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FCC - JUIZ SUBSTITUTO - TJSC - 2017

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Prévia do material em texto

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA (FCC – 2017) 
 
Concurso Público para provimento de cargos de 
Juiz Substituto 
 
 
 
 
 
Direito Civil 
1. A sucessão por morte ou ausência obedece à lei do país 
(A) em que nasceu o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens, mas a sucessão 
de bens de estrangeiros, situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos 
brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. 
(B) em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens, mas a 
sucessão de bens de estrangeiros, situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos 
filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. 
(C) de cuja nacionalidade tivesse o defunto ou o desaparecido, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados no 
Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, 
sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. 
(D) em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens, mas a 
sucessão de bens de estrangeiros, situados no Brasil, será sempre regulada pela lei brasileira, se houver cônjuge ou 
filhos brasileiros. 
(E) de cuja nacionalidade tivesse o defunto, ou desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens, mas 
a sucessão de bens de estrangeiros, situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos 
filhos brasileiros, ou de quem os represente, em qualquer circunstância. 
RESPOSTA: 
(A) ERRADA. LINDB, art. 10, caput: “A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado 
o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.”. 
(B) CORRETA. LINDB, art. 10, § 1º: “A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei 
brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais 
favorável a lei pessoal do de cujus.”. 
(C) ERRADA. O já mencionado art. 10, caput, da LINDB contraria a alternativa. 
(D) ERRADA. Nem sempre, conforme o já visto art. 10, § 1º, da LINDB. 
(E) ERRADA. Mais uma vez, art. 10, caput, da LINDB. 
 
2. Coviello, em seu magnífico Manuale di Diritto Civile Italiano, é quem explica a matéria com maior clareza. Uma 
cousa, diz êle, é independer, a obrigatoriedade da lei, do conhecimento dos que lhe estão sujeitos e outra cousa é 
poder-se invocar o êrro de direito como pressuposto de certos fatos, dos quais a lei faz derivar consequências jurídicas. 
A primeira não comporta dúvidas; a segunda exige um exame, uma indagação. Quando se admite a possibilidade de 
se invocar o êrro de direito, tal outro qualquer êrro, como pressuposto de um fato jurídico, isto não significa que se 
abra exceção à regra da obrigatoriedade das leis mesmo contra quem não as conhece. A única distinção a fazer-se é a 
relativa ao fim visado por quem alega ignorância ou êrro de direito. (Vicente Rao. O Direito e a Vida dos Direitos. 1o 
volume. tomo I. p. 382. São Paulo, Max Limonad. 1960). Esse texto 
(A) aplica-se ao direito brasileiro, porque, embora ninguém se escuse de cumprir a lei alegando que não a conhece, 
salvo na transação a respeito das questões que forem objeto de controvérsia entre as partes, é anulável o negócio 
jurídico quando o erro de direito for o motivo único ou principal do negócio, e não implique recusa à aplicação da lei. 
(B) aplica-se ao direito brasileiro porque embora ninguém se escuse de cumprir a lei alegando que não a conhece, é 
anulável a transação quando o erro de direito foi o motivo, único ou principal, do acordo, sobre as questões que 
tiverem sido objeto de controvérsia entre as partes. 
(C) não se aplica ao direito brasileiro, porque ninguém se escusa de cumprir a lei alegando que não a conhece, sendo 
defeso alegar a invalidade de negócio jurídico fundada em erro de direito. 
(D) aplica-se ao direito brasileiro porque embora ninguém se escuse de cumprir a lei alegando que não a conhece é 
nulo o negócio jurídico quando o erro de direito for o motivo único ou principal do negócio, salvo, na transação, a 
respeito das questões que forem objeto de controvérsia entre as partes. 
(E) não se aplica ao direito brasileiro, porque quando o erro de direito for o motivo único de negócio jurídico, admite-
se a alegação de desconhecimento da lei que o proíbe. 
RESPOSTA: 
(A) CORRETA. É possível escolher a alternativa sem a leitura do extenso texto do enunciado. De fato, de acordo com o 
art. 3º da LINDB, ninguém se escusa de cumprir a lei alegando que não a conhece. Entretanto, no erro de direito (CC, 
arts. 138 e 139, III), causa de anulação do negócio jurídico, não há recusa de aplicação à lei, mas equívoco em relação 
à aplicabilidade da norma. Por isso, não há incompatibilidade com o já mencionado art. 3º da LINDB. A ressalva quanto 
à transação está prevista no art. 849, parágrafo único, do Código Civil, que assim dispõe: “A transação não se anula 
por erro de direito a respeito das questões que foram objeto de controvérsia entre as partes.”. 
(B) ERRADA. O fundamento está no art. 849, parágrafo único, do Código Civil, acima transcrito. 
(C) ERRADA. O erro de direito é aplicável ao direito brasileiro, como já mencionado. 
(D) ERRADA. Em verdade, é anulável, e não nulo, o negócio jurídico por erro de direito – art. 138 do Código Civil. 
(E) ERRADA. O erro de direito é aplicável ao direito brasileiro, como já mencionado. 
 
3. A favor do idoso, a prestação alimentar, na forma de lei civil, é 
(A) devida pelos descendentes, ascendentes, cônjuge e colaterais até o quarto grau, nesta ordem. 
(B) devida pelos filhos, não podendo o idoso demandar um deles excluindo os demais, que tiverem condições 
financeiras. 
(C) devida apenas pelos filhos ou pelo cônjuge, excluindo-se os colaterais de qualquer grau. 
(D) devida pelos filhos, exceto se provado abandono afetivo deles na infância. 
(E) solidária, podendo ele optar entre os prestadores. 
RESPOSTA: 
(A) ERRADA. O art. 12 da Lei n.º 10.741/03 (Estatuto do Idoso) é muito cobrado em provas. A redação é a seguinte: “A 
obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso optar entre os prestadores.”. Portanto, quando o idoso pede 
alimentos, não deve ser observada ordem de preferência para a sua prestação. O dispositivo excepciona a regra trazida 
pelo art. 1.697 do Código Civil, que estabelece responsabilidade subsidiária – e não solidária – em ordem a ser 
observada, como se vê da transcrição a seguir: “Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, 
guardada a ordem de sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.”. 
(B) ERRADA. No Código Civil (art. 1.698), a obrigação de dar alimentos é conjunta e divisível, conforme disposto em 
sua parte final: “(...) sendo várias as pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção dos 
respectivos recursos, e, intentada ação contra uma delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide.”. No 
entanto, no Estatuto do Idoso, em seu art. 12, o idoso pode escolher contra quem quer oferecer a ação dentre os 
coobrigados, não sendo necessária a formação de litisconsórcio passivo necessário entre todos eles. 
(C) ERRADA. O art. 11 do Estatuto do Idoso determina que os alimentos serão prestados ao idoso na forma da lei civil, 
respeitadas, é claro, as imposições especiais previstas no próprio Estatuto. Por “lei civil”, devemos compreender o 
Código Civil (arts. 1.694 a 1.710)e a Lei de Alimentos (Lei n.º 5.478/68). Segundo o art. 1.697 do Código Civil, os 
colaterais (ex.: irmãos) podem ser chamados a prestar alimentos ao idoso. 
(D) ERRADA. O Estatuto do Idoso não traz a exceção mencionada na alternativa. 
(E) CORRETA. É o que diz o art. 12 da Lei n.º 10.741/03, o Estatuto do Idoso. 
 
4. É nulo o casamento 
(A) de pessoa que não completou idade mínima para casar. 
(B) de pessoa com deficiência mental ou intelectual, em idade núbil, mesmo expressando sua vontade diretamente. 
(C) apenas se contraído com infringência de impedimento. 
(D) de incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento. 
(E) por infringência de impedimento ou de causa suspensiva. 
RESPOSTA: 
(A) ERRADA. É anulável - e não nulo - o casamento na hipótese mencionada (CC, art. 1.550, I). 
(B) ERRADA. Art. 1.550, § 2º, do Código Civil: “A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá 
contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador.”. 
(C) CORRETA. De fato, com a entrada em vigor da Lei n.º 13.146/15, passou a ser nulo apenas o casamento contraído 
com a infringência de impedimento (CC, art. 1.548, II). 
(D) ERRADA. É anulável o casamento na hipótese mencionada (CC, art. 1.550, IV). 
(E) ERRADA. A adoção da expressão “causa suspensiva” pode transmitir uma ideia errada acerca do disposto no art. 
1.641 do Código Civil. Como o Código Civil traz causas de impedimento, em seu art. 1.521, que fazem com que o 
casamento seja nulo, é possível imaginar que as “causas suspensivas” tenham natureza menos gravosa, e que 
poderiam ensejar, por exemplo, a anulação do casamento. No entanto, uma coisa nada tem a ver com a outra. As 
intituladas causas suspensivas, em verdade, nada suspendem. Previstas no art. 1.641 do Código Civil, apenas impõem 
aos nubentes o regime de separação obrigatória de bens. 
 
5. De nossa parte, lembramos ainda a já afirmada função identificadora do pseudônimo, relativamente à esfera de 
ação em que é usado, o que, sem dúvida, é um traço distintivo do falso nome, que, evidentemente, embora, em certas 
circunstâncias, possa vir também a exercer papel semelhante, não é usado com essa finalidade, senão com a de frustrar 
qualquer possibilidade de identificação. (R. Limongi França. Do Nome Civil das Pessoas Naturais. p. 542. 3. ed. São 
Paulo. Revista dos Tribunais, 1975). Essa afirmação é 
(A) compatível com o direito brasileiro, em virtude de omissão da lei a respeito da proteção de pseudônimo, apenas 
aplicando-se analogicamente a regra pertinente aos apelidos públicos notórios. 
(B) parcialmente compatível com o direito brasileiro, que confere proteção ao pseudônimo, em qualquer atividade. 
(C) incompatível com o direito brasileiro, que só confere proteção ao pseudônimo em atividades artísticas ou 
intelectuais. 
(D) compatível com o direito brasileiro, porque o pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se 
dá ao nome. 
(E) parcialmente compatível com o direito brasileiro, que não distingue a proteção do nome da proteção do 
pseudônimo. 
RESPOSTA: embora o enunciado seja extenso, para a resposta basta que se conheça o art. 19 do Código Civil, que 
assim dispõe: “O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.”. 
(A) ERRADA. A lei não foi omissa a respeito da proteção ao pseudônimo (CC, art. 19). 
(B) ERRADA. A proteção ao pseudônimo é aplicável apenas às atividades lícitas (CC, art. 19). 
(C) ERRADA. Art. 19 do Código Civil. 
(D) CORRETA. Art. 19 do Código Civil. 
(E) ERRADA. O tratamento legal conferido ao nome (CC, arts. 16, 17 e 18) é diverso daquele do pseudônimo (CC, art. 
19). 
 
6. Na incorporação imobiliária, a submissão ao regime de afetação é 
(A) facultativo ao incorporador e, por esse regime, o terreno e as acessões objeto de incorporação imobiliária, bem 
como os demais bens e direitos a ela vinculados, manter-se-ão apartados do patrimônio do incorporador e constituirão 
patrimônio de afetação, destinado à consecução da incorporação correspondente e à entrega das unidades 
imobiliárias aos respectivos adquirentes. 
(B) obrigatório para os incorporadores e, por esse regime, o terreno e as acessões objeto de incorporação imobiliária, 
bem como os demais bens e direitos a ela vinculados, manter-se-ão apartados do patrimônio do incorporador e 
constituirão patrimônio de afetação, destinado à consecução da incorporação correspondente e à entrega das 
unidades imobiliárias aos respectivos adquirentes. 
(C) obrigatório e considera-se constituído mediante averbação, a qualquer tempo, no registro imobiliário, de termo 
firmado pelo incorporador e a averbação não será obstada pela existência de ônus reais sobre o imóvel objeto de 
incorporação para garantia de pagamento do preço de sua aquisição ou do cumprimento de obrigação de constituir o 
empreendimento. 
(D) obrigatório e tem por finalidade exclusivamente excluir os efeitos da falência do incorporador. 
(E) facultativo, só ficando atingido o empreendimento por dívidas destinadas à consecução da incorporação 
correspondente e à entrega das unidades imobiliárias aos respectivos adquirentes, exceto no caso de falência ou 
insolvência civil do incorporador, quando os adquirentes das unidades serão classificados como credores privilegiados, 
para recebimento de indenização por perdas e danos, caso o empreendimento não se concretize. 
RESPOSTA: a incorporação imobiliária é tratada em lei própria (Lei n.º 4.591/64). Em provas, as bancas têm cobrado 
questões a respeito da chamada “cláusula de tolerância”, tema tratado em alguns julgados do STJ – veja o Informativo 
612/2017. 
(A) CORRETA. Lei n.º 4.591/64, art. 31-A, caput: “A critério do incorporador, a incorporação poderá ser submetida ao 
regime da afetação, pelo qual o terreno e as acessões objeto de incorporação imobiliária, bem como os demais bens 
e direitos a ela vinculados, manter-se-ão apartados do patrimônio do incorporador e constituirão patrimônio de 
afetação, destinado à consecução da incorporação correspondente e à entrega das unidades imobiliárias aos 
respectivos adquirentes”. 
(B) ERRADA. Lei n.º 4.591/64, art. 31-A, caput. 
(C) ERRADA. Lei n.º 4.591/64, art. 31-A, caput. 
(D) ERRADA. Lei n.º 4.591/64, art. 31-A, caput. 
(E) ERRADA. Lei n.º 4.591/64, art. 31-A, caput. 
 
7. Na transmissão das obrigações aplicam-se as seguintes regras: 
I. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica responsável ao cessionário pela 
existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, 
se tiver procedido de má-fé. 
II. Na assunção de dívida, o novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor 
primitivo. 
III. Salvo estipulação em contrário, o cedente responde pela solvência do devedor. 
IV. O cessionário de crédito hipotecário só poderá averbar a cessão no registro de imóveis com o consentimento do 
cedente e do proprietário do imóvel. 
V. Na assunção de dívida, se a substituição do devedor vier a ser anulada, restaura-se o débito, com todas as suas 
garantias, salvo as garantias prestadas por terceiro, exceto se este conhecia o vício que inquinava a obrigação. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
(A) III, IV e V. 
(B) II, III e IV. 
(C) I, II e IV. 
(D) I, III e V. 
(E) I, II e V. 
RESPOSTA: correta a alternativa “E”, conforme exposição abaixo. 
(I) CORRETA. A alternativa traz a redação do art. 295 do Código Civil: “Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda 
que não se responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a 
mesma responsabilidade lhecabe nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de má-fé.”. A ideia do dispositivo 
é a seguinte: na cessão, ocorre a transferência integral da titularidade da relação jurídica (créditos e acessórios) ao 
cessionário (quem adquire a cessão). Segundo o dispositivo, o cedente (quem cede) é responsável pela existência do 
crédito ao tempo da cessão. Sobre o tema, Hamid Charaf Bdine Jr. (Código Civil Comentado, Manole, 2018) esclarece 
que, “(...) se o crédito cedido for anulado por ato imputável ao cedente e desconhecido ao cessionário, poderá este 
postular a resolução da cessão ou perdas e danos em relação ao primeiro por inadimplemento. Por outro lado, se a 
razão da anulabilidade era desconhecida ao cedente, ou se o cessionário concordou com o risco de anular-se o crédito 
cedido, a cessão deve subsistir.”. Cuidado: somente na cessão onerosa o cedente responde pela existência do crédito 
ao tempo da cessão. Na cessão gratuita, em regra, não há essa responsabilidade, salvo se o cedente agiu de má-fé. 
(II) CORRETA. A alternativa é sobre a assunção de dívida, tema tratado a partir do art. 299 do Código Civil, que assim 
dispõe: “é facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando 
exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava”. Ou seja, 
um terceiro toma o lugar do devedor, passando a ser o devedor do débito. É diferente da cessão de crédito (CC, art. 
286), em que o credor primitivo transfere seu crédito a outra pessoa, que passa a ser o novo credor. Segundo o art. 
302 do Código Civil, o novo devedor pode opor contra o credor as exceções (meios de defesa) do antigo devedor – ou 
seja, há a transferência dos meios de defesa do antigo devedor ao novo -, exceto as que possuírem caráter 
personalíssimo. 
(III) ERRADA. Em verdade, é o contrário, conforme art. 296 do Código Civil: “Salvo estipulação em contrário, o cedente 
não responde pela solvência do devedor.”. 
(IV) ERRADA. Mais uma vez, a banca apenas utilizou o texto da lei, mas modificado. Veja o que diz o art. 289 do Código 
Civil: “O cessionário de crédito hipotecário tem o direito de fazer averbar a cessão no registro do imóvel.”. O dispositivo 
não traz as ressalvas mencionadas na alternativa. 
(V) CORRETA. A resposta também está expressa no texto da lei, no art. 301 do Código Civil: “Se a substituição do 
devedor vier a ser anulada, restaura-se o débito, com todas as suas garantias, salvo as garantias prestadas por 
terceiros, exceto se este conhecia o vício que inquinava a obrigação.”. 
 
8. João X é proprietário de um imóvel de 230 m2, onde reside com sua família, e adquiriu, posteriormente, em 
12.5.2010, o imóvel contíguo de 250 m2 mediante escritura de venda e compra outorgada por José Y, registrada no 
serviço de registro de imóveis, e onde existe um casebre por ele totalmente reformado, no ano de 2011, inclusive 
executando benfeitorias necessárias, úteis e voluptuárias. Em 10.3.2016, João X foi citado em ação reivindicatória 
movida por Antônio Z que comprovou ser proprietário do imóvel adquirido de José Y por João X, conforme o registro 
imobiliário, porque a escritura anterior recebida por José Y era falsa e outorgada por Joaquim P condenado por 
estelionato. Não obstante isso, João X, depois da citação, realizou benfeitorias necessárias. Em defesa, o réu alegou 
que comprou esse imóvel de boa-fé e que, em razão do tempo decorrido, o adquiriu pela usucapião quinquenal. A 
ação deverá ser julgada 
(A) improcedente, porque a usucapião pode ser alegada como matéria de defesa, devendo o autor ser declarado 
proprietário desse imóvel. 
(B) procedente, mas o autor terá direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, podendo exercer o direito 
de retenção pelo valor dessas benfeitorias, realizadas antes da citação, bem como ao ressarcimento das benfeitorias 
necessárias pela importância delas, realizadas depois da citação, mas sem direito de retenção; quanto às voluptuárias, 
se não lhe forem pagas, permite-se o levantamento, quando o puder, sem detrimento da coisa. 
(C) procedente, e o autor terá direito ao ressarcimento de todas as benfeitorias necessárias e úteis, podendo exercer 
quanto a elas direito de retenção e, quanto às voluptuárias, se não lhes forem pagas poderá levantá-las, desde que 
sem detrimento da coisa. 
(D) procedente, mas o autor terá direito ao ressarcimento das benfeitorias necessárias e úteis, mas direito de retenção 
só relativamente às necessárias introduzidas antes da citação e, quanto às voluptuárias, poderá levantá-las se não 
forem ressarcidas. 
(E) improcedente, porque autor é adquirente de boa-fé, ficando prejudicada a alegação de usucapião. 
RESPOSTA: questão ANULADA. De qualquer forma, como o tema usucapião é muito cobrado em provas, vale a pena 
tentar resolvê-la. Para isso, temos de organizar as informações do enunciado, conforme cada personagem: (a) João X: 
é proprietário do imóvel e, em 2010, adquiriu o terreno contíguo, pertencente a José Y; (b) José Y: vendeu o terreno a 
João X; (c) Antônio Z: ajuizou ação contra João X, pois alega ser o proprietário do terreno vendido por José Y; (d) 
Joaquim P: foi quem transferiu o terreno a José Y. A grande questão em discussão é: João X se tornou proprietário do 
imóvel por usucapião? Para a resposta, temos de avaliar as seguintes informações: (i) João agiu de boa-fé; (ii) João 
reside no imóvel com sua família; (iii) João obteve o registro da transferência em Cartório de Registro de Imóveis; (iv) 
a compra do terreno ocorreu em 12 de maio de 2010, e a citação da ação reivindicatória aconteceu de 10 de março 
de 2016 (ou seja, quase seis anos depois); (v) o terreno adquirido mede 250 metros quadrados; (vi) descobriu-se, 
posteriormente, que o registro em nome de José Y só existiu em virtude de escritura falsa anterior ao negócio entre 
José e João. Segundo o art. 1.240, caput, do Código Civil, “aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos 
e cinquenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou 
de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural”. Não é o 
caso de João, que possui outro imóvel. Já o art. 1.242, parágrafo único, do Código Civil determina que “será de cinco 
anos o prazo previsto neste artigo [para usucapião] se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no 
registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem 
estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico”. Parece ser o caso de João. 
Embora as benfeitorias tenham sido feitas quando já citado da ação, veja que o art. 1.242, parágrafo único, fala em 
estabelecer moradia OU realizar investimentos de interesse social ou econômico – portanto, são requisitos 
alternativos, e um deles foi preenchido por João. O STJ denomina “usucapião tabular” a hipótese prevista no art. 1.242, 
parágrafo único (nesse sentido, REsp 1.475.002/GO, julgado em 26/09/2016). 
(A) ERRADA. Estaria correta caso a banca não trocasse a palavra “autor” por “réu” – João era o réu; Antônio, o autor. 
(B) ERRADA. A alternativa diz que a ação reivindicatória de Antônio deveria ser julgada procedente, mas já vimos que 
não é o posicionamento correto. Quanto às benfeitorias, segundo o art. 1.219 do Código Civil, o “possuidor de boa-fé 
tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem 
pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das 
benfeitorias necessárias e úteis”. É a regra a ser aplicada quanto às benfeitorias realizadasantes da citação. Nas 
realizadas a partir da citação, deve ser afastada a sua boa-fé – e, em consequência, o direito à indenização por 
benfeitorias úteis e voluptuárias e, também, o direito à retenção (CC, art. 1.220). 
(C) ERRADA. Os assuntos tratados na alternativa já foram comentados. 
(D) ERRADA. Os assuntos tratados na alternativa já foram comentados. 
(E) ERRADA. Os assuntos tratados na alternativa já foram comentados. 
 
9. A cláusula penal 
(A) pode ter valor excedente ao da obrigação principal, ressalvado ao juiz reduzi-lo equitativamente. 
(B) incide de pleno direito, se o devedor, ainda que isento de culpa, deixar de cumprir a obrigação ou se constituir-se 
em mora. 
(C) incide de pleno direito, se o devedor, culposamente, deixar de cumprir a obrigação ou se constituir-se em mora. 
(D) exclui, sob pena de invalidade, qualquer estipulação que estabeleça indenização suplementar. 
(E) sendo indivisível a obrigação, implica que todos os devedores, caindo em falta um deles, serão responsáveis, 
podendo o valor integral ser demandado de qualquer deles. 
RESPOSTA: 
(A) ERRADA. Art. 412 do Código Civil: “O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da 
obrigação principal.”. 
(B) ERRADA. Art. 408 do Código Civil: “Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que, culposamente, 
deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora.”. 
(C) CORRETA. A resposta está no já transcrito art. 408 do Código Civil. 
(D) ERRADA. Art. 416, parágrafo único, do Código Civil: “Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula penal, 
não pode o credor exigir indenização suplementar se assim não foi convencionado. Se o tiver sido, a pena vale como 
mínimo da indenização, competindo ao credor provar o prejuízo excedente.”. 
(E) ERRADA. Art. 414 do Código Civil: “Sendo indivisível a obrigação, todos os devedores, caindo em falta um deles, 
incorrerão na pena; mas esta só se poderá demandar integralmente do culpado, respondendo cada um dos outros 
somente pela sua quota.”. 
 
10. A posse de um imóvel 
(A) transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os mesmos caracteres, sendo que o sucessor universal 
continua de direito a posse do seu antecessor, e, ao sucessor singular, é facultado unir sua posse à do antecessor para 
os efeitos legais. 
(B) não se transmite de pleno direito aos herdeiros ou legatários do possuidor, mas eles podem, assim como a qualquer 
sucessor a título singular é facultado, unir sua posse à do antecessor, para efeitos legais. 
(C) transmite-se de pleno direito aos sucessores a título universal e a título singular, não se permitindo a este recusar 
a união de sua posse à do antecessor, para efeitos legais. 
(D) não se transmite aos herdeiros ou legatários do possuidor com os mesmos caracteres, tendo, cada novo possuidor, 
de provar seus requisitos para os efeitos legais. 
(E) só pode ser adquirida pela própria pessoa que a pretende, mas não por representante ou terceiro sem mandato, 
sendo vedada a ratificação posterior. 
RESPOSTA: 
(A) CORRETA. De acordo com o art. 1.206 do Código Civil, a “posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do 
possuidor com os mesmos caracteres”. Ou seja, há continuação da posse do antecessor, de modo que o herdeiro 
simplesmente fica no lugar do de cujus, como se fossem uma só pessoa. A segunda parte da alternativa está no art. 
1.207, com a seguinte redação: “o sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao sucessor 
singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais”. O sucessor universal é aquele que concorre 
por todo o patrimônio. O singular é o que recebe coisa certa ou destacada do patrimônio. Portanto, percebemos, em 
princípio, as figuras do herdeiro e do legatário. Flávio Tartuce (Direito Civil, Método, 2017) melhor explica: 
“Especializando esse princípio da continuidade, preconiza o art. 1.207 da codificação material que o sucessor universal 
continua de direito a posse do seu antecessor; e ao sucessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para 
os efeitos legais. Assim, como se nota, a lei diferencia dois tipos de sucessão: a universal (nos casos de herança 
legítima) e a singular (nos casos de compra e venda, doação ou legado). No primeiro caso, a lei preconiza a 
continuidade; no segundo, a união de posses (acessão). Como esclarece Orlando Gomes, ‘o que distingue a sucessão 
da união é o modo de transmissão da posse, sendo a título universal, há sucessão; sendo o título singular, há união. 
Não importa que a sucessão seja inter vivos ou mortis causa. Na sucessão mortis causa a título singular, a acessão se 
objetiva pela forma da união. A sucessão de posses é imperativa; a união, facultativa enquanto ao singular é facultado 
unir sua posse à precedente. Sendo, nesta última hipótese, uma faculdade, o possuidor atual só usará se lhe convier, 
limitando-se à sua posse quando do seu interesse’ (Direitos reais..., 2004, p. 70). Sintetizando, quanto à defesa 
possessória, tanto o sucessor universal quanto o singular poderão defendê-la, em continuidade ou acessão à posse 
anterior.”. 
(B) ERRADA. A explicação anterior justifica a alternativa. 
(C) ERRADA. A explicação anterior justifica a alternativa. 
(D) ERRADA. A explicação anterior justifica a alternativa. 
(E) ERRADA. A resposta está no art. 1.205 do Código Civil: “Art. 1.205. A posse pode ser adquirida: I - pela própria 
pessoa que a pretende ou por seu representante; II - por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação.”. 
 
11. A curatela 
(A) do pródigo priva-o, apenas, de, sem curador, transigir, dar quitação ou alienar bens móveis ou imóveis. 
(B) de pessoa com deficiência é medida protetiva extraordinária e definitiva. 
(C) da pessoa com deficiência não poderá ser compartilhada a mais de uma pessoa, porque não se confunde com a 
tomada de decisão apoiada. 
(D) de pessoa com deficiência afetará tão-somente os atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e 
negocial, não alcançando o direito ao trabalho, nem ao voto. 
(E) do pródigo priva-o do matrimônio ou de novo matrimônio sob o regime de comunhão universal ou parcial de bens, 
e de, sem curador, alienar bens imóveis, hipotecá-los e demandar ou ser demandado sobre esses bens. 
RESPOSTA: 
(A) ERRADA. Art. 1.782 do Código Civil: “A interdição do pródigo só o privará de, sem curador, emprestar, transigir, 
dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado, e praticar, em geral, os atos que não sejam de mera 
administração.”. 
(B) ERRADA. Art. 84, § 3º, do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei n.º 13.146/15): “A definição de curatela de pessoa 
com deficiência constitui medida protetiva extraordinária, proporcional às necessidades e às circunstâncias de cada 
caso, e durará o menor tempo possível.”. 
(C) ERRADA. Art. 1.775-A do Código Civil: “Na nomeação de curador para a pessoa com deficiência, o juiz poderá 
estabelecer curatela compartilhada a mais de uma pessoa.”. 
(D) CORRETA. Art. 85, § 1º, do Estatuto da Pessoa com Deficiência: “A definição da curatela não alcança o direito ao 
próprio corpo, à sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e ao voto.”. 
(E) ERRADA. Novamente, o já mencionado art. 1.782 do Código Civil. 
 
12. Na sucessão legítima, aplicam-se as seguintes regras: 
I. Havendo renúncia à herança, a parte do renunciante devolver-se-á sempre aos herdeiros da classe subsequente. 
II. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, poderão eles, com autorização do juiz, 
aceitá-la em nome do renunciante, mas, pagas as dívidas do renunciante, prevalece a renúncia quanto ao 
remanescente, que será devolvido aos demais herdeiros da mesma classe, salvo sefor o único, caso em que se devolve 
aos herdeiros da classe subsequente. 
III. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o direito de representação concedido 
aos filhos de irmãos. 
IV. Na falta de irmãos herdarão igualmente os tios e sobrinhos, que são colaterais de terceiro grau. 
V. Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros descendentes por cabeça ou por estirpe, conforme 
se achem ou não no mesmo grau. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I, IV e V. 
(B) I, II e III. 
(C) III, IV e V. 
(D) I, II e IV. 
(E) II, III e V. 
RESPOSTA: correta a alternativa “E”, conforme explicação a seguir. 
(I) ERRADA. Em regra, a parte do herdeiro renunciante acresce à dos herdeiros de mesma classe. Sendo o renunciante 
o único herdeiro de sua classe, aí, sim, haverá a transmissão à classe subsequente. É o que diz o art. 1.810 do Código 
Civil. 
(II) CORRETA. Art. 1.813 do Código Civil: “Art. 1.813. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à 
herança, poderão eles, com autorização do juiz, aceitá-la em nome do renunciante. § 1º. A habilitação dos credores 
se fará no prazo de trinta dias seguintes ao conhecimento do fato. § 2º. Pagas as dívidas do renunciante, prevalece a 
renúncia quanto ao remanescente, que será devolvido aos demais herdeiros.”. 
(III) CORRETA. Art. 1.840 do Código Civil: “Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo 
o direito de representação concedido aos filhos de irmãos.”. 
(IV) ERRADA. Art. 1.843, caput, do Código Civil: “Na falta de irmãos, herdarão os filhos destes e, não os havendo, os 
tios.”. 
(V) CORRETA. Art. 1.835 do Código Civil: “Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros 
descendentes, por cabeça ou por estirpe, conforme se achem ou não no mesmo grau.”. 
 
13. O recebimento, pelo credor, de dívida prescrita 
(A) dá direito à repetição se o devedor for absoluta ou relativamente incapaz. 
(B) dá direito à repetição em dobro, salvo se for restituído o valor recebido no prazo da contestação. 
(C) dá direito à repetição fundada no enriquecimento sem causa. 
(D) só não confere direito à repetição, se o credor houver agido de boa-fé. 
(E) não dá direito à repetição por pagamento indevido ou enriquecimento sem causa, ainda que a prescrição seja 
considerada matéria de ordem pública. 
RESPOSTA: 
(A) ERRADA. Art. 882 do Código Civil: “Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir 
obrigação judicialmente inexigível.”. A dívida prescrita não pode mais ser exigida pelo credor, mas ela continua a 
existir. Por isso, se paga, não é possível que o devedor exija a repetição. Há um débito sem responsabilidade, ou seja, 
um debitum sem obligatio (Schuld sem Haftung). Ademais, o pagamento de uma dívida é ato jurídico stricto sensu, 
cuja consequência está predeterminada em lei (CC, art. 304). Logo, o fato de a dívida ter sido paga por um incapaz não 
invalida o pagamento – caso contrário, não poderia uma criança, por exemplo, comprar um chocolate em um 
supermercado. 
(B) ERRADA. O já mencionado art. 882 do Código Civil traz determinação em sentido contrário. 
(C) ERRADA. O já mencionado art. 882 do Código Civil traz determinação em sentido contrário. 
(D) ERRADA. O já mencionado art. 882 do Código Civil traz determinação em sentido contrário. 
(E) CORRETA. O já mencionado art. 882 do Código Civil traz determinação em sentido contrário. 
 
14. Luís adquiriu um terreno, por escritura pública não levada ao Registro de Imóveis e onde, posteriormente, 
construiu uma casa que teve emplacamento com o respectivo número, bem como a rua, que não o tinha, recebeu o 
nome de rua das Flores. Executado por uma nota promissória, e pretendendo obter efeito suspensivo nos embargos 
que opôs, diligenciou para adquirir o domínio do imóvel, incluindo a construção, sendo o bem aceito à penhora. 
Acolhidos os embargos e lhe sendo restituído o título, providenciou o necessário para que não mais constasse contra 
ele a penhora no registro imobiliário. As providências tomadas foram 
(A) averbação ex-officio do nome da rua, matrícula da escritura, averbações da edificação e do número do 
emplacamento, registro da penhora e registro da decisão que determinou o cancelamento da penhora. 
(B) registro da escritura, averbação ex-officio do nome da rua, averbação da edificação e do número do emplacamento, 
registro da penhora e averbação da decisão que determinou o cancelamento da penhora. 
(C) registro da escritura e da edificação, averbação do número do emplacamento, do nome da rua, da penhora, e da 
decisão que determinou o cancelamento da penhora. 
(D) averbações da escritura, da edificação e do número do emplacamento e, ex-officio, do nome da rua, registros da 
penhora e da decisão que a cancelou. 
(E) matrícula da escritura e registros da edificação, ex-officio do nome da rua, da penhora e seu cancelamento. 
RESPOSTA: a questão exige do candidato o conhecimento do que deve ser averbado (Lei n.º 6.015/73, art. 167, I) e do 
que deve ser registrado (Lei n.º 6.015/73, art. 167, II) no Registro de Imóveis. Interessante mencionar que o art. 29 da 
mencionada lei traz um rol semelhante, mas referente ao Registro Civil de Pessoas Naturais. 
(A) ERRADA. A Lei n.º 6.015/73 determina: o registro da escritura (art. 168); a averbação ex officio do nome da rua 
(167, II, 13); a averbação da edificação e do número do emplacamento (art. 167, II, 4). Quando ao registro e ao 
cancelamento da penhora, é interessante fazer uma ressalva. Embora o art. 167, I, 5, fale em registro da penhora, o 
Código de Processo Civil determina a averbação, tanto para o registro quanto para o cancelamento (art. 799, IX, e art. 
828, caput, § 2º e § 3º). Sobre o tema, transcrevo a lição de Martha El Debs (Legislação Notarial e de Registros Públicos, 
JusPodivm, 2018): “é certo pela expressão do artigo que a penhora deve ser ‘averbada’ (já usada no CPC/73, art. 659, 
par. 4º e com redação dada pela Lei 11.382/2006) no registro imobiliário mas, nem a referida lei e nem o NCPC não 
alteraram o artigo 167, I, 5, da Lei de Registros Públicos, e tampouco os artigos 239 e 240 do mesmo diploma legal, 
que continua, destarte, prevendo que o arresto, o sequestro e a penhora são objeto de registro. Alguns Estados ainda 
continuam fazendo o registro da penhora, porém, a maioria já aderiu ao ato de averbação e hoje, inclusive no Estado 
de São Paulo, a penhora é objeto de averbação, conforme já decidiu inúmeras vezes o Conselho Superior da 
Magistratura Paulista.”. 
(B) CORRETA. A alternativa já foi explicada anteriormente. 
(C) ERRADA. A alternativa já foi explicada anteriormente. 
(D) ERRADA. A alternativa já foi explicada anteriormente. 
(E) ERRADA. A alternativa já foi explicada anteriormente. 
 
15. Joaquim, transitando por uma rua, foi atingido por tijolos, que caíram de um prédio em ruína, cuja falta de reparos 
era manifesta, sofrendo graves lesões e ficando impedido de trabalhar, experimentando prejuízos materiais na ordem 
de R$ 100.000,00 (cem mil reais), deles fazendo prova. Ajuizada ação, defendeu-se o proprietário alegando que 
desconhecia a necessidade de reparos porque há muito tempo, já idoso, residia em uma casa de repouso, achando-se 
referido imóvel abandonado e sujeito a invasões. No curso do processo, Joaquim faleceu, requerendo seus herdeiros 
habilitação, pretendo receber o que fosse devido a Joaquim. No caso, a responsabilidade do proprietário é 
(A) objetiva e a alegação de abandono em razão de idade não aproveita ao réu, mas os direitos do autor não se 
transmitem a seus herdeiros, porque personalíssimos, devendo o processo ser extinto sem resolução de mérito. 
(B) subjetiva, devendo ser provada a culpa do réupela ruína do prédio, transmitindo-se o direito do autor a seus 
herdeiros, incidindo juros. 
(C) objetiva e a alegação de abandono em razão da idade não aproveita ao réu, devendo a ação ser julgada procedente, 
incidindo juros e transmitindo-se os direitos do autor aos seus herdeiros. 
(D) objetiva, mas o réu tem a seu favor suas alegações, que devem ser acolhidas como excludente de responsabilidade, 
julgando-se a ação improcedente, mas se for julgada procedente, por falta de prova das alegações do réu, o direito do 
autor se transmite a seus herdeiros, incidindo juros. 
(E) subjetiva, porém, a manifesta necessidade de reforma implica presunção de culpa, que poderá ser infirmada pelo 
réu, mas os direitos do autor se transmitem aos seus herdeiros, vencendo juros, caso o pedido seja julgado 
procedente. 
RESPOSTA: 
(A) ERRADA. Art. 937 do Código Civil: “O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua 
ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.”. De fato, trata-se de responsabilidade 
objetiva, como afirmado na alternativa (Enunciado 556 da VI Jornada de Direito Civil). Acerca da transmissibilidade da 
legitimidade para o ajuizamento da ação de indenização – o erro da alternativa -, transcrevo posicionamento do STJ: 
“A Corte Especial deste Tribunal firmou o entendimento de que, embora a violação moral atinja apenas o plexo de 
direitos subjetivos da vítima, o direito à respectiva indenização transmite-se com o falecimento do titular do direito, 
possuindo o espólio e os herdeiros legitimidade ativa ad causam para ajuizar ação indenizatória por danos morais, em 
virtude da ofensa moral suportada pelo de cujus” (AgRg no AREsp 195.026/SP, julgado em 27/11/2012). 
(B) ERRADA. A responsabilidade é objetiva. 
(C) CORRETA. A alegação do proprietário do imóvel de que é idoso não influencia em sua responsabilidade. Ademais, 
como já dito, a responsabilidade é objetiva. 
(D) ERRADA. A responsabilidade é objetiva e, como já dito, a idade do proprietário do imóvel não o exime do dever de 
indenizar. 
(E) ERRADA. A responsabilidade é objetiva. 
 
Direito Processual Civil 
16. Examine os enunciados seguintes, concernentes aos recursos: 
I. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada; já o capítulo da sentença que confirma, 
concede ou revoga a tutela provisória não é impugnável na apelação, mas por meio de interposição de agravo 
autônomo. 
II. Caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de 
cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. 
III. Nos embargos de divergência, entre outras hipóteses, é embargável o acórdão de órgão fracionário que em recurso 
extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo um 
acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do recurso, embora tenha apreciado a controvérsia. 
IV. Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embargada, o embargado que 
já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos 
exatos limites da modificação, no prazo de dez dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) II e III. 
(B) II e IV. 
(C) I, II e III. 
(D) I, III e IV. 
(E) II, III e IV. 
RESPOSTA: a alternativa correta é a de letra “A”, conforme exposição a seguir. 
(I) ERRADA. Das decisões em tutela provisória cabe agravo de instrumento (CPC, art. 1.015, I). No entanto, “o capítulo 
da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável na apelação” (CPC, art. 1.013, § 5º). 
Ou seja, se a tutela provisória se der em decisão interlocutória, o recurso cabível será o agravo de instrumento; se, no 
entanto, se der em sentença, deve ser atacada na própria apelação. 
(II) CORRETA. Art. 1.015, parágrafo único, do Código de Processo Civil: “Também caberá agravo de instrumento contra 
decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo 
de execução e no processo de inventário.”. 
(III) CORRETA. Art. 1.043, III, do Código de Processo Civil: “Art. 1.043. É embargável o acórdão de órgão fracionário 
que: III - em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo 
tribunal, sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do recurso, embora tenha apreciado a 
controvérsia;”. 
(IV) ERRADA. Art. 1.024 do Código de Processo Civil: “Art. 1.024. O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias. § 4º. 
Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embargada, o embargado que já 
tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos 
exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos embargos de 
declaração.”. 
 
17. No que se refere à comunicação dos atos processuais, é correto que 
(A) para a eficácia e existência do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, com a ressalva única de 
indeferimento da petição inicial. 
(B) o comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a partir desta 
data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução. 
(C) a citação válida, salvo se ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui 
em mora o devedor. 
(D) a citação será sempre pessoal, por se tratar de ato personalíssimo e, portanto, intransferível. 
(E) como regra geral, a citação será feita por meio de mandado a ser cumprido por oficial de justiça; frustrada esta, 
far-se-á pelo correio. 
RESPOSTA: 
(A) ERRADA. Art. 239, caput, do Código de Processo Civil: “Para a validade do processo é indispensável a citação do 
réu ou do executado, ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do 
pedido.”. Boa parte da doutrina entende que a citação válida é pressuposto processual de validade do processo, e não 
de existência, como afirmado na alternativa – nesse sentido, Daniel Amorim Assumpção Neves, em seu Novo CPC 
Comentado, e Fredie Didier Jr., na obra Curso de Direito Processual Civil. Ademais, o indeferimento da petição não é a 
única ressalva do art. 239, caput, do Código de Processo Civil, que também traz a improcedência liminar do pedido. 
(B) CORRETA. Art. 239, § 1º, do Código de Processo Civil: “O comparecimento espontâneo do réu ou do executado 
supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de 
embargos à execução.”. 
(C) ERRADA. Art. 240, caput, do Código de Processo Civil: “A citação válida, ainda quando ordenada por juízo 
incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos 
arts. 397 e 398 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).”. 
(D) ERRADA. Art. 242, caput, do Código de Processo Civil: “A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na 
pessoa do representante legal ou do procurador do réu, do executado ou do interessado.”. 
(E) ERRADA. Art. 249 do Código de Processo Civil: “A citação será feita por meio de oficial de justiça nas hipóteses 
previstas neste Código ou em lei, ou quando frustrada a citação pelo correio.”. 
 
18. Em relação à forma dos atos processuais, é correto afirmar: 
(A) Compete privativamente aos tribunais regulamentar a prática e a comunicação oficial de atos processuais por meio 
eletrônico, velando pela compatibilidadedos sistemas, disciplinando a incorporação progressiva de novos avanços 
tecnológicos e editando, para esse fim, os atos que forem necessários. 
(B) Os atos e termos processuais são em regra formais, considerando-se nulos os que tenham sido praticados em 
desrespeito a essa premissa. 
(C) A desistência da ação produzirá efeitos imediatos nos autos, embora seja possível discutir os ônus sucumbenciais 
se não houver anuência da parte adversa ao ato. 
(D) Apenas decisões interlocutórias e sentenças devem ser publicadas no Diário de Justiça Eletrônico, já que 
despachos, por não causarem gravames, não necessitam de publicação. 
(E) Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular 
mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, 
faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo. 
RESPOSTA: 
(A) ERRADA. Art. 196 do Código de Processo Civil: “Compete ao Conselho Nacional de Justiça e, supletivamente, aos 
tribunais, regulamentar a prática e a comunicação oficial de atos processuais por meio eletrônico e velar pela 
compatibilidade dos sistemas, disciplinando a incorporação progressiva de novos avanços tecnológicos e editando, 
para esse fim, os atos que forem necessários, respeitadas as normas fundamentais deste Código.”. 
(B) ERRADA. Art. 188 do Código de Processo Civil: “Os atos e os termos processuais independem de forma 
determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, 
lhe preencham a finalidade essencial.”. 
(C) ERRADA. Art. 200, parágrafo único, do Código de Processo Civil: “A desistência da ação só produzirá efeitos após 
homologação judicial.”. 
(D) ERRADA. Art. 205, § 3º, do Código de Processo Civil: “Os despachos, as decisões interlocutórias, o dispositivo das 
sentenças e a ementa dos acórdãos serão publicados no Diário de Justiça Eletrônico.”. 
(E) CORRETA. Art. 190, caput, do Código de Processo Civil: “Versando o processo sobre direitos que admitam 
autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às 
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou 
durante o processo.”. 
 
19. Mário propõe ação reivindicatória contra João Roberto, a quem acusa de ter invadido ilicitamente área imóvel de 
sua propriedade. Após a citação de João Roberto e oferecimento de sua contestação, ingressa nos autos José Antônio, 
alegando que o imóvel não é de Mário nem de João Roberto e sim dele, juntando documentos e pedindo a retomada 
do imóvel para si. A intervenção processual de José Antônio denomina-se 
(A) litisconsórcio. 
(B) chamamento ao processo. 
(C) denunciação da lide. 
(D) assistência litisconsorcial. 
(E) oposição. 
RESPOSTA: a questão deveria ter sido anulada. O enunciado diz que José Antônio ingressou nos autos da ação 
reivindicatória proposta por Mário contra João Roberto. Ocorre que a oposição tem natureza jurídica de ação, com 
procedimento regulado a partir do art. 682 do Código de Processo Civil. Portanto, o opoente não ingressa no processo, 
mas com processo, com nova ação, que deve ser distribuída, por dependência, ao juízo onde tramita a ação que tem 
por objeto a coisa em discussão pelos envolvidos (CPC, art. 683, parágrafo único). De qualquer forma, para fins de 
esclarecimento, transcrevo, a seguir, os dispositivos que tratam de cada um dos temas trazidos nas alternativas. 
(A) ERRADA. Art. 113 do Código de Processo Civil: “Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, 
em conjunto, ativa ou passivamente, quando: I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações 
relativamente à lide; II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir; III - ocorrer afinidade de 
questões por ponto comum de fato ou de direito.”. 
(B) ERRADA. Art. 130 do Código de Processo Civil: “Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo 
réu: I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu; II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns 
deles; III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida 
comum.”. 
(C) ERRADA. Art. 125 do Código de Processo Civil: “Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por 
qualquer das partes: I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, 
a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam; II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo 
contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.”. 
(D) ERRADA. Art. 124 do Código de Processo Civil: “Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente 
sempre que a sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido.”. 
(E) CORRETA. Art. 682 do Código de Processo Civil: “Art. 682. Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o 
direito sobre que controvertem autor e réu poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos.”. 
 
20. Em relação às tutelas provisórias, de urgência e da evidência, considere os enunciados seguintes: 
I. A tutela provisória de urgência, se cautelar, só pode ser concedida em caráter antecedente, podendo a qualquer 
tempo ser revogada ou modificada. 
II. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, 
registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito. 
III. Entre outros motivos, a tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de 
dano ou de risco ao resultado útil do processo, se se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental 
adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob 
cominação de multa. 
IV. Para a concessão da tutela de urgência, o juiz deve, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para 
ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, só podendo a garantia ser dispensada se os requerentes da 
medida forem menores ou idosos com mais de sessenta anos. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) II e III. 
(B) I e II. 
(C) I, II e IV. 
(D) II, III e IV. 
(E) I, II e III. 
RESPOSTA: correta a alternativa “A”, conforme exposição a seguir. 
(I) ERRADA. Art. 294, parágrafo único, do Código de Processo Civil: “A tutela provisória de urgência, cautelar ou 
antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidente”. 
(II) CORRETA. Art. 301 do Código de Processo Civil: “A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada 
mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra 
medida idônea para asseguração do direito.”. 
(III) CORRETA. Art. 311 do Código de Processo Civil: “Art. 311. A tutela da evidência será concedida, 
independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: (...) III - 
se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que 
será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa”. 
(IV) ERRADA. Art. 300, § 1º, do Código de Processo Civil: “Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme 
o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo 
a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.”. 
 
21. No tocante à sentença e à coisajulgada, é correto afirmar que: 
(A) publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la para correção de inexatidões materiais ou erros de cálculo, por 
meio de embargos de declaração ou para reexaminar matérias de ordem pública. 
(B) a sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros, sendo vedado à parte 
discutir no curso do processo as questões já decididas a cujo respeito se operou a preclusão. 
(C) a sentença deve ser certa, a não ser que resolva relação jurídica condicional. 
(D) na ação que tenha por objeto a emissão de declaração de vontade, a sentença que julgar procedente o pedido 
produzirá de imediato todos os efeitos da declaração não emitida. 
(E) denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão, de mérito ou não, que 
não mais se encontre sujeita a recurso. 
RESPOSTA: 
(A) ERRADA. Art. 494 do Código de Processo Civil: “Art. 494. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la: I - para 
corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais ou erros de cálculo; II - por meio de embargos 
de declaração.”. 
(B) CORRETA. Arts. 506 e 507 do Código de Processo Civil: “Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes entre as 
quais é dada, não prejudicando terceiros.”; “Art. 507. É vedado à parte discutir no curso do processo as questões já 
decididas a cujo respeito se operou a preclusão.”. 
(C) ERRADA. Art. 492, parágrafo único, do Código de Processo Civil: “A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação 
jurídica condicional.”. 
(D) ERRADA. Art. 501 do Código de Processo Civil: “Na ação que tenha por objeto a emissão de declaração de vontade, 
a sentença que julgar procedente o pedido, uma vez transitada em julgado, produzirá todos os efeitos da declaração 
não emitida.”. 
(E) ERRADA. Art. 501 do Código de Processo Civil: “Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável 
e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso.”. 
 
22. Em relação à prova, é correto afirmar que: 
(A) como regra, há hierarquia entre as provas previstas normativamente, embora não exista hierarquia entre as provas 
admitidas consuetudinariamente. 
(B) os fatos ocorridos, sobre os quais se tenha estabelecido controvérsia, prescindem de prova. 
(C) a existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento do 
interessado, mediante ata lavrada por tabelião; dados representados por imagem ou som gravados em arquivos 
eletrônicos poderão constar da ata notarial. 
(D) para que o juiz determine as provas necessárias ao julgamento do mérito é preciso sempre que a parte as requeira, 
tendo em vista o princípio da inércia jurisdicional. 
(E) o ônus da prova não admite ser convencionado em sentido contrário ao da norma jurídica, salvo unicamente nas 
relações consumeristas, se em prol do consumidor. 
RESPOSTA: 
(A) ERRADA. O Código de Processo Civil não impõe hierarquia valorativa entre a prova típica ou nominada (aquela 
prevista expressamente em lei, a exemplo da prova testemunhal) e a prova atípica ou inominada. A respeito do tema, 
veja os seguintes dispositivos do Código: (a) provas típicas e atípicas: “Art. 369. As partes têm o direito de empregar 
todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a 
verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.”; (b) valoração da 
prova pelo juiz: “Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver 
promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.”. 
(B) ERRADA. Vez ou outra as bancas têm feito pegadinha com o vocábulo “prescindir”, sinônimo de dispensar. Ou seja, 
prescindível é o que é dispensável. Evidentemente, nos fatos em que há controvérsia, a prova não pode ser 
dispensada. Nesse sentido, o art. 374, III, do Código de Processo Civil. 
(C) CORRETA. Art. 384 do Código de Processo Civil: “Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem 
ser atestados ou documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião. Parágrafo único. 
Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos poderão constar da ata notarial.”. 
(D) ERRADA. Art. 370 do Código de Processo Civil: “Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar 
as provas necessárias ao julgamento do mérito.”. 
(E) ERRADA. As partes podem convencionar a distribuição do ônus da prova (CPC, art. 373, § 3º). Ademais, pode o juiz 
modificar o ônus probatório, conforme o § 1º do art. 373, que assim dispõe: “Nos casos previstos em lei ou diante de 
peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do 
caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo 
diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se 
desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.”. Veja que uma das hipóteses em que o juiz pode modificar o ônus da prova 
é em virtude de disposição legal. É o que ocorre nas relações consumeristas, conforme o art. 6º, VIII, do Código de 
Defesa do Consumidor: “a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu 
favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo 
as regras ordinárias de experiências”. 
 
23. Em relação às seguintes normas processuais civis, constantes do Estatuto da Criança e do Adolescente, é correto 
afirmar: 
(A) a sentença que deferir a adoção produz efeitos imediatos, mesmo que sujeita a apelação, que será recebida como 
regra geral nos efeitos devolutivo e suspensivo. 
(B) na perda ou suspensão do poder familiar, se o pedido importar modificação da guarda do menor, este será 
necessariamente ouvido, em qualquer hipótese, sob pena de nulidade do procedimento. 
(C) da decisão judicial que examine e discipline a participação de crianças e adolescentes em espetáculos públicos e 
seus ensaios, bem como em certames de beleza, cabe a interposição de agravo de instrumento. 
(D) a sentença que destituir ambos ou qualquer dos genitores do poder familiar fica sujeita a apelação, que deverá ser 
recebida apenas no efeito devolutivo. 
(E) nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e da Juventude, proferida a decisão judicial a remessa dos autos à 
superior instância independerá de retratação pela autoridade judiciária que a proferiu. 
RESPOSTA: é preciso ter cuidado com o Estatuto da Criança e do Adolescente, pois o legislador modificou muitos dos 
seus dispositivos em 2017 – não por outro motivo, das provas realizadas em 2018, quase todas trouxeram alguma 
novidade legislativa da Lei n.º 8.069/90. 
(A) ERRADA. Art. 199-A da Lei n.º 8.069/90: “A sentença que deferir a adoção produz efeito desde logo, embora sujeita 
a apelação, que será recebida exclusivamente no efeito devolutivo, salvo se se tratar de adoção internacional ou se 
houver perigo de dano irreparável ou de difícil reparação ao adotando”. 
(B) ERRADA. Art. 161 da Lei n.º 8.069/90: “§ 3º. Se o pedido importar em modificação de guarda, será obrigatória, 
desde que possível e razoável, a oitiva da criança ou adolescente, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau 
de compreensão sobre as implicações da medida.”. 
(C) ERRADA. O art. 149 do ECA é muito cobrado em provas. Nele, o legislador regulamentou a participação de criança 
ou adolescente em espetáculos públicos ou em certames de beleza, por exemplo. Cabe apelação da decisão do juiz 
nas hipóteses previstas no mencionadodispositivo (ECA, art. 199). 
(D) CORRETA. Art. 199-B do ECA: “A sentença que destituir ambos ou qualquer dos genitores do poder familiar fica 
sujeita a apelação, que deverá ser recebida apenas no efeito devolutivo.”. 
(E) ERRADA. Art. 198 do ECA: “Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e da Juventude, inclusive os 
relativos à execução das medidas socioeducativas, adotar-se-á o sistema recursal da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 
1973 (Código de Processo Civil), com as seguintes adaptações: (...) VII - antes de determinar a remessa dos autos à 
superior instância, no caso de apelação, ou do instrumento, no caso de agravo, a autoridade judiciária proferirá 
despacho fundamentado, mantendo ou reformando a decisão, no prazo de cinco dias”. 
 
24. Em uma ação de despejo por falta de pagamento julgada procedente, o locatário interpõe apelação, à qual se nega 
provimento por maioria de votos. Nesse caso 
(A) o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão 
convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a 
possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar 
oralmente suas razões perante os novos julgadores, entretanto, sendo possível prosseguimento do julgamento dar 
será na mesma sessão. 
(B) não haverá prosseguimento do julgado, uma vez que a maioria negava provimento ao apelo; somente se fosse 
dado provimento ao apelo, por maioria, é que necessária e automaticamente ocorreria o prolongamento do 
julgamento. 
(C) não haverá prosseguimento do julgado, uma vez que a maioria negava provimento ao apelo; somente se fosse 
provido o apelo, por maioria, e a requerimento expresso da parte, é que ocorreria o julgamento estendido do processo. 
(D) haverá o prosseguimento do julgamento, pois atualmente não mais se exige o provimento majoritário do apelo; 
no entanto, será preciso requerimento expresso da parte a quem beneficiaria a reversão do julgado. 
(E) não haverá o prosseguimento do julgamento, pois foram extintos os embargos infringentes, cabendo apenas a 
oposição de embargos de declaração e, julgados estes, a interposição de recursos especial e extraordinário. 
RESPOSTA: os embargos infringentes foram extirpados do Código de Processo Civil. Em compensação, há uma 
novidade no art. 942, caput, da novel legislação processual denominada “técnica de ampliação do colegiado” (STJ, 
REsp 1.722.059/RJ, julgado em 04/06/2018). O mencionado dispositivo assim determina: “Quando o resultado da 
apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros 
julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente 
para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de 
sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores.”. 
(A) CORRETA. É o que diz o art. 942, caput, do Código de Processo Civil. 
(B) ERRADA. O art. 942, caput, não fala em acórdão de não provimento da apelação, mas em decisão não unânime. 
Logo, haverá prosseguimento. 
(C) ERRADA. Perceba que a FCC usa a expressão “julgamento estendido” para se referir ao art. 942, caput, do Código 
de Processo Civil. Haverá prosseguimento, como já explicado acima. 
(D) ERRADA. A nova técnica de julgamento, do art. 942, caput, do Código de Processo Civil é implementada de ofício. 
O dispositivo não faz referência ao requerimento da parte interessada. Ademais, de fato, não é necessário que a 
maioria tenha entendido pelo provimento da apelação. Basta que a decisão seja não unânime. 
(E) ERRADA. De fato, como já dito, os embargos infringentes não mais existem, devendo ser aplicada a técnica prevista 
no art. 942, caput, do Código de Processo Civil. 
 
25. Em relação à ação rescisória, 
(A) não é cabível, por violação manifesta à norma jurídica, contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão 
proferido em julgamento de casos repetitivos, que não tenha considerado a existência de distinção entre a questão 
discutida no processo e o padrão decisório que lhe deu fundamento. 
(B) só se pode ajuizá-la de decisões que tenham resolvido o mérito e transitadas em julgado. 
(C) há erro de fato quando a decisão rescindenda admitir fato inexistente ou quando considerar inexistente fato 
efetivamente ocorrido, sendo dispensável que o fato não represente ponto controvertido sobre o qual o juiz deveria 
ter-se pronunciado. 
(D) pode ter por objeto apenas um capítulo da decisão. 
(E) sua propositura impede como regra o cumprimento da decisão rescindenda, até seu final julgamento. 
RESPOSTA: a ação rescisória é tratada a partir do art. 966 do Código de Processo Civil, que traz um rol de hipóteses 
em que é possível rescindir uma decisão de mérito transitada em julgado. É importante dar especial atenção ao 
dispositivo, pois cai com certa frequência em provas. 
(A) ERRADA. Art. 966, § 5º, do Código de Processo Civil: “Cabe ação rescisória, com fundamento no inciso V do caput 
deste artigo, contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão proferido em julgamento de casos 
repetitivos que não tenha considerado a existência de distinção entre a questão discutida no processo e o padrão 
decisório que lhe deu fundamento.”. O inciso V se refere ao ajuizamento de rescisória contra a decisão que “violar 
manifestamente norma jurídica”. 
(B) ERRADA. Art. 966, § 2º, do Código de Processo Civil: “§ 2º. Nas hipóteses previstas nos incisos do caput, será 
rescindível a decisão transitada em julgado que, embora não seja de mérito, impeça: I - nova propositura da demanda; 
ou II - admissibilidade do recurso correspondente.”. 
(C) ERRADA. Art. 966, § 1º, do Código de Processo Civil: “Há erro de fato quando a decisão rescindenda admitir fato 
inexistente ou quando considerar inexistente fato efetivamente ocorrido, sendo indispensável, em ambos os casos, 
que o fato não represente ponto controvertido sobre o qual o juiz deveria ter se pronunciado.”. 
(D) CORRETA. Art. 966, § 3º, do Código de Processo Civil: “A ação rescisória pode ter por objeto apenas 1 (um) capítulo 
da decisão.”. 
(E) ERRADA. Art. 969 do Código de Processo Civil: “A propositura da ação rescisória não impede o cumprimento da 
decisão rescindenda, ressalvada a concessão de tutela provisória.”. 
 
26. No tocante aos procedimentos especiais de jurisdição contenciosa, 
(A) quando o cônjuge ou companheiro defendam a posse de bens, próprios ou de sua meação, não serão considerados 
terceiros para a finalidade de ajuizamento dos embargos correspondentes. 
(B) a consignação em pagamento será requerida no domicílio do credor da obrigação, cessando para o devedor, por 
ocasião da aceitação do depósito, os juros e os riscos, salvo se a demanda for julgada improcedente. 
(C) na ação de exigir contas, a sentença deverá apurar o saldo, se houver, mas só poderá constituir título executivo 
judicial em prol do autor da demanda. 
(D) na pendência de ação possessória é permitido, tanto ao autor quanto ao réu, propor ação de reconhecimento do 
domínio, salvo se a pretensão for deduzida em face de terceira pessoa. 
(E) entre outros fins, a ação de dissolução parcial de sociedade pode ter por objeto somente a resolução ou a apuração 
de haveres. 
RESPOSTA: 
(A) ERRADA. Art. 674 do Código de Processo Civil: “§ 2º. Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos: I - o 
cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no art. 
843”. O dispositivo trata dos embargos de terceiro. 
(B) ERRADA. Art. 540 do Código de Processo Civil: “Requerer-se-á a consignaçãono lugar do pagamento, cessando 
para o devedor, à data do depósito, os juros e os riscos, salvo se a demanda for julgada improcedente.”. 
(C) ERRADA. Art. 552 do Código de Processo Civil: “A sentença apurará o saldo e constituirá título executivo judicial.”. 
Em razão da natureza dúplice da ação de exigir contas, erra a alternativa ao dizer que o título executivo só poderá ser 
constituído em prol do autor da demanda. Sobre o tema, transcrevo as palavras de Daniel Amorim Assumpção Neves 
(Novo CPC Comentado): “A natureza dúplice da prestação de contas no tocante à pretensão condenatória a pagar o 
saldo devedor apurado pelas contas prestadas é inegável (...) Uma vez apurada a existência do saldo devedor em favor 
do autor da ação, será o réu condenado a pagar; mas verificado que o credor é o réu, o autor da demanda será 
condenado a pagar ao réu o saldo devedor.”. 
(D) ERRADA. Art. 557, caput, do Código de Processo Civil: “Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor 
quanto ao réu, propor ação de reconhecimento do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em face de terceira 
pessoa.”. 
(E) CORRETA. Art. 599 do Código de Processo Civil: “Art. 599. A ação de dissolução parcial de sociedade pode ter por 
objeto: I - a resolução da sociedade empresária contratual ou simples em relação ao sócio falecido, excluído ou que 
exerceu o direito de retirada ou recesso; e II - a apuração dos haveres do sócio falecido, excluído ou que exerceu o 
direito de retirada ou recesso; ou III - somente a resolução ou a apuração de haveres.”. 
 
27. No tocante aos procedimentos especiais de jurisdição voluntária: 
(A) declarada a ausência nos casos previstos em lei, o juiz mandará arrecadar os bens do ausente, nomeando-lhe 
curador e determinando a publicação de editais na rede mundial de computadores; findo o prazo de um ano, poderão 
os interessados requerer a abertura da sucessão definitiva, observando-se as normas pertinentes. 
(B) a interdição pode ser proposta privativamente pelo cônjuge ou companheiro do interditando ou, se estes não 
existirem ou não promoverem a interdição, pelo Ministério Público. 
(C) na herança jacente, ultimada a arrecadação dos bens, o juiz mandará expedir edital, com os requisitos previstos 
em lei; passado um ano da primeira publicação do edital e não havendo herdeiro habilitado nem habilitação pendente, 
será a herança declarada vacante. 
(D) processar-se-á como procedimento de jurisdição voluntária a homologação de autocomposição extrajudicial, 
desde que limitada a valor equivalente a quarenta salários mínimos. 
(E) o divórcio consensual, a separação consensual e a extinção consensual de união estável, não havendo nascituro ou 
filhos incapazes e observados os requisitos legais, poderão ser realizados por escritura pública que deverá ser 
homologada judicialmente para constituir título hábil para atos de registro, bem como para levantamento de 
importância depositada em instituições financeiras. 
RESPOSTA: 
(A) ERRADA. Arts. 744 e 745, caput, do Código de Processo Civil: “Art. 744. Declarada a ausência nos casos previstos 
em lei, o juiz mandará arrecadar os bens do ausente e nomear-lhes-á curador na forma estabelecida na Seção VI, 
observando-se o disposto em lei.”; “Art. 745. Feita a arrecadação, o juiz mandará publicar editais na rede mundial de 
computadores, no sítio do tribunal a que estiver vinculado e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, 
onde permanecerá por 1 (um) ano, ou, não havendo sítio, no órgão oficial e na imprensa da comarca, durante 1 (um) 
ano, reproduzida de 2 (dois) em 2 (dois) meses, anunciando a arrecadação e chamando o ausente a entrar na posse 
de seus bens.”. 
(B) ERRADA. Art. 747 do Código de Processo Civil: “Art. 747. A interdição pode ser promovida: I - pelo cônjuge ou 
companheiro; II - pelos parentes ou tutores; III - pelo representante da entidade em que se encontra abrigado o 
interditando; IV - pelo Ministério Público.”. 
(C) CORRETA. Art. 743, caput, do Código de Processo Civil: “Passado 1 (um) ano da primeira publicação do edital e não 
havendo herdeiro habilitado nem habilitação pendente, será a herança declarada vacante.”. 
(D) ERRADA. O art. 725 do Código de Processo Civil traz um rol de pedidos que devem ser processados em 
procedimento de jurisdição voluntária. Veja: “Art. 725. Processar-se-á na forma estabelecida nesta Seção o pedido de: 
I - emancipação; II - sub-rogação; III - alienação, arrendamento ou oneração de bens de crianças ou adolescentes, de 
órfãos e de interditos; IV - alienação, locação e administração da coisa comum; V - alienação de quinhão em coisa 
comum; VI - extinção de usufruto, quando não decorrer da morte do usufrutuário, do termo da sua duração ou da 
consolidação, e de fideicomisso, quando decorrer de renúncia ou quando ocorrer antes do evento que caracterizar a 
condição resolutória; VII - expedição de alvará judicial; VIII - homologação de autocomposição extrajudicial, de 
qualquer natureza ou valor.”. Importante frisar que o rol é exemplificativo (numerus apertus). Outros requerimentos 
de jurisdição voluntária não incluídos no rol: o pedido de suprimento judicial de outorga uxória (CPC, art. 74, caput), 
o pedido de consentimento para casamento (CC, art. 1.519), o pedido de homologação de casamento nuncupativo 
(CC, art. 1.540) etc. 
(E) ERRADA. Art. 733 do Código de Processo Civil: “Art. 733. O divórcio consensual, a separação consensual e a extinção 
consensual de união estável, não havendo nascituro ou filhos incapazes e observados os requisitos legais, poderão ser 
realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições de que trata o art. 731. § 1º. A escritura não depende 
de homologação judicial e constitui título hábil para qualquer ato de registro, bem como para levantamento de 
importância depositada em instituições financeiras.”. 
 
Direito do Consumidor 
28. Quanto aos direitos do consumidor, bem como suas disposições gerais, é correto: 
(A) Direitos básicos do consumidor possuem rol elucidativo e não taxativo; se a ofensa for praticada por mais de um 
autor, todos responderão solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo. 
(B) Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, desde que determinadas ou determináveis, que haja 
intervindo nas relações de consumo. 
(C) Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, desde que personalizada, que desenvolve atividades 
de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou 
comercialização de produtos ou prestação de serviços. 
(D) As normas consumeristas têm natureza protetiva e de defesa dos consumidores, de ordem dispositiva e de 
interesse social, implicando tratamento diferenciado a estes por sua hipossuficiência e vulnerabilidade. 
(E) Produto é qualquer bem, exclusivamente material, de natureza móvel ou imóvel, indistintamente. 
RESPOSTA: 
(A) CORRETA. De fato, o Código de Defesa do Consumidor (Lei n.º 8.078/90) não traz um rol taxativo de direitos do 
consumidor. Importante frisar que, com o advento da Constituição Federal de 1988, a defesa do consumidor recebeu 
o status de direito fundamental (CF, art. 5º, XXXII). A respeito da solidariedade em reparar o dano, a Lei n.º 8.078/90 
a prevê expressamente, em seus arts. 18; 19; 25, § 1º; 28, § 3º; e 34. 
(B) ERRADA. Art. 2º, parágrafo único, da Lei n.º 8.078/90: “Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda 
que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.”. 
(C) ERRADA. Art. 3º, caput, da Lei n.º 8.078/90: “Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, 
nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem,

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