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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL UFFS Campus Chapecó - SC Acadêmica: Aline T. M. dos Santos e Aline Almeida Curso: Geografia (noturno) Componente Curricular: Geografia Urbana Professor: Igor Catalão Data: 13/06/2018 ➢ DIÁRIO DE BORDO – aula do dia 06 de junho de 2018. Na aula de Geografia Urbana do dia 06 de junho, discorremos sobre as fundamentações teóricas exploradas e utilizadas como referência dentro do conceito de rede urbana brasileira, as quais estão inseridas no texto REGIC – Regiões de Influência das Cidades (IBGE 2007). De forma geral, a introdução do texto analisado aborda a nova hierarquia dos centros urbanos e a delimitação das regiões de influência associadas a cada um. O professor Igor inicia suas considerações afirmando que vamos escapar dos limites da cidade, pois vamos falar sobre a rede urbana, que é a expressão dos limites da cidade ou do que internamente configurado. O estudo acerca das regiões de influência era inicialmente previsto para ser realizado a cada dez anos, porém foi feito em 2008, e está previsto para ocorrer novamente este ano. Este estudo, que está muito defasado, representa a expressão da rede urbana no momento em que é realizado; ocorre que novas fronteiras de produção industriais e agrícolas foram abertas, além de muitas outras coisas que aconteceram ao longo desses anos, o que torna essas informações, que englobam também divisão territorial do trabalho e relações entre cidade e campo, ainda mais desatualizadas. Alguns colegas comentam que já estudaram conteúdos referentes a rede urbana em outras disciplinas. No entanto, o que é rede urbana? Um colega comenta que seria a influência que as metrópoles exercem sobre outros centros. Igor salienta que primeiramente rede urbana engloba uma ideia de rede, e envolve a dimensão espacial vertical, ou seja, nós/pontos e fluxos, sendo que os espaços da proximidade são os mais comuns utilizados na geografia. Débora pergunta se ainda podemos usar o termo “mesorregião”, e o professor responde que seria melhor adaptar, pois é conveniente esquecer tudo que se encontra na horizontalidade, além do mais rede urbana tem a ver com relações e influências, gerando assim determinadas hierarquias. Walter Cristales desenvolveu o primeiro trabalho de rede urbana do mundo. Segundo o mesmo, as relações internacionais se estabelecem a partir da metrópole. Porém, com a Revolução Industrial houve uma diversificação entre as cidades sem precedentes, dando origem às redes urbanas – cidades locais, cidades médias, metrópoles (todas as relações eram estabelecidas a partir da metrópole). Esses conceitos começaram a mudar a partir dos anos 70. Além da hierarquia, surgiu a heterarquia, que não obedece à hierarquia tradicional. Diferentes arranjos começaram a aparecer (ponto intermediário entre o horizontal e o vertical). Assim, as cidades começaram a sair dos limites tradicionais e vincular-se às outras de formas diversas. Rômulo questiona: “O conceito de rede é ligado somente à indústria?”. E o professor responde que foi o processo de industrialização que favoreceu a existência das redes urbanas. A partir dos anos 70, as escolas de ADM passaram a tratar a economia como um fenômeno global, e não mais regional. Portanto, o foco passou a ser o consumo, e não mais a produção, sendo que hoje, a grande questão das empresas é fazer com que as pessoas consumam. A tecnologia prevê a necessidade de superar, pois quando acabar o petróleo, etanol ou silício, deverão ter sido descobertos outros produtos para desenvolver produtos novos. Diferenciação entre rede urbana e sistema urbano: Sistema urbano é como uma rede, porém mais complexo. Por esse motivo, chamamos as novas redes de sistemas urbanos nacionais, que é composto por uma variedade de redes urbanas. Um sistema muda com frequência, sendo mais fluído ou mutável no seu interior. Temos no Brasil o mesmo número de redes urbanas desde os anos 70. Os papéis da rede urbana se expressam a partir da declinação das funções, que são: metrópoles (cabeça da rede), cidades médias (pontos de intermediação) e cidades locais (limite da rede). Ainda existe certa tendência de hierarquia histórica. Do ponto de vista do porte: cidades grandes (nem todas são metrópoles), cidades de porte médio (nem todas são cidades médias) e cidades pequenas (nem todas são cidades locais). Com relação ao número de habitantes: Cidade grande: + de 500 mil habitantes; Cidade de porte médio: de 100 mil a 500 mil habitantes; Cidade pequena: - de 100 mil habitantes. Em geral, as cidades que se desenvolvem nos arredores de cidades importantes, acabam fazendo parte da aglomeração da cidade média. Metrópole: família de cidades, no meio das quais tem uma que é mais importante; somente as metrópoles possuem rede, sendo que é a metrópole que desenvolve estas mesmas redes. Chapecó, que é uma cidade média de porte médio, possui uma área de influência.
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