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ESCOAMENTO EM CONDUTOS LIVRES: CANAIS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI CAMPUS ALTO PARAOPEBA HIDRÁULICA Prof. Emmanuel Teixeira – Sala 222.2 emmanuel.teixeira@ufsj.edu.br Conceito: Canais são condutos nos quais a água escoa apresentando superfície sujeita à pressão atmosférica. P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 2 3 Canais Naturais Canais Artificiais Parâmetros geométricos e hidráulicos característicos de canais 4 B y A P b yH I I J Classificação dos escoamentos P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 5 P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 6 Classificação dos escoamentos P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 7 Classificação dos escoamentos Distribuição de velocidades P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 8 2 8,02,0 UU U 4 2 6,08,02,0 UUU U 6,0UU ou ou P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 9 Distribuição de velocidades Distribuição de pressões: Escoamento uniforme e gradualmente variado P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 10 a) Para I < 10% Considera-se pressão aproximadamente igual a hidrostática hpB . b) Para I > 10% Deve-se levar em consideração o ângulo de inclinação 2cos..hpB p’ = pressão resultante corrigida p = pressão hidrostática γ = peso específico da água g = aceleração da gravidade U = velocidade média do escoamento r = Raio de curvatura do fluido Distribuição de pressões: Escoamento bruscamente variado curvilíneo P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra a)Escoamento Côncavo Observa-se uma sobrepressão b) Escoamento Convexo Observa-se uma subpressão p’ = p ± ∆p r U . g γh Δp 2 11 Resistência ao escoamento: Fórmula de Manning 12 RI Resistência ao escoamento: Fórmula de Manning 13 RICv 2/13/21 IR n v (Fórmula de Manning) (Fórmula de CHÉZY) 2/13/2 IR n A Q Resistência ao escoamento: Fórmula de Manning Canais de seção qualquer 1) Seção trapezoidal: P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 14 12 2 zybP yzybA )( 2) Seção retangular: byA ybP 2 3) Seção triangular P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 15 y 2zyA 12 2 zyP Canais de seção qualquer 4) Seção circular 2 D P )( 8 2 senDA Exercício de aplicação 1) Determine a vazão e a tensão trativa de uma rede coletora de esgoto de diâmetro de 200 mm a y/D=0,75 (limite máximo pela norma NBR-9649). Este trecho de rede tem uma declividade de 0,006 m/m. Considere n=0,013. (R: 0,02274 m3/s e 4,62 kgf/m2) P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 16 2) Uma galeria de águas pluviais de concreto da cidade de Aimorés, após anos de uso, apresentou a formação de um depósito de material solidificado, como mostra a Figura abaixo. Supondo que o nível d’água na galeria permaneça constante e que o coeficiente de rugosidade do material solidificado seja o mesmo do concreto, determine em que porcentagem foi reduzida a capacidade de vazão da galeria. (R: 35,8%) Exercício de aplicação 17 AT1 = 0,092D 2 AT2 = 0,108D 2 AA = 0,234D 2 A = 0,434D 2 Canais de máxima eficiência P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 18 1) Seção trapezoidal P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 19 2)( zybyyzybA 12 2 zybP 222 max 12 zyzyA )12(2 2max zzyP Canais de máxima eficiência 2) Seção retangular (z = 0) P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 20 2 max 2yA yP 4max Canais de máxima eficiência 3) Seção triangular P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 21 2zyA 12 2 zyP 2 max yA 22max yP Canais de máxima eficiência 4) Seção circular P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 22 )( 8 2 senDA 2 D P 8 2 max D A 2 max D P cos2sen Canais de máxima eficiência Velocidade e vazão máximas em canal circular: Tarefa de casa P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 23 * Para vmáx ⇒ θ = 4,49 = 257º e y = 0,81 D * Para Qmáx ⇒ θ = 5,379 = 308º e y = 0,95 D 2 D P Diagrama para canais circulares funcionando parcialmente cheios 1) Relação entre área molhada qualquer (A) e a área molhada a seção plena (A0) 2) Relação entre P e P0 P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 24 3) Relação entre o raio hidráulico (R) e o raio hidráulico pleno (R0) 4) Relação entre v e v0 5) Relação entre Q e Q0 P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 25 Diagrama para canais circulares funcionando parcialmente cheios 26 y/D P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra Exercício de aplicação 3) Dimensionar uma galeria circular em tubos pré-moldados de concreto para uma vazão de 1200 L/s, implantada com declividade de 1,5%, sendo que o tirante de água está limitado a 80% do diâmetro e a velocidade máxima de escoamento a 4,5 m/s. Utilize o diagrama de elementos hidráulicos. (Adote n = 0,013 e diâmetro comercial) (R: D = 0,8 m) 27 Dimensionamento das seções dos canais • Uso da fórmula de MANNING P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 28 8/33/2 8/3 2/1 I nQ K M 2A R - α e β são os parâmetros de forma; - λ é uma dimensão característica; - M é o coeficiente dinâmico; - K é o coeficiente de forma. 1) Seção trapezoidal, retangular (z = 0) e triangular (m = 0) P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 29 8/3 3/2 2 3/5 12 zm zm K K M y Dimensionamento das seções dos canais P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 30 P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 31 P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 32 P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 33 2) Seção Circular P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 34 8/3 3/2 1 1 4 1 8 sensen K 1K M D Dimensionamento das seções dos canais P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 35 3) Determinação da altura d’água para canal trapezoidal ou retangular P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 36 3/2 2 3/5 3/82/1 121 1 z b y b y z b y bI nQ 3/82/12 bI nQ K Dimensionamento das seções dos canais P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 37 P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 38 P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 39 P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 40 4) Numa determinada cidade houve necessidade de canalizar um córrego, porém haveria espaço para uma largura de 2,5 metros. Um estudo hidrológico apontou uma vazão de projeto de 12 m³/s. A declividade do rio é 0,0015 m/m. Calcule a profundidade do escoamento para estas condições, considerando uma seção retangular e canal de concreto (0,013). Primeiramente, tente canal de máxima eficiência. (R: não pode ser canal de máxima eficiência, pois o “b” será maior que o disponível. A resposta certa tem profundidade igual a 1,94 m) P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 41 Exercício de aplicação P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 42 P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 43 5) Calcular a profundidade de escoamento para a seção tipo SUDECAP apresentada abaixo, supondo declividade de fundo de 0,1%, inclinação dos taludes de 1(V):3(H) e rugosidade de 0,015. A vazão escoada será de 100 m3/s. A largura da superfície de água é 12 m. (R: 3,54 m) P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 44 y (m) A5/3/P2/3 0,1 6,72 1,0 16,68 1,5 23,15 1,6 24,51 Exercício de aplicação Coeficiente de rugosidade (n) de Manning P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 45 Procura-se um coeficiente constante que leve em conta os fatores que o influenciam. Formas de determinação: •Método direto; •Estimativas: • Equações; • Fotos; • Método de Cowan; • Tabelas. P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 46 Coeficiente de rugosidade (n) de Manning P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 47 Coeficiente de rugosidade (n) de Manning P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 48 Coeficiente de rugosidade (n) de Manning P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 49 Coeficiente de rugosidade (n) de Manning P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 50 Coeficiente de rugosidade para seções simples com rugosidade variável: 3 2 N 1i 3/2 ii e P nP n Coeficiente de rugosidade (n) de Manning Exercício de aplicação P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 51 P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 52 Coeficiente de rugosidade para seções compostas A An n N 1i ii e Coeficiente de rugosidade (n) de Manning Exercício de aplicação P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 53 P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 54 Cálculo da vazão através do fator de condução Soma de condutâncias hidráulicas: IKQ N 1i iKK i 2/3 i 5/3 i i 2/3 ii i nP A n RA K 1 2/3 11 1 n RA K 2 2/3 22 2 n RA K Coeficiente de rugosidade (n) de Manning Cálculo da vazão através do fator de condução m i i i m i i m i i A K K A 1 2 3 3 1 2 1 m i i i m i i m i i A K K A 1 2 2 1 1 Coeficiente de rugosidade (n) de Manning 55 P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra Exercício de aplicação P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 56 Exercício de aplicação P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 57 Algumas recomendações de projeto P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 58 1) Obras de retificação, alargamento ou canalização, devem ser feitas de jusante para montante. 2) Adotar como coeficiente de rugosidade de projeto, valores de 10 a 15% maiores do que aqueles apresentados nas tabelas. 3) Deixar uma folga de 20 a 30% da altura d’água, acima do nível d’água máximo de projeto. 4) Evitar profundidades maiores que 4,0 m. P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 59 5) Preferir o método de soma de condutâncias hidráulicas para cálculo de seções compostas. 6) Para canais de concreto utilizar drenos nas paredes. 7) Para canais de seção composta, com uma única rugosidade ou rugosidades diferentes, estas devem ser subdivididas por linhas verticais imaginárias e, para cada subseção, deve ser utilizada a fórmula de Manning para o cálculo da vazão parcial. 1 2/3 11 1 n RA K 2 2/3 22 2 n RA K P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 60 8) Velocidades máximas aconselháveis Material das paredes do canal Velocidade (m/s) Areia muito fina Areia solta média Areia grossa Terreno arenoso comum Terreno silte-argiloso Terrenos de aluvião Terreno argiloso compacto Terreno argiloso, duro, solo cascalhento Cascalho grosso, pedregulho, piçarra Rochas sedimentares moles – xistos Alvenaria Rochas compactas Concreto 0,23 a 0,3 0,3 a 0,46 0,46 a 0,61 0,61 a 0,76 0,76 a 0,84 0,84 a 0,91 0,91 a 1,14 1,22 a 1,52 1,52 a 1,83 1,83 a 2,44 2,44 a 3,05 3,05 a 4,0 4,0 a 6,0 Algumas recomendações de projeto P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 61 8) Velocidades máximas aconselháveis Algumas recomendações de projeto P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 62 9) Velocidades mínimas aconselháveis Tipo de água Velocidade (m/s) Água com suspensões finas Águas carregando areias finas Águas de esgoto Águas pluviais 0,30 0,45 0,60 0,75 Algumas recomendações de projeto P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 63 Natureza das paredes Z = tgα α Canais em terra sem revestimento Canais em saibro, terra porosa Cascalho roliço Terra compacta sem revestimento Terra muito compacta, paredes rochosas Rochas estratificadas, alvenaria de pedra bruta Rocha compacta, alvenaria acabada, concreto 2,5 a 5 2 1,75 1,5 1,25 0,5 0 68,2° a 78,7° 63,4° 60,2° 56,3° 51,4° 26,5° 0° 10) Inclinações aconselháveis Algumas recomendações de projeto P ro f. E m m a n u el T ei x ei ra 64 10) Inclinações aconselháveis Algumas recomendações de projeto
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