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fisiologia do sistema nervoso @lilyfazvet

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Sistema Nervoso
Hellycláudia Maria da Silva Chaves @lilyfazvet
Edição: como ap
render
fisiologia com 
apenas dois
neurônios
@lilyfazvet 2
 Essa apostila foi desenvolvida com o objetivo de auxiliar os estudantes de medicina
veterinária nos estudos de fisiologia do sistema nervoso. Ela abrange assuntos
básicos sobre a anatomia e fisiologia do sistema e vem acompanhada de diversas
tabelas, esquemas e imagens ilustrativas.
 Para mais como esse visite o instagram @lilyfazvet, onde você irá encontrar diversas
outras apostilas, mapas mentais e resumos! Você também pode me encontrar na
plataforma Passei Direto pelo link: https://www.passeidireto.com/perfil/hellyclaudia-
chaves .
Apresentação
É proi
bido d
esisti
r.
Respi
ra fun
do e
Continu
a!
https://www.passeidireto.com/perfil/hellyclaudia-chaves/
Sumário
1- Estrutura do Sistema Nervoso ....................................................................................... 4
 1.1 Neurônios .................................................................................................................. 4
 1.2 Sinapses ..................................................................................................................... 6
 1.3 Células da Glia ........................................................................................................... 6
 1.4 Bainha de Mielina ..................................................................................................... 7
 1.5 Processos Neuronais ................................................................................................ 8
 
2- Organização do Sistema Nervoso .................................................................................. 9
 2.1 Sistema Nervoso Central .......................................................................................... 9
 2.2 Sistema Nervoso Periférico .................................................................................... 15
 2.3 Divisão Motora Eferente ......................................................................................... 17
 2.4 Meninges .................................................................................................................. 21
 
3- Neurotransmissores ..................................................................................................... 24
 
4- Impulso Nervoso ............................................................................................................ 25
4.1 Mecanismos de Transmissão ................................................................................ 25
4.2 Potencial de Membrana em Repouso .................................................................. 25
4.3 Despolarização, Repolarização e Impulso Nervoso ............................................ 26
 
5- Potencial de Ação ........................................................................................................... 28
5.1 Condução Saltatória ................................................................................................ 29
5.2 PEP's e PIP's .............................................................................................................. 29
 
6- Disposição dos Neurônios ............................................................................................ 31
 
7- Reflexos ........................................................................................................................... 33
 7.1 Reflexo Espinhal ....................................................................................................... 33
 7.2 Reflexos Somáticos e Viscerais ............................................................................... 33
 7.3 Centros Reflexos ....................................................................................................... 33
 7.4 Reflexos e Reações Posturais .................................................................................. 34
 
8- Referências ...................................................................................................................... 35
@lilyfazvet 3
 O sistema nervoso é composto por órgãos como o encéfalo, a medula espinal e os
nervos. Eles permite a comunicação entre as células do corpo a partir de sinais
elétricos e da liberação de neurotransmissores em pequenos intervalos entre as
células.
 Ele é constituído de componentes sensoriais, que detectam as alterações
ambientais, componentes integrativos, que processam os dados sensoriais
associados às informações armazenadas na memória, e componentes motores, que
fornecem uma resposta às informações processadas.
 Vale ressaltar que tanto o
sistema nervoso quanto o
sistema endócrino monitoram o
estímulo e a reação na tentativa
de manutenção da homeostase.
Entretanto, o sistema nervoso
possui uma ação rápida e fugaz,
cujos efeitos não são
preservados, enquanto o
sistema endócrino é de ação
lenta, tardia e geralmente longa,
cujos efeitos são preservados.
 As funções desse sistema são
realizadas por dois tipos de
células: os neurônios, que 
 Os neurônios, ou células nervosas, têm como função iniciar e propagar, além de
interpretar e responder, os impulsos nervosos por todo o organismo dos animais.
Eles se comunicam entre si por meio de sinapses e são constituídos pelo corpo
celular (soma), os dendritos e o axônio.
 O corpo celular, também chamado de soma, é a região onde está localizado o
núcleo do neurônio, bem como grande parte das suas organelas. A sua função é
servir como centro metabólico dos neurônios, responsável pela síntese de todas as
proteínas neuronais. Vale ressaltar que a forma e o tamanho do soma são
extremamente variáveis, mudando conforme o tipo de neurônio. 
Estrutur
a do Sistema Nervoso
por meio de sinapses; e as células da glia (neuroglia), que dão sustentação aos
neurônios, os fornecem nutrientes e oxigênio, isolam um neurônio do outro,
destroem patógenos e removem neurônios mortos.
transmitem impulsos nervosos e se conectam uns aos 
Neurônios
@lilyfazvet 4
 Os dendritos são prolongamentos bastante ramificados da célula nervosa que
conduzem os impulsos em direção ao corpo celular. Eles geralmente são curtos e em
formato de galhos de árvore.
 O axônio é um prolongamento da célula nervosa que conduz os impulsos para
longe do corpo celular. Ele é denominado de fibra nervosa e é recoberto por uma
membrana celular chamada de axolema, que pode, ou não, ser circundada pela
bainha de mielina. Nos axônios mielinizados (com a bainha), existem intervalos
regulares onde não há bainha de mielina, que formam os famosos nódulos de
Ranvier.
@lilyfazvet 5
 O axônio apresenta comprimento muito
variável, podendo possuir de milímetros à
metros. A sua porção terminal sofre várias
ramificações para formar de centenas a
milhares de terminais axônicos, nos quais
são armazenados os neurotransmissores
químicos.
 A polaridade de um neurônio refere-se
ao número de polos que se originam a
partir do seu corpo celular:
Tecido Nervoso
Bainha de Mielina
Axônio
Núcleo das células
de Schwann
- bipolares: um único axônio e um único dendrito
(encontrados na retina e na região olfatória);
- multipolares: muitos dendritos ramificados e um
único axônio que se estendem a partir do corpo
celular (encontrados no SNC).
Bainh
a de 
Mieli
na
A miel
ina é 
uma s
ubstânc
ia
lipídica 
branca 
que for
ma um
a
bainha 
em tor
no das
 fibras
nervosa
s e atu
a como
 isolant
e
elétrico
. Ela 
é form
ada po
r
oligode
ndrócito
s (no SN
C) e por
células 
de Scha
wnn (no
 SNP).
 Os neurônios comunicam-se uns com os outros e com outras células do corpo,
como as musculares ou secretoras, a partir de sinapses.
 A transmissão sináptica pode ser elétrica ou química. Nas sinapses elétricas, a
corrente iônica flui diretamente entre as células pré e pós-sinápticas servindo como
mediador para a emissão da sinalização, dispensando o uso de mediadores
químicos. Dessa forma, a transmissão da informaçãoé muito rápida, mas não 
 oferece quase nenhuma versatilidade quanto ao controle da neurotransmissão. As
sinapses elétricas são úteis na nas vias reflexas rápidas e nas respostas sincrônicas
de alguns neurônios do sistema nervoso central.
 As sinapses químicas são as mais comuns. Nelas ocorre a liberação de substâncias
químicas chamadas de neurotransmissores, que são liberados na fenda sináptica,
onde se ligam a estruturas chamadas de receptores e são degradados por enzimas.
@lilyfazvet 6
Sinapses
Sinapse Elétrica Sinapse Química
Células da Glia
 As células da glia são elementos não neuronais do SNC que, do ponto de vista
metabólico, são muito ativas. Elas incluem os oligodendrócitos, os astrócitos, as
células ependimárias e as micróglias.
 Os oligodendrócitos são encontrados no SNC e produzem a bainha de mielina que
recobre os neurônios. Os astrócitos são células que atuam na barreira
hematoencefálica, que protege o sistema nervoso da entrada de agentes estranhos,
como microorganismos. Além disso, eles dão sustentação aos neurônios e aos vasos
sanguíneos, além de facilitarem o transporte de componentes dos capilares para os
neurônios e de liberarem o neurotransmissor excitatório glutamato em resposta à
estimulação. As células ependimárias revestem os ventrículos cerebrais e o canal da
central da medula espinal – nesses locais elas se unem aos capilares para formar o
plexo coroide, onde o líquido cérebro-espinal é produzido. Já as micróglias são
células que atuam na fagocitose de corpos estranhos que estejam chegando ao SN.
@lilyfazvet 7
Bainha de Mielina
 A bainha de mielina envolve os tratos nervosos no sistema nervoso central e
periférico, sendo constituida de camadas bimoleculares de lipídeos intercaladas com
proteínas (70% de lipídeos e 30% de proteínas).
 A mielina é produzida por diferentes células: no SNP ela é produzida pelas células
de Schwann, enquanto a mielina do SNC é produzida pelos oligondendrócitos. Vale
destacar que uma célula de Schwann produz mielina para um axônio, sendo que a
bainha torna-se um prolongamento do seu citoplasma; o oligodendrócito, por outro
lado, produz a bainha para vários axônios.
 As fibras nervosas contidas na substância cinzenta
do SNC não são mielinizadas; já as encontradas na
parte branca possuem o envoltório de mielina. Vale
ressaltar que nem todas as fibras encontradas fora da
substância cinzenta apresentam mielina, mas em
função da proximidade das fibras não mielinizadas
com as mielinizadas, elas tendem a ser invaginadas,
ou comprimidas, na substância mielínica.
 As interrupções da bainha de mielina, ao longo do
axônio, são conhecidas como nódulos de Ranvier.
Esses nódulos são as junções de envoltórios
adjacentes , nos prolongamentos citoplasmáticos dos oligodendrócitos ou das células
de Schawnn - nesses pontos, o axolema fica diretamente exposto ao líquido
extracelular.
@lilyfazvet 8
 Os processos neuronais derivam das extensões emanadas de todos os neurônios.
Quando encontrados no SNC, o pacote desses processos recebe o nome de
intervalos, entretanto, quando encontrados no SNP, recebem o nome de nervos.
 Os nervos são estruturas formadas por feixes de fibras nervosas, que fazem parte
do sistema nervoso periférico e atuam garantindo a comunicação entre diferentes
partes do corpo e o sistema nervoso central.
 Dentro de um nervo, cada axônio é envolvido pelo endoneuro, que é uma camada
de tecido conjuntivo frouxo produzido pelas células de Schwann, composto por
colágeno reticular (tipo III) e alguns poucos fibroblastos. Os grupos de fibras
nervosas se interligam dentro de pacotes (fascículos) por meio do perineuro, que é
formado por camadas concêntricas de fibroblastos envolvidos por lâmina basal e
unidos por junções de oclusão (barreira hemato-nervosas. E, envolvendo todo o
nervo, têm-se o epineuro, que é constituído de tecido conjuntivo denso modelado,
rico em vasos sanguíneos e composto por colágeno tipo I e fibroblastos.
Processos Neuronais
 Os nervos podem ser divididos dependendo de sua origem: os que se conectam
diretamente ao encéfalo são chamados de nervos cranianos, constituindo 12 pares;
já os que se conectam à medula espinal são chamados de nervos espinais e
constituem 31 pares.
@lilyfazvet 9
 Sistema Nervoso Central1.
É composto pelo encéfalo e pela
medula espinal.
 2. Sistema Nervoso Periférico
É composto pelosnervos cranianos
e espinais.
 O SNC é composto pelo encéfalo e a medula espinal, sendo assim o centro de
integração e controle do corpo. Entretanto, o SNC pode desempenhar outras tarefas
além da transmissão nervosa, como por exemplo: memória, processamento central
para a solução de problemas e saúda e entrada de sensações resultantes de impulso
sensorial eferente.
 O SNC pode ser dividido em seis regiões principais: a medula espinal e as cinco
regiões principais do cérebro. De caudal para rostral, essas regiões são: medula
oblonga (bulbo), ponte, mesencéfalo, diencéfalo e telencéfalo. Medula, ponte e
mesencéfalo formam o tronco cerebral; o diencéfalo e o telencéfalo formam o
cérebro anterior.
 O sistema nervoso atua em todas as parte do organismo. Porém, com base na
localização dos seus componentes, ele pode ser subdividido em:
Organiz
ação do Sistema Nervoso
Sistema Nervoso Central
 O sistema nervoso autônomo (SNA) e o sistema nervoso somático (SNS) consistem
em outras subdivisões do sistema nervoso, diferentes das mencionadas
anteriormente, pois possuem componentes centrais e periféricos, com subdivisões
adicionais.
@lilyfazvet 10
 O cérebro também pode ser subdividido de acordo com as suas principais divisões,
sendo elas: cérebro, cerebelo e tronco encefálico
 De modo geral, a medula espinha recebe informações sensoriais do tronco e dos
membros e lhes fornece um resultado motor. Enquanto isso, o cérebro realiza essas
funções para a face e cabeça. As informações sensoriais que entram no tronco
cerebral são passadas para o cérebro anterior, onde ocorrem as formas mais
sofisticadas de processamento. As que entram na medula espinhal são
retransmitidas ao cérebro anterior por meio do tronco cerebral. 
 O cérebro também é capaz de enviar comandos motores diretamente para a
medula espinhal. Feixes de axônios que correm de um local para outro no SNC são
denominados tratos.
Cérebro
Substância medular
(substância branca)
Córtex (substância
cinzenta)
Núcleos da base
Cerebelo
Tronco encefálico
Interencéfalo
Mesencéfalo
Ponte
Medula oblonga
Hipófise
Hipotálamo
Subtálamo
Tálamo
Epitálamo
C.R. Visual
C.R. Auditivo
Núcleos e tratos de
fibras nervosas
Subdivisões do cérebro, de acordo com as principais divisões - cérebro, cerebelo e
tronco encefálico. (C.R.* centro reflexo)
@lilyfazvet 11
Subdivisões do cérebro, de acordo com o seu desenvolvimento a partir das
vesículas embrionárias primárias - prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo.
Prosencéfalo
Diencéfalo
Mesencéfalo
Córtex cerebral
Rinencéfalo
Corpos estriados
cerebrais
Telencéfalo
Tálamo
Hipotálamo
Epitálamo
Corpos quadrigêmeos
Pedúnculos cerebrais
Rostral (visão)
Caudal (audição)
Rombencéfalo
Metencéfalo
Medula oblonga
Cerebelo
Ponte
Cérebro 
 O cérebro é composto por dois hemisférios cerebrais pareados, que são formados
por sulcos e giros.
 Os hemisférios cerebrais direito e esquerdo compõe cerca de 80% da cavidade
craniana. Cada hemisfério é composto por uma camada de substância cinzenta
(córtex cerebral) que se encontra no exterior do órgão e é responsável pela
consciência; e uma camada de substância branca (substância medular), que é
composta de fibras nervosas mielinizadas situadas abaixo do córtex cerebral.
@lilyfazvet 12
 Os núcleos de base estão situados profundamente nos hemisférios cerebrais.
Esses núcleos contêm grandes agregados de neurônios, separados e organizados
para controlar movimentos semivoluntários complexos, como caminhada e corrida.
Nas aves, o córtex cerebral é pouco desenvolvido, mas, em contra partida, os
núcleos de base são altamentedesenvolvidos. Nos gatos e, em menor grau nos cães,
a remoção do córtex cerebral impede diversas funções motoras refinadas.
Entretanto, por conta da presença dos núcleos de base a capacidade de
deambulação, alimentação, luta e atividade sexual desses animais permanece
intacta.
Cerebelo
 O cerebelo também é formado
por dois hemisférios, direito e
esquerdo. Ele não está envolvido
com a consciência ou sensação,
como o córtex cerebral, mas pode
iniciar o movimento de um
@lilyfazvet 13
 O tronco encefálico é composto pelo interencéfalo, pelo mesencéfalo, pela ponte e
pela medula oblonga. Ambos os hemisférios cerebrais e o cerebelo se originam do
tronco encefálico, além de inúmeros tratos de fibras nervosas ascendentes e
descendentes.
 O interencéfalo é composto pelo hipotálamo, o tálamo e o epitálamo. O
hipotálamo contém a hipófise ou glândula pituitária. Ele é a região do sistema
nervoso com a maior influência sobre o sistema endócrino dos animais, assumindo
um importante papel na integração de funções realizadas pelo sistema nervoso
autônomo. O tálamo constitui um centro de retransmissão. Os impulsos de todas as
áreas do corpo são transmitidos ao tálamo para, em seguida, serem transferidos
para o córtex cerebral. E o epitálamo contém um centro de correlação olfatória e a
glândula pineal. Ele é responsável pela produção da melatonina, que é o hormônio
responsável pelo ciclo circadiano, que faz o animal reconhecer quando é dia ou
noite.
 O mesencéfalo contém os centros reflexos auditivos e visuais. Ele está situado
entre o diencéfalo e a ponte e apresenta dois pedúnculos cerebrais e quatro
colículos, que são estruturas anatômicas características dessa região.
membro ou de uma parte do corpo, porém, uma vez em movimento, as forças de
inércia tendem a manter a estrutura em movimento até que forças opostas o
interrompam.
 Dessa forma, o cerebelo atua como um "centro coletor" de todas as informações
relativas ao estado físico instantâneo do corpo.
Tronco encefálico
tálamo
mesencéfalo
ponte
corpo pineal
colículo superior
colículo inferior
quarto ventrículo
(assoalho)
pendúculo cerebelar
 A medula oblonga e a ponte contém muitas vias ascendentes e descendentes, os
núcleos sensoriais e motores de todos os nervos cranianos originários do tronco
encefálico e uma grande parte d mecanismo central dos reflexos posturais.
@lilyfazvet 14
 A medula espinal é uma massa mais ou menos cilíndrica de tecido nervoso,
localizada caudalmente à medula oblonga. Ela é dividida em quatro regiões
correspondentes a coluna vertebral: cervical, torácica, lombar, sacral e caudal; e cada
um dos seus segmento dá origem a um par de nervos espinais.
 A medula espinal recebe fibras aferentes sensoriais (influxo) por meio das raízes
dorsais dos nervos espinais e emite fibras motoras eferentes (efluxo) às raízes
ventrais dos nervos espinais.
 A sua substância cinzenta possui uma localização central e se assemelha a um "H"
maiúsculo. Ela é formada principalmente dos corpos das células nervosas e de seus
prolongamentos. Já a substância branca, que é disposta perifericamente, é
composta por diversos tratos distintos, como: tratos de feixes de fibras nervosas;
tratos sensoriais e motores; e tratos relacionados a impulsos proprioceptivos.
cerebelo
ponte
bulbo
Tronco encefálico
mesencéfalo
Cérebro
Medula espinal
@lilyfazvet 15
 As células que originam os impulsos sensoriais para o cérebro ou para outras
partes da medula espinal ficam localizadas em cornos dorsais da substância
cinzenta, enquanto as células que originam os impulsos motores ficam nos cornos
ventrais da substância cinzenta. As células células que originam os impulsos
autônomos na medula espinal são as massas laterais dos cornos ventrais da
substância cinzenta.
 A medida que a medula espinal segue em sentido caudal, sua área de corte
transversal diminui. Dessa forma, na extremidade caudal, os tratos nervosos e os
nervos espinais se estendem em forma de leque, conferindo a eles uma aparência
de vassoura ou rabo de cavalo. Por essa razão, a porção terminal da medula espinal,
das meninges e dos nervos é conhecida como cauda equina.
medula espinal
cauda equina
 O SNP é composto pelos nervos espinais e cranianos, que conduzem sinais
elétricos, chamados potenciais de ação, para o SNC ou a partir deste.
Sistema Nervoso Periférico
Nervos espinais
 Os nervos espinais, bem como os nervos cranianos, são classificados como nervos
somáticos, por estarem relacionados com o controle muscular. Os nervos
autônomos são denominados nervos viscerais por estarem envolvidos com funções
involuntárias, como o controle da musculatura lisa, do músculo cardíaco e das
glândulas.
@lilyfazvet 16
 Os nervos espinais são aqueles oriundos da medula espinal e emergem das
vértebras. Com exceção dos nervos cervicais e caudais, há um par de nervos espinais
que emergem atrás das vértebras de mesmos números e nomes.
 O primeiro par de nervos torácicos emerge da coluna vertebral através dos forames
intervertebrais localizados entre as vértebras T1 e T2, enquanto o último par de
deixa a coluna através dos forames intervertebrais situados entre as vértebras T13 e
L1. O número de nervos torácicos, lombares e sacrais é o mesmo que o das suas
respectivas vértebras. Entretanto, em vez de sete pares de nervos cervicais, existem
oito pares. Em geral, há apenas seis ou sete pares de nervos caudais.
 Um nervo espinal é composto de uma raiz dorsal e outra ventral. A raiz dorsal entra
na porção dorsal da medula espinal e conduz impulsos aferentes (sensitivos) da
periferia para a medula. Os corpos das células nervosas dos neurônios que compõe
essa raiz estão localizados no gânglio da raiz dorsal. A raiz ventral emerge do corno
ventral da medula espinal e conduz impulsos eferentes (motores) da medula para as
fibras musculares estriadas. Próximo ao forame intervertebral, a raiz ventral se une à
raiz dorsal para formar a parte principal do nervo espinal.
 Depois de sair do forame intervertebral, o nervo espinal se divide em ramo dorsal
e ramo ventral - esses ramos fornecem inervação às estruturas localizadas dorsal
ou ventralmente aos processos transversos das vértebras.
 Na proximidade dos membros, os nervos se unem em arranjos semelhantes a
tranças conhecidos como plexos. Cada membro torácico é suprido por nervos
oriundos do plexo braquial, enquanto cada membro pélvico é suprido pelos nervos
oriundos do plexo lombossacral.
Nervos cranianos
lombar
região intervertebral
cervical
torácica sacral
caudal
 Os nervos cranianos são encontrados em 12 pares. De maneira geral, eles fornecem
inervações para as estruturas da cabeça e do pescoço, exceto o nervo vago, que
além de inervar a faringe e a laringe, também fornece fibras parassimpáticas para
estruturas viscerais do tórax e abdome.
@lilyfazvet 17
 Os nervos cranianos não se dividem em raízes dorsais ou ventrais, mas emergem
através de forames. Alguns nervos são estritamente sensoriais (aferentes), outros
são estritamente motores (eferentes) e alguns são mistos (tanto sensoriais quanto
motores).
Legenda: I- bulbo olfatório; II- nervo óptico; III- nervo oculo-motor; IV- nervo troclear; V-
nervo trigêmeo; VI- nervo facial; VII- nervo vestibulococlear; VIII- nervo abducente; IX- nervo
glossofaríngeo; X- nervo vago; XI- nervo acessório; XII- nervo hipoglosso.
Divisão Motora Eferente
 O sistema nervoso reúne informações sensoriais a partir do ambiente externo e
interno, integrando-as consciente ou inconscientemente para formular um plano de
resposta que produz um resultado final motor, que pode modificar o ambiente
(externo ou interno) ou mantê-lo constante.
@lilyfazvet 18
não possuem gânglios em seu trajeto;
os corpos neurais estão localizados dentro do SNC;
sua velocidade de condução é muito maior;
SNS pode ou não estimular o efetor, mas não o inibe.
vias exteroceptivas: aquelas que transportam as informações da pele.
vias interoceptivas: conduzem as informações dos órgãos internos.
viasproprioceptivas: são aquelas que carregam informações do sistema
musculoesquelético.
 O sistema nervoso somático é responsável pela comunicação do corpo com o
ambiente externo. Ele é constituído por fibras nervosas somáticas que conduzem
impulsos do SNC para os músculos esqueléticos; além de fibras motoras que
inervam os músculos esqueléticos, que tem movimento voluntário.
 Através de seus receptores, este sistema captura as mudanças que ocorrem. Assim,
as fibras motoras localizadas no SNS apresentam algumas características que as
diferenciam das autônomas, como:
 As vias sensoriais do SNS consistem no caminho que a informação faz por meio
de um conjunto de neurônios. Existem diferentes tipos de vias sensoriais. De
acordo com a fonte do estímulo, elas são divididas em:
Antes de chegar ao córtex, onde a sensação é interpretada, toda a informação
sensorial é processada no tálamo (exceto aferentes olfativos). Então, eles são
integrados ao córtex parietal, onde a sensibilidade normalmente se integra.
Sistema Nervoso Somático
https://amenteemaravilhosa.com.br/debaixo-pele-vive-sua-alma/
https://amenteemaravilhosa.com.br/caracteristicas-dos-neuronios/
@lilyfazvet 19
 O sistema nervoso autônomo produz, geralmente, respostas involuntárias, sendo
essencial para a manutenção das funções orgânicas normais (homeostasia), a
adaptação às mudanças ambientais e à resposta ao estresse. Ele regula funções
subconscientes tais como: pressão arterial, frequência cardíaca, motilidade intestinal
e o diâmetro pupilar.
 Essas respostas são realizadas por reflexos simples ou complexos e com pouca ou
nenhuma percepção consciente, conduzindo impulsos do SNC para a musculatura
lisa, o miocárdio e as glândulas.
 O sistema nervoso autônomo pode ser subdividido em sistema nervoso
simpático (está associado à resposta do corpo ao estresse), sistema nervoso
parassimpático (está ligado às funções homeostáticas na ausência do estresse) e o
sistema nervoso entérico (está relacionado com a regulação do sistema
gastrointestinal).
Sistema Nervoso Autônomo
 A maioria dos órgãos recebe inervação tanto simpática como parassimpáticas.
Exceções incluem as glândulas sudoríparas, a maior parte dos vasos sanguíneos, o
útero e os músculos piloeretores da pele, que apenas recebem uma inervação
simpática.
 O neurônio pré-ganglionar de um nervo simpático atravessa a raiz ventral de um
nervo espinal torácico ou lombar, alcança o nervo espinal e se ramifica a partir dele,
chegando ao gânglio vertebral do tronco simpático, que é uma cadeia bilateral de
gânglios ventrais às vertebras.
 O neurônio pré-ganglionar faz sinapse em um gânglio do mesmo segmento
vertebral ou prossegue por uma certa distância até outro gânglio vertebral, onde
ocorre a sinapse.
Distribuição simpática eferente
@lilyfazvet 20
Distribuição parassimpática eferente
 Os neurônios pré-ganglionares da divisão parassimpática são distribuídos para os
gânglios próximos aos órgãos efetores antes que façam sinapse com o neurônio
pós-ganglionar.
 Por conta disso, as fibras pré-ganglionares são relativamente mais curtas que as
fibras pré e pós-ganglionares da divisão simpática.
@lilyfazvet 21
 O sistema nervoso central possui três envoltórios de tecido conjuntivo conhecidos
como meninges. Essas meninges são protegidas pelo líquido cerebroespinal, que
atua como um amortecedor de impactos.
Meninges 
Meninges cerebrais
 Existem três meninges, que são, de fora para dentro: dura-máter, aracnoide e pia-
máter.
 No crânio, o folheto externo da dura-máter se encontrada intimamente ligado ao
periósteo interno da calvária. Entre a dura-máter e a aracnoide só há espaço
suficiente para a passagem de vasos sanguíneos. A aracnoide emite trabéculas
(projeções) que a concedem uma aparência de teia de aranha. Essas trabéculas
partem de seu folheto interno em direção ao envoltório encefálico mais íntimo, a
pia-máter. O espaço entre a aracnoide e a pia-máter é relevante e conhecido como
espaço subaracnóideo - esse espaço armazena o líquido cerebrospinal. A pia-máter
acompanha todos os sulcos e fissuras da superfície encefálica. Essa meninge forma
uma bainha em torno dos vasos sanguíneos e os acompanha em direção à
substância encefálica.
 As meninges da medula espinal são contínuas das medulas cerebrais. O folheto
externo da dura-máter não se funde com o canal vertebral, o que faz com que exista
um espaço epidural preenchido por gordura.
Meninges espinais
@lilyfazvet 22
 Os ventrículos cerebrais são cavidades ocas localizadas na substância cerebral.
 Os ventrículos laterais são cavidades pareadas (direita e esquerda) localizadas
dentro de cada hemisfério cerebral. Cada ventrículo lateral é contínuo com o
terceiro ventrículo através do forame de Monro. O terceiro ventrículo está
localizado no interencéfalo, sendo contínuo com o quarto ventrículo através do
aqueduto cerebral. O quarto ventrículo está localizado abaixo do cerebelo e acima
da medula oblonga. Ele se comunica com o espaço subaracnóideo por meio de
recessos laterais pareados e aberturas laterais.
Ventrículos cerebrais
 Cada um dos quatro ventrículos possui uma estrutura conhecida como plexo
coroide, que consiste em um tufo de capilares responsáveis por secretar o líquido
cerebrospinal.
@lilyfazvet 23
@lilyfazvet 24
 Um impulso nervoso gera um efeito em uma sinapse ou na estrutura que está
sendo inervada. Os axônios terminam por meio de ramificações, que formam ramos
que terminam em uma estrutura conhecida como bulbo terminal pré-sináptico.
Essas terminações possuem vesículas que contêm substâncias químicas
(neurotransmissores) liberadas com a chegada do impulso nervoso.
 Essa substância se difunde para a membrana do neurônio pós-sináptico ou
estrutura pós-sináptica e influencia a permeabilidade da membrana aos íons sódio.
 Diferentes neurônios possuem diferentes neurotransmissores (NTs) e, da mesma
forma, diferentes células pós-sinápticas podem conter diferentes receptores; assim,
os efeitos de um NT podem variar.
 Os neurotransmissores do SNP são de natureza excitatória, ou seja, eles aumentam
a permeabilidade da membrana aos íons sódio. Já no SNC, há neurotransmissores
não só excitatórios, como também inibitórios.
Neurotransmissores
 Os neurotransmissores do sistema nervoso somático periférico são de natureza
excitatória, sendo assim, eles aumentam a permeabilidade da membrana aos íons
de sódio. Essa substância é a acetilcolina (ACh), nos nervos somáticos espinais e
cranianos.
 O neurotransmissor liberado nas terminações pré-ganglionares da parte simpática
também é a ACh, mas nas terminações pós-ganglionares é a noradrenalina,
também chamada de norepinefrina.
Neurotransmissores periféricos
Neurotransmissores centrais
 No sistema nervoso central são encontrados tanto neurotransmissores excitatórios
quanto inibidores. Além da acetilcolina e norepinefrina (presentes nos neurônios
periféricos), outros neurotransmissores são encontrados no SNC, como por exemplo
p ácido gama-aminobutírico (GABA) e a glicina.
@lilyfazvet 25
 A comunicação entre os neurônios e as células por eles controladas origina-se com
o estímulo do neurônio. Um neurônio pode ser estimulado por outro, através de
uma célula receptora ou eventualmente por um evento físico e, uma vez estimulado,
ele transmitirá a informação relativa ao evento causado.
 Dessa forma, os neurônios sensórios (neurônios aferentes) mandam a informação
de um receptor para o cérebro, onde os neurônios associativos (Interneurônios)
integrarão a informação e enviarão comandos para os motoneurônios (neurônios
eferentes), os quais realizarão sinapses com os músculos ou as glândulas.
 O estímulo então provoca uma onda de despolarização e repolarização que se
propaga ao longo do axolema resultando na transmissão do impulso nervoso.
Impulso Nervoso
Mecanismos de Transmissão
 O termo potencial é utilizado para as células nervosas, assim como é usado no
estudo de eletricidade. No caso dos neurônios, esse potencial recebe o nome de
potencialtransmembrana e corresponde às partes interna e externa dos limites da
membrana celular;
 Vale ressaltar que todas as células possuem um potencial transmembrana, mas os
neurônios são as únicas que conseguem alterar esse potencial para gerar um
impulso.
 Dessa maneira, o potencial de ação, a bomba de sódio e potássio e as sinapses
abrangerão os três processos que envolvem a transmissão de impulso nervos. De
forma generalizada, terão todos os mesmos fins e princípios, no entanto com
ocorrências diferentes.
Potencial de Membrana em Repouso
 Em um neurônio em repouso, o potencial entre os dois lados da membrana é
denominado potencial de repouso. O potencial da membrana em repouso é o
resultado da distribuição desigual de íons de sódio (Na+) e de potássio (K+) dentro e
fora do neurônio.
 Caso as velocidades (taxas) de transporte desses íons fossem iguais entre si, a
neutralidade elétrica entre as partes interna e externa da membrana seria mantida.
Entretanto, o transporte ativo de Na+ para fora do neurônio ocorre em uma taxa
mais rápida do que o transporte ativo de K+ para dentro dessa célula e, assim, é
mantida a eletronegatividade no interior da membrana e a eletropositividade no
exterior. Dessa forma, a membrana é polarizada.
@lilyfazvet 26
 O potencial de membrana em repouso de um neurônio é mensurado em torno de
-70 VM – esse potencial não ultrapassa esse valor porque, nesse nível, o gradiente
elétrico é suficiente para fazer com que a difusão de Na+ para dentro da célula se
equilibre com a taxa de transporte ativo para fora da célula.
 O estimulo químico ou físico de um neurônio aumenta a permeabilidade da
membrana ao Na+, o que faz com que esse íon desloque-se do exterior para o
interior da célula rapidamente. Isso inverte o potencial de membrana no local do
estímulo, de modo que a membrana se torna positiva em seu interior e negativa do
lado de fora – esse processo é chamado de despolarização.
 O influxo de Na+ logo cessa e a permeabilidade da membrana ao K+ aumenta. O K+
então flui para o meio extracelular e o seu efluxo reestabelece o potencial da
membrana em repouso no local do estímulo – esse processo é chamado de
repolarização.
 Quando uma microrregião de uma fibra nervosa é estimulada e subsequentemente
despolarizada, ocorre um fluxo de corrente do ponto de despolarização para as
microrregiões adjacentes. Esse fluxo de corrente ocorre graças a existência de uma
carga positiva dentro do axolema no ponto de despolarização inicial.
 O processo de despolarização seguido de fluxo de corrente é repetido ao longo da
fibra nervosa, sendo responsável pelo impulso nervoso.
Potencial
de ação
Despolarização
Limiar
Insuficiente
Repouso
Estímulo
Período
refratário
Tempo (ms)
Te
ns
ão
 (m
V)
Repolarização
@lilyfazvet 27
Potencial de repouso
Potencial de repouso
Despolarização
Repolarização
Bomba de sódio e potássio
Bomba de sódio e potássio
Canal de Na+ controlado por tensão
Canal de K+ controlado por tensão
Limiar
Po
te
nc
ia
l d
e 
M
em
br
an
a 
(M
V)
Tempo (ms)
@lilyfazvet 28
 Os potenciais de ação (PA) são mudanças no potencial de membrana em repouso,
ativamente propagados ao longo da membrana celular.
 Quando o potencial de membrana atinge um valor crítico, ocorre um potencial de
ação. O potencial de membrana no qual ocorre um potencial de ação recebe o nome
de limiar. Vale ressaltar que nem todos os estímulos conseguem despolarizar a
membrana até o limiar.
 Durante um potencial de ação, o processo de despolarização pode alterar o
potencial de membrana de -70 VM para +40 VM. Já durante a repolarização há um
retorno ao potencial de membrana em repouso. A fibra nervosa não pode ser
estimulada novamente até que a repolarização esteja quase concluída – esse
momento é chamado de período refratário.
 O disparo de uma fibra nervosa consiste no momento em que um PA é iniciado. Se
o estímulo for forte o bastante para iniciar um potencial de ação, toda fibra é
disparada – princípio do “tudo ou nada”. Se o estímulo for suficientemente forte
para iniciar o processo de despolarização, o impulso é conduzido com potenciais de
ação de magnitude normal
 Se um PA é gerado no axônio, este viaja até o botão sináptico, mas, a maneira no
qual ele viaja depende se o neurônio é mielinizado ou amielinizado. Os neurônios
amielinizados apresentam uma condução contínua do PA. Já os neurônios
mielinizados apresentam uma condução saltatória.
Potencial de ação
1) Uma corrente elétrica forte suficiente para causar uma mudança no potencial
de repouso, produzindo o impulso nervoso.
2) O impulso nervoso move-se ao longo do axônio com velocidade e amplitude
constantes.
3) A medida que a onda de despolarização se desloca ao longo do axônio, o
estado de polarização de repouso é rapidamente restabelecido ou a membrana é
repolarizada. Os canais de Na+ se fecham e não há mais entrada de Na+ na
célula até a repolarização da membrana - período refratário. Não é possível a
transmissão seguida de outro potencial de ação porque os canais de Na+ não
podem ser reabertos.
4) Simultaneamente com fechamento dos canais de sódio ocorre a abertura dos
canais de potássio. Há então uma redução de íons positivos dentro da célula o
que resulta em sua repolarização.
5) O potencial de repouso só será alcançado com o auxílio da bomba de sódio e
potássio, que transporta ativamente o excesso de sódio para fora do neurônio.
 No geral o potencial de ação é;
@lilyfazvet 29
6) Esta transmissão ao longo dos axônios ocorre nos neurônios que não
possuem bainha de mielina. Nos neurônios mielinizados o potencial de ação
ocorre ao nível dos nódulos de Ranvier, pontos em que a membrana plasmática
faz contato direto com o fluido intersticial. Assim, o potencial de ação "salta" de
um nódulo de Ranvier para o seguinte - condução saltatória - sendo um tipo de
condução mais rápida e com menos gasto de energia.
 Nas fibras mielinizadas, os processos de despolarização e repolarização são iguais,
mas os potenciais de ação ocorrem de um nódulo de Ranvier para o próximo, em
vez de ocorrer por toda área da membrana. Esse processo é chamado de condução
saltatória.
 Assim, o impulso nervoso propaga-se de nódulo em nódulo, numa condução
saltatória, e não ao longo de toda a membrana do axónio, o que aumenta
consideravelmente a velocidade de transmissão da informação.
 Dessa forma, a condução saltatória possui duas funções: transmissão acelerada
do impulso; e poupar energia (uma área menor da membrana é despolarizada e
repolarizada, reduzindo, assim, a necessidade de energia para “recarregar a
membrana”).
Condução saltatória
PIP's e PEP's
 Para que um potencial de ação transmita sinais neuronais é necessário que haja
uma alteração abrupta na diferença de potencial (DDP). Enquanto a membrana
encontra-se polarizada seu estado é chamado de potencial de repouso. No
momento em que chega um potencial de ação podemos ter duas situações distintas:
a PEPS e a PIPS.
https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/Assim
https://www.infopedia.pt/$impulso-nervoso?intlink=true
@lilyfazvet 30
 No potencial excitatório pós-sináptico (PEPS) ocorre a diminuição do potencial de
membrana, fazendo com que esta fique extremamente permeável ao íon sódio. Com
a entrada desse íon, o interior da célula passa a ter uma grande quantidade de
cargas positivas fazendo com que a DDP desapareça e caminhe em direção á
positividade.
 Quando se atinge o valor de -55 VM diz-se que a membrana está despolarizada ou
hipopolarizada. Essa despolarização resulta na interação do neurotransmissor
químico liberado pelas vesículas pré-sinápticas com seus receptores no neurônio
pós-sináptico.
 Os neurotransmissores liberados são inativados em milissegundos e essa interação
faz com que comportas de sódio fechadas se abram provocando um rápido influxo
de sódio na célula subjacente deixando seu interior mais positivo desencadeando o
potencial de ação.
PEP's
PIP's
 No potencial inibitório pós-sináptico (PIP's), ao invés da abertura de canais de
sódiocomo no PEP's, há a abertura de canais de potássio, o que faz com que esse
íon se difunda do interior da célula para o exterior. Dessa forma, ele vai provocar um
aumento da DDP fazendo com que as possibilidades de desencadear um potencial
de ação diminuam.
@lilyfazvet 31
 No SNC há vários esquemas de disposição dos neurônios (circuitos) que
possibilitam diferentes padrões de atividade.
Disposição dos Neurônios
Circuito convergente
 O circuito convergente é aquele em que vários neurônios
convergem para um neurônio. Esse tipo de circuito faz com
que impulsos de muitas fontes diferentes provoquem alguma
resposta ou propiciem alguma sensação.
Circuito divergente
 O circuito divergente é aquele em que os ramos do
axônio de um neurônio convergem para dois ou mais
neurônios e cada um deles, por sua vez, converge para
dois ou mais neurônios. Esse tipo de circuito possibilita
a ampliação dos impulsos, sendo encontrado no
controle de músculos esqueléticos.
Circuito reverberante
 O circuito reverberante é aquele em que cada neurônio de uma
série envia um ramo de volta ao neurônio inicial, de modo que uma
onda de impulsos seja recebida no neurônio terminal. Esse tipo de
circuito está associado a atividade rítmicas, e a onda de impulsos
prossegue até que a sinapse entre em fadiga ou algum outro
mecanismo desconhecido interrompa o circuito reverberante.
Circuito paralelo
 O circuito paralelo contém diversos neurônios em
série, em que cada neurônio envia um ramo até o
neurônio terminal. Ao contrário do circuito
reverberante os impulsos são interrompidos. Esse
tipo de circuito representa um reforço para um único
estímulo.
@lilyfazvet 32
Embora sejam possíveis muitas conexões neuronais complexas, as conexões
neuronais também podem ser simples e diretas. Nesse sentido os neurônios
associados ao olfato e a visão podem envolver não mais do que dois neurônios
para sua projeção ao córtex cerebral. Em relação aos outros neurônios, há
necessidade de, no mínimo, três neurônios para transmissão de um impulso
nervoso da periferia para o córtex cerebral através de um nervo espinal. O
circuito de três neurônios corresponde ao circuito clássico das sensações
conscientes.
Circuitos simples
@lilyfazvet 33
 O reflexo é definido como uma resposta automática e inconsciente de um órgão
efetor (músculo ou glândula) a um estímulo apropriado. Os componentes envolvidos
na ocorrência de um reflexo constituem um arco reflexo e consistem em: um
receptor; um membro aferente; conexões centrais; um membro aferente; e um
órgão efetor.
Reflexos
Reflexo espinal
 Os reflexos espinais podem tanto ser simples como complexos. Um exemplo de
reflexo espinal é o reflexo patelar, que é induzido pela percussão do ligamento
patelar médio. A finalidade desse reflexo é a de se opor ao estiramento do músculo,
auxiliando o animal a ficar de pé. A ausência do reflexo patelar pode indicar dano ou
lesão a medula espinal ou a qualquer um dos cinco componentes do arco reflexo.
 No caso dos reflexos mais complexos, as conexões centrais se estendem por vários
segmentos. A resposta do extensor cruzado é um exemplo de reflexo espinal
complexo. Ela ocorre quando há estimulo doloroso na pele, no tecido subcutâneo ou
nos músculos. A resposta consiste na contração dos músculos flexores e inibição dos
músculos extensores, de modo que a parte estimulada é flexionada e retirada do
local que originou o estímulo.
Reflexos somáticos e viscerais
 Se os órgãos efetores contém músculo estriado, o reflexo será somático. Se eles
contêm músculos lisos ou cardíaco ou são glândulas o reflexo será visceral. Os
reflexos viscerais regulam as funções das vísceras e são transmitidas pelo sistema
nervoso autônomo (por fibras aferentes viscerais e fibras eferentes pré e pós-
ganglionares simpáticas ou para simpáticas).
Centros reflexos
 Os centros reflexos estão localizados em todo o sistema nervoso central. eles estão
envolvidos na integração de reflexos mais complexos. Os reflexos mais simples são
aqueles associados a medula espinal, enquanto os mais complexos envolvem
centros reflexos cerebrais.
 Alguns desses centros estão situados na ponte e na medula oblonga, incluindo os
centros reflexos associados ao controle do sistema cardiovascular (atividade do
coração e diâmetro dos vasos), respiração, deglutição, vômito, tosse e espirro.
@lilyfazvet 34
Reflexos e reações posturais
 Os reflexos e reações posturais auxiliam na manutenção de uma posição ereta. As
respostas que envolvem o córtex cerebral são mais corretamente chamadas de
reações, em vez de reflexos. Tônus muscular é o estado de tensão muscular que
permite o animal adotar uma postura ereta e nela permanecer. O reflexo de
estiramento é o principal elemento do tônus muscular. São exemplos de reflexos e
reações posturais:
 O cerebelo contém a maioria dos centros reflexos associados a locomoção e
postura. O hipotálamo é o principal centro de integração e regulação do sistema
nervoso autônomo, já que, por exemplo, contém centros reflexos relacionados a
termorregulação. O mesencéfalo contém reflexos visuais e auditivos que podem
provocar constrição ou dilatação das pupilas e evocar uma reação de sobressalto a
ruídos altos.
Reflexo de imobilidade: o ato de pressionar o dorso de um cão para baixo
provoca movimentos musculares que compensam e resistem ao deslocamento
do animal.
Reflexos posturais: o deslocamento de uma parte do corpo é acompanhado de
alterações posturais em outras partes.
Reflexo de endireitamento: a queda de um gato em posição invertida é seguida
de seu "pouso" em posição ereta.
Reflexo de salto: impulsionar um cão apoiado em um único membro com os
outros três membros suspensos (elevados) resulta em correção proprioceptiva
do membro intacto que atua como um pilar de sustentação firme.
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CUNNINGHAM, J.G. & KLEIN, B.G. Tratado de Fisiologia Veterinária, 4 a Edição, Rio
de Janeiro: Editora ElsevierGuanabara Koogan S.A., 2008, 710p.
REECE, W. O.; ROWE, E. W.; Anatomia Funcional e Fisiologia dos Animais
Domésticos. 5ª ed. Rio de Janeiro: Roca, 2020.
DYCE, K. M.; WENSING, C. J. G.; SACK, W. O. Tratado de anatomia veterinária. 4 ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
Anotações feitas durante aula.
Referências
Hellycláudia Maria da Silva Chaves @lilyfazvet
Medicina Veterinária, UNIFACOL

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