversão automática da polaridade em 
intervalos regulares de tempo e, por isso, não apresenta “efeitos polares” no tecido. E são 
classifi cadas em baixa e média frequência. 
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Entre as correntes de baixa frequência, temos as mais conhecidas, que são: 
TENS (Neuroestimulação Elétrica Transcutânea) e FES (Estimulação Elétrica 
Funcional), utilizadas na reabilitação (fisioterapia). Entre as correntes de média 
frequência mais utilizadas na estética, temos: correntes de 1000Hz, 2500Hz 
(Russa) e 4000Hz.
A frequência da corrente está diretamente relacionada à profundidade de ação 
do estímulo e também do efeito terapêutico desejado.
Indicações
Muito comumente, as correntes despolarizadas são utilizadas com intuito excito-
motor, ou seja, para gerar contração muscular; porém, ao alterar os parâmetros e a 
técnica de aplicação, damos outras aplicabilidades a essas correntes, como analgesia 
(melhora da dor), eletrolipólise (redução de medidas) e drenagem eletrônica (estímulo 
de drenagem linfática e vascular). 
Fortalecimento e tonifi cação muscular
A flacidez muscular é uma das alterações estéticas e até mesmo funcionais 
mais importantes que interferem diretamente na harmonia e no contorno corpo-
ral; afinal, quem dá forma ao corpo, é o músculo. 
Geralmente, devido ao sedentarismo e ao envelhecimento, essa alteração é, 
muitas vezes, esquecida durante o atendimento estético e, portanto, não tratada, 
o que interfere diretamente no contorno corporal. 
Você sabe identificar se o paciente em flacidez muscular corporal? Na região de culo-
te, por exemplo, podemos ter uma série de alterações, entre elas, a gordura localizada 
e a flacidez muscular. Como identificar se o paciente tem uma ou outra alteração, ou 
até mesmo as duas? Basta solicitar contração muscular glútea. Se ao contrair o culote 
“sumir”, trata-se de flacidez muscular; se na contração, o culote “continuar”, é somen-
te gordura localizada. Mas, se ao contrair, “sumir um pouco, mas permanecer alguma 
quantidade” é uma alteração mista!
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UNIDADE Correntes Despolarizadas
Para garantir efetividade na melhora do contorno corporal por meio do ajus-
te muscular, é necessário trabalhar numa tríade composta por: exercícios ativos 
(paciente realiza a contração), estimulação elétrica por meio de correntes exci-
tomotoras (despolarizadas) e ingestão proteica (uma boa alimentação composta 
por proteínas). 
Na estética, costumamos associar a eletroestimulação aos exercícios (paciente 
realiza contração ativa junto com a corrente) nos grupos musculares em que a 
flacidez foi identificada na avaliação. 
Os grupos musculares que costumam ser “alvo de tratamento” no atendimento 
estético corporal são: 
• Abdominais: principalmente reto abdominal, responsável pela flexão do tronco;
• Glúteos e posterior de coxa: realizam extensão de quadril; 
• Adutores: realizam adução da coxa;
• Tríceps braquial: realizam extensão de ombro e cotovelo.
Exemplos: 
Figura 1Fonte: Divulgação
O recrutamento muscular gerado por contração voluntária ocorre de forma 
assíncrona, na qual primeiro são ativadas as fibras menores e depois as maiores. 
Já o recrutamento promovido por corrente excitomotora ocorre de forma sín-
crona e mais abruptamente, na qual fibras rápidas são ativadas primeiro. Por isso 
é tão interessante a associação de contração pela corrente e contração voluntária. 
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Em relação à corrente despolarizada nessa prática, temos o FES (baixa frequência), 
que gera menor penetração no tecido, recruta poucas fibras e, por isso, é geralmente 
utilizada em pacientes com alterações neuromusculares durante um processo de re-
abilitação, como em pacientes com AVC, entre outros. Na estética, utilizamos mais 
correntes de média frequência, como as de 1.000Hz e 2.500Hz, que apresentam 
maior penetração alcançando níveis musculares mais profundos e que podem ativar 
30-40% mais unidades motoras, além de ser muito mais confortáveis para o paciente. 
Parâmetros ajustáveis no Equipamento
O tratamento deve sempre ser delineado para cada paciente, de forma indivi-
dual e personalizada, de acordo com o que foi verificado na avaliação e, claro, em 
caso de necessidade, ajustando o protocolo para se alcançar o objetivo final. Mas, 
de modo geral, as correntes excitomotoras são facilmente programadas, tendo os 
parâmetros baseados em:
1. Escolha da frequência portadora: para fortalecimento muscular, geralmente, 
corrente de 1000Hz ou 2500Hz;
2. Frequência de recorte: deve ser ajustada de acordo com o tipo de fi bra 
muscular que se deseja trabalhar. Ajustamos de 20 a 30Hz para fi bras ver-
melhas (de contração lenta, resistentes a fadiga); de 50 a 70 para interme-
diárias e 80 a 100Hz para fi bras brancas (de contração rápida, explosão, 
que fadigam rapidamente);
3. Modo de estimulação: se todos os canais atuarão de forma simultânea 
para trabalhar no mesmo grupo muscular (modo: sincronizado) ou se a 
eletroestimulação ocorrerá em um grupo de canais alternados para dife-
rentes grupos musculares (modo: recíproco);
4. Rampa de contração: permite ajustes do tempo de contração e tempo de 
repouso entre as contrações. De acordo com a condição física prévia do 
paciente, por exemplo, em indivíduos ativos o tempo de contração pode ser 
maior; já em pacientes sedentários, o tempo de contração deve ser menor e 
o tempo de repouso maior;
5. Tempo total do tratamento: em torno de 15-30 minutos por sessão. 
Também varia de acordo com a condição física do paciente e se serão 
realizados exercícios ativos junto com a eletroestimulação; assim como 
na atividade física convencional, intervalos entre as sessões para a recu-
peração muscular devem ser estabelecidos;
6. Intensidade da corrente: sempre buscando o limiar motor, ou seja, até 
gerar a contração muscular de maneira que não gere dor. De maneira geral, 
as correntes terapêuticas são muito bem toleradas pelos pacientes. Existem 
aqueles com aversão ao uso de estimulação elétrica; para esses, por questão 
pessoal, o tratamento acaba sendo descontinuado. Ainda assim, cabe ao 
profi ssional que vai aplicar o recurso explicar ao paciente qual será a sensa-
ção do estímulo e iniciar gradativamente o tratamento, para que o paciente 
se familiarize com ele. 
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UNIDADE Correntes Despolarizadas
Técnica de aplicação
Quanto à técnica de aplicação, devem ser utilizados eletrodos de condutivos de 
silicone-carbono (necessário o uso de gel neutro) ou então eletrodos autoadesivos, 
que são posicionados no ventre muscular ou no ponto motor para fortalecimento. 
A maioria dos equipamentos para eletroestimulação possui protocolos pré-pro-
gramados, que já contém os parâmetros pré-ajustados de acordo com o objetivo 
terapêutico. Vale muito ressaltar que, nos tratamentos para fortalecimento/tonifi-
cação muscular, a associação com o exercício (paciente realiza exercício ao mesmo 
tempo em que o músculo é eletroestimulado) é extremamente importante, pois 
potencializa os resultados e gera ganho em curto prazo de tempo. 
Exemplo de eletroestimulação corporal. Acesse: https://youtu.be/_3FgpDGtsWU.
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Analgesia 
Por definição, a dor física é um sinal que o sistema nervoso utiliza para mostrar 
um dano tecidual real ou potencial. Trata-se de um fenômeno subjetivo, variável de 
pessoa para pessoa. 
No atendimento estético, não tratamos de dores relacionadas a traumas ou sem 
diagnóstico. O momento em que utilizamos recursos para melhora da dor (analgesia) na 
estética é durante um processo de recuperação de uma cirurgia plástica, por exemplo.
A corrente elétrica terapêutica exerce efeito muito significativo no controle da 
dor e do desconforto no pós-operatório. Mas, como a corrente despolarizada age 
para esse objetivo terapêutico? 
Vamos entender! 
Estímulos elétricos, assim como estímulos mecânicos, chegam até o Sistema 
Nervoso Central por vias de grande calibre e rápida condução. Já a via da dor se 
dá por fibras de pequeno calibre e lenta condução. 
Assim, por exemplo, é por isso que quando batemos a perna em algum lugar, 
imediatamente e sem perceber, nossa reação é “colocar a mão e esfregar a região”; 
e isso nos alivia. 
Isso porque o estímulo mecânico chega mais rápido do que o estímulo da dor ao 
Sistema Nervoso Central; por isso temos a redução temporária da dor. 
Dessa forma, os estímulos elétricos da corrente despolarizada chegam primeiro 
ao corno posterior da medula e despolarizam a substância gelatinosa, impedindo 
que os estímulos da dor passem para o tálamo. 
“Teoria das Comportas” é o nome dado para explicar a neurofisiologia da analgesia, 
pois “as comportas” da dor são fechadas durante a estimulação elétrica.
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Parâmetros ajustáveis
O tratamento deve sempre ser delineado para cada paciente, de forma indivi-
dual e personalizada, de acordo com o que foi verificado na avaliação e, claro, em 
caso de necessidade, ajustando o protocolo para se alcançar o objetivo final. Mas, 
de modo geral, as correntes excitomotoras são facilmente programadas, tendo os 
parâmetros baseados em:
1. Escolha da frequência portadora: para analgesia, geralmente, corrente 
de 4000Hz;
2. Frequência de recorte: varia em função do tipo de analgesia. Analgesia para 
dor aguda em torno de 100-200Hz; para dor crônica por volta de 10-30Hz;
3. Modo de estimulação: todos os canais devem atuar de forma simultânea, 
ou seja, o modo escolhido é o contínuo;
4. Rampa de contração: como o modo escolhido é o contínuo, não há 
interrupção da corrente durante todo tempo de tratamento. Por isso, esse 
parâmetro é inexistente para analgesia;
5. Tempo total do tratamento: em torno de 40 minutos por sessão;
6. Intensidade da corrente: de acordo com o nível suportabilidade do paciente. 
Sempre buscando o limiar sensitivo. De maneira geral, as correntes terapêu-
ticas são muito bem toleradas pelos pacientes. Existem aqueles com aversão 
ao uso de estimulação elétrica. Para esses, por questão pessoal, o tratamento 
acaba sendo descontinuado. Ainda assim, cabe ao profi ssional que vai aplicar 
o recurso explicar ao paciente qual será a sensação do estímulo e iniciar gra-
dativamente o tratamento, para que o paciente se familiarize com ele. 
Técnica de aplicação
Quanto à técnica de aplicação, devem ser utilizados eletrodos de condutivos de si-
licone-carbono (necessário o uso de gel neutro) ou então eletrodos autoadesivos; que 
são posicionados sobre região álgica, mantendo a região de dor entre os eletrodos.
A maioria dos equipamentos já contém os parâmetros pré-ajustados de acordo 
com o objetivo terapêutico. Isso facilita muito a vida do profissional. 
Exemplo de uma região álgica sendo tratada – Reabilitação: 
Figura 2
Fonte: Divulgação
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UNIDADE Correntes Despolarizadas
Eletrolipólise
Entre as alterações estéticas corporais para as quais os pacientes mais buscam 
tratamento, está a gordura localizada. São inúmeros os recursos indicados e utiliza-
dos para o tratamento e o que geralmente garante resultado é a associaçãodessas 
tecnologias e técnicas. 
Existem recursos que estimulam a lipólise (esvaziamento da célula de gordura) e 
outros que estimulam a apoptose (morte celular do adipócito – célula de gordura). 
Quando se utiliza uma corrente específica, com modulação em baixa frequência, 
produz-se uma estimulação artificial do Sistema Nervoso Autônomo Simpático, 
culminando com a cascata lipolítica.
Resumidamente, ao estimular o Sistema Nervoso Simpático, há liberação de 
catecolaminas (hormônios estimulantes como a adrenalina e noradrenalina) pela 
glândula suprarenal. 
Esses hormônios se ligam aos receptores beta-adrenérgicos que estão na mem-
brana do adipócito, num Sistema que chamamos de chave-fechadura. A partir daí, 
disparamos a cascata lipolítica no interior do adipócito, culminando com a ativação 
da enzima Lipase Hormônio Sensível, que realiza a hidrólise (quebra) do triglicerídeo 
(gota lipídica no interior do adipócito) em ácido graxo livre e glicerol. Como possuem 
um menor peso molecular, extravasam da célula (esvaziamento do adipócito) e caem 
na corrente sanguínea para serem utilizados sob a forma de energia. 
Imagem disponível em: https://goo.gl/Dc7mX7.
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Parâmetros ajustáveis
O tratamento deve sempre ser delineado para cada paciente, de forma indivi-
dual e personalizada, de acordo com o que foi verificado na avaliação e, claro, em 
caso de necessidade, ajustando o protocolo para se alcançar o objetivo final. Mas, 
de modo geral, as correntes excitomotoras são facilmente programadas, tendo os 
parâmetros baseados em:
1. Escolha da frequência de recorte: em torno de 5 a 50 Hz;
2. Largura de pulso (se o equipamento permitir ajuste): em torno de 400 
a 600µA;
3. Modo de estimulação: todos os canais devem atuar de forma simultânea, 
ou seja, o modo escolhido é o contínuo;
4. Rampa de contração: como o modo escolhido é o contínuo, não há 
interrupção da corrente durante todo tempo de tratamento. Por isso esse 
parâmetro é inexistente para eletrolipólise;
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5. Tempo total do tratamento: 40 a 60 minutos por sessão;
6. Intensidade da corrente: de acordo com o nível suportabilidade do paciente. 
Sempre buscando o limiar sensitivo em caso de lipólise, o que chamamos de 
“pico máximo não doloroso”. De maneira geral, as correntes terapêuticas são 
muito bem toleradas pelos pacientes. Existem aqueles com aversão ao uso de 
estimulação elétrica; para esses, por questão pessoal, o tratamento acaba sen-
do descontinuado. Ainda assim, cabe ao profi ssional que vai aplicar o recurso 
explicar ao paciente qual será a sensação do estímulo e iniciar gradativamente 
o tratamento, para que o paciente se familiarize com ele. 
Técnica de aplicação
Quanto à técnica de aplicação, para esse tratamento, pode ser realizada de duas 
formas: transcutânea e percutânea.
Na técnica percutânea utilizamos pares de agulhas de acupuntura como 
eletrodos colocados diretamente no tecido adiposo ligados à corrente de eletro-
lipólise. A área a ser tratada deve ficar entre os eletrodos, dispostos de maneira 
paralela. Essa é considerada uma técnica minimamente invasiva; porém, com 
necessidade de cuidados de biossegurança. 
Figura 3
Fonte: Divulgação
Exemplo de aplicação da técnica percutânea. Acesse: https://youtu.be/oIVgR4kpprs.
Ex
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Já a técnica transcutânea é realizada com eletrodos condutivos de silicone-car-
bono específicos para esse fim, pois são mais finos e longos (tamanho 10 X 2cm), 
na qual é necessário o uso do gel condutor. A área a ser tratada deve ficar entre os 
eletrodos, dispostos de maneira paralela. Essa é uma alternativa para profissionais 
que não realizam técnicas invasivas. 
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UNIDADE Correntes Despolarizadas
Figura 4
Fonte: Divulgação
Exemplo de aplicação da técnica transcutânea. Acesse: https://youtu.be/eBLxeuAMy70.
Ex
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A maioria dos equipamentos possui protocolos pré-programados, que já contêm 
os parâmetros pré-ajustados de acordo com o objetivo terapêutico, o que facilita 
muito a vida do profissional. 
Vale muito ressaltar que no tratamento para gordura localizada é sempre im-
portante realizar a associação com atividade física e débito calórico para o gasto 
energético do conteúdo lipídico que foi liberado no tratamento. 
Drenagem eletrônica
A melhora da circulação sanguínea e linfática é benéfica e necessária em todos 
os tratamentos estéticos. Contribui para melhora da oxigenação e nutrição tecidual. 
A dinamização da circulação pode ser feita por meio de terapias manuais (drenagem 
linfática, por exemplo) e também por correntes despolarizadas. 
A drenagem eletrônica é realizada por meio de contrações musculares sequenciais, 
de distal para proximal, que promovem bombeamento vascular, contribuindo para 
o retorno venoso. Também dinamiza a circulação linfática por meio da excitação da 
musculatura lisa que fica ao redor dos linfangions (vasos linfáticos), auxiliando a elimi-
nação de toxinas. 
Esse tratamento auxilia no tratamento de diversas patologias estéticas, como 
no fibroedemageloide e no pré e no pós-operatório, em pacientes com retenção 
hídrica, entre outros. 
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Parâmetros ajustáveis
O tratamento deve sempre ser delineado para cada paciente, de forma indivi-
dual e personalizada, de acordo com o que foi verificado na avaliação e, claro, em 
caso de necessidade, ajustando o protocolo para se alcançar o objetivo final. Mas, 
de um modo geral, as correntes excitomotoras são facilmente programadas, tendo 
os parâmetros baseados em:
1. Escolha da frequência portadora: de acordo com o objetivo terapêutico: 
drenagem vigorosa, utilizamos frequências mais baixas; drenagens mais 
suaves, frequências mais altas;
2. Frequência de recorte: em torno de 10Hz; 
3. Modo de estimulação: a estimulação deverá ocorrer de forma sequencial 
(contração de 1 canal de cada vez, na sequência numérica) para bombea-
mento na drenagem;
4. Rampa de contração: nesse caso, só é necessário ajustar o tempo de 
permanência da estimulação em cada canal (exemplo: 5 segundos);
5. Tempo total do tratamento: em torno de 20-30 minutos por sessão;
6. Intensidade da corrente: de acordo com as necessidades do tratamento e o 
nível suportabilidade do paciente. Sempre buscando o limiar sensitivo/sensiti-
vo-motor em caso de drenagem. De maneira geral, as correntes terapêuticas 
são muito bem toleradas pelos pacientes. Existem aqueles com aversão ao 
uso de estimulação elétrica, para esses, por questão pessoal, o tratamento 
acaba sendo descontinuado. Ainda assim, cabe ao profi ssional que vai aplicar 
o recurso explicar ao paciente qual será a sensação do estímulo e iniciar gra-
dativamente o tratamento, para que o paciente se familiarize com ele. 
Técnica de aplicação
Quanto à técnica de aplicação, devem ser utilizados eletrodos de condutivos de 
silicone-carbono (necessário o uso de gel neutro) ou, então, eletrodos autoadesivos. 
O sentido de posicionamento é de distal para proximal, acompanhando o fluxo 
linfático e de retorno venoso para que possa exercer um bombeamento. É importante 
respeitar a ordem numérica dos canais, pois o modo de estimulação é sequencial e 
em ordem crescente. 
A maioria dos equipamentos possui protocolos pré-programados, que já contém os 
parâmetros pré-ajustados de acordo com o objetivo terapêutico. Vale muito ressaltar 
que melhores resultados são obtidos por meio da associação da eletroestimulação à 
drenagem postural (elevação dos membros até 45 graus com uso de posicionadores).
Exemplo de aplicação da drenagem eletrônica. Acesse: https://youtu.be/6ejEtu7ytUU.
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UNIDADE Correntes Despolarizadas
Contraindicações gerais
As correntes excitomotoras possuem precauções e contraindicações seme-
lhantes a outras formas de corrente de estimulação elétrica. Dessa maneira, 
algumas contraindicações são absolutas, outras relativas e algumas precauções 
devem ainda ser consideradas. 
Como contraindicação absoluta temos o uso de dispositivo eletrônico implantado 
(exemplo marcapasso cardíaco) e como relativas: evitaraplicação durante o pri-
meiro trimestre de gestação, principalmente, nas regiões lombar e abdominal; não 
estimular sobre região das artérias carótidas (face lateral do pescoço), pois pode exa-
cerbar reflexos autonômicos; cuidado na aplicação em crianças, idosos e epiléticos; 
pacientes com patologias de base descompensados (hipertensos, diabéticos, cardio-
patas, renais crônicos, dentre outros); pacientes com aversão ao uso de estimulação 
elétrica costumam também devem ser excluídos do tratamento. 
Vantagens
A estimulação elétrica possui inúmeras vantagens. Primeiro, pelo fato de sabermos 
que, verdadeiramente, o que promove sucesso nos tratamentos é a associação de 
recursos eletroterapêuticos, manuais, cosméticos, cuidados home care e adoção de 
hábitos de vida saudáveis. 
O uso das correntes elétricas nos tratamentos entra como um recurso consolidado, 
com resultados comprovados por evidências clínicas e literatura científica. 
Cada vez mais o uso desses recursos tem seu espaço garantido nas Clínicas de 
Estética, até mesmo porque as clientes/pacientes “pedem” os recursos.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Blog | HTM Eletrônica
https://goo.gl/FuSn23
 Livros
Eletroterapia explicada – Princípios e prática
LOW A., REED J.; WARD R., Eletroterapia explicada – Princípios e prática. 4.ed. 
RJ: Elsevier, 2009. 14 ex.
Fisioterapia dermatofuncional
GUIRRO, E; GUIRRO, R. Fisioterapia dermatofuncional. 3.ed. São Paulo: 
Manole, 2010.
 Vídeos
HTM - Stimulus-R Drenagem eletrônica
https://youtu.be/6ejEtu7ytUU
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UNIDADE Correntes Despolarizadas
Referências
BORGES, F. S. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções 
estéticas. São Paulo: Phorte, 2006.
GUIRRO, E; GUIRRO, R. Fisioterapia dermatofuncional. 3.ed. São Paulo: 
Manole, 2010.
KITCHEN, S. Eletroterapia: prática baseada em evidências. 11.ed. São Paulo: 
Manole, 2003.
LOW A., REED J.; WARD R. Eletroterapia explicada – Princípios e prática. 4.ed. 
RJ: Elsevier, 2009. 14 ex.
SILVA, M. Eletroterapia em estética. São Paulo: Robe, 1999.
SORIANO, D. Electroestética professional aplicada: teoria e pratica para la 
utilización de corrientes en estética. Madrid: Sorisa, 2000.
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