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10/08/2018 Versão para impressão 1/5 Segurança do Trabalho Gestão da CIPA A CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) é composta por funcionários da empresa indicados pelo empregador e também por representantes escolhidos em processo eletivo. O mandato tem duração de um ano, sendo possível a reeleição. A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e a Norma Regulamentadora 5 (NR-5) tornam a CIPA uma obrigação legal. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) age como responsável por sua regulamentação, composição e funcionamento. Atribuições A principal atribuição da CIPA é prevenir doenças e acidentes provenientes do ambiente de trabalho. O objetivo é preservar a vida e a integridade física de todos os trabalhadores. Conforme a legislação, a CIPA é constituída no âmbito de cada estabelecimento. A sua manutenção é garantida no âmbito de empresas privadas ou públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, associações recreativas ou cooperativas, instituições beneficentes ou qualquer outra que conte com trabalhadores como empregados. Dimensionamento da CIPA 10/08/2018 Versão para impressão 2/5 Muitas dúvidas podem surgir durante o dimensionamento da CIPA. Porém, trata-se de uma sistematização ordenada, ou seja, há um passo a passo, cuja sequência é estabelecida pela NR-5 (Portaria 3.214/77). O primeiro passo é saber o número de funcionários da empresa. Depois, devem-se coletar dados disponíveis a respeito dela, como ramo de atuação e a CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). Esta informação pode ser encontrada na inscrição do CNPJ da empresa. Após a obtenção das informações listadas, basta realizar a consulta e analisar os dados contidos nos quadros I, II e III da NR-5. Exemplo Vamos imaginar que uma determinada empresa do ramo de marcenaria conte com 500 pessoas em seu quadro de funcionários. Ela tem a CNAE 16.10-2 (fabricação de produtos de madeira – serrarias com desdobramento de madeiras). Antes de dimensionarmos a sua CIPA, precisamos consultar o quadro III da NR-5 para descobrir a qual grupo pertence. No caso, devido à sua atividade, trata-se do grupo C-6. Em seguida, é possível então consultar o quadro I da NR-5 para encaminhar o dimensionamento. É importante lembrar sempre que devemos cruzar as informações referentes ao número de funcionários e ao grupo ao qual a empresa pertence. O resultado obtido mostra que a CIPA da empresa deverá ter seis membros efetivos e quatro membros suplentes. De acordo com a NR-5, a CIPA deverá ser composta do mesmo número de representantes eleitos e indicados pelo empregador. Portanto, ao realizarmos a soma do número de membros efetivos e suplentes (dez), devemos multiplicar o valor por dois. Chegamos, assim, ao resultado de dez membros indicados pelo empregador e de dez membros eleitos. 10/08/2018 Versão para impressão 3/5 Gestão da CIPA A CIPA é uma das ferramentas mais importantes no que se refere à prevenção de acidentes e de doenças laborais. O seu objetivo principal é compatibilizar o ambiente de trabalho com a preservação e a manutenção integral da saúde física e mental do trabalhador. Por isso, a CIPA é uma comissão essencial. Ela deve trabalhar em conjunto com os demais planos e ferramentas na gestão administrativa das questões de saúde e segurança do trabalho (SST). Pode-se inclusive dizer que a CIPA é uma ferramenta que está em constante utilização nas tarefas exercidas dentro da empresa. Por isso, sabemos que os profissionais envolvidos e que fazem parte da comissão devem também manter uma comunicação constante com os demais profissionais da área de SST dentro e fora da empresa. Responsabilidades da CIPA Há algumas ações importantes a serem realizadas no momento de se implantar a gestão da CIPA, como: 10/08/2018 Versão para impressão 4/5 Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, especialmente os itens de que trata a NR-5 Divulgar e promover os textos em vigor de normas regulamentadoras, acordos coletivos, convenções e cláusulas de acordos envolvendo SST Revisar e atualizar o mapa de riscos Elaborar propostas e material de comunicação sobre condições inseguras no ambiente de trabalho Proceder com sugestões para possíveis reparos ou medidas visando à neutralização ou à redução de condições inseguras ou de agentes de risco Realizar, conforme cronograma, reuniões programadas em calendário Avaliar qualquer impacto causado pela alteração do ambiente de trabalho ou métodos envolvendo funções e atividades Produzir material impresso, em forma de panfleto ou cartilha, para informar os funcionários a respeito dos procedimentos de emergência a serem adotados em caso de evento indesejável Promover a SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho), visando a alcançar o maior número de trabalhadores possível Registrar os acidentes de trabalho e de trajeto para análise e possível adequação de procedimentos Ao longo do percurso traçado nas áreas de saúde no trabalho e higiene ocupacional, podemos contar com a contribuição de diversas áreas do conhecimento. Buscam-se sempre a preservação e a manutenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores em seu ambiente laboral. No entanto, podemos verificar que muitas empresas têm muita dificuldade em implementar os programas de gestão de segurança e saúde ocupacionais. Não basta apenas identificar os riscos ambientais e estabelecer um programa de 10/08/2018 Versão para impressão 5/5 prevenção, ou até mesmo SESMT ou CIPA. A empresa deve estar realmente comprometida com a geração de impactos na sua cultura organizacional. Os programas exigem movimentação e conscientização nos dois sentidos (horizontal e vertical) dentro da organização. No segmento industrial, o desafio é ainda mais amplo devido à quantidade e à qualidade dos riscos envolvidos. Um dos aspectos mais importantes para o sucesso na implementação de sistemas de gestão de segurança no trabalho é a total eliminação da cultura do “fatalismo”. Acidentes não podem ser considerados naturais, decorrentes de fatalidades. Isso faz com que não se tomem atitudes para mudar a realidade. Sabemos que os acidentes e as doenças de trabalho têm o potencial de causar prejuízo a todos os agentes envolvidos no processo: trabalhadores, empresa e governo. No caso dos trabalhadores, o prejuízo direto de um acidente ou de uma doença é primeiramente a dor física. Depois, há também o sofrimento pessoal e familiar, a redução ou a perda de rendimentos e o receio de perder o emprego, além de custos relacionados ao cuidado com a saúde. Os empregadores têm danos diretamente relacionados a custos, como tarefas não realizadas, indenizações e despesas, reparação ou troca da máquina ou equipamento, custos administrativos, perda de qualidade de produto e de serviço e redução do moral dentro da empresa. Entre os custos indiretos ao empregador, podem-se considerar a substituição parcial ou permanente do trabalhador acidentado e a queda de produção. Por parte do governo, os custos envolvem indenizações e seguros.
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