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007 - Slides Domicílio

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DOMICÍLIO
Origem e importância do instituto:
Direito romano: domus;
Sede da pessoa natural: local em que a pessoa pode ser sujeito de direitos e deveres;
Imperativo de segurança: estabilidade das relações jurídicas e facilitação do cumprimento de obrigações (interesses público e privado);
Presunção jurídica.
Princípios constitucionais: devido processo legal, ampla defesa, contraditório, presunção de inocência, inviolabilidade do domicílio. Art. 5º, XI e LV da CF; endereço eletrônico.
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2) CONCEITO:
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo.
Elementos externo/material/objetivo (lugar) e interno/psicológico/subjetivo (ânimo);
Circunstâncias observáveis (relações sociais, profissionais, familiares, aquisição de bens etc).
Domicílio: conceito jurídico baseado numa relação de fato entre o sujeito e o local em que reside.
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3) PLURALIDADE DE DOMICÍLIOS:
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
Código Napoleônico – unicidade do domicílio contemplado na maioria dos ordenamentos modernos;
Finalidade: dar maior eficácia à norma.
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4) DOMICÍLIO PROFISSIONAL
Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida.
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.
Classificação quanto à natureza da relação jurídica: residencial ou profissional;
Possibilidade de coincidência e de pluralidade.
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5) DOMICÍLIO APARENTE OU OCASIONAL 
Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.
Requisitos: ausência de residência habitual e de um ponto central de negócios.
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6) MUDANÇA DE DOMICÍLIO
Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar.
Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem.
Elementos necessários: objetivo – transferência efetiva da residência com sinais exteriores; e subjetivo – vontade de deixar em definitivo a residência anterior.
Falta de declaração não gera sanção (exceção: mudança de domicílio depois de ajuizada a ação (art. 87 e 237, parágrafo único e 238 do CPC)).
Presunção juris tantum: admite-se prova em contrário.
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7) DOMICÍLIO DA PESSOA JURÍDICA
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
I - da União, o Distrito Federal;
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
§ 1º Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.
§ 2º Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.
Sede ou estabelecimento e não residência.
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8) CLASSIFICAÇÃO DO DOMICÍLIO
Original: adquirido ao nascer (ex. art. 147, I do ECA);
Voluntário: arts. 70, 71, 72;
Necessário/legal:
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.
Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve;
d) Eleito: Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.
Exceções: art. 112 do CPC e art. 127, §2º do CTN.
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Exceção de incompetência. Foro do domicílio do réu. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo (art. 70 do CC). Possuindo mais de uma residência, e em se tratando de ação fundada em direito pessoal (art. 94, CPC), a ação em regra será proposta no domicílio do réu. Ainda que não tenha sido formalmente recebida pelo juiz condutor do feito, o equívoco praticado jamais poderia prejudicar o direito de defesa do excipiente, já que, independentemente de seu recebimento a apresentação da exceção de incompetência ‘é ato processual apto a produzir a suspensão do processo’ (TJ, Rep 243.492/M, 3ª Turma, rel. Nancy Andrighi).
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9) O DOMICÍLIO EM OUTROS RAMOS DO DIREITO:
9.1) Domicílio no Direito Processual civil: 
Arts. 94 a 100, 231 (citação por edital) do CPC;
9.2) Domicílio nos Juizados Especiais Cíveis: 
Art. 4º da lei 9.099/95;
9.3) 9.3) Direito Tributário:
Art. 127. do CTN (Lei 5.172/66);
9.4) Direito do Trabalho: 
Art. 651 da CLT (Dec. 5.452/43);
9.5) Direito Eleitoral – Domicílio político ou eleitoral:
Art. 14, § 3º da CF e art. 42 do Código Eleitoral (Lei 4.737/65);
9.6) Direito do Consumidor: 
Art. 51, IV e 101 do CDC;
9.7) Direito Penal e Processual Penal:
Art. 150 do CP e art. 72 do CPP.

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