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Sistema Nervoso

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE - UNIBH
AMANDA SANTIAGO BENCHETRIT
ANATOMIA
SISTEMA NERVOSO
Belo Horizonte
2014
AMANDA SANTIAGO BENCHETRIT
ANATOMIA
Sistema Nervoso
Belo Horizonte, 17 de novenbro de 2014
ORIENTADORA
Renata Cadete Zallio
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
Neste trabalho será abordado sobre o Sistema Nervoso que juntamente com o sistema endócrino tem como função integrar e auxiliar a função dos diferentes órgãos e tecidos do organismo humano como, por exemplo, a circulação, respiração e digestão, o Sistema Nervoso permite também a reação e adaptação do corpo a variações do meio interno e externo.
O Sistema Nervoso é dividido em duas partes, o SNC (sistema nervoso central) e SNP (sistema nervoso periférico), essas duas partes serão aprofundadas separadamente e juntas, uma vez que elas dependem uma a outra para “trabalhar”. 
SISTEMA NERVOSO
O Sistema Nervoso é responsável pelo intercâmbio entre o organismo e o meio ambiente e dessa forma tem funções, sensitiva, motora, e integradora. Como as células do SN são células extremamente longas é difícil dividi-lo em órgãos distintos com suas populações celulares exclusivas próprias, assim como se faz com os outros sistemas do corpo, anatomicamente ele pode ser dividido em SNC (SISTEMA NERVOSO CENTRAL) e SNP (SISTEMA NERVOSO PERIFERICO).
Com uma massa de apenas 2 kg e aproximadamente 3% do peso total do corpo, o SN é um dos menores e mesmo assim o mais complexo dos 11 sistemas do corpo, esse sistema é uma rede muito organizada de dois tipos de células nele contém bilhões de neurônios e ainda a neuroglia. 
As estruturas que formam o SN incluem o encéfalo, nervos cranianos e seus ramos, medula espinal, os nervos espinais e seus ramos, gânglios, plexos entéricos e receptores sensórias.
TECIDO NERVOSO - HISTOLOGIA
O tecido nervoso é composto por dois tipos de células: neurônios e neuroglia, e estas células combinam-se de diversas formas em regiões distintas do SN. Além de formar redes de processamento complexas no encéfalo e na medula espinal, os neurônios abrangem os circuitos orgânicos que conectam todas as regiões do corpo a essa unidade de processamento central.
 2.1 NEURÔNIOS
Os neurônios são células muito especializadas e capazes de alcançar grandes extensões e fazer conexões extremamente intricadas com outras células, eles propiciam a maiorias das funções exclusivas do SN, como por exemplo , percepção, pensamentos, lembranças, controle da atividade musculares a regulação das secreções glandulares . E por terem essa especialização os neurônios perderam a capacidade de sofrer divisões mitóticas.
Neurônios apresentam excitabilidade elétrica, ou seja, eles podem receber um estimulo e converte-lo em impulso nervoso. Esse estimulo pode ser qualquer alteração no ambiente forte o bastante para iniciar um impulso nervoso, este impulso é um potencial de ação que se propaga como um sinal elétrico ao longo da superfície da membrana. 
O impulso começa e navega em virtude do movimento dos íons (sódio e potássio), entre o liquido intersticial e a parte interna de um neurônio através de canais iônicos específicos na membrana dele, e uma vez iniciado o impulso nervoso viaja rapidamente com intensidade constante. Alguns neurônios são minúsculos e transmitem impulsos por uma distancia mínima ( menos de 1 mm ) no SNC, já outros são as maiores células do corpo, os neurônios motores que induzem os músculos a movimentar os dedos do pé , por exemplo, se estendem desde a região lombar da medula ate o pé , e existem outros neurônios sensitivos ainda mais longos. Os impulsos nervosos viajam essas grandes distancias em velocidades variadas de 0,5 a 130,0 metros por segundo ( 1,6 a 450 km/h ).
Um neurônio pode ser dividido em duas partes básicas que é o corpo celular e uma quantidade variada de fibras nervosas e elas são classificadas com base na diferença funcional e estrutural diferentes como dendritos ou um axônio. 
O corpo celular também chamado de pericárdio contém um núcleo e circulando pelo citoplasma tem as organelas como lisossomos, mitocôndrias e complexo de Golgi, nos corpos das células neuronais existem também aglomerações proeminentes de reticulo endoplasmático rugoso, denominado corpúsculos de Nissl e estes são responsáveis pelos níveis variados de síntese proteica, e essas proteínas exercem funções importantes na manutenção e na restauração de transmissão de impulsos nervosos e recepção de estímulos .
O citoesqueleto inclui neurofibrilas, que são compostas por feixes de filamentos intermediários responsáveis pela forma e sustentação da célula, e microtúbulos que auxiliam no movimento de substancias entre o axônio e o corpo celular. A membrana plasmática do corpo da célula neuronal varia de lisa a muito acidentada, e essas protuberâncias são provocadas por muitas projeções pequenas que são chamadas gêmulas somáticas ou espinhas que aumentam a área de superfície e este é o meio de interações com outras células. 
Fibra nervosa é um termo geral para qualquer prolongamento neuronal que surge do corpo celular de um neurônio, e as extensões são chamadas dendritos e axônios , na maioria dos neurônios a quantidade de dendritos é múltipla para um axônio. Dendritos são as entradas de um neurônio, geralmente são curtos , muito ramificados e finos, e quanto maior a ramificação maior a superfície de contato para recepção de comunicação simpática proveniente de outros neurônios. 
O axônio é um outro tipo de fibra nervosa que varia muito mais do que os dendritos , pode ser menos de um milímetro em neurônios que se comunicam com células vizinhas ou a mais de um metro em neurônios que se comunicam com partes distantes do SN ou órgãos periféricos . Um único axônio é uma projeção cilíndrica longa delgada que na maioria das vezes se une ao corpo celular em uma elevação coniforme chamada proeminência axônica, e na maioria dos neurônios os impulsos se originam na junção pra proeminência axônica com o segmento inicial uma área chamada quimiorreceptora e em seguida o impulso segue ao longo do axônio. O citoplasma do axônio que é denominado axoplasma é envolvido por uma membrana plasmática denominada axolema e possui organelas como mitocôndrias, microtubulos e neurofibrilas.
As sinapses são o local de comunicação entre dois neurônios ou entre um neurônio e uma célula efetora, podendo ser definido como neurônio pré-sináptico quando ele conduz um impulso em direção de uma sinapse , e a célula que recebe esse sinal e e conduz o impulso nervoso para longe é denominada célula pós-sináptica. Tanto os botões terminais sinápticos quanto as viscosidades contem muitos sacos minúsculos qu são chamadas de vesículas sinápticas , essas armazenam um agente químico que é um neurotransmissor . Um neurotransmissor é uma molécula liberada de uma vesícula sináptica que estimula ou inibe os neurônios pós-sinápticos, fibras ou células glandulares.
Imagem 2.1 - Neuronio
Os neurônios possuem grande diversidade de tamanho e forma, podendo ser classificados como neurônios multipolares aqueles que possuem diversos dendritos e um axônio que são mais encontrados no encéfalo e na medula, neurônios bipolares aqueles que apresentam um dendrito principal e um axônio que são comumente encontrados na retina na orelha interna e na área olfatória do encéfalo, e neurônios unipolares que são neurônios que que se originam no embrião como bipolares.
 Imagem 2.2 - Tipos de neurônios
 2.2 NEURÓGLIA
Também chamadas de células da glia, a neuroglia constitui aproximadamente metade do volume da parte central do SN, essas células são assistentes passivas porem são participantes ativas no funcionamento do tecido nervoso geralmente essas células são menores que os neurônios e muito mais numerosas . Ao contrariodos neurônios as células da glia não produzem e nem propagam potenciais de ação, e além disso elas possuem grande capacidade mitótica , em caso de lesão as células da neuroglia se multiplicam para ocupar os espaços que antes eram preenchidos por neurônios, e por isso tumores encefálicos derivados de células da glia chamados gliomas são extremamente malignos e de crescimento avançado. Dos seis tipos de células da glia 4 ( astrócitos, oligodendrócitos, micróglia, e células ependimárias ) são encontradas no SNC, e os dois tipos restantes ( células de Schuann e células satélites ) estão presentes no SNP. 
A bainha de mielina que serve como isolante elétrico e acelera a condução de um impulso nervoso são produzidas pelas células de Schwann no SNP e os oligodendrócitos no SNC. A quantidade de mielina aumente do nascimento ate a maturidade e sua presença intensifica a velocidade de condução do impulso nervoso. E contrapartida a desmielinização é a perda ou destruição das bainhas de mielina em torno dos axônios, podendo resultar de distúrbios como esclerose múltipla , quimioterapia, radioterapia.
 2.3 SUBSTÂNCIA CINZENTA E SUBSTANCIA BRANCA
A substância branca é uma agregação de axônios mielinizados e amielínicos de muitos neurônios, a cor esbranquiçada da mielina da a substancia branca seu nome. A substância cinzenta do SN contém corpos celulares neuronais, dendritos, axônios amielínicos, terminações axônicas e neuroglia. Vasos sanguíneos estão presentes tanto na substancia branca quanto na substancia cinzenta. 
2.4 NEUROGENESE E REGENERAÇÃO
O SN tem grande capacidade de mudar de forma, crescer e remapear-se durante o curso da vida oque chamamos de plasticidade, e são os sinais químicos e elétricos que determinam as mudanças que ocorrem. Apesar dessa plasticidade os neurônios dos mamíferos apresentam capacidade limitada de regeneração, no SNP o dano causado aos dendritos e aos axônios mielinizados pode ser reparado se nesse caso os corpos das células permanecerem intactos e se as células de Schwann que é produtora de mielina continuar ativa. Mesmo quando o corpo celular permanece intacto um axônio seccionado não é reparado e nem volta a crescer. 
 Neurogênese é o processo de formação de novos neurónios no cérebro, acreditava-se que a neurogênese ocorria apenas no desenvolvimento do cérebro e não que ela continuava durante toda a vida, mas estudos feitos recentemente concluíram que a neurogênese ocorre continuamente.
3. ANATOMIA - FISIOLOGIA
3.1 MEDULA ESPINAL (SNC )
A medula assim como o encéfalo é uma estrutura muito delicada e precisa de muita proteção. A primeira camada que protege a medula espinal é a coluna vertebral que fornece segurança quando existem pancadas ou colisões prejudiciais. A segunda camada de proteção é formada pelas meninges, que são três membranas situadas entre o envoltório ósseo e o tecido nervoso, que está presente tanto no encéfalo quanto na medula espinal. 
As meninges são três camadas de tecido conjuntivo que servem de proteção e revestimento para medula e encéfalo, elas amortecem impactos sofridos em acidentes e pancadas. Indo da camada mais externa para a mais profunda os tipos de meninges são: dura-máter, aracnoide-máter e pia-máter. Entre as meninges aracnoide-máter e pia-máter esta o espaço subaracnóideo por onde passa o licor, que é oque permite amortecer.
 
 
Imagem 3.1 Medula Espinal – Meninges
A medula espinal é quase oval, e um pouco achatada no eixo anteroposterior, ela se inicia no bulbo (parte inferior do encéfalo) e segue ate a margem superior da segunda vértebra lombar, já nos recém-nascidos a medula espinal estende-se ate a terceira ou quarta vértebras lombares.
Em um corte transverso da medula espinal revela sua estrutura interna, que em todos os níveis é caracterizada por uma região de substancia cinzenta em forma de H ou de borboleta, envolta por uma substancia branca. A substância cinzenta consiste basicamente nos corpos celulares dos neurônios, neuroglia, axônios amielínicos, dendritos de interneurônios e neurônios motores. A substância branca consiste em feixes de axônios mielinizados dos neurônios sensitivos, interneuronios e neurônios motores. Os tratos da substancia branca propagam impulsos sensitivos dos receptores para o encéfalo e impulsos motores do encéfalo para os efetores, e a substância cinzenta recebe e integra informações aferentes e eferentes.
Imagem 3.2 Locais de tratos sensitivos e motores selecionados, mostrados em um corte transverso da medula espinal.
A medula espinal também promove homeostasia atuando como centro de integração para alguns reflexos, esse reflexo é uma sequencia não planejada, involuntária,rápida,de ações que ocorrem em resposta a um estimulo especifico. Alguns reflexos são inatos, como afastar a mão de uma superfície quente antes mesmo de percebermos que esta quente, e outros reflexos são aprendidos ou adquiridos.
3.2 NERVOS ESPINAIS (SNP)
Os nervos espinais logicamente estão associados à medula espinal, e como todos os nervos do SNP, são feixes paralelos de axônios com suas céluas da glia associadas envoltas em diversas camadas de tecido conjuntivo, são os nervos espinais que conectam o SNC aos receptores sensitivos, músculos e glândulas por toda parte do corpo. São 31 pares de nervos espinais presentes na medula, sendo 8 pares cervicais; 12 pares torácicos; 5 pares lombares; 5 pares sacrais ; 1 par coccígeo, e costuma-se dizer que cada par de nervos origina de um segmento espinal, esses segmentos não estão evidentes na medula , mais a nomeação dos nervos baseia-se no segmento que estão localizados. Os nervos do plexo cervical inervam a pele e os músculos da cabeça, pescoço e a parte superior dos ombros conectam em alguns nervos cranianos e enervam o diafragma; os nervos do plexo braquial inervam os membros superiores e diversos músculos do ombro e pescoço; os nervos do plexo lombar inervam a parede abdominal anterolateral, órgãos genitais externos e parte dos membros inferiores; os nervos do plexo sacral inervam as nádegas, o períneo e parte dos membros inferiores; os nervos do plexo coccígeo inervam a pele da região coccígea.
 
O primeiro par cervical surge entre o atlas e o occipital, e os demais nervos saem da coluna vertebral através dos forames intervertebrais. Devido ao crescimento desproporcional entre a medula espinal e a coluna nem totós os segmentos da medula espinal estão alinhados com suas vertebras correspondentes. A estrutura de um nervo espinal é semelhante a uma arvore , abaixo do solo radículas minúsculas convergem para formar grandes raízes , essas grandes raízes unem-se na superfície para formar o tronco, que em seguida se divide em numerosos ramos grandes que se bifurcam em ramos cada vez menores. 
Cada nervo espinhal é formado pela união das raízes dorsal (sensitiva) e ventral (motora), as quais se ligam, respectivamente, aos sulcos lateral posterior e lateral anterior da medula através de filamentos radiculares. A raiz ventral emerge da superfície ventral da medula espinhal como diversas radículas ou filamentos que em geral se combinam para formar dois feixes próximo ao forame intervertebral. A raiz dorsal é maior que a raiz ventral em tamanho e número de radículas; estas prendem-se ao longo do sulco lateral posterior da medula espinhal e unem-se para formar dois feixes que penetram no gânglio espinhal. As raízes ventral e dorsal unem-se imediatamente além do gânglio espinhal para formar o nervo espinhal, que então emerge através do forame interespinhal. O gânglio espinhal é um conjunto de células nervosas na raiz dorsal do nervo espinhal. Tem forma oval e tamanho proporcional à raiz dorsal na qual se situa. Está próximo ao forame intervertebral.
A rede de axônios que é proveniente de ramos nos nervos espinais origina o plexo. Os principais plexos de nervos espinais são os plexos cervical, braquial, lombrar e sacral e existe também o plexo coccígeo. A partir dos plexos saem os nervos cujos nomesgeralmente descrevem as regiões gerais eu inervam ou o trajeto que seguem, e cada um dos nervos podem por sua vez ter vários ramos nomeados segundo estruturas especificas que inervam.
 
Os neurônios sensitivos dos nervos espinais e do nervo trigêmeo inervam segmentos constantes específicos da pele, chamados dermátomos, e o conhecimento dos dermatomos ajuda a determinar que segmento da medula espinal ou que nervo espinal foi lesado.
3.3 ENCEFALO (SNC)
Assim como a medula o encéfalo se forma a partir do tubo neural ectodérmico , a parte anterior desse tubo se expande com o tecido associado a crista neural, e depois esse tubo se divide em três regiões chamadas vesículas cerebrais primarias que são prosencéfalo que da origem ao telencéfalo e ao diencefalo, mesencéfalo, rombencéfalo se desenvolve no metencéfalo e mielencefalo . As diversas partes do encéfalo serão descritas ao decorrer do trabalho, as paredes destas regiões encefálicas desenvolvem- se no tecido nervoso do encéfalo, enquanto o interior oco do tubo transforma-se nos diversos ventrículos por onde vai passar o liquor.
O telencéfalo ou cérebro é a maior parte do encéfalo humano , ele é dividido em dois hemisférios cerebrais bem desenvolvidos. Nestes, situam-se as sedes da memória e dos nervos sensitivos e motores. Entre os hemisférios, estão os ventrículos cerebrais (ventrículos laterais e terceiro ventrículo); e ainda um quarto ventrículo, localizado mais abaixo, ao nível do tronco encefálico. São reservatórios do líquido céfalo-raquidiano, (líqüor), participando na nutrição, proteção e excreção do sistema nervoso. Em seu desenvolvimento, o córtex ganha diversos sulcos para permitir que o cérebro esteja suficientemente compacto para caber na calota craniana, que não acompanha o seu crescimento. A região superficial do telencéfalo, que acomoda bilhões de corpos celulares de neurônios (substância cinzenta), constitui o córtex cerebral, formado a partir da fusão das partes superficiais telencefálicas e diencefálicas. O córtex recobre um grande centro medular branco, formado por fibras axonais (substância branca). Em  meio a este centro branco (nas profundezas do telencéfalo), há agrupamentos de corpos celulares neuronais que formam os núcleos (gânglios) da base ou núcleos (gânglios) basais, envolvidos em conjunto, no controle do movimento. O cérebro é a sede da inteligência , é ele que proporciona a capacidade de ler, escrever e falar; fazer cálculos e compor musicas; lembrar do passado e pensar no futuro e imaginar coisa que nunca existiram antes.
O diencéfalo é quase completamente coberto pelo telencéfalo. É visto apenas na face inferior do cérebro o diencéfalo é formado pelo: tálamo, hipotálamo, sendo que essas porções estão em relação com o III ventrículo. Todas as mensagens sensoriais, com exceção das provenientes dos receptores do olfato, passam pelo tálamo antes de atingir o córtex cerebral. Esta é uma região de substância cinzenta localizada entre o tronco encefálico e o cérebro. O tálamo atua como estação retransmissora de impulsos nervosos para o córtex cerebral. Ele é responsável pela condução dos impulsos às regiões apropriadas do cérebro onde eles devem ser processado, ele também está relacionado com alterações no comportamento emocional, que decorre, não só da própria atividade, mas também de conexões com outras estruturas do sistema límbico (que regula as emoções). O hipotálamo, também constituído por substância cinzenta, é o principal centro integrador das atividades dos órgãos viscerais, sendo um dos principais responsáveis pela homeostase corporal. Ele faz ligação entre o sistema nervoso e o sistema endócrino, atuando na ativação de diversas glândulas endócrinas (hipófise), é ele que controla a temperatura corporal, regula o apetite e o balanço de água no corpo, o sono e está envolvido na emoção e no comportamento sexual. Tem amplas conexões com as demais áreas do prosencéfalo e com o mesencéfalo. Aceita-se que o hipotálamo desempenha, ainda, um papel nas emoções. Especificamente, as partes laterais parecem envolvidas com o prazer e a raiva, enquanto que a porção mediana parece mais ligada à aversão, ao desprazer e à tendência ao riso incontrolável.
O tronco encefálico é continuo com a medula espinal e se subdivide em bulbo, ponte, e mesencéfalo. O mesencéfalo é a menor parte do tronco encefálico. Interpõe-se entre a ponte e o diencéfalo. É atravessado por um estreito canal, o aqueduto cerebral, que une o III ao IV ventrículo. Na face anterior encontra uma depressão que separa o mesencéfalo da ponte chamada de sulco pontino superior. Na face posterior do mesencéfalo distingue-se uma lâmina quadrigêmea, os colículos. Os colículos superiores recebem informações visuais e os colículos inferiores fazem parte da via auditiva. O mesencéfalo é responsável por algumas funções como a visão, audição, movimento dos olhos e movimento do corpo. A ponte situa-se entre o bulbo e o mesencéfalo é uma grande massa ovóide. É cortada por longos feixes de fibras orientadas transversalmente, a fibra transversal da ponte. A ponte participa de algumas atividades do bulbo. Interfere no controle da respiração, é um centro de transmissão de impulsos para o cerebelo e atua ainda, como passagem para as fibras nervosas que ligam o cérebro à medula. O bulbo é também conhecido por medula oblonga. Tem a forma de um cone e é a parte mais caudal do tronco encefálico. Sua parte inferior está ligada à medula espinhal e a parte superior à ponte. Seu limite superior se encontra no nível do sulco bulbo-pontino (margem inferior da ponte) e seu limite inferior se encontra no nível do forame magno. O Bulbo recebe informações de vários órgãos do corpo, controlando as funções autônomas, chamadas de vida vegetativa, como: batimentos cardíacos, respiração, pressão do sangue, reflexos de salivação, tosse, espirro e o ato de engolir.
O cerebelo esta situado na parte inferior e posterior da cavidade do crânio, possui a superfície pregueada fazendo com que sua superfície de córtex seja maior e dessa forma aumenta também a quantidade de neurônios. Possui um sulco profund( fissura transversa do cérebro) juntamente com o tentório do cerebelo que suporta a parte posterior do cérebro, separando assim o cerebelo do cérebro. O formato do cerebelo olhando da parte inferior assemelha a uma borboleta , sendo as “asas” os hemisférios e o “corpo” a área central do cerebelo. Os hemisférios são divididos em lobo inferior e lobo posterior, estes controlam os aspectos subconscientes dos movimentos dos músculos do esqueleto axial e apendicular, na face inferior possui o lóbulo flóculo-nodular que é respossavel pelo equilíbrio e estabilização. Três pares de pendúnculos cerebelares fixam o cerebelo ao tronco encefálico, os pendúnculos cerebelares inferiores conduzem informação sensitiva do aparelho vestibular da orelha interna e dos prioceptores espalhados por todo corpo para o cerebelo, os pendúnculos cerebelares médios são os maiores seus axônios conduzem impulsos para os movimentos voluntários para os núcleos da ponte, os penduculos cerebelares superiores contem axônios que se estendem do cerebelo ate os núcleos rubros do mesencéfalo e a diversos núcleos do tálamo.
Uma função básica do cerebelo é avaliar até que ponto os movimentos iniciados pelas áreas motoras no cerebelo estão, sendo de fato, bem executadas. 
SISTEMA LIMBICO
Em volta da parte superior do tronco encefálico e do corpo caloso encontra-se um anel de estruturas, na margem interna do cérebro e no assoalho do diencéfalo, que representa o sistema límbico, os principais componentes desse sistema são : lobo límbico, que é uma margem do córtex cerebral na face medial de cada hemisfério e inclui o giro do cíngulo que se situa acima do corpo caloso e o giro hipocampal que se encontra do lobo temporal. O hipocampo é uma parte do giro para-hipocampal que se estende ate o assoalho do ventrículo lateral; o giro denteado situa-se entre o hipocampo e o giro para-hipocampal; a tonsila é composta de diversos gruposde neurônios localizados próximos da cauda do núcleo caudado; os núcleos septais estão localizados dentro da área septal formada pelas regiões sob o corpo caloso e o giro paraterminal;os corpos mamilares do hipotálamo são duas massas arredondadas próximas da linha mediana perto dos pedúnculos cerebrais; dois núcleos do tálamo, o núcleo anterior e núcleo medial atuam nos circuitos límbicos; os bulbos olfatórios são corpos achatados da via olfatória que repousam na lamina cribriforme;o fornix as estrias terminais , as medulares, o faciculo medial do telencéfalo e o trato mamilotalâmico são ligados por feixes de axônios mielinizados interligados.
O sistema límbico é algumas vezes chamado de encéfalo emocional, porque exerce função primaria em uma gama de emoções, incluindo dor, prazer,docilidade,afeto e raiva, participa também a olfação e da memória. Com outras partes do cérebro o sistema límbico também atua na memória, e uma lesão nesse sistema provoca comprometimento na memória.
SISTEMA NERVOSO AUTONOMO
O sistema nervoso autônomo, de modo geral, se refere aos sistemas nervosos simpático e parassimpático. Outra subdivisão, também avaliada como integrante do sistema nervoso autônomo, é o sistema nervoso entérico. O sistema nervoso autônomo pode ser visto como uma parte integrante do sistema motor, porém, no lugar de músculos esqueléticos, os efetores do sistema nervoso autônomo são a musculatura lisa, o músculo cardíaco e as glândulas. Uma das principais funções do sistema nervoso autônomo é a manutenção do ambiente interno, ou seja, a manutenção da homeostase. Quando estímulos internos sinalizam a necessidade de uma determinada regulação, o SNC ativa o sistema autônomo, que realiza as ações compensatórias. Como exemplo, quando há um súbitoaumento da pressão arterial, o conjunto de barorreceptores aciona o sistema nervoso autônomo, para que este possa restabelecer a pressão aos níveis de antes da perturbação. O sistema nervoso autônomo não responde apenas a estímulos internos; ele está apto também a participar de respostas apropriadas e coordenadas a estímulos externos. Como exemplo, o sistema nervoso autônomo atua na regulação do tamanho de pupila, em resposta a diferentes níveis de exposição à luz. Outro exemplo extremo de interação do sistema nervoso autônomo e o meio externo, está caracterizado na resposta de “luta ou fuga (fight or fly)”, quando uma ameaça ativa intensamente o sistema nervoso simpático. Como conseqüência desta ativação, podem ser percebidas as seguintes respostas: Hormônios da supra-renal são liberados;a pressão arterial e a freqüência cardíaca aumentam; os brônquios se dilatam;a motilidade e as secreções intestinais são inibidas;o metabolismo da glicose aumenta;as pupilas dilatam-se;os pêlos ficam eretos, em função dos músculos piloeretores;os vasos da musculatura esquelética dilatam-se.
Acompanhando as fibras motoras autonômicas, nos nervos periféricos, estão as aferentes viscerais, que se originam de receptores sensoriais nas vísceras. Muitos destes receptores provocam reflexos, porém eles estão habilitados a provocar experiências sensoriais tais como dor, fome, sede, náuseas e uma sensação de distensão.
A organização do sistema nervoso simpático: Os neurônios pré-ganglionares do sistema simpático encontram-se localizados, preferencialmente, na coluna intermédio-lateral da medula espinhal em seus segmentos torácicos e lombares altos. Os axônios pré-ganglionares saem da medula espinhal pela raiz ventral entrando num gânglio paravertebral através de um ramo comunicante brancoja os axônios pós-ganglionares são distribuídos através de nervos periféricos até os órgãos efetores, tais como os músculos piloeretores, vasos e glândulas sudoríparas. De uma maneira geral, as fibras pré-ganglionares são fibras mielinizadas,enquanto as pós-ganglionares são geralmente não-mielinizadas. Em geral, os neurônios pré-ganglionares simpáticos distribuem-se para gânglios simpáticos ipsilaterais. Desta forma, eles controlam a função autonômica do mesmo lado do corpo. A exceção a esta regra é observada no intestino e nas vísceras pélvicas,onde a inervação simpática é bilateral.
A organização do sistema nervoso parassimpático: Os neurônios pré-ganglionares estão localizados em vários núcleos de nervos cranianos no tronco encefálico, bem como na região intermediária dos segmentos S3 e S4 da medula espinhal sacral; os neurônios pós-ganglionares encontram-se localizados próximo ou mesmo nas paredes das vísceras torácicas, abdominais e pélvicas. Os neurônios pós-ganglionares parassimpáticos, que se projetam para as vísceras torácicas e de parte do abdômen, estão localizadas no núcleo motor dorsal do nervo vago e no núcleo ambíguo. Enquanto o núcleo motor dorsal do vago é amplamente secretomotor, o núcleo ambíguo é visceromotor (modifica a atividade do músculo cardíaco).
As fibras aferentes viscerais são aquelas que trazem os estímulos que, em sua maioria, se originam dos receptores sensoriais das vísceras. A atividade destes receptores jamais chega ao nível da consciência, pois elas formam alças aferentes de arcos reflexos, fundamentais para a manutenção da homeostasia.
Os gânglios autonômicos : principal tipo de neurônio nos gânglios autonômicos são os neurônios pósganglionares, que recebem conexões sinápticas dos neurônios pré-ganglionares e se projetam sobre as células efetoras autonômicas periféricas. Os gânglios podem conter também interneurônios para processar a informação no interior do próprio gânglio, como se observa no plexo entérico. Acredita-se que esta regulação tenha caráter inibitório. 
SISTEMA NERVOSSO SOMATICO
O sistema nervoso somático é uma pequena parte do sistema nervoso, que é basicamente composto pelos nervos e neurônios, que atuam como receptores das ordens enviadas pelo cérebro e transmitidas pela medula, realizando todas as atividades chamadas voluntárias pelo sistema nervoso, como mexer os braços ou pernas, piscar os olhos, dentre outras que realizamos conscientemente. As ações promovidas pelos cinco sentidos (audição, visão, olfato, paladar e tato) também são decorrentes do sistema nervoso somático.
Para realizar suas funções corretamente, o sistema nervoso somático divide as áreas do cérebro em dois grandes grupos, com o intuito de organizar as funções do sistema, sendo denominados aferente e eferente. O componente aferente do sistema nervoso somático tem a função de enviar informações ao sistema nervoso central sobre o ambiente em torno da pessoa, usando principalmente os cinco sentidos para esta tarefa. Já o componente eferente cuida dos movimentos voluntários do ser humano, recebe as ordens do cérebro por meio dos neurônios e estimula os músculos e ossos para realizar os movimentos.
Os dois grupos do sistema nervoso somático também fazem relação com outra parte do sistema nervoso, o visceral. Este sistema em particular faz o controle e intervenção nas vísceras, que por sua vez controlam as ações de boa parte dos órgãos internos. No componente aferente, o sistema nervoso visceral conduz os impulsos enviados das vísceras até áreas específicas do sistema nervoso, enquanto o componente eferente realiza o caminho oposto. Esta função, em especial do componente eferente, o classifica como sistema nervoso autônomo, o que cuida das ações involuntárias do organismo, como o funcionamento dos órgãos internos e o controle emocional.
Com o sistema nervoso somático é possível o indivíduo realizar todo o tipo de contato com o ambiente. Através dos sentidos, o ser humano consegue captar todas as informações que precisa para manter o bom funcionamento do corpo. Além dos sentidos, é possível perceber através do sistema somático a temperatura e a pressão arterial quando estas apresentam sinais impróprios, alertando todo o organismo de que há alguma coisa errada. Até mesmo em problemas relacionados ao sistema nervoso autônomo, como a respiração, batimentos cardíacos e outras funções, é possível reparar as alterações pelo sistema somático, sendo que a pessoa interpreta da maneiramais cabível aos seus conhecimentos. Não há doenças conhecidas que afetem diretamente o sistema nervoso somático. Existem, contudo, doenças que afetam todo o sistema nervoso, como a Leucemia e o Alzheimer, cujos tratamentos são complicados, com pouca ou nenhuma chance de cura. Talvez o único mal que afete diretamente o sistema nervoso somático seja o desmaio, em que a vítima perde o controle de todos os sentidos, mas isto decorre de outros problemas, como falta de alimentação e queda brusca na pressão arterial. 
CONCLUSÃO
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
J., TORTORA, Gerard, and NIELSEN, Mark T.. Princípios de Anatomia Humana, 12ª edição. Guanabara Koogan, 2013. VitalBook file.
MORAES, Alberto Parahyba Quartim de - O Livro do cérebro. Vol 1. São Paulo. SP, Editora Duetto - 2009. Pag 62. Site: Cérebro e mente: Por que não Atuamos Durante o Sono? Acessado em 2/4/12 http://www.cerebromente.org.br/n13/curiosities/desligamento.htm
FRANCO S. Norma – Descomplicando as praticas de laboratório de neuroanatomia – pag: 61 -2005
Neuroanatomia: http://www.sistemanervoso.com/pagina.php?secao=1

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