Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
BRUNA HORRANA KLEINUBING MICHIELIN GISELI ANDRISE CONCI LUCIANA CARPES DE JESUS THIAGO RODRIGUES DIREITOS DA PERSONALIDADE SOBRE A ÓTICA DO ARTIGO O Brasil como destino das migrações internacionais recentes - novas relações, possibilidades e desafios Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de Direito Da Personalidade e Biodireito do Curso de Bacharelado em Direito, da Faculdade de Pato Branco – FADEP. Orientador Profº. Francisco Carlos Souza Junior PATO BRANCO-PR ABRIL/2018 Conforme dispõe os artigos 3º e 4º da Lei Nº 13.445/2017, os quais trazem as garantias, os princípios e os direitos dos imigrantes e refugiados, norteando o Estado, bem como a população, em como agir no ingresso e na estabilização desses, para que se sintam acolhidos tendo seus direitos e garantias fundamentais resguardados. Porém, extrai-se do texto, uma realidade adversa, pois impera a discriminação e a desigualdade em terras brasileiras. (pags. 4, 7, 8, 9 e 10) Esses imigrantes enfrentam grandes dificuldades e certa desconfiança por parte dos brasileiros, principalmente aqueles advindos de países em situação de conflitos, esses submetem-se, forçadamente, ao trabalho precarizado e sofrem preconceitos, por parte de uma sociedade com forte herança escravista. (pag. 1) Enfrentam ainda, uma série de dificuldades, seja pela ineficiência dos serviços burocráticos, pelo despreparo dos serviços e dos servidores públicos, pelo novo idioma e ainda pelo difícil acesso ao mercado de trabalho formal. Diante disso, podemos inferir que a dignidade humana não é respeitada, quando os imigrantes e os refugiados não têm atendidas de maneira eficaz às necessidades imediatas dos imigrantes, como por exemplo, as que se referem à questão do emprego formal, da moradia digna, da aprendizagem da língua, além do combate ao preconceito e à desconfiança. Ademais, a cidadania sofre com a ineficiência dos serviços burocráticos, retardando a obtenção do visto, fazendo com que eles permaneçam de forma irregular no país. Não há solidariedade social, e se há, é de maneira muito superficial. Isso se dá, em virtude do preconceito e desconfiança sofridos por eles, sem que haja a mediação de políticas para atenuar tais processos e facilitar a inclusão social. (pag. 6 e 8) Em decorrência da característica da originalidade e da generalidade dos direitos da personalidade, todos adquirimos tais direitos pelo simples fato de nascermos, pois está inerente ao ser humano. O texto em que estamos nos baseando, mostra uma realidade totalmente contrária, porque não estamos dispondo aos imigrantes e refugiados o direito de uma igualdade de poderes, principalmente políticos e sociais. Não reduzimos a burocracia e a grande realidade é que os imigrantes que chegam em nosso país percebem que a visão e a perspectiva que eles tinham apresenta-se bem diversa. (pags. 15 e16) Há anos, o Brasil tem assumido compromissos com a organização internacional, visando, sobretudo, à preservação dos direitos individuais do cidadão. Além de recebê-los, o país assumiu também a responsabilidade de incluí-los na sociedade, mas em termos culturais temos muita dificuldade de aceitação, tanto das pessoas, como do governo. (pag. 10 e 11) A indispensabilidade, decorre da característica de que os direitos da personalidade são necessários. Necessários para a plena afirmação do ser humano e do desenvolvimento de sua personalidade junto à comunidade. Encontramos no texto, diferentes afirmações do quão sua violação é prejudicial aos imigrantes e refugiados, conforme podemos inferir e destacar na página oito em que o autor trata a vulnerabilidade como consequência do preconceito, gerando tais violações. Bem como, a violação de seus direitos fundamentais em seu país de origem, gerando fome, miséria, perigo à vida devido conflitos armados, o qual resulta no crescimento da migração. (pag. 4). Quando nos referimos ao absolutismo, logo pensamos em algo seguro, algo protegido, e que jamais poderá ser violado. Diante disso, conseguimos perceber o quanto o caráter absoluto é necessário, impondo um dever geral de abstenção, uma obrigação universal negativa, mas para o Estado e a sociedade, gera um dever de auxilio, uma prestação positiva, reconhecido como o dever da solidariedade social. Analisando esse começo, a conclusão é que se terceiros devem respeitar esse caráter absoluto, significa que o próprio titular não pode abrir mão do seu direito de personalidade. O artigo nos mostra a realidade que tem ocorrido no país, porque a caraterística absoluta é a comunidade respeitando o direito do próximo e o Estado protegendo quem quer que seja e promovendo o direito de personalidade, com trabalho, saúde, educação, igualdade entre outros, o que não ocorre na prática. Nos direitos da personalidade, inexiste um prazo, uma prescrição, não se extinguindo o direito a ser protegido. Portanto, vale salientar que os imigrantes sempre terão seus direitos assegurados em Lei. Os direitos da personalidade, em razão de sua essencialidade, são os direitos necessários à vida humana. Por um lado, garante a dignidade humana, porém, como protótipo social, perece ante a vida, porque o Estado não tem cumprido com a sua tarefa de possibilitar o exercício da liberdade e da dignidade humana em desfavor dos imigrantes e refugiados.
Compartilhar