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Estudo de caso sob a ótica do corforto ambiental térmico Sede da Petrobrás

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CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 5º PERÍODO 
DISCIPLINA: CONFORTO AMBIENTAL TÉRMICO 
PROFESSORA: FABIANA RÊGO 
DISCENTES: ANDRESSA MOTA MENDONÇA 
 CAMILA ESTEVAN DA SILVA 
 SAMUEL GUIMARÃES BARBALHO 
DATA: 14 de maio de 2018 
 
 
Estudo de caso sob a ótica do conforto ambiental térmico: Sede da Petrobrás. 1 
 
1. O Edifico Sede da Petrobrás - EDISE 
 
1.1 Breve Histórico da Edificação. 
 
Conforme Guasti (2008), na década de 60, os órgãos relacionados à administração 
da Petrobrás estavam dispersos em 20 edifícios pelo Rio de Janeiro, o que ocasionava 
transtornos na eficiência administrativa da Companhia. De modo a reunificar tais segmentos da 
empresa, ainda nos anos 60, inicia a construção do edifício Marechal Adhemar de Queiroz, a 
“Sede da Petrobrás”. 
Segundo Villela (2015), a Sede da Petrobrás iniciou sua construção em 1969, após 
um concurso para a decisão do melhor e mais inovador projeto arquitetônico, que conforme o 
edital deveria ser um marco da Companhia, uma estrutura monumental, diferenciando-se do 
seu entorno. 
 
 
Fig. 1: Edise ainda em construção. Fonte: Villela (2015) 
 
1 Estudo de caso apresentado à disciplina de Conforto Ambiental Térmico, da Unidade de Ensino Superior Dom 
Bosco – UNDB. 
2 
 
 
O prédio possui traços modernistas, e conforme Villela (2015), a edificação era 
grandiosa para os padrões da época. Mesmo, atualmente a sua e estética assim como seu 
tamanho, ainda o contrastam de seu entorno. 
 
1.2 Dados da obra e caracterização do objeto de estudo. 
 
O objeto de estudo, atende pelos nomes de: edifício Marechal Adhemar de Queiroz, 
Sede da Petrobrás ou ainda EDISE (sigla para edifício-sede). Esta obra arquitetônica está 
localizada no Centro do Rio de Janeiro, mais precisamente no cruzamento entre as avenidas da 
República do Chile e República do Paraguai, sendo esta portadora do número de identificação, 
65. 
O ano de construção da mesma, como já mencionado ocorreu em 1969, embora 
Corbella e Yannas (2009) defendam que o ano de início da obra foi em 1968, enquanto ao ano 
de conclusão da execução aconteceu no ano de 1974, envolvendo para a sua construção, 
segundo Villela (2015), cerca de 1500 (mil e quinhentos) trabalhadores. 
E considerando-se que o edifico em questão se trata de um projeto vencedor de um 
concurso, salienta-se que uma equipe foi a vencedora do concurso, e os integrantes dessa equipe 
– os autores do projeto – eram estes: Roberto Luiz Gandolfi, José H. Sanchotene, Abrão Assad 
e Luiz Fortes Netto. 
O projeto campeão produziu uma edificação que se caracteriza principalmente por 
apresentar vazios entre os andares, esses elementos vazados de feições quadriculadas em planta 
são intercalados entre os módulos de salas, e na variação dos locais desses jardins, há uma 
intercalação entre “H” e cruz grega (+). 
 
 
Fig. 2: Plantas tipo do Edise. Fonte: Corbella e Yannas (2009) 
 
Esses “jardins no Céu” como eram conhecidos receberam o projeto paisagístico do 
consagrado Burle Marx, e forma concebidos a fornecer os ambientes internos de luz e 
ventilação naturais. 
3 
 
 
 
 
Fig. 3 e 4: Jardins projetados por Burle Marx para o Edise. Fonte: Guasti (2008) 
 
O EDISE, possui 21 pavimentos e suas fachadas foram executadas basicamente em 
vidro e alumínio, uma outra ferramenta para se alcançar a iluminação natural. De acordo com 
Corbella e Yannas (2009) como maneira a promover uma entrada de luz e a redução do ganho 
térmico pela edificação, esta faz uso de brises, sendo estes horizontais na fachada Norte, e 
verticais para as Leste e Oeste, entretanto, a fachada Sul, por se considerar que recebia pouca 
incidência solar não recebeu uma proteção adequada. 
Guasti (2008) define que em meio aos jogos de volume há apenas um módulo que 
se faz presente em todos os pavimentos, este é conhecido como núcleo central, nele estão 
localizados banheiros, copas, escadas e os 25 elevadores, necessários à circulação vertical do 
prédio. 
 
1.3 Desempenho Térmico 
 
Análise baseada em medições e pesquisas realizas por Corbella e Yannas, 2009. 
A implantação, conforme levantamento realizado pelos autores supracitados, não 
deu muita importância ao fato de haver um desvio de 18º da direção N da fachada denominada 
de Norte, mas é certo que tal fato não afetou muito o sistema de proteção das fachadas. 
Todas as paredes externas são em vidro, e deve-se lembrar que o vidro por ser 
esbelto e possuir transparência pode sugerir que o edifício apresenta baixa inércia térmica, mas 
como já foi mencionado anteriormente, essas vedações não estão diretamente expostas à 
incidência solar, três das faces são protegidas por brises, e estes estão muito bem locados, o que 
reduz muito a energia solar absorvida. 
Através de medições no inverno e verão, e com o ar condicionado ligado e desligado 
e, pode-se contatar que a inércia térmica é grande, ao contrário das suposições iniciais, isso 
ocorre principalmente devido à proteção às vedações externas, Corbella chama atenção ainda 
ao fato, de que se a fachada Sul fosse protegida, a carga térmica seria ainda menor, e haveria 
menor variação de temperatura. 
4 
 
 
 
 
Fig. 5: Registro de medições realizadas no inverno. Fonte: Corbella e Yannas (2009) 
 
Com esse estudo, notou-se que embora a temperatura externa varie em cerca de 7º 
a temperatura interna se mantém, geralmente a baixo da externa, e que esta só sofre variação 
quando o ar condicionado é ligado, sendo que quando desligado, a temperatura volta quase ao 
mesmo nível inicial. 
As áreas determinadas para a execução dos jardins, passa a ideia de sustentabilidade 
e humanização dos espaços, essa humanização de fato é alcançada, e estes espaços vazios, 
podem contribuir para essa redução de temperatura, uma vez que servem de proteção solar, e 
fornecem sombras, entretanto, esses espaços aumentam a área exposta à troca com a 
temperatura externa, o que pode ocasionar aumento da carga térmica, e carregar o sistema de 
ar condicionado. 
Além disso, sabendo que todos os escritórios de todos os andares possuem 
climatização artificial e um controle de iluminação artificial para grandes áreas, ou seja, 
impossibilitando que se desligue nos momentos e lugares em que há luz natural suficiente, fica 
cada vez mais obscura qual a verdadeira funcionalidade dos espaços vazios, se era inicialmente 
proposta para fornecer iluminação e ventilação naturais, e não chegam a serem usufruídas nem 
na metade do potencial que têm. 
Desse modo, chega-se à conclusão que o edifício possui grande inércia térmica, e 
que possui bom desempenho energético, uma vez que enquanto a temperatura externa chega 
aos no inverno 28º a temperatura interna fica por volta dos 25º e se mantém independente do 
sistema de refrigeração está ligado ou não, o que reduz a intensidade do sistema de ar 
condicionados. Com isso, fica evidente que a proteção adequada e bem definida assim como a 
escolha dos materiais pode fazer com que uma edificação possua um bom desempenho térmico, 
sendo mais eficiente, reduzindo gastos excessivos com o sistema de refrigeração. 
5 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
CORBELLA, Oscar; YANNAS, Simos. Em busca de uma Arquitetura Sustentável para os 
Trópicos: conforto ambiental. 2 ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: Revan, 2009. 
 
GUASTI, Jacira Maria Gimenez. Diretrizes de Sustentabilidade de Prédios de 
Escritório: estudo de caso do edifício marechal Adhemar de Queiroz. 2008. 94 f. Dissertação 
(Mestrado) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 
2008. Disponívelem: <http://www.bdtd.ndc.uff.br/tde_arquivos/14/TDE-2008-09-
22T113923Z-1678/Publico/Dissertacao Jacira Guasti.pdf>. Acesso em: 10 maio 2018. 
 
VILLELA, Gustavo. No ‘Triângulo das Bermudas’, no Centro do Rio, Petrobras instala a sua 
sede. O Globo. São Paulo, p. 1-3. fev. 2015. Disponível em: 
<http://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/no-triangulo-das-bermudas-no-centro-do-rio-
petrobras-instala-sua-sede-15380156>. Acesso em: 10 maio 2018.

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