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3 SUS ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS E MODELOS ASSISTENCIAIS

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Sistema Único de Saúde
Profa. Dra.Rosilene Maria dos Santos Reigota
Contato: rosilene.reigota@docente.unip.br
Artigo 196 
	“A Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”

Constituição Federal de 1988
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SUS- Sistema Único de Saúde
Criado pela Lei 8080/90
Direito de todos os cidadãos do país ao atendimento digno de suas necessidades de saúde.
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PRINCÍPIOS DO SUS
I - Universalidade 
Todas as pessoas têm direito ao atendimento de saúde, independente de raça, cor, religião, local de moradia, situação de emprego ou renda.
Princípios do SUS
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II - Integralidade 
Garante ao usuário uma atenção que abrange as ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação, com garantia de acesso a todos os níveis de complexidade do Sistema de Saúde. A integralidade também pressupõe a atenção focada no indivíduo, na família e na comunidade (inserção social) e não num recorte de ações ou enfermidades.
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III – Equidade
Igualdade da atenção à Saúde, sem privilégios ou preconceitos. Todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme as suas necessidades. Oferecer mais a quem mais precisa buscando diminuir as desigualdades existentes.
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IV – Participação Social
 Grupos organizados com direito de discutir e acompanhar o que está sendo feito na área da saúde; participação popular;
 A participação permite à população interferir na gestão da Saúde;
 Colocação das ações e dos serviços de saúde a serviço da comunidade;
Participação = Parte + Ação
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MELHOR MODELO ASSISTENCIAL DO MUNDO
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VERDADE?
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Avaliação da Qualidade dos Serviços
Avaliação
“Processo pelo meio do qual se determina o valor de algo”.
Avaliar a qualidade dos serviços de saúde, nos dá parâmetros para a determinação de um sistema de saúde desejável e economicamente acessível.
A Avaliação serve para conhecer o serviço prestado e aprimorá-lo.
Bom
Correto
Eficiente
Eficaz
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 A qualidade de um serviço pode estar relacionada a:
 Pessoal
 Equipamentos
 Apoio financeiro
 Organização
Mesmo que todos estes aspectos sejam favoráveis, ainda assim o cliente pode não estar satisfeito.
Existem componentes básicos que devem ser considerados numa avaliação de qualidade:
Estrutura
Processo
Resultados
Três componentes para avaliação dos serviços de saúde, segundo Donabedian (1960)
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Sinônimo de 
Problemas!!!!
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Longas Filas
Falta de profissionais 
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Entrosamento dos serviços
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PROPOSTAS!!!
BOAS PRÁTICAS
Interação paciente e
Interação paciente profissional de saúde
Organização do sistema de saúde
Fatores Sócio-econômicos e políticos
Fatores que influenciam na relação entre o paciente e o profissional de saúde.
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Organização dos Serviços de Saúde
SERVIÇOS DE SAÚDE
 Os Serviços de Saúde fazem parte do meio social onde vivem as pessoas, sendo um dos elementos que podem alterar a frequência e a distribuição dos agravos à saúde e melhorar a qualidade de vida da população. 
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Preventiva,Terapêutica, Diagnóstica e de Recuperação
Natureza
Organização dos Serviços de Saúde
 Atendimento Primário
Atendimento Secundário
 5%
 Atendimento terciário
 15%
 80%
Fig.:Pirâmide dos níveis de complexidade dos Serviços
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Devem ocupar a base da pirâmide.
Responsáveis pela prestação de cuidados gerais e regulares à população de áreas restritas. 
São medidas mais simples, colocadas à disposição das pessoas, porém não menos importantes.
Núcleos de Saúde, Unidades de Saúde da Família e Prontos Socorros. 
São a porta de entrada para o sistema de saúde e devem resolver 80% dos problemas.
Atendimento Primário
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Atendimento Secundário
Ocupam a parte intermediária da pirâmide. 
Atendem somente pacientes referenciados. 
Não atendem demanda espontânea. 
Fazem parte deste nível de assistência os ambulatórios especializados e hospitais.
Atendimento Terciário
Grandes estruturas, com pessoal e tecnologias especializadas. 
Ocupam o topo da pirâmide e também só atendem pacientes referenciados. 
Hospitais de maior porte.
Atendimento mais complexo.
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DESAFIOS.....
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Modelos Assistenciais em Saúde 
Profa. Dra. Rosilene Maria dos Santos Reigota
Contato: rosilene.reigota@docente.unip.br
Modelos Assistenciais em Saúde 
Unidade Saúde da Familia
 Modelos de atenção à saúde ou modelos assistenciais
 SABERES
TÉCNICAS
Resolver problemas e atender necessidades de saúde
 individuais e coletivas 
Constantes transformações
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Um modelo de atenção em saúde não deve ser simplesmente uma forma de organização dos serviços, deve mediar as relações entre  sujeitos (profissionais de saúde e usuários), tecnologia (materiais e não materiais) e o processo de trabalho em saúde, cujo propósito é intervir sobre problemas (danos e riscos).
Os problemas e necessidades de saúde refletem as mudanças  nas condições de vida da população exigindo mudanças nos modelos de atenção. 
Porém, alguns “modelos” são
distanciados dos interesses e necessidades da maioria da população 
Representam interesses econômicos e políticos de grupos profissionais, empresas, corporações e elites políticas.
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Não há modelo 
certo ou errado
Há modelo adequado para uma 
população e uma época
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Cronologia Histórica dos Modelos Brasileiros
República - 1889: Política de Saúde Pública voltada para o controle de epidemias: campanhas febre amarela, varíola e peste.
Década de 20: Incremento da industrialização e crescimento da massa trabalhadora: criação das CAPs (1923)
Década de 30: Centros e postos de saúde para atendimento de gestantes, puericultura, tuberculose, hanseníase, algumas vacinas – voltados para a “doença”.
Programas Verticais de Saúde
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A era de Getúlio Vargas
Na década de 30 os segmentos mais pobres da população eram atendidos pelo Estado e os ricos em consultórios particulares. 
Os trabalhadores recebiam a assistência através dos IAPS – Institutos de aposentadorias e Pensões.
Década de 40-50: Modelo assistencial voltado para a doença, centrado no hospital, nas especialidades e na tecnologia (modelo hospitalocêntrico)
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Governo Militar - Ditadura
1964: Criação do INPS com foco à assistência individual à saúde da população. 
Financiamento de serviços privados pelo estado, expansão do consumo de medicamentos e equipamentos.
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Crise e Críticas ao Modelo Hegemônico
 Década de 70: Sistema Nacional de Saúde com atividades de saúde pública - desarticuladas da assistência médica individual. 
Pouca efetividade no enfrentamento dos problemas de saúde gerados pelo processo acelerado de urbanização: Doenças psicossomáticas, neoplasias, violência; 
As doenças cronicodegenerativas e novas doenças infecciosas desafiavam a abordagem centrada em características individuais e biológicas do adoecer. 
instrumentos e exames cada vez mais complexos e caros para diagnosticar doenças, em detrimento do cuidado aos doentes. 
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Quanto mais caro o atendimento maior é a dificuldade de acesso para as populações com condições econômicas precárias. 
Chamamos a isso de iniquidade na distribuição da oferta e dos benefícios do sistema de saúde. 
Idéia de que....
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Tecnologia Dura: Medicamentos e equipamentos
Tecnologia Leve: Relação profissional paciente
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Uso de:
ou:
A partir da década de 1980: várias experiências de governo originaram correntes tecno-políticas que contribuíram sobremaneira na avaliação do que vinha sendo feito e na sugestão de elementos importantes na organização de modelos assistenciais coerentes com as escolhas técnicas, éticas e políticas daqueles que queriam a universalização da saúde.
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Década de 90
Alternativas para implementaçãodo SUS:
 Reformulação dos serviços de saúde: 
Busca por um novo Modelo:
Alguns municípios organizaram Redes de Unidades de Saúde para atenção primária com a ajuda de universidades; 
Movimento de Reforma Sanitária que culminou na VIII Conferência Nacional de Saúde, em 1986; 
Garantiu a lei na Constituição de 1988 e na Lei Orgânica de Saúde (8.080/90), bases para reorganização de um Sistema Único de Saúde (SUS), tais como: 
Propostas Alternativas : Atenção Primária e Saúde Comunitária
Atenção Primária
Definição de Problemas
Percepção das desigualdades
Percepção dos trabalhadores sobre os usuários
Programação em saúde
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Propostas Alternativas : Atenção Primária e Saúde Comunitária
Práticas Interdisciplinares
Integralidade
Promoção de Saúde
Noção de Território
Articulação e hierarquização
 Mas afinal quais os Modelos Assistenciais existentes até o SUS ser criado???
Modelo Assistencial Médico-Privatista
Ênfase na assistência médico-hospitalar e nos serviços de apoio diagnóstico e terapêutico;
Apresenta as seguintes características:
Está centrado na figura do médico especialista, privilegiando a utilização de tecnologias para o diagnóstico e tratamento de doenças;
É predominantemente curativo, privilegiando a doença, em sua expressão individualizada, como objeto de sua intervenção;
Está voltado para o atendimento da demanda espontânea, isto é, para atender os indivíduos que procuram os serviços de saúde;
A forma de organização da produção de ações de saúde é a rede de prestação de serviços, sendo privilegiado o Hospital.
Modelo Assistencial Sanitarista
Privilegia o controle de certos agravos ou de determinados grupos de risco de adoecer e morrer;
Tem como sujeito o sanitarista(equipe de saúde), cujo trabalho toma por objeto os modos de transmissão e fatores de risco das doenças, numa perspectiva epidemiológica;
A intervenção de saúde está organizada sob a forma de campanhas e de programas específicos. 
Ênfase em Educação Sanitária
Modelo Assistencial - Vigilância da Saúde
Apresenta as seguintes características:
Intervenção sobre os problemas de saúde (danos, riscos e/ou determinantes);
Ênfase em problemas que requerem atenção e acompanhamento contínuos;
Operacionalização do conceito de risco;
Articulação entre ações promocionais, preventivas e curativas;
Atuação interssetorial;
Ações sobre o território;
Intervenção sob a forma de operações.
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Qual o modelo de atenção à saúde ideal para o nosso país?
Como escolher um Modelo Assistencial em Saúde???

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