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TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO

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Centro Universitário Católico 
Salesiano Auxilium 
Teorias da Administração I 
 
Administração 
Prof. Dr. Eduardo Teraoka Tófoli 
Lins - 2015 
Prof. Adm. Eduardo Teraoka Tofoli 
Teorias da Administração I 
1 
 
HHIISSTTÓÓRRIIAA DDAA AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO 
 
Dos supervisores da construção da Grande Muralha da China aos conselhos 
dados a Moisés por seu sogro, Jethro (o primeiro consultor em administração), em 
Êxodo 18:14-27, sempre houve quem praticasse eficazmente a administração e 
desse conselhos administrativos. Entretanto, apenas recentemente se formou um 
conjunto de literatura que examina as dimensões da administração e a investiga de 
maneira científica. Tentativas de ver a administração de modo coerente e 
consistente constituíram o início do desenvolvimento da teoria da administração. 
Alguns dos primeiros textos sobre a administração datam o início da 
Revolução Industrial, no século XVII na Inglaterra, depois se alastrando para toda a 
Europa e América no século XIX. Esses primeiros teóricos, como Charles Babbage 
(1792-1871), foram perspicazes o bastante para afirmar que o surgimento do mundo 
industrial iria requerer um estudo sistemático da administração de tarefas e da 
padronização das operações do trabalho a fim de ajustar as empresas, 
particularmente na área emergente da manufatura leve, a uma realidade nova e 
exigente. Mas, da mesma maneira como a tecnologia da Inglaterra do século XIX era 
inadequada para construir o motor analítico que Babbage propunha (na realidade, o 
primeiro projeto para um computador mecânico), também inadequado era o estágio 
da industrialização e da teoria da administração. 
Dessa forma, suas ideias forma ignoradas até serem redescobertas pelo Pai 
da Administração Científica, Frederick W. Taylor (1856-1915). Em On the economy 
of machinery and manufactures (Sobre a economia de máquinas e fábrica) (1835), 
Babbage afirmou que o trabalho deveria ser reduzido a tarefas menores e 
padronizado. Embora essa ideia tenha sido um dos fundamentos teóricos para 
tecnologia de linha de montagem moderna, ela foi ignorada por mais de meio século. 
O estágio da industrialização emergente era tal que os gerentes não viam a 
necessidade de uma teoria escrita de administração. Assim, como o restante da 
Europa, a Inglaterra era ainda a terra dos privilégios herdados, da pequena nobreza 
latifundiária e do status que se originava da posse inatingível, porém real, da 
condição de cavalheiro. As habilidades em administração e liderança não eram 
vistas como passíveis de se aprender, mas sim como habilidades herdadas. 
Não havia necessidade de uma teoria da administração: nascia-se líder, não 
era possível fazer-se um líder. Não admira, portanto, que as idéias de homens como 
Babbage fossem ignoradas. 
Com a expansão da industrialização, surgiu a necessidade de gerentes 
treinados e de uma teoria da administração. Os Estados Unidos, no final do século 
XIX e em meio a uma rápida expansão econômica, necessitavam de um grande 
número de trabalhadores para alimentar seu crescimento industrial. Os 
trabalhadores atraídos para a América para suprir essa necessidade eram, em sua 
maioria, imigrantes não qualificados, e tal força de trabalho, étnica e culturalmente 
diversificada, exigia um número maior de gerentes altamente qualificados. 
No dia 26 de maio de 1886, Henry R. Towne (1844-1924), um importante 
industrial, apresentou um ensaio intitulado “O engenheiro como economista” em uma 
reunião da Americam society of mechanical engineers (sociedade americana dos 
engenheiros mecânicos). Nesse ensaio, Towne chamava a atenção dos engenheiros 
para a necessidade de se realizar um estudo científico da administração de trabalho. 
Essa foi a primeira vez que se preconizou um enfoque científico no estudo da 
administração. Frederick W. Taylor e seus colegas nos Estados Unidos e na Europa 
aceitaram o desafio de Towne e começaram a criar o que é conhecido atualmente 
como a teoria da administração. 
Prof. Adm. Eduardo Teraoka Tofoli 
Teorias da Administração I 
2 
 
Os fundamentos para as várias abordagens e as escolas da teoria da 
administração são encontrados em diversas disciplinas. Mas a teoria da 
administração, ainda que faça uso de outras disciplinas e observações da prática 
administrativa, surgiu como uma área de estudo independente a partir de 1940. 
Embora a teoria da administração tenha começado no final do século XIX, ela 
continua a ser um corpo dinâmico e evolutivo de conhecimento e prática, de âmbito 
verdadeiramente internacional. 
 
 
 
EEVVOOLLUUÇÇÃÃOO DDAASS TTEEOORRIIAASS DDAA AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO 
 
AA EEVVOOLLUUÇÇÃÃOO DDOO PPEENNSSAAMMEENNTTOO AADDMMIINNIISSTTRRAATTIIVVOO 
 
Ainda que bastante nebulosa, a administração é uma atividade encontrada 
em empreendimentos de qualquer espécie, de todos os povos, de todos os tempos. 
Na verdade, todos os grandes líderes que a História registra foram administradores – 
administrando países, coordenando explorações, dirigindo guerras, gerindo os 
esforços de outros homens. 
Desde 1900, a administração tem evoluído à categoria de atividade central de 
nossa era, e a economia é uma força poderosa e inovadora de que as sociedades 
dependem para seu desenvolvimento. A administração é, ao mesmo tempo, fator 
determinante do processo econômico e modeladora das sociedades e do modo 
como são conduzidas as pessoas e as instituições. 
Embora se possa reconhecer a importância da administração para o bem-
estar e desenvolvimento dos povos, é muito difícil reconstituir sua história. Os 
registros sobre os mais antigos empreendimentos do homem são vagos e remotos, 
quando existem. 
 
 
AA AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO DDAASS CCIIVVIILLIIZZAAÇÇÕÕEESS AANNTTIIGGAASS 
 
As origens de alguns conceitos e práticas modernas de administração podem 
ser atribuídas a civilizações muito antigas. Salomão, um governante bíblico, 
coordenou a elaboração de acordos de comércio, administrou programas de 
constituição e modelou tratados de paz no século X a.C. Entretanto, antes disso já 
havia a necessidade de alguma forma ou sistema para governar o povo. 
Muitos governantes antigos usaram seus fiéis servidores para executar seus 
desejos soberanos, conferindo a esses servidores a devida autoridade para atuar 
em nome do chefe. De modo coletivo, os fiéis servidores se converteram, então, no 
conselho ou junta consultiva dos chefes. 
À medida que o poder e a reputação desses conselheiros aumentavam, 
alguns deles se tornavam líderes terrenos e espirituais do povo. Para administrar, 
desenvolveram regras e tabus de conduta, utilizando o temor ao sobrenatural e o 
medo do ridículo mundano para garantir a adesão e a obediência às suas regras. 
Antecedendo o estudo das escolas de administração, é importante conhecer a 
evolução do pensamento administrativo. 
Para compreender a estrutura empresarial moderna e agir com precisão, o 
administrador precisa conhecer o processo evolutivo das organizações nos últimos 
cem anos. Várias correntes de pensamentos forma aparecendo e influenciando a 
gestão dos negócios. O quadro mostrado a seguir apresenta uma visão geral da 
evolução dos procedimentos administrativos. 
Prof. Adm. Eduardo Teraoka Tofoli 
Teorias da Administração I 
3 
 
A administração, inicialmente compreendida como a realização de um 
empreendimento sob as ordens de alguém ou simplesmente como a prestação de 
um serviço a outrem, sofreu um formidável aprofundamento e ampliação em seu 
escopo. O administrador é hoje encontrado em todos os níveis e em todas as áreas 
da empresa moderna e em todos os tipos de organizações humanas. 
A teoria da administração surgiu com a “ênfase nas tarefas”, a partir da 
Escola da Administração Científica de Taylor, dentro de uma abordagem de sistema 
fechado, preocupada exclusivamentecom o nível operacional da empresa. Quase 
simultaneamente, foi enriquecida com a “ênfase na estrutura”, decorrente da 
abordagem anatômica de Fayol (Teoria Clássica da Administração), com a 
abordagem burocrática de Weber (Teoria da Burocracia) e com a abordagem 
estruturalista (Teoria Estruturalista), mais recentemente. A reação humanista surgiu 
com a Escola das Relações Humanas, centrada na “ênfase nas pessoas”, no que 
também foi seguida pela Escola do Comportamento Organizacional e pelo 
movimento do Desenvolvimento Organizacional (D.O.), ambos realçando as 
características eminentemente humanas e democráticas das organizações bem 
sucedidas. 
 
Quadro 1: Evolução dos procedimentos administrativos 
N. Época 
aproxima
da 
Escolas Outras 
denominações 
Principal 
nome 
Ênfase 
01 1890 a 
1925 
Administração 
científica 
Escola 
Mecanicista, 
Tradicionalista, 
Americana. 
Taylor Tarefas 
02 1890 a 
1925 
Administração 
clássica 
Normativista, 
Européia, Teoria 
Administrativa. 
Fayol Estrutura 
03 1927 Relações Humanas Behaviorista Elton Mayo Pessoas 
04 1932 a 
1940 
Comportamentalista Behaviorista Argyres Pessoas 
05 1940 Burocrática Teoria da 
burocracia 
Max 
Weber 
Estrutura 
06 1950 Estruturalista Weberiana Etzioni Estrutura 
07 1951 Sistemas Sistemas gerais Ludwing 
von 
Bertalanffy 
Ambiente 
08 1954 APO (administração 
por objetivo) 
Neoclássica Peter 
Drucker 
Estrutura 
09 1962 Desenvolvimento 
Organizacional 
Behaviorosta Leland 
Bradford 
Pessoas 
10 1972 Contingência Administração 
da tecnologia 
Lawrence 
e Lorsch 
Tecnologia 
11 Qualidade Total e Melhoria Contínua: tendência dos anos 1980 até nossos 
dias. 
 
 
A partir da Teoria dos Sistemas, surgiu a ênfase no ambiente, cujo apogeu 
ocorreu com a Teoria da Contingência. Esta trouxe, também, a “ênfase na 
tecnologia”. 
Prof. Adm. Eduardo Teraoka Tofoli 
Teorias da Administração I 
4 
 
Atualmente, a Teoria da Administração considera simultaneamente estas 
cinco forças reunidas: tarefa, estrutura, pessoas, tecnologia e ambiente. São 
variáveis interdependentes e interagentes. 
As perspectivas futuras da Administração são promissoras, embora nem um 
pouco tranquilas. 
A “Era da Incerteza”, cheia de mudanças e transformações, de turbulências e 
instabilidades, que atravessamos está impondo novos e crescentes desafios para a 
Administração. 
 
 
 
 
EESSTTIILLOOSS DDEE AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO 
 
ENFOQUE CLÁSSICO 
 
AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO CCIIEENNTTÍÍFFIICCAA 
 
Em termos de desenvolvimento das escolas ou teorias da administração, a 
escola clássica é a mais velha, tendo se iniciado com a Teoria da Administração 
Científica, estabelecida por Frederick W. Taylor. 
Frederick W. Taylor (1856 -1915) nasceu na Filadélfia, viveu na Europa 
durante três anos e aos 18 anos começou a trabalhar como aprendiz na Hydraulic 
Works, fabricante de bombas a vapor. Depois da licenciatura em engenharia 
mecânica pela Stevens Institute of Technology, ascendeu a engenheiro chefe da 
Midvale Steel Company, passando a diretor-geral da Manufacturing Investment 
Company. Em 1893 mudou-se para Nova Iorque para trabalhar como consultor de 
engenharia e foi considerado o pai da administração científica. 
A origem da administração científica está ligada a revolução industrial, 
principalmente ao crescimento acelerado e desorganizado das empresas, que gerou 
um aumento da complexidade da administração e a necessidade de maior 
planejamento e, consequentemente uma abordagem científica, substituindo a 
improvisação por métodos racionais de trabalhos, e a necessidade que as empresas 
passaram a ter de aumentar a eficiência e a competitividade, procurando obter um 
melhor aproveitamento dos seus recursos para poder enfrentar a concorrência e a 
competição, que aumentava a cada dia. 
A Administração Científica é uma escola clássica de administração, tendo 
recebido também outras denominações: clássica, americana e tradicionalista. 
Inicialmente, Taylor chegou a conclusão de que a administração das empresas 
precisava ser melhorada e que havia muitas perdas com a ineficiência. 
Taylor considerou que os problemas de falta de eficiência e de baixa 
produtividade da empresa estavam ligados ao fato de as pessoas não estarem 
satisfeitas no seu trabalho. Estudando o ambiente industrial, chegou à conclusão de 
que essa insatisfação era causada pela baixa remuneração recebida pelos 
funcionários, que a consideravam injusta e não incentivava a produzir mais. 
A partir disso Taylor procurou criar um sistema de pagamento que fosse mais 
justo e que incentivasse o trabalhador a produzir mais, agradando aos patrões sem 
desagradar os demais funcionários, seus companheiros de trabalho. A solução 
encontrada foi estabelecer uma produção-padrão, de acordo com o qual o 
funcionário receberia sua remuneração. 
Para estabelecer qual seria essa produção-padrão era necessário determinar 
a melhor maneira de realizar cada tarefa (the one best way); a seguir, determinar 
quanto tempo um homem plenamente apto gastaria na execução dessa tarefa, 
estabelecendo assim um tempo-padrão. Dessa maneira, conhecendo o modo ideal e 
Prof. Adm. Eduardo Teraoka Tofoli 
Teorias da Administração I 
5 
 
o tempo-padrão para executar uma tarefa, foi possível determinar a produção-
padrão. Isso foi conseguido com o estudo de tempos e movimento, como veremos 
mais adiante. 
Assim, Taylor focou seus estudos no trabalho dos operários, procurando 
dividir as tarefas em seus elementos básicos, passando depois a cronometrar o 
tempo necessário para sua execução, eliminando movimentos inúteis e desperdício 
de tempo. 
Nesta teoria, Taylor comparava os operários com bovino. Tem muita força e 
pouca imaginação. 
Sua teoria segue o caminho de baixo para cima na empresa, procurando 
aumentar a produtividade melhorando a eficiência no nível operacional, dando 
ênfase à análise e à divisão do trabalho do operário. Ou seja, Taylor vai das partes 
para o todo, ao contrario de Fayol, que segue o caminho inverso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inicialmente, Taylor cuidou apenas de processos. Depois, tratou de 
estabelecer princípios destinados a generalizar aquilo que obtivera por meio de 
experimentações. Nessa fase, evidenciaram-se apenas três: 
a) Atribuir a cada trabalhador a tarefa mais elevada possível, de acordo com 
as suas aptidões; 
b) Solicitar a cada trabalhador produção igual ou maior que o padrão 
estabelecido (produção de um trabalhador hábil, não excepcional, da sua 
classe e no horário normal de trabalho). 
c) Atribuir aos trabalhadores tarifas diferentes de remuneração por unidades 
produzidas, tarifas essas que seriam satisfatórias apenas para os 
trabalhadores que cumprissem o padrão estabelecido, e mais ainda para 
os que excedessem esse padrão. 
 
Empenhando em auxiliar os operários a alcançar o máximo de 
produção/remuneração com o mínimo de esforço, Taylor passou a empregar na 
prática o estudo dos tempos e movimentos que iria fazer, mais tarde, a fama dos 
Gilbreth. 
Na fase seguinte, emergiram os seguintes princípios: 
a) Substituir, no trabalho, a improvisação e a atuação empírico-prática pela 
científica; 
b) Escolher os trabalhadores e prepará-los para produzirem mais e melhor; 
c) Controlar o trabalho para se certificar de que está sendo executado de 
acordo com as normas estabelecidas cientificamente. 
d) Distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades: de um lado, 
o preparo, o planejamento e o controle do trabalho; de outo, a execução. 
 
A administração Científica instituiu, também, o sistema de mérito, que 
consistia em: 
a) Demissão dos incapazes; 
b) Maior salario para os que produzissem mais; e 
c) Promoção para osque apresentassem melhor desempenho 
Frederick w. Taylor, considerado o fundador da administração científica, 
estudou várias atividades e, dividindo-as tarefas menores, determinou a maneira 
mais eficiente de realiza-las. Ele chamou seu método para a compreensão do 
trabalho e a melhoria na eficiência do trabalhador de: ”a única maneira correta”. 
Prof. Adm. Eduardo Teraoka Tofoli 
Teorias da Administração I 
6 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Formas de remuneração segundo Taylor 
 
Já nessa época identificavam-se problemas similares aos atuais, como a cera 
no trabalho, que poderia ser demonstrada por meio de determinadas ações: 
a) Operar uma máquina empregando apenas parte de sua capacidade de 
produção; 
b) Trabalhar em ritmo lento; e 
c) Executar o trabalho sem que se pudesse prever se seria ou não concluída 
a cota estabelecida. 
 
Taylor também desenvolveu estudos sobre a fadiga e seus efeitos sobre a 
produtividade. Sendo a fadiga a diminuição da capacidade funcional provocada por 
excesso de trabalho, acompanhada da sensação característica de mal-estar, ele 
achava que era preciso estudar suas causas e organizar o trabalho de forma a evitar 
que ela se instalasse entre os operários. 
A fadiga pode ser identificada por sinais como: 
a) acúmulo de substância residuais no organismo humano, prejudicando o 
seu bom funcionamento; 
b) desaparecimento das reservas orgânicas; 
c) alteração dos centros nervosos; 
d) ação tóxica em geral; e 
e) excesso de trabalho. 
 
A prevenção da fadiga poderia ser feita por meio de: 
a) trabalho racionalizado; 
b) eliminação das condições ambientais inadequadas; 
c) intervalos de recuperação; 
d) respeito à capacidade orgânica individual; e 
e) boa alimentação. 
 
Figura 2: Supervisão funcional segundo Taylor. 
 
 
Pagamento por Resultados 
Remuneração de Taylor 
A Supervisăo Funcional de Taylor
Operário A
Supervisor de Produção
Operário B Operário C
Supervisor de Manutenção
Operário D
Supervisor da Qualidade
Gerente de Produção
Prof. Adm. Eduardo Teraoka Tofoli 
Teorias da Administração I 
7 
 
AA AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO DDEE FFOORRDD 
 
Talvez o mais conhecido de todos os precursores da moderna Administração, 
Henry Ford (1863-1947), nascido no Estado de Michigan (EUA). Ford não era nem 
engenheiro, nem economista, nem psicólogo; era um empresário com visão prática, 
que buscava a cristalização do conceito de eficiência, no mais amplo sentido, em 
uma fábrica de automóveis. 
Henry Ford iniciou sua vida como simples mecânico, chegando 
posteriormente a engenheiro-chefe de uma fábrica. Idealizou e projetou um modelo 
de carro auto-propelido e, em 1899, fundou com alguns colaboradores a sua 
primeira fábrica de automóveis, que logo depois foi fechada. Continuou seus 
projetos sem desanimar e conseguiu financiamento com o qual fundou, em 1903 a 
Ford Motor Co., fabricando um modelo de carros a preços populares dentro de um 
plano de vendas e de assistência técnica de grande alcance, revolucionando a 
estratégia comercial da época. 
A política de Ford se alicerçou na produção em massa, em série e em cadeia 
contínua, no pagamento de altos salários e na fixação de preços mínimos para os 
bens produzidos. Tudo isso apoiado na elevação da produtividade do operário, no 
aumento da intensidade de produção e na economia máxima de material e de tempo 
de fabricação. 
Ford estabeleceu um processo de trabalho contínuo. O automóvel era 
fabricado e vendido antes de serem pagos os salários e matérias-primas nele 
utilizadas. Em sua linha de montagem implantada em 1913, já fabricava 800 carros 
por dia. A empresa Ford assombrou o mundo pela velocidade de fabricação, pelo 
preço de venda (bastante reduzido para a época) e pela grandiosa produção anual, 
o que ocorreu pela introdução do conceito de eficiência como objetivo da 
administração. Daí adveio um original interesse de bem-estar do trabalhador. 
Em 1926, já tinha 88 indústrias e já empregava 150 mil pessoas, fabricando 
então 2 milhões de carros por ano. Contudo, teve outros méritos que simplesmente o 
de haver construído o primeiro carro popular em larga escala ter feito fortuna por 
formular um punhado de teorias e ideias próprias a respeito da administração. 
 
 
CCOONNCCEEIITTOO DDEE HHOOMMOO EECCOONNOOMMIICCUUSS 
 
Taylor achava que o estudo do trabalhador deveria ser feito por meio de uma 
abordagem econômica, considerando o homem motivado pela busca do dinheiro e 
pelo medo de perder o emprego. Ele adotou o conceito de homo economicus para 
caracterizar o operário, isto é, a ideia de que para trabalhar mais o homem é 
influenciado apenas pelo fator econômico, portanto só aumentará seu ritmo de 
trabalho se receber em troca recompensas financeiras. 
 
 
EESSTTUUDDOOSS DDEE TTEEMMPPOOSS EE MMOOVVIIMMEENNTTOOSS –– EETTMM 
 
 Frank (1868-1924) e Lillian M. Gilbreth (1878-1972) foram contemporâneos, 
seguidores e, muitas vezes, rivais de Taylor, ainda que aceitassem sua afirmação 
sobre a única maneira correta e a necessidade de usar o método científico de 
observação e de medidas para analisar o trabalho. Os Gilbreth são considerados 
pioneiros no uso de estudos de movimentos para melhorar a eficiência do 
trabalhador. 
Prof. Adm. Eduardo Teraoka Tofoli 
Teorias da Administração I 
8 
 
 Frank Gilbreth criou um esquema de classificação de 17 movimentos usados 
em tarefas e usou essa classificação para analisar as ações dos trabalhadores. 
 Embora Frank Gilbreth seja o mais famoso da dupla, sua esposa Lillian 
também foi pioneira no uso de estudos de movimentos para melhorar a 
produtividade do trabalhador. 
 Taylor deu bastante atenção ao ETM, podendo ser citado como o pioneiro na 
utilização neste campo. Partia do pressuposto de que o trabalho precisava ser 
observado para que resultasse no maior aproveitamento em menor espaço de 
tempo, poupando assim o trabalhador. 
 Taylor acreditava que todo e qualquer trabalho admitia uma fórmula para ser 
aperfeiçoado, mas para isso era preciso estudar a tarefa, o local de trabalho, as 
máquinas e ferramentas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Adaptado de Ribeiro (2005) 
Figura 3: estudos de tempos e movimentos – ETM 
 
O ETM é um estudo que visa racionalizar o trabalho e alcançar a otimização 
da relação tempo-esforço, procurando identificar os melhores movimentos e tempos 
na execução de uma tarefa. 
 
 
TTEEOORRIIAA AANNAATTÔÔMMIICCAA OOUU AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO CCLLÁÁSSSSIICCAA 
 
A administração clássica é um segundo componente das teorias da 
administração. Teoria que dá ênfase à gerência e à departamentalização. Tinha a 
preocupação de aumentar a eficiência da empresa por meio de sua organização e 
da aplicação de princípios gerais de administração. 
A Escola Clássica, corrente do pensamento administrativo, foi fundada pelo 
engenheiro francês Henry Fayol (1841-1925), e é conhecida também como: 
normativista, tradicionalista, europeia, anatomista e fisiologista. 
Henry Fayol nasceu em Constantinopla, estabelecendo-se mais tarde na 
França. Graduou-se engenheiro de minas pela Escola Nacional de Minas em Saint 
Étienne, em 1860. Trabalhou toda sua vida em uma empresa de mineração de 
carvão e fundição de ferro. 
O sucesso profissional se tronou visível quando, após ser promovido a 
gerente geral, revitalizou a companhia em que trabalhava. Foi com base nas suas 
experiências e pesquisas que desenvolveu a Teoria Clássica. 
Para Fayol, o problema da administração concentrava-se nas indústrias e 
usinas, e a preocupação era com a produtividade. Fayol levou a administração do 
nível da oficina para o da direção geral da empresa, considerada em sua totalidade. 
Estudo Tempos 
Movimentos Tarefa e tempo ideais 
Estudo demovimento e tempos - ETM 
Prof. Adm. Eduardo Teraoka Tofoli 
Teorias da Administração I 
9 
 
Sua principal contribuição ao pensamento administrativo foi mostrar como um 
processo administrativo complexo pode ser separado em áreas interdependentes de 
responsabilidade ou de função. 
Taylor, para aumentar o rendimento da empresa industrial, começou pelo 
operário (visão de baixo para cima), Fayol começou pelos dirigentes (de cima para 
baixo). 
Os trabalhos de Fayol e de Taylor foram essencialmente complementares; 
ambos perceberam que a chave do sucesso industrial estava no problema do 
pessoal e de sua administração. Ambos foram pioneiros e prestaram uma grande 
colaboração ao moderno pensamento administrativo. 
Assim como Taylor, Fayol buscava a eficiência nas organizações por meio da 
utilização do método científico na administração, porém, enquanto o primeiro buscou 
o aumento da eficiência no nível operacional, a teoria de Fayol se caracterizou pela 
ênfase na estrutura, procurando aumentar a eficiência com um melhor arranjo dos 
diferentes setores da empresa e das relações existentes entre eles. 
Ao definir as funções da empresa, Fayol diz que a administração é distinta 
das outras (técnicas, comerciais, financeiras, etc.) e é constituída por cinco funções: 
previsão, organização, comandar, coordenação e controle, ou seja, o ato de 
administrar. 
O conjunto de operações de toda empresa pode ser dividido em seis grupos: 
a) técnicas: produção, fabricação, transformação; 
b) comerciais: compras, vendas, permutas; 
c) financeiras: procura e gerência de capitais; 
d) de segurança: proteção de bens e de pessoas; 
e) de contabilidade: inventários, balanços, preços de custo e estatísticas; e 
f) administrativas: previsão, organização, comandar, coordenação e controle. 
 
 
FFUUNNÇÇÕÕEESS AADDMMIINNIISSTTRRAATTIIVVAASS 
 
Nenhuma das cinco funções precedentes tem o encargo de formular o 
programa geral de ação da empresa, de constituir o seu corpo social, de coordenar 
os esforços, de harmonizar os atos. Essas operações não fazem parte das 
atribuições de caráter técnico, nem tampouco das funções comerciais, financeiras, 
de segurança ou de contabilidade. Elas constituem outra função, designada 
habitualmente sob o nome de administração, cujas atribuições e esfera de ação são 
muito mal definidas. 
 
 
IIMMPPOORRTTÂÂNNCCIIAA DDAASS FFUUNNÇÇÕÕEESS 
 
 A principal função do operário é a técnica, como a do diretor é a 
administrativa. À medida que se sobe na escala hierárquica, o coeficiente 
administrativo aumenta, e vice-versa, embora nas estruturas empresariais mais 
complexas o setor técnico também se veja envolvido com questões administrativas, 
mais precisamente com as de sua respectiva área de abrangência. 
 Resguardadas algumas exceções, a função técnica é o esteio das pequenas 
empresas, enquanto nas maiores a administrativa é a que dá sustentação. Nas 
empresas médias observa-se equilíbrio entre as duas forças. 
 
 
Prof. Adm. Eduardo Teraoka Tofoli 
Teorias da Administração I 
10 
 
ENFOQUE HUMANISTA 
 
a) Teorias Transitivas 
b) Antagonismo – Teoria das Relações Humanas 
c) Comportamentalista – Behaviorista 
 
 
TEORIAS TRANSITIVAS: 
 
Conserva a racionalidade do Enfoque Clássico e acrescenta uma pitada de 
humanismo, através da psicologia do trabalho. 
Dois estudiosos apresentaram contribuições significativas ao pensamento 
administrativo, antecipando a compreensão de como a organização formal e a parte 
das relações humanas poderiam ser interligadas. São eles: Mary Parker Follet e 
Chester Barnard. 
Ambos trabalharam a partir dos enfoques da perspectiva clássica e 
introduziram novos elementos no campo das relações humanas e na estrutura 
organizacional. 
 
 
MMAARRYY PPAARRKKEERR FFOOLLLLEETTTT 
 
Nascida em Quincy, no Estado de Massachusetts, Mary Parker Follett (1868-
1933) frequentou, em 1898, o Radcliffe College, um anexo de Harvard,e, mais tarde, 
o Newnham College, na Universidade de Cambridge, tendo concentrado seus 
estudos em filosofia, história, política e direito. Ela Também realizou estudos 
complementares em Paris. 
Desde o início de seus trabalhos educacionais e sociais, em 1891, Mary P. 
Follett tentou implementar uma filosofia de administração baseada na tese de que 
qualquer sociedade duradoura, produtiva, deveria se fundamentar no 
reconhecimento dos desejos motivacionais do indivíduo do grupo. Ela não foi uma 
acadêmica convencional; mais do que isso, foi uma pensadora política, social e de 
administração, o que originou sua inspiração para os estudos no trabalho social em 
sua cidade natal. 
Cronologicamente, Mary P. Follett pertenceu à era da administração científica. 
Filosófica e intelectualmente, ela foi membro da era do ser social. Tinha um pé em 
cada mundo e serviu de ligação entre a abordagem mecanicista da administração 
científica e a abordagem humanista, antecipando muitas das conclusões dos 
pesquisadores de Hawthorne. 
 
 
CCHHEESSTTEERR IIRRVVIINNGG BBAARRNNAARRDD 
 
Chester Irving Barnard (1886-1961) nasceu em Malden, no Estado de 
Massachusetts, tendo ingressado em Harvard em 1906, onde cursou economia, mas 
não recebeu o diploma por não haver concluído uma disciplina de laboratório. 
Ele foi um sociólogo de organizações sem portfólio, que por mais de 30 anos 
trabalhou na American Telephone and Telegraph (AT&T). Atuou também, entre 
outras organizações, na Rockfeller Foundation, a qual presidiu por quatro anos. 
Inspirado nas obras de Mayo, Follet e outros, o trabalho de Barnard consistiu 
na análise lógica da estrutura da organização e na aplicação de conceitos 
sociológicos na administração. 
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11 
 
Barnard desenvolveu estudos e teorias de organizações cujo propósito era 
estimular o exame da natureza dos sistemas cooperativos. A noção do conceito de 
sistema cooperativo começou com o indivíduo, como um ser discreto; todavia, ele 
notou que seres humanos não funcionavam, exceto em conjunto com outros 
humanos, em uma interação de relacionamento social. 
As pessoas se comportam em função de escolha baseada em seus 
propósitos, desejos e impulsos do momento, ou em função de quais alternativas 
estiverem disponíveis. 
A organização influencia as pessoas por meio do controle exercido por seus 
executivos, modificando seus comportamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TTEEOORRIIAA DDAASS RREELLAAÇÇÕÕEESS HHUUMMAANNAASS 
 
O pensamento da Escola Clássica, representado pela visão mecanicista do 
trabalho de Taylor e pela abordagem normativista da organização de Fayol, não 
tardou a encontrar opositores preocupados em humanizar os princípios e formas de 
administrar a empresa. 
A primeira tendência que surgiu em oposição a Taylor foi a Escola das 
Relações Humanas. Seus autores sempre destacaram os pontos positivos das 
Escolas Mecanicistas e Normativista, mas queriam corrigir seus excessos. 
A escola das Relações Humanas, como mais comumente é conhecido o 
movimento, foi construída com base na Teoria Clássica. As teorias administrativas 
desenvolvidas até então desencadearam uma alteração: a ênfase colocada na tarefa 
(Taylor) e na estrutura (Fayol) foi transferida para a ênfase nas pessoas que fazem 
parte das organizações. 
Os aspectos organizacionais mais importantes se concentram no homem e 
seu grupo social, isto é, a preocupação passa dos aspectos técnicos e formais para 
os aspectos psicológicos e sociológicos. 
O movimento das relações humanas foi um esforço combinado entre teóricos 
e práticos para fazer os gerentes mais sensíveis ás necessidades dos empregados. 
Nascido em Adelaide, na Austrália, George Elton Mayo (1880-1949), um 
sociólogo que trabalhou maior parte de sua vida na Havard Business School,Australiano, diplomado em Lógica, Filosofia e Medicina, foi o mais importante 
incentivador e protagonista da Escola das Relações Humanas. Ele foi o responsável 
pela coordenação e realização da experiência de Hawthorne, que desencadeou uma 
série de descobertas sobre o comportamento humano no trabalho. Realizou quatro 
estudos importantes com relação ao comportamento e aos resultados da 
produtividade no trabalho, entre 1923-1944. 
O primeiro foi desenvolvido em uma fábrica de tecido na Filadélfia, onde 
ocorria uma intensa troca de funcionários, que se mostravam tristes e deprimidos, o 
que, de acordo com Mayo, era consequência da fadiga. Mayo então estabeleceu 
períodos de descanso ao longo do dia, o que não provocou grande alteração na 
motivação. Houve significativa melhora no comportamento dos operários quando 
eles passaram a participar da decisão de estabelecer os períodos mais convenientes 
de descanso. 
Tanto Follett como Barnard buscavam desenvolver os meios para integrar as 
pessoas e as organizações. Follett focalizou mais as pessoas e como elas podiam 
direcionar seus esforços para os objetos; Barnard estudou tanto a parte formal 
quanto a informal das organizações. 
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O segundo estudo desenvolvido foi a experiência na fábrica de Hawthorne 
(1927-1932), a mais famosa pesquisa sobre relacionamento das pessoas no 
trabalho. Nenhum estudo na história da administração recebeu tanta publicidade, foi 
alvo de tantas interpretações e foi tão aceito, e ao mesmo tempo tão duramente 
criticado, como os experimentos realizados na fábrica da Western Eletric Company, 
no bairro de Hawthorne, em Chicago, Illinois. Os experimentos em Hawthorne são 
de extrema importância na teoria das organizações por diversas razões. 
Primeiro, porque foi durante esses estudos que os teóricos das organizações 
começaram a aprender como o trabalho de grupo, as atitudes e as necessidades 
dos empregados afetavam sua motivação e seus comportamentos. Segundo, porque 
o programa pesquisou e mostrou a enorme complexidade do problema da produção 
em relação á eficiência (produtividade). 
O terceiro foi uma pesquisa que se desenvolveu em três indústrias 
metalúrgicas (numa cidade da costa ocidental dos Estados Unidos) onde ocorria um 
alto índice de absenteísmo, exceto em uma delas. Mayo descobriu que nesta última 
o grupo tinha sua reputação valorizada, o que foi consequência de treinamento dos 
contramestres feito muito tempo antes, a fim de preservar a dignidade pessoal do 
empregado, o que se mantinha até então. O treinamento dos contramestres se 
fundamentava em serem pacientes, atenciosos e em evitar o descontrole emocional 
no trato com seus subordinados. 
A quarta pesquisa foi realizada em uma fábrica de aviões. Em 1944, no sul da 
Califórnia, onde se constatava alta rotatividade de mão-de-obra. Mayo verificou que, 
dentre os tipos de comportamento dos grupos da empresa, destacava-se aquele 
com espírito de equipe criado pelos gerentes, que incitavam a solidariedade com os 
demais participantes. 
O livro Problemas humanos de uma civilização industrial, de Elton Mayo, é 
considerado a bíblia do movimento das relações humanas e foi publicado em 1933. 
 
 
TTEEOORRIIAA CCOOMMPPOORRTTAAMMEENNTTAALLIISSTTAA 
 
A abordagem comportamentalista, também denominada novas relações 
humanas, teve origem como um desdobramento da Teoria das Relações Humanas e 
como uma tentativa de consolidar o enfoque das relações humanas nas teorias das 
organizações. 
Essa escola trouxe um novo direcionamento ás teorias da administração, com 
uma maior valorização do comportamento do indivíduo e uma redução nas posturas 
normativas e descritivas das teorias de até então, isto é, a teoria Clássica, a Teoria 
Burocrática e a Teoria das Relações Humanas. 
A herança mais importante trazida para a abordagem comportamentalista veio 
de Kurt Lewin (1890-1947). Nascido na Alemanha estudou nas universidades de 
Friburgo, Munique e Berlin, onde se doutorou em psicologia. Os estudos de Lewin 
constituíram a passagem das relações humanas para um novo movimento dedicado 
à administração e à psicologia industrial na década de 1960. 
O comportamentalismo pode ser definido como uma doutrina psico-
sociofilosófica, que visa explicar os fenômenos sociais por meio do comportamento 
dos indivíduos e o estudo das causas que influenciam tal comportamento. 
Muitos estudiosos, por dificuldade em estabelecer parâmetros que 
distinguissem as Escolas das Relações Humana e do Comportamento Humano, 
acabaram por generalizá-las como behavioristas (do comportamento). Mas uma 
tênue diferença assoma entre os princípios cristalizados pelas duas: é que, 
enquanto a das Relações Humana entende que o indivíduo é dotado de sentimentos 
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e percepções, a do Comportamento Humano, além de reconhecer esses aspectos, 
situa o indivíduo como agente de seu próprio progresso na medida em que o 
entende como participativo e não como mero espectador da realidade que o cerca. 
 
A Motivação Humana 
 
 O estudo da motivação refere-se basicamente às razões pelas quais as 
pessoas se comportam de certo modo. Em termos gerais, a motivação pode ser 
descrita como o direcionamento e a persistência da ação. Isso será relacionado com 
a escolha que as pessoas fazem de determinado curso de ação, em detrimento de 
outros, e porque, continuam com a ação escolhida, muitas vezes por um longo 
período, enfrentando muitas dificuldades. 
 
 
 
 
 
 
 
 Motivação é um assunto complexo, muito pessoal, e influenciado por diversas 
variáveis. Os indivíduos têm uma variedade de necessidades, que se alteram e que 
às vezes são conflitantes, bom como expectativas que podem ser satisfeitas de 
várias maneiras diferentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: adaptado de Silva (2008) 
Figura 4: Modelo de motivação 
 
 
Hierarquia das Necessidades 
 
Maslow, um psicólogo e consultor americano apresentou uma teoria da 
motivação, segundo a qual as necessidades humanas estão organizadas e 
dispostas em níveis, numa hierarquia de importância e de influencia. Essa hierarquia 
de necessidades pode ser visualizada como uma pirâmide. Na base da pirâmide 
estão as necessidades mais baixas (necessidades fisiológicas) e no topo, as 
necessidades mais elevadas (as necessidades de auto-realização). 
Motivação é alguma força direcionada dentro dos indivíduos, pela qual 
eles tentam alcançar uma meta, a fim de preencher uma necessidade ou 
expectativa. 
Resultam 
em 
Para 
alcançar 
Que provêem Que busca 
Necessidades 
ou 
 expectativas 
Força 
direcional 
Metas 
desejadas 
 
Realização 
 
Retorno 
 (ou feedback) 
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Segundo Maslow, as necessidades humanas obedecem a uma ordem de 
importância e podem ser dispostas numa hierarquia como em uma pirâmide: na 
base estão às necessidades básicas e no topo, as mais importantes. 
Portanto, o ser humano possui necessidades que motivam o seu 
comportamento, num processo contínuo e cíclico de surgimento e satisfação de 
necessidades. À medida que o homem satisfaz uma necessidade, surge outra, e 
assim por diante. 
 
 
Figura 5: Hierarquia das necessidades humanas 
 
1. Necessidades Fisiológicas: constituem o nível mais baixo de todas as 
necessidades humanas, mas de vital importância. Neste nível estão as 
necessidades de alimentação (fome e sede), de repouso, de sono, de 
abrigo, o desejo sexual, etc. 
 
2. Necessidades de Segurança: são as necessidades de segurança ou de 
estabilidade, a busca por proteção contra a ameaça ou privação, a fuga ao 
perigo. Surgemno comportamento quando as necessidades fisiológicas 
estão relativamente satisfeitas. Tem grande importância na empresa 
devido ao fato do empregado estar sempre em relação de dependência 
com a empresa. 
 
3. Necessidades Sociais: surgem no comportamento, quando as 
necessidades encontram-se relativamente satisfeitas. Dentre as 
necessidades sociais encontram-se a necessidade de associação, de 
participação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca de 
amizade, de afeto e de amor. 
 
4. Necessidades de Estima: são as necessidades relacionadas com a 
maneira pela qual o indivíduo se vê e se avalia. Envolvem a auto-
apreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de 
respeito, de status, prestígio e consideração. A satisfação dessas 
necessidades conduz a sentimentos de autoconfiança, de valor, de força, 
prestígio, poder, capacidade e utilidade. 
 
5. Necessidade de Auto-Realização: são as necessidades humanas mais 
elevadas, que estão no topo da hierarquia. São as necessidades de cada 
pessoa realizar o seu próprio potencial e de autodesenvolver-se 
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continuamente. Essa tendência geralmente se expressa através do 
impulso de a pessoa tornar-se sempre mais do que é e de vir a ser tudo o 
que pode ser. 
 
Essas necessidades tomam formas e expressões que variam enormemente 
de pessoa para pessoa. A sua intensidade e ou manifestação também são 
extremamente variadas, obedecendo às diferenças individuais entre as pessoas. 
 
 
EENNFFOOQQUUEE OORRGGAANNIIZZAACCIIOONNAALL 
 
 
 
TTEEOORRIIAA BBUURROOCCRRÁÁTTIICCAA 
 
Os dois enfoques anteriores (clássico e humanista) não foram suficientes para 
a abordagem mais ampla. Percebeu-se a necessidade da presença de um poder 
racional – a própria burocracia. 
O poder racional – imposição e aceitação de normas, de forma coerente e 
prática, com baixo custo e adequado à produtividade. 
 A administração burocrática se originou na Europa no início do século XX, 
como alternativa às teorias conhecidas, visto que buscava a racionalidade técnica 
requerida para projetar e construir um sistema administrativo baseado no estudo 
exato dos tipos de relacionamento humanos necessários para expandir a 
produtividade. 
 As origens desta escola são provenientes do antagonismo existente entre a 
Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humana, que não conseguiam apresentar 
uma visão geral da organização. Assim, a burocracia surge da necessidade de criar 
um modelo organizacional que considerasse todos os aspectos organizacionais, 
fossem eles humanos ou estruturais. 
 A isso veio somar-se o contínuo crescimento das empresas, com um número 
cada vez maior de tarefas mais complexas e interdependentes de outras tarefas 
dentro da organização, e, por fim, a influência dos trabalhos de Max Weber, que 
propõe um modelo de organização baseado na burocracia, imediatamente 
aproveitado pelas empresas. 
 A escola Burocrática foi inspirar-se em Max Weber (1864-1920), sociólogo 
alemão, notabilizou-se pelos seus estudos sobre autoridade e burocracia. 
 Burocracia no sentido popular é um sistema exagerado de culto por papel e 
aos regulamentos. Não é essa a abordagem de Weber, que considerava burocracia 
um sistema ou modelo em que a estrutura é organizada por normas escritas visando 
racionalidade e igualdade de tratamento de todos os casos e situações. 
 Max Weber é considerado o pai da teoria da burocracia, cujo sentido não é 
aquele atribuído pejorativamente pela sociedade, mas o de efetivamente atender à 
organização formal dentro de padrões de racionalidade e eficiência. 
 A burocracia constitui um exemplo típico do modelo de organização dotado de 
racionalidade, possível de ser aplicado a todos os tipos de organizações e 
empresas, independentemente da natureza das operações, do tamanho, etc. a 
burocracia visa atingir certas consequências desejadas, dentre elas a previsibilidade 
do comportamento das pessoas dentro da organização, ou seja, uma certa 
padronização do desempenho humano, buscando alcançar a máxima eficiência da 
organização. 
 O tipo ideal de burocracia de Weber está detalhado no quadro 2 a seguir: 
 
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Quadro 2: a Burocracia ideal de Max Weber 
 
1 – Divisão do trabalho: Os trabalhos são divididas em tarefas simples, rotineiras 
e bem definidas. 
2 – Hierarquia de autoridade: Os cargos ou postos são organizados em uma 
hierarquia, sendo cada um dos postos inferiores são controlado e supervisionado 
por um mais elevado. 
3 – Seleção formal: Todos os membros da organização serão selecionados com 
base em qualificações técnicas demonstradas por treinamento, educação ou exame 
formal. 
4 – Regras e regulamentos formais: Para garantir uniformidade e regulamentar 
as ações dos funcionários, os gerentes devem recorrer constantemente a regras 
organizacionais formais. 
5 – Impessoalidade: Regras e controles são uniformemente aplicados, evitando-se 
envolvimento com as personalidades e preferência pessoais dos funcionários. 
6 – Orientação de carreira: os gerentes são funcionários profissionais e não 
proprietários das unidades que administram. Trabalham em troca de salários fixos e 
seguem suas carreiras dentro da organização. 
Fonte: Adaptado de Robbins (2001, p.492) 
 
 A burocracia não é um conceito exclusivo das empresas. É uma forma de 
organização baseada na racionalidade, que procura atingir metas coma maior 
eficiência possível por meio da melhor adequação dos meios aos objetivos 
estabelecidos. 
 
O ABC da Burocracia 
 
 Numa administração eminentemente burocrática, podem-se identificar 
deficiências como: 
a) Não há solução rápida que não possam ser adiadas; 
b) Não há problema simples que não possa ser transformado em complexo; 
c) Não há documento válido em que não possa achar alguma irregularidade; 
d) Atrapalhe a vida dos outros antes que alguém atrapalhe a sua; 
e) Descarregue suas frustrações nas pessoas que dependam de suas 
soluções; 
f) Humilhe sempre as pessoas de condição social modesta, que não têm 
como revidar suas grosserias; 
g) Burocrata que é burocrata defende o outro em qualquer circunstância; 
h) O burocrata moderno não está apenas na administração pública; ele pode 
trabalhar em qualquer lugar. 
 
 
 
 
 
 
 
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Vantagens e desvantagens da burocracia 
 
Quadro 3: Algumas vantagens e desvantagens da burocracia 
 
Vantagens Desvantagens 
Maior eficiência Ineficiência 
Atendimento padronizado Excesso de formalismo 
Divisão do trabalho Excesso de documentos 
(papéis/arquivos) 
Impessoalidade no relacionamento Despersonalização do relacionamento 
Hierarquização da autorização Decisões muito padronizadas 
Regra no procedimento Inchamento do quadro profissional 
Mérito Alto grau de conformismo 
Especialização na administração Atendimento ao público precário 
Previsibilidade do funcionamento 
 
 
TTEEOORRIIAA EESSTTRRUUTTUURRAALLIISSTTAA 
 
Teoria Estruturalista desenvolvida a partir de 1950. Preocupada em integrar 
todas as teorias das diferentes escolas acima enumeradas. A Escola Estruturalista 
teve início com a Teoria da Burocracia de Max Weber 
Analisa a estrutura da organização considerando as partes internas 
(subsistemas) comparando-as com o todo. 
A administração científica foi o ponto de transição dos percursores da 
administração para a Escola Clássica. As pesquisas de Hawthorne representam a 
passagem da Escola Clássica para as Escolas das Relações Humanas. Nessa 
evolução, o estruturalismo representa uma nova visão no campo administrativo, 
como surgimento de uma escola chamada sistêmica. 
O nome de maior projeção doestruturalismo é Amitai Etzioni (1929-), que 
deve sua proeminência ao fato de ter se ocupado em analisar os fundamentos das 
escolas correntes até então conhecidas (Clássica, Científica, Burocrática e das 
Relações Humanas) e, julgando-os insatisfatórios, formulou uma síntese do que 
considerava válido, ao que denominou estruturalismo. 
O estruturalismo marcou sua presença no campo da administração por 
implicar o estudo das organizações em um sentido mais amplo e integral, levando 
em conta todos os fatos que influem, tanto interna como externamente, e 
submetendo-os a uma análise comparativa e global. O estruturalismo implica em 
reconhecer que os fenômenos organizacionais se interligam, interpenetram de tal 
modo que qualquer modificação ocorrida em uma parte da organização afeta todas 
as outras partes. 
Esse estruturalismo foi talvez a primeira abordagem a reconhecer a 
importância do conceito de sistema aberto, isto é, da interação entre as instituições 
humanas e o ambiente onde elas se inserem. 
Entre as contestações de Etzioni às escolas precedentes, devem-se acentuar 
aquelas que formularam em relação à Escola das Relações Humanas, apontando, 
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Teorias da Administração I 
18 
 
por exemplo, para a insuficiência de variáveis de estudo e para a ausência de 
relacionamento dessas variáveis com outras muito importantes para as 
organizações. 
Assim como a Burocrática, a Escola Estruturalista percebeu o conflito entre a 
Escola Clássica e a Escola de Relações Humanas. Procurou então determinar uma 
teoria mais abrangente, que levasse em consideração tanto a organização formal 
estudada pela primeira como a teoria informal estudada pela segunda. 
Era necessário ver a empresa como uma organização complexa, com grande 
interação social, da qual fazem parte vários grupos sociais, que nem sempre têm os 
mesmos objetivos que a organização. 
A Escola estruturalista se preocupa com o todo, com a interdependência entre 
as partes que formam o todo e que faz com que esse todo seja maior do que 
simplesmente a soma das partes. 
 Dentro da visão organizacional da Escola Estruturalista, define-se o conceito 
de homem organizacional, ou seja, o homem que desempenha papéis em diferentes 
organizações. Comparando-a com outras escolas, podemos lembrar que a Escola 
Clássica teve como base o conceito de homo economicus, e a Escola das Relações 
Humanas, o conceito de homem social. 
O homem organizacional deve ter características cooperativistas e coletivistas 
e estar preparado para as constantes mudanças que ocorrem nas organizações. 
Para isso, precisa estar apto a assumir diferentes papéis nas organizações e ser 
tolerante para evitar se desgastar diante dos conflitos inerentes ao ambiente 
organizacional. A organização espera um certo conformismo das pessoas, o que 
nem sempre ocorre, pois elas têm aspirações e objetivos pessoais que podem não 
estar de acordo com os objetivos da organização. 
A Escola Estruturalista procura unir todas as teorias anteriores em sua 
análise, fazendo a análise organizacional por meio de abordagem múltipla que 
envolve tanto a organização formal (Escola Clássica) quanto a organização informal 
(Escola das Relações Humanas), analisando também o resultado da adoção de 
recompensas de materiais (Escola Clássica) e de recompensas sociais (Escolas de 
Relações Humanas). 
A Escola Estruturalista, ao contrário das escolas anteriores, passa a utilizar 
uma abordagem múltipla por meio de análise intra-organizacional (fatores internos) e 
outra interorganizacional (fatores externos), ou seja, em vez de utilizar a abordagem 
do sistema fechado, com base no modelo racional de organização, os estruturalistas 
utilizam uma abordagem do sistema aberto, tendo como base o modelo natural de 
organização. 
 
 
TTEEOORRIIAA GGEERRAALL DDOOSS SSIISSTTEEMMAASS 
 
Embora noções de sistemas existam há muito tempo, uma grande diferença 
entre a era moderna e as anteriores é a maneira de pensar ou a filosofia da 
abordagem de sistemas. A Teoria Geral de Sistema (TGS) é um campo lógico-
matemático cuja tarefa é a formulação e derivação daqueles princípios que são 
aplicáveis aos sistemas em geral. 
A solução de problemas atualmente exige amplo enfoque para um sistema, 
mais do que a obsessão de aprofundamento do problema em questão. Isso significa 
olhar o problema sob uma perspectiva mais ampla, ou seja, sob um ponto de vista 
de sistemas, um ponto de vista holístico. A visão do problema como um todo é 
denominada visão de sistemas ou abordagem de sistemas. A falta dessa maneira de 
analisar os problemas pode ser catastrófica. 
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Teorias da Administração I 
19 
 
Por volta de 1940, Ludwig von Bertalanffy (1901-1972), um biólogo alemão, 
iniciou o movimento de volta ao pensamento aristotélico. Bertalanffy conduziu seus 
estudos de sistemas gerais pensando no metabolismo, estados estáveis, 
crescimento e sistemas abertos, por meio de conceitos encontrados na química-
física, cinemática e termodinâmica, e a Teoria Geral de Sistemas começou a se 
desenvolver. 
O pensamento de sistemas é importante na psicologia, na sociologia, na 
economia e na cibernética, bem como em muitas das ciências físicas. 
Quase todas as coisas podem ser vistas como sistemas. Um automóvel é um 
sistema mecânico de centenas de peças. Uma flor é um sistema botânico, assim 
como um animal é um sistema zoológico. 
Um ser humano é um sistema fisiológico e psicológico, constituído de células, 
órgão, atitudes, expectativas e muitos outros elementos. Uma empresa de negócios 
é um sistema sociotécnico porque combina organização humana com a tecnologia 
das máquinas, dos materiais, dos processos e assim por diante. O fato comum a 
todos os casos mencionados é a interação de elementos. 
 
 
 
 
 
 
 
É ponto de vista comum entre os estudiosos que a teoria estruturalista está a 
um passo da teoria dos sistemas. Ao dizer que a empresa atua em interação com o 
meio externo, estava aberto o caminho para o surgimento da visão sistêmica da 
organização, que a vê como parte de um sistema amplo e dinâmico, que influencia e 
é por ela influenciado. 
 
O pensamento sistêmico 
 
A Teoria dos Sistemas desempenha papel decisivo na ciência de nosso 
tempo, pois permite a integração de conhecimentos das ciências físicas, biológicas e 
humanas. Alguns dos seus principais desdobramentos foram à teoria da informação, 
a cibernética e a ecologia. 
A ciência do século XIX adotava a mecânica clássica como modelo do 
pensamento científico, o que equivale a pensar nas coisas como mecanismos e 
sistemas fechados. A ciência atual veio corrigir esse equívoco trazendo como 
modelo um organismo vivo e dinâmico, voltado para tender prontamente a uma 
realidade cada vez mais competitiva e exigente. 
 
 
TTEEOORRIIAA DDAA CCOONNTTIINNGGÊÊNNCCIIAA 
 
Joan Woodward, Tom Burns e Warren Bennis são os expoentes desta teoria. 
A incerteza quanto à ocorrência de resultados já obtidos em outras 
circunstâncias é denominada por contingência. 
No enfoque contingencial, a organização deve ser uma estrutura adaptativa, 
visto que as variáveis tecnológicas, processos, pessoas e ambiente se interagem. 
Na década de 1970, ocorreu uma profusão de pesquisas que investigam os 
fenômenos organizacionais a partir de uma nova perspectiva. Diversos escritores 
formularam teorias de administração das organizações que projetavam estruturas 
Um sistema pode ser definido como um conjunto de elementos interagentes e 
interdependentes relacionados cada um ao seu ambiente de modo a formar um 
todo organizado. 
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Teorias da Administração I 
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organizacionais e ações gerenciais apropriadas para situações mais específicas. Na 
literatura administrativa,o termo contingência implica que uma coisa está 
relacionada à outra. Isso é aceitação do caráter altamente complexo e inter-
relacionado das características organizacionais. 
A Teoria das Contingências pode ser vista como um desenvolvimento da 
Teoria de Sistemas e vai a um estágio posterior no relacionamento com o ambiente 
e outras variáveis para estruturas específicas de organização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na visão dessa escola, não há forma ideal de administrar empresas, uma vez 
que tudo depende do momento econômico e das tecnologias envolvidas na 
produção, somados ao preparo das respectivas estruturas para enfrentar oscilações 
nas tendências de mercado, respondendo prontamente aos desafios que se 
sucedem. 
Em linhas gerais, a Teoria da Contingência considera tudo relativo, não 
existindo um modelo absoluto que possa ser utilizado em todas as situações; o que 
fazer irá depender das variáveis do ambiente que determinarão quais decisões 
deverão ser tomadas pela organização. 
Verificou-se que grande parte do que se observava dentro das organizações 
era decorrente do que acontecia fora delas, o que motivou o estudo da 
interdependência entre ambiente e organização. Outra variante condicionante é a 
tecnologia, a que se atribui grau de eficiência tanto maior quanto mais avançada for. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TTEEOORRIIAA DDOO DDEESSEENNVVOOLLVVIIMMEENNTTOO OORRGGAANNIIZZAACCIIOONNAALL 
 
O D.O. nasceu por três razões distintas: problemas burocráticos na 
organização, conhecimento sistêmico da organização e a tecnologia administrativa. 
Tem como objetivo o crescimento da empresa e do empregado através de 
uma integração das partes. 
É uma forma de aumentar a participação dos empregados em assuntos da 
empresa. É um processo de intervenção na organização, uma estratégia 
educacional que pretende alterar o comportamento e a estrutura da organização. 
D.O. procura influenciar na cultura da organização (modo de vida, crença, 
valores) através de profunda análise comportamental, estrutural e do meio ambiente. 
As organizações têm enfrentado continuamente o dilema de ter de alcançar, 
ao mesmo tempo, a produtividade organizacional e a satisfação das necessidades 
dos indivíduos. Richard Beckhard (1918-1999), um cientista comportamental norte-
americano do Massachusetts Institute of Technology (MIT), foi criador da expressão 
desenvolvimento organizacional (DO). 
A Teoria da Contingência estabelece que situações diferentes exigem práticas 
diferentes, apregoando o uso das teorias tradicionais, comportamentais e de 
sistemas separadamente ou combinadas para resolver problemas das 
organizações. 
A abordagem contingencial enfatiza que não há solução universal única para os 
problemas da administração, mas que a solução correta dependerá das 
necessidades específicas da situação. 
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Teorias da Administração I 
21 
 
O DO ajuda os gerentes a alcançar um grau de síntese da organização; ajuda 
a colocar as muitas peças de um sistema complexo juntas, na melhor configuração 
possível. Esse sistema complexo, isto é, a organização como um todo precisa ser 
integrado de tal modo que encoraje os subsistemas a trabalhar juntos tão eficiente e 
eficazmente quanto possível. 
Útil para o gerente, o DO o força a ver as organizações como sistemas 
abertos dinâmicos que interagem ativamente com o ambiente circundante. Além 
disso, ele encoraja os gerentes a olhar não só o que os indivíduos e grupos estão 
fazendo, mas também como estão fazendo. 
É muito difícil reduzir o DO a uma rápida e simples definição. Embora 
relativamente novo, ele tem se tronado um título muito conveniente para um conjunto 
de técnicas e processo que procuram transformar uma organização doente em uma 
organização sadia e transformar organizações sadia em mais sadias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O desenvolvimento da organização é um processo de modificações culturais 
e estruturais, de forma que a organização se habilite permanentemente a 
diagnosticar, planejar e implementar essas modificações. De maneira objetiva, o DO 
é um processo de mudança planejada, visando alcançar determinada condição, 
conforme figura 6. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: adaptado de Silva (2008) 
Figura 6: O conceito de DO 
 
AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO PPOORR OOBBJJEETTIIVVOOSS -- AAPPOO 
 
A APO trouxe notável contribuição para o pensamento administrativo, por sua 
praticidade e por sua visão de resultados, alertando o administrador para a 
necessidade de readequar objetivos caso constate alteração no mercado. 
O perfil da empresa moderna revela uma estrutura sempre pronta para reagir 
criativa e eficientemente frente a situações emergentes e desafiadoras para resultar 
vitoriosa em cenários inconstantes como o que observamos atualmente. 
A empresa moderna é altamente empreendedora e participativa, 
movimentando todos os segmentos das diversas ciências para poder fazer frente às 
exigências de mercados cada vez mais sofisticados e diversificados. 
Por ser essencialmente dinâmico, o desenvolvimento organizacional é o 
processo que envolve combinação de alteração estruturais e comportamentais que 
se completam e se suportam, em vista de um objetivo que é o aumento da eficiência 
ou da eficácia organizacional. 
O desenvolvimento organizacional é um processo sistemático, administrado e 
planejado de mudança de cultura, sistemas e comportamentos de uma 
organização, a fim de melhorar a eficácia na solução dos problemas e no 
alcance dos objetivos organizacionais. 
Situação atual Situação desejada Mudança planejada 
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22 
 
Uma forma comum de estabelecimento de metas usada nas organizações é a 
Administração por Objetivo (APO). Esse processo é uma tentativa de alinhar metas 
pessoais com a estratégia de negócio, por meio do aumento da comunicação e das 
percepções compartilhadas entre a gerência e os subordinados, seja como 
indivíduos ou como um grupo, pela conciliação do conflito quando este existir. 
A APO dá atenção aos objetivos dos membros da organização e como esses 
objetivos se relacionam com os objetivos da organização. A APO pode ser aplicada 
aos membros de todos os níveis da organização, e isso pode resultar na adoção de 
um estilo de administração mais participativo e colaborativo. 
A expressão Administração por Objetivo foi desenvolvida por Peter Drucker 
em 1954, nasceu na Áustria, se formou em direito. O trabalho de Drucker foi 
ampliado por George Odiorne, cujo primeiro livro realçava a necessidade de 
medições quantitativas. 
 
 
 
 
 
 
 
A origem da Administração por Objetivos (APO) está baseada na mudança do 
enfoque administrativo. A ênfase saiu do processo, dos meios de produção, das 
atividades-meio e passou às atividades-fim, aos resultados e objetivos alcançados. 
A APO é um sistema de gerência em que chefias e subordinados 
estabelecem objetivos e metas para suas respectivas áreas de reponsabilidade, 
formulam planos para tingir as metas especificadas. Definem padrões para medir o 
desempenho e fazem o acompanhamento periódico do progresso obtido. 
 
 
EENNFFOOQQUUEE MMOODDEERRNNOO 
 
 
 
TTEEOORRIIAA NNEEOOCCLLÁÁSSSSIICCAA 
 
Originária no enfoque clássico, reafirma os postulados clássicos, sustentando 
que Taylor e Fayol nunca estiveram desatualizados. Difere apenas quanto à 
coerência de suas colocações. 
Peter Drucker encabeça algumas idéias, chamadas de Gerência por 
Resultados. 
Foi o “boom” da década de 50. 
 A Teoria Neoclássica é também denominada Escola Operacional ou Escola 
do Processo Administrativo, pela sua concepção da Administração como um 
processo de aplicação de princípios e de funções para o alcance de objetivos.As 
várias funções do administrador, consideradas como um todo forma o processo 
administrativo. Planejamento, organização, direção e controle, por exemplo, 
consideradas separadamente, constituem as funções administrativas, quando 
visualizadas na sua abordagem total para o alcance de objetivos, elas formam o 
processo administrativo. 
Processo é qualquer fenômeno que apresente mudança contínua no tempo 
ou qualquer operação ou tratamento contínuo. O conceito de processo implica que 
os acontecimentos e as relações sejam dinâmicos, em evolução, sempre em 
mudança, contínuos. O processo não é uma coisa parada, estático, é dinâmico. 
A Administração por Objetivos pode ser definida como um estilo ou sistema de 
administração que relaciona as metas organizacionais com o desempenho 
individual, por meio do envolvimento de todos os níveis administrativos. 
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Teorias da Administração I 
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A teoria neoclássica da administração é o nome dado a um conjunto de 
teorias que surgiram na década de 50 e que propõem uma retomada das 
abordagens clássica e científica da administração. A teoria tem como principal 
referência Peter Drucker, mas também inclui um grupo amplo de autores como 
Willian Newman, Ernest Dale, Ralph Davis, Louis Allen e George Terry. 
Dentre os principais conceitos abordados por essa teoria, destacam-se: 
a) ênfase na prática da administração; 
b) reafirmação relativa das proposições clássicas; 
c) ênfase nos princípios gerais de gestão; 
d) ênfase nos objetivos e resultados. 
 
As teorias depois de Drucker são chamadas de "modernas" por ser ele 
reconhecido como "pai da administração moderna"[2] ("modern management" em 
inglês), embora o termo "administração moderna". 
 
 
TTEEOORRIIAASS JJAAPPOONNEESSAASS 
 
Técnicas industriais usadas no Japão, trazidas para o mundo ocidental como 
se fosse algo realmente espetacular para os nossos problemas de produção. 
Contém grande originalidade em termos de metodologia, mas em essência não 
passam de um princípio de Taylor; estudar o trabalho e aperfeiçoar os métodos. 
Os sucessos das teorias japonesas não se prendem ao fato único da teoria, 
mas de algumas características: emprego vitalício, cultura do povo, dentre outras. 
A maior evidência da participação desta Teoria está na aplicação das 
ferramentas da qualidade em solução de problemas, reuniões etc. (brainstorm, 
Ishikawa...) 
Tendo observado a ascensão da indústria japonesa a uma posição de 
importância na comunidade econômica mundial, após sua destruição quase total 
durante a Segunda Guerra Mundial, o consultores e teóricos americanos em 
administração dedicaram-se a um exame dos fundamentos conceituais da teoria da 
administração japonesa. Willian G. Ouchi batizou a abordagem japonesa de Teoria 
Z, uma extensão óbvia da caracterização de McGregor de Teoria X e Y para as 
primeiras abordagens das teorias da administração. A abordagem da Teoria Z é 
pragmaticamente adaptada do estilo de administração que emergiu no Japão após 
sua destruição na Segunda Guerra Mundial e que se caracterizou como milagre 
econômico japonês. 
 
Técnicas básicas 
 
A Teoria Z tem suas raízes filosóficas na cultura e nos costumes japoneses e, 
muito menos do que uma abordagem teórica, é uma coleção prática de técnicas 
gerenciais que têm sido agrupadas ao redor do foco central do grupo de trabalho. 
Essa abordagem sustenta que a tomada de decisão mais eficaz é aquela que 
é realizada por um grupo e não por um determinado gerente. Esse estilo é chamado 
de tomada de decisão consensual e supõe que o processo de decisão em grupo 
resultará em melhores decisões. 
A principal manifestação da Teoria Z no local de trabalho foi a introdução dos 
círculos de qualidade (CQ). São pequenos grupos de trabalhadores e gerentes que 
se reúnem regularmente durante o expediente normal e tentam aumentar a 
qualidade e reduzir custos. 
 
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PPOORR QQUUEE EESSTTUUDDAARR AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO 
 
A primeira razão para se estudar administração é o interesse em melhorar o 
modo como às organizações são administradas, porque todos interagem com todos, 
a cada dia, dentro das organizações. 
Organizações bem administradas desenvolem consistência, crescimento e 
prosperidade; já as mal administradas declinam e, muitas vezes, morrem. 
Algumas organizações conseguem se recuperar do declínio, com certeza, 
utilizando-se de recursos administrativos altamente eficazes. 
 
 
 
 
 
Administradores usam as teorias administrativas para a tomada de decisões 
em seus esforços diários de planejar, organizar, dirigir e controlar a produtividade 
organizacional. Uma teoria administrativa explica e prediz o comportamento das 
organizações e de seus membros. 
 
 
 
 
 
Algumas dessas teorias são teorias de configuração, isto é, desenvolvidas 
pelos próprios estudiosos ou aprendidas de outros com o tempo e como resultado 
das experiências. Outras são teorias científicas, desenvolvidas por meio de métodos 
científicos. Existe uma relatividade de valores entre os dois tipos mencionados. 
Somente a experiência pode não ser válida, e somente a metodologia não garante 
sucesso. 
Os indivíduos adquirem conhecimento teórico e experiência prática ao mesmo 
tempo, seja por meio de programas de trabalho-estudo ou de treinamento. A figura 7 
descreve o processo de aquisição de conhecimentos teóricos e práticos para 
administrar organizações, em termos fundamentais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Adptado de Silva, 2008. 
Figura 7: O processo de aquisição da habilidade de administrar pela junção da teoria 
com a prática. 
É bom notar que está cada vez mais difícil se recuperar de situações caóticas, 
o que vale dizer que, cada vez mais, o declínio significa a morte da organização. 
Uma teoria é um conjunto de conceitos e ideias que explica e prediz 
fenômenos sóciais e físicos. 
Teoria Aquisição da habilidade 
de administrar 
Prática 
� Definições 
� Fatos 
relevantes 
� Conceitos 
� Técnicas 
� Orientações 
� Palestrar e 
seminário 
� Experiência 
simulada 
� Casos para 
estudo 
� Participação 
em eventos 
específicos 
� ..... 
Integração sistemática da 
teoria e prática nos meios 
significativos e úteis da 
administração 
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Teorias da Administração I 
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AA AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO EE SSEEUUSS DDEESSAAFFIIOOSS 
 
A Administração é um dos campos mais excitantes e importantes dos cursos 
universitários, pois envolve o direcionamento das empresas para serem competitivas 
e lucrativas. Além disso, afeta todas as demais atividades profissionais existentes, já 
que todas elas devem ser administradas. 
Como disciplina, a administração tem sido fortemente afetada por 
significativas mudanças ambientais e organizacionais que têm ocorrido nas últimas 
décadas. 
É muito importante desenvolver um claro entendimento do conceito de 
administração, bem como de todas as implicações no ambiente organizacional onde 
ocorre a administração; é preciso também entender o processo administrativo sob 
uma perspectiva funcional. 
Os administradores, atualmente, confrontam-se, com desafios extraordinários, 
que seus predecessores raramente enfrentaram. Esses desafios incluem uma 
crescente competição global, uma sem precedente demanda por qualidade e valor 
para os consumidores e uma grande necessidade de mudar radicalmente o modo 
como às organizações funcionam. Mais importante, os administradores de amanhã 
vão enfrentar um ambiente de negócio ainda mais competitivo. 
Para vencer os desafios do ambiente dos negócios, de hoje e de amanhã, os 
administradores devem ser flexíveis, proativose centrados na qualidade de tudo o 
que fazem. 
 
 
DDEEFFIINNIIÇÇÃÃOO DDEE AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO 
 
Em administração, infelizmente é difícil encontrar definições-padrão, por 
causa dos muitos termos comumente usados. Entretanto, é fundamental que exista 
um vocabulário e um entendimento comuns para o sucesso da comunicação. 
Você encontrará muitas definições diferentes em vários textos, sendo todas, 
no geral, variações do mesmo tema. Com o passar dos tempos, tem havido, e 
continua a haver, uma modificação de ênfase nas definições. 
Mas, a definição que é mais atual e completa para o termo adminstração é o 
ato de trabalho com e por intermédio de outras pessoas para realizar e atingir os 
objetivos da organização, bom como de seus membros. 
A tarefa da administração é interpretar os objetivos propostos pela empresa e 
transformá-los em ação empresarial, a fim de atingir tais objetivos. 
Além de combinarem seus esforços, as pessoas que compõem uma 
organização utilizam outros tipos de recursos, tais como, máquinas, equipamentos, 
ferramentas, capital, instalações, energia, conhecimento, etc. Podemos agrupá-los 
em três categorias mais amplas: dinheiro, materiais e informação. 
A tarefa de tomar decisões sobre a definição de objetivos e a utilização dos 
recursos necessários para atingi-los chama-se administração; isto é, buscar a 
eficiência e eficácia das organizações. 
As principais decisões administrativas podem ser classificadas em quatro 
categorias e funções principais: Planejamento, Organização, Direção e Controle. 
 
AAddmmiinniissttrraaççããoo éé oo pprroocceessssoo ddee ppllaanneejjaarr,, oorrggaanniizzaarr,, ddiirriiggiirr ee ccoonnttrroollaarr aa 
aapplliiccaaççããoo ddooss rreeccuurrssooss hhuummaannooss,, mmaatteerriiaaiiss,, ffiinnaanncceeiirrooss ee iinnffoorrmmaaççõõeess,, 
vviissaannddoo oo aallccaannccee ddooss oobbjjeettiivvooss.. 
 
 
Prof. Adm. Eduardo Teraoka Tofoli 
Teorias da Administração I 
26 
 
Portanto: 
a) Administrar é lidar com pessoas; 
b) Administrar é tomar decisões; 
c) Administrar é liderar um grupo; 
d) Administrar é alcançar resultados; 
e) Administrar é estabelecer objetivos; 
f) Administrar é comandar; 
g) Administrar é mandar; 
h) Administrar é dirigir; 
i) Administrar é coordenar esforços; 
j) Administrar é ser agente de mudanças; 
k) Administrar é inovar; 
l) Administrar é influenciar pessoas; 
m) Administrar é exercer poder; 
n) Administrar é obter resultados com e através de pessoas. 
 
 
AASS AAPPTTIIDDÕÕEESS PPAARRAA AADDMMIINNIISSTTRRAARR 
 
Administrar é uma obra específica. Dessa forma, exige aptidões específicas. 
Entre essas aptidões estão as seguintes: 
a) Tomar decisões eficazes; 
b) Comunicar-se com e sem a organização; 
c) Aplicar adequadamente os controles e as mensurações; 
d) Ser capaz de trabalhar com orçamentos e com planejamento; 
e) Ser capaz de empregar instrumentos analíticos as ciências da 
administração. 
 
É pouco provável que alguém possua ao mesmo tempo todas essas aptidões. 
Todo administrador, contudo, precisa compreender em que consiste cada uma 
delas, o que podem elas fazer a seu favor e o que, pôr sua vez, dele exigem. 
 
 
AA IIMMPPOORRTTÂÂNNCCIIAA DDAA AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO 
 
 Os gerentes influenciam todas as fases das organizações modernas. 
Gerentes Industriais executam operações industriais que produzem as roupas que 
vestimos, a comida que comemos e os automóveis que dirigimos. Gerentes de 
vendas mantêm uma força de vendas que negocia produtos. 
Gerente de pessoal fornece força de trabalho competente e produtiva às 
organizações. As seções de emprego dos classificados de qualquer grande jornal 
descrevem muitos tipos diferentes de atividades administrativas e confirma sua 
importância. 
A administração é o processo que procura assegurar a eficácia e eficiência 
das organizações. A administração, como assinalou Fayol, é importante em qualquer 
escala de utilização de recursos para realizar objetivos - individual, familiar, grupal, 
organizacional ou social. A Figura 8 ilustra essas definições, bem como a relação 
entre o aumento da quantidade de recursos e a complexidade do processo 
administrativo. 
Embora o processo administrativo seja importante em qualquer contexto de 
utilização de recursos, a razão principal para estudá-lo é seu impacto sobre o 
desempenho das organizações. As organizações assumiram importância sem 
Prof. Adm. Eduardo Teraoka Tofoli 
Teorias da Administração I 
27 
 
precedentes na sociedade e na vida das pessoas. Há poucos aspectos da vida 
contemporânea que não sejam influenciados por alguma espécie de organização. A 
sociedade moderna é uma sociedade organizacional, em contraste com as 
sociedades comunitárias do passado. 
O principal motivo para a existência das organizações é o fato de que certos 
objetivos só podem ser alcançados por meio da ação coordenada de grupos de 
pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: (MAXIMIANO, 2000, p. 28) 
Figura 8: A complexidade do processo administrativo aumenta de forma diretamente 
proporcional ao volume e interdependência de recursos. 
 
 
TTAARREEFFAA DDAA AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO 
 
 Além de compreender o que o trabalho administrativo significa para eles e 
para a sociedade e seus benefícios, os prováveis administradores precisam saber o 
que as tarefas da administração acarretam. 
Nossa sociedade não existiria, como a conhecemos atualmente, nem se 
aperfeiçoaria sem que gerentes orientassem permanentemente suas organizações. 
Peter Drucker enfatizou esse ponto quando afirmou que a administração eficaz é 
provavelmente a maior fonte de riqueza dos países desenvolvidos e a maior 
carência dos países em desenvolvimento. Em resumo, todas as sociedades 
necessitam desesperadamente de bons gerentes. 
 
 
OO PPAAPPEELL DDOO AADDMMIINNIISSTTRRAADDOORR 
 
 Essencialmente, o papel dos gerentes é liderar as empresas para atingirem 
suas metas. Toda empresa existe para um determinado propósito ou objetivo, e os 
Administração 
pessoal 
Administração 
familiar 
Administração de 
pequenos grupos sociais 
Administração de 
organizações 
Administração social: 
cidade, Estado, 
sociedade global 
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Teorias da Administração I 
28 
 
gerentes são responsáveis por combinar e utilizar os recursos de que dispõe a 
organização para garantir que essas empresas alcancem seus propósitos. 
 
 
OORRGGAANNIIZZAAÇÇÃÃOO 
 
 Uma organização é o produto da combinação de esforços individuais, visando 
à realização de propósitos coletivos. Por meio de uma organização, é possível 
perseguir ou alcançar objetivos que seriam inatingíveis para uma pessoa. São 
exemplos de organizações: uma grande empresa, uma pequena oficina, um 
laboratório ou um corpo de bombeiros. 
 Sempre que alguém precisa realizar uma atividade para a qual é necessário 
recorrer ao auxílio de outros, ou sempre que algumas pessoas descobrem que se 
unirem suas forças e seus esforços conseguirão fazer coisas que sozinhos nunca 
alcançariam, o resultado é uma organização. 
 
AASS OORRGGAANNIIZZAAÇÇÕÕEESS SSÃÃOO GGRRUUPPOOSS DDEE PPEESSSSOOAASS QQUUEE CCOOMMBBIINNAAMM SSEEUUSS 
PPRRÓÓPPRRIIOOSS EESSFFOORRÇÇOOSS EE OOUUTTRROOSS TTIIPPOOSS DDEE RREECCUURRSSOOSS PPAARRAA AALLCCAANNÇÇAARREEMM 
OOBBJJEETTIIVVOOSS CCOOMMUUNNSS.. 
 
Há duas características importantes que diferenciam uma organização de 
outros tipos de grupos sociais: 
 
1. Divisão do Trabalho: cada pessoa ou grupo de pessoas tem um papel 
específico que contribui para o objetivo final. 
2. Coordenação: os diversos papéis específicos combinam-se e integram-se 
de

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