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FISIOLOGIA VETERINÁRIA I Fisiologia da Contração Muscular Sistemas Musculares Formado por células filamentosas (fibras musculares) que reduzem a sua dimensão Juntas, as fibras musculares formam mecanismos de tração para realizar trabalho Musculatura esquelética: produz movimento Musculatura cardíaca: bombeamento do sangue Musculatura lisa: parte da função visceral Musculatura estriada esquelética Feixes de células cilíndricas longas Multinucleadas Apresentam estriações transversais São músculos neuro-operados Dependem do sistema nervoso (SN) para realizar trabalho O estímulo pelo SN se dá na placa motora A destruição do componente neural paralisa a função muscular * A paralisação gera atrofia a longo prazo Contração rápida, vigorosa e voluntária Musculatura estriada cardíaca Feixes de células longas e ramificadas Cada célula possui 1 ou 2 núcleos Apresentam estriações transversais Possuem discos intercalares Junções entre células musculares adjacentes 3 componentes: Zônulas de adesão: ancoramento de filamentos de actina Desmossomos: união das células musculares, o que impede uma separação durante a contração Junções comunicantes: continuidade iônica nas células vizinhas São músculos neuro-regulados Independem do sistema nervoso (SN) para realizar trabalho Possuem automatismo Sincício Funcional Musculatura lisa Aglomerados de células fusiformes Cada célula possui 1 núcleo Não exibem estrias São músculos neuro-regulados Independem do sistema nervoso (SN) para realizar trabalho Possuem automatismo O processo de contração é lento Sarcômeros São as unidades contráteis Não existentes nas fibras musculares lisas Compreende, visualmente, a região da miofibrila entre duas linhas “Z” Formados pelas proteínas contráteis Actina (Filamentos finos, Banda I) Miosina (Filamentos grossos, Banda A) Banda I (Isotrópica) Banda A (Anisotrópica) Linha Z Linha Z SARCÔMERO Contração Muscular Depende de uma alteração no potencial da membrana celular Musculo esquelético: estímulo da placa motora Músculo cardíaco e liso: condutância iônica natural Contração Muscular Eventos durante a contração muscular esquelética O potencial de ação (PA) gerado no motoneurônio chega à placa motora e é transmitido à fibra muscular O PA se propaga por toda a membrana da fibra e penetra os túbulos T (distribuição homogênea do potencial e da contração da fibra muscular) A despolarização dos túbulos T induz a abertura de canais de cálcio localizados na membrana do retículo sarcoplasmático, o que leva à liberação massiva de íons Ca2+ para o citoplasma Na fibra muscular cardíaca, a despolarização dos túbulos T induz, primeiramente, a abertura de canais de cálcio na membrana e só então ocorre a ativação dos canais de cálcio no retículo sarcoplasmático O retículo sarcoplasmático é a maior reserva de cálcio intracelular conhecida Contração Muscular Proteínas Contráteis Actina Miosina Proteínas Reguladoras Troponina Proteína que se liga ao cálcio, iniciando o processo de contração muscular Tropomiosina Proteína que recobre os locais ativos da acina Em conjunto com a actina, estas proteínas formam o filamento fino no sarcômero Contração Muscular O Ca2+ citoplasmático se acopla à troponina, mudando a conformação da tropomiosina e deixando livre os locais ativos da actina Estes locais ativos têm forte atração pela miosina, havendo acoplamento entre as duas proteínas Contração Muscular A actina e miosina se acoplam apenas se a miosina estiver fosforilada (ATP) O ATP é degradado (por uma ATPase) e com isso há mudança de conformação da miosina Esta mudança desloca os filamentos de actina, promovendo o encurtamento do sarcômero Contração Muscular Eventos durante a contração no músculo liso Há um aumento do Ca2+ intracelular induzido por: Despolarização da membrana (canais de cálcio voltagem-dependentes) Ativação de canais de Ca2+ mediado por hormônios e neurotransmissores Ativação de canais de Ca2+ do retículo sarcoplasmático mediado por inositol trifosfato (IP3) O Ca2+ liga-se à calmodulina, ativando-a. Há fosforilação da miosina, o que permite seu acoplamento à actina * Não há troponina no m. liso A tensão produzida será proporcional à concentração intracelular de Ca2+ A redução do Ca2+ produzirá relaxamento Tetanização Propriedade do músculo esquelético que permite uma contração prolongada Potenciais de ação deflagrados repetidamente sobre o músculo sustentam o acúmulo de Ca2+ citoplasmático Esse aumento prolonga o tempo para o ciclo das pontes cruzadas O músculo não relaxa (tetania)
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