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AULA 12: PROGRAMAS DE SAÚDE- DST/AIDS 
Ensino clínico em saúde coletiva 
ENSINO CLÍNICO EM SAÚDE COLETIVA 
Aula 12: Programas de saúde - DST/AIDS 
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Ensino clínico em saúde coletiva 
Objetivos 
Identificar as ações preconizadas no 
Programa DST/ AIDS 
1 
Reconhecer a importância 
da atuação do enfermeiro 
no programa de DST/ AIDS 
2 
PRÓXIMOS 
PASSOS 
Explicar o processo da consulta 
de enfermagem ao cliente com 
DST/ AIDS 
3 
Discutir os princípios 
básicos para o controle de 
DST/ AIDS. 
2 
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Falando de AIDS 
A Política Nacional de DST/AIDS descreve que a história nacional da epidemia de AIDS no Brasil perpassa por 3 fases: 
• Olhar restrito ao infectado 
• Transmissão principalmente em 
homens que fazem sexo com 
homens 
• Nível de escolaridade mais alto 
Fase inicial 
• Olhar ampliado à exposição ao 
vírus 
• Incrementação da transmissão aos 
homens em uso de drogas 
injetáveis e também aos 
heterossexuais 
2ª Fase 
• Olhar voltado para a 
suscetibilidade das pessoas ao 
vírus 
• Transmissão aumentada entre 
heterossexuais, principalmente a 
pessoas com baixa escolaridade, 
mulheres e interiorização da 
epidemia 
3ª Fase 
(BRASIL, 1999) 
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Política Nacional de DST/ AIDS 
Os três grandes objetivos que norteiam as ações no âmbito da política: 
1. Reduzir a incidência de infecção pelo HIV/AIDS e por outras DST 
2. Ampliar o acesso ao diagnóstico, ao tratamento e à assistência - 
melhorando sua qualidade, no que se refere ao HIV/AIDS 
3. Fortalecer as instituições públicas e privadas responsáveis pelo controle 
das DST e da AIDS 
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Política Nacional de DST/ AIDS 
Os três componentes do Programa Nacional DST/ AIDS: 
Componente 1 - Promoção, Proteção e Prevenção 
Componente 2 - Diagnóstico e Assistência 
Componente 3 - Desenvolvimento Institucional e Gestão 
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Política Nacional de DST/ AIDS 
A promoção, proteção e prevenção no âmbito do cuidado aos portadores de DST/AIDS devem envolver a 
compreensão de alguns conceitos importantes: 
Vulnerabilidade Risco Redução de danos 
Direitos humanos 
Participação e 
controle social 
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Conceito de vulnerabilidade 
“O conceito de vulnerabilidade especificamente aplicado à saúde pública resultou de um processo entre o 
ativismo frente à epidemia de AIDS e o movimento dos Direitos Humanos. O discurso da vulnerabilidade na 
saúde pública surgiu a partir da proposta de um diagnóstico das tendências mundiais da pandemia da AIDS no 
início da década de 1990 pela Escola de Saúde Pública de Harvard.” 
 
(BRASIL, 2003) 
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Redução de danos 
“Adota estratégias pragmáticas que enfatizam a efetividade e a relação custo/benefício das intervenções entre 
usuários de droga injetáveis diante da epidemia de AIDS, não exigindo a abstinência como critério exclusivo de 
participação da população-alvo. Torna 
disponível insumos para o não compartilhamento de seringas e para a prática sexual mais segura e prioriza a 
prevenção e o tratamento dos usuários de drogas em um nível terciário de atenção.” 
 
(BRASIL, 2003) 
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Algumas colocações 
• Em 2015, a terminologia DST passa a ser substituída pela “IST” (Infecções Sexualmente Transmissíveis) 
através da divulgação do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com 
Infecções Sexualmente Transmissíveis; 
 
 
• A ênfase atualmente está sendo dada à sífilis congênita e à sífilis em adultos; 
 
• Em qualquer tipo de IST é necessário interromper a cadeia de transmissão e prevenir o surgimento 
de novos casos. 
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DST IST 
“As IST são causadas por mais de 30 agentes etiológicos (vírus, bactérias, fungos e protozoários), sendo 
transmitidas, principalmente, por contato sexual e, de forma eventual, por via sanguínea. A transmissão de uma 
IST ainda pode acontecer da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. Essas infecções 
podem se apresentar sob a forma de síndromes: úlceras genitais, corrimento uretral, corrimento vaginal e DIP. 
Algumas infecções possuem altas taxas de incidência e prevalência, apresentam complicações mais graves em 
mulheres e facilitam a transmissão do HIV. Podem, ainda, estar associadas à culpa, estigma, discriminação e 
violência, por motivos biológicos, psicológicos, sociais e culturais.” 
(BRASIL, 2015) 
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Importância dos centros de testagem 
• Acesso ao diagnóstico de forma confidencial e gratuita; 
• Acompanha orientações e educação em saúde, prestadas por profissionais capacitados; 
• A existência desse tipo de serviço veicula campanhas regionais; 
• É realizado aconselhamento pré-teste e pós-teste; 
• É importante frisar que esse tipo de serviço não é um ato de prevenção, mas de detecção precoce, não 
substituindo os métodos de prevenção. 
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Métodos de prevenção 
• O uso do preservativo é o principal método de prevenção das doenças sexualmente transmissíveis; 
• O Programa Nacional tem investido ao longo dos anos, na garantia do acesso gratuito aos preservativos, e no 
marketing social associado às campanhas que promovem seu uso; 
• “A incorporação no SUS da vacinação contra o vírus do papiloma humano (HPV, do inglês Human Papiloma 
Vírus), efetivada nas UBS de todo o país, representa uma oportunidade para reforçar a informação sobre as 
outras IST assintomáticas junto à comunidade em geral e ao público-alvo.” (BRASIL, 2015) 
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Atribuições da Atenção Básica no controle das DST/ AIDS 
• Garantir o acolhimento e realizar atividades de informação/educação em saúde; 
• Realizar consulta imediata no caso de úlceras genitais, corrimentos genitais masculinos e femininos e de 
verrugas anogenitais; 
• Realizar coleta de material cervicovaginal para exames laboratoriais; 
• Realizar testagem rápida e/ou coleta de sangue e/ou solicitação de exames para sífilis, HIV e hepatites B e C, 
nos casos de IST; 
• Realizar tratamento das pessoas com IST e suas parcerias sexuais; 
• Seguir o protocolo do MS para prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatites virais. 
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Atribuições da Atenção Básica no controle das DST/ AIDS 
• Notificar as IST, conforme a Portaria nº 1.271/2014. Os demais agravos são notificados de acordo com 
recomendações dos estados/municípios, quando existentes; 
• Comunicar as parcerias sexuais do caso-índice para tratamento, conforme protocolo; 
• Referir os casos suspeitos de IST com manifestações cutâneas extragenitais para unidades que disponham de 
dermatologista, caso necessário; 
• Referir os casos de IST complicadas e/ou não resolvidas para unidades que disponham de especialistas e mais 
recursos laboratoriais; 
• Referir os casos de dor pélvica com sangramento vaginal, casos com indicação de avaliação cirúrgica ou 
quadros mais graves para unidades com ginecologista e/ou quedisponham de atendimento cirúrgico. 
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Vigilância epidemiológica 
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA 
“A notificação é obrigatória no caso de sífilis adquirida, sífilis em gestante, sífilis congênita, hepatites virais B e C, 
AIDS, infecção pelo HIV, infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e criança exposta ao risco de 
transmissão vertical do HIV, conforme a Portaria nº 1.271, de 6 de junho de 2014. A síndrome do corrimento 
uretral masculino é de notificação compulsória, a ser monitorada por meio da estratégia de vigilância em 
unidades-sentinela e suas diretrizes, de acordo com a Portaria nº 1.984, de 12 de setembro de 2014. As demais 
IST, se considerado conveniente, podem ser incluídas na lista de notificação dos estados/municípios.” 
(BRASIL, 2015) 
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Consulta de Enfermagem ao portador de DST/ AIDS 
Coleta de dados (Histórico de Enfermagem) 
• Abordar sexualidade, comportamentos de risco; 
• Identificar grau de informação pré-existente; 
• Avaliar adesão ao tratamento; 
• Analisar rede de apoio social e familiar; 
• Realizar escuta ativa; 
• Identificar possíveis obstáculos na adesão ao tratamento indicado; 
• Atentar para sinais de sofrimento decorrente de estigma do diagnóstico; 
• Definir grau de vulnerabilidade. 
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Consulta de Enfermagem ao portador de DST/ AIDS 
Assistência de Enfermagem 
• Deve se preocupar em envolver familiares e rede de apoio social no tratamento do paciente; 
• Estimular o abandono de comportamentos de risco; 
• Incentivar a manutenção/conclusão do acompanhamento do tratamento; 
• Esclarecer quaisquer dúvidas sobre diagnóstico e tratamento; 
• Favorecer o aumento de qualidade de vida; 
• Desenvolver espaços de acesso à informação relativa às DST/ AIDS; 
• Estabelecer vínculo. 
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Referências 
BRASIL. Política Nacional de DST/AIDS: princípios e diretrizes / Coordenação Nacional de DST/ AIDS. 1. ed. Brasília: 
Ministério da Saúde, 1999. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd03_17.pdf. Acesso em: 27 
jul. 2017. 
______. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Coordenação Nacional de DST e AIDS. Políticas e diretrizes de 
prevenção das DST/AIDS entre mulheres. Secretaria Executiva, Coordenação Nacional de DST e AIDS. Brasília, 
2003. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd04_19.pdf. Acesso em: 27 jul. 2017. 
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais. 
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente 
Transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_diretrizes_terapeutica_atencao_integral_pessoas_in
feccoes_sexualmente_transmissiveis.pdf. Acesso em: 27 jul. 2017. 
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Referências 
______. Portaria nº1271, de 06 de junho de 2014. Define a lista nacional de notificação compulsória de doenças, 
agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, e dá 
outras providências. Disponível em: 
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cruzeiros/documentos/2013/lista_nacional_de_doencas_de_notificacao_compu
lsoria_.pdf. Acesso em: 27 jul. 2017. 
 
______. Portaria nº1984, de 12 de setembro de 2014. Define a lista nacional de doenças e agravos de notificação 
compulsória, na forma do Anexo, a serem monitorados por meio da estratégia de vigilância em unidades sentinelas 
e suas diretrizes. Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=274718. Acesso em: 27 jul. 2017. 
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Saiba mais 
• Sites 
 http://www.AIDS.gov.br/AIDS 
 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/AIDS 
 
• Documento 
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 
Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes 
Terapêuticas para Atenção Integral as Pessoas com Infecções Sexualmente 
Transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_diretrizes_ter
apeutica_atencao_integral_pessoas_infeccoes_sexualmente_transmissiveis.
pdf. Acesso em: 27 jul. 2017. 
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VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
 
Processo de Enfermagem ao paciente 
portador de Tuberculose/Hanseníase; 
 
Etapas da consulta de Enfermagem ao 
portador de Tuberculose/Hanseníase; 
 
Análise crítica da realidade do portador de 
Tuberculose/Hanseníase. 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO.

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