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Animais Peçonhentos - Parasitologia

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29/08/2017
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ANIMAIS
PEÇONHENTOS
Prof. Daniel R. Stainki
DEMIP - UFSM
“É extremamente importante aprender algumas
noções mínimas sobre os animais
peçonhentos, tanto para pessoas leigas, que
correm riscos de cruzar com eles no seu dia-a-
dia, quanto para os profissionais de saúde,
que eventualmente terão que lidar com todos os
problemas decorrentes do acidente ofídico, que
no Brasil supera 20.000 casos por ano.”
Anibal Rafael Melgarejo – Instituto Vital Brazil
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CONCEITO:
• Peçonha - é uma substância tóxica
produzida e passível de ser inoculada
em outro animal, por aparato inoculatório
próprio do ser produtor. São toxinas
utilizadas ativamente para caça ou
defesa.
GRUPOS PEÇONHENTOS A 
SEREM ABORDADOS:
• Aracnídeos;
• Lagartas;
• Serpentes.
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ARACNÍDEOS NO MUNDO:
• Existem cerca de 85.000 espécies de
aracnídeos no mundo;
• Entre 38.000 espécies de aranhas
conhecidas no mundo, apenas 30 são
consideradas clinicamente importantes;
• Os escorpiões estão representados por
1.500 espécies, 25 de interesse médico.
ARACNÍDEOS NO BRASIL:
• Estão representados aproximadamente por
500 famílias, com 10.000 espécies;
• Distribuídos em todos os ecossistemas
Brasileiros, principalmente Floresta
Amazônica e Mata Atlântica;
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CLASSIFICAÇÃO ZOOLÓGICA:
• Pertencem ao Filo Arthropoda, sub-filo
Chelicerata e a classe Arachnida incluem
aranhas, escorpiões e opilião;
•As lacraias pertencem a classe
chilopoda
ARACNÍDEOS
OPILIÕES : São aracnídeos que possuem
o prossoma fundido com
opistossoma, um par de
olhos centrais e um par de
glândulas odoríferas nas
laterais do prossoma.
Quando molestados exalam
forte odor para a defesa.
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OPILIÕES :
Comprimento do corpo varia de 0,5 a 2cm.
LACRAIAS : Artrópodes terrestres que
apresentam um par de
antenas, um par de forcípulas
e o corpo segmentado dividido
em cabeça e tronco. Possuem
glândulas de veneno situadas
internamente na cabeça. Os
acidentes são causados pelos
gêneros Scolopendra,
Otostimus e Cryptops.
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MIRIÁPODE – Piolho-de-cobra
diplópode
MIRIÁPODE – Lacraia
quilópode
VÍDEO
ARACNÍDEOS:
• Anatomia externa – Possuem corpo
dividido em prossoma e opistossoma,
sendo que as aranhas estão unidas pelo
pedicélio (estrutura curta com
exoesqueleto flexível, permitindo ampla
movimentação do opistossoma em relação
ao prossoma).
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ARACNÍDEOS:
• Glândulas de veneno – são geralmente
duas glândulas contendo abertura externa
por onde é liberado. Cada grupo aracnídeo
possue estruturas próprias.
ARACNÍDEOS:
• Alimentação – são carnívoros alimentando-
se de animais vivos (insetos, répteis,
anfíbios, peixes, aves e mamíferos
(roedores);
• Alguns podem fazer canibalísmo;
• Enzimas digestívas são introduzidas nas
presas, sendo o composto da digestão
sugado.
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ARACNÍDEOS:
• Reprodução – possuem sexo separado e a
fecundação pode ser interna ou externa;
• Podem ser ovíparos, vivíparos ou
partenogenéticos;
• Cópula das aranhas;
• Fecundação nos escorpiões.
ARACNÍDEOS - sentidos:
• Visão – podem estar dispostos em cômoro
ocular ou em fileiras;
• Mecanoreceptores – pêlos sensoriais que
percebem sensações táteis e vibrações;
• Quimioreceptores– percepção de odores e
paladar, relacionados a corte, detecção de
inimigos e presas.
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ARACNÍDEOS:
• Importância ecológica – fazem parte da
cadeia alimentar de muitos vertebrados e
invertebrados;
• Importantes predadores dos insetos;
ARACNÍDEOS:
• Importância médica :
• Os aracnídeos de importância médica são
representados por aranhas e escorpiões
que possuem veneno tóxico para o homem.
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ARANHAS:
• Existem cerca de 4.000 espécies
conhecidas, distribuídas em 106 famílias
entre Mygalomorphae e Araneomorphae;
• No Brasil apenas 03 famílias de aranhas
são consideradas perigosas:
1. Ctenidae – aranha armadeira;
2. Sicariidae – aranha marrom;
3. Theridiidae – viúva negra.
ARANHAS:
• Mygalomorphae (caranguejeiras) –
quelíceras paraxiais, que se movimentam
paralelamente ao eixo do corpo.
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ARANHAS:
• Araneomorphae (aranhas verdadeiras) –
quelíceras diaxiais, que se movimentam
perpendicularmente ao eixo do corpo.
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ARANHAS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA:
Aranha armadeira – Phoneutria nigriventer
• Comportamento – noturno, escondendo-se
durante o dia. Não constrói teia;
• Temperamento – agressivo, irrita-se
facilmente e levanta as patas dianteiras
quando ameaçada;
• Dimensões – 4 a 5 cm corpo, 15 a 18 cm
envergadura.
ARANHAS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA:
Aranha armadeira – Phoneutria nigriventer
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ARANHAS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA:
Aranha armadeira – Phoneutria nigriventer
• veneno – dor intensa no local da picada
(neurotóxico), em crianças pode ser grave
(choque neurogênico) tornando-se
necessário o uso de soro anti-aracnídico;
• Tratamento – bloqueio anestésico local,
antiinflamatórios, antibióticos e soro anti-
aracnídico.
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ARANHAS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA:
Tarântula de jardim– Lycosa erythrognatha
• Comportamento – hábitos errantes (diurnos
e noturnos), sendo frequentemente
encontrada em gramados ou jardins. Muito
comum na região urbana;
• Temperamento – pouco agressiva, prefere
sempre fugir, mas pela grande distribuição,
acidentes são comuns;
ARANHAS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA:
Tarântula de jardim– Lycosa erythrognatha
Dimensões – 2 a 3 cm corpo, 6 a 8 cm
envergadura;
• veneno – pouco tóxico, não causando
problemas de saúde pública;
• Tratamento – sintomático.
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ARANHAS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA:
Tarântula de jardim– Lycosa erythrognatha
IDENTIFICAÇÃO:
Aranha armadeira –
Phoneutria nigriventer
Aranha de jardim –
Lycosa erythrognatha
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ARANHAS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA:
Aranha marrom– Loxosceles sp.
• Comportamento – vive no solo, rachaduras,
esconde-se em buracos e pilhas de
madeira. Abriga-se em casas e em roupas;
• Temperamento – não agressiva, pode picar
ao ser prensada;
• Dimensões – 1 - 1,5cm de corpo, 3 - 4cm de
envergadura;
Aranha marrom –
Loxosceles spp.
Aranha pequena, com
envergadura entre 2 – 3 cm e
pernas compridas e finas.
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ARANHAS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA:
Aranha marrom– Loxosceles sp.
Dimensões – 1 a 1,5 cm corpo, 3 a 4 cm
envergadura;
• veneno – mais tóxico ao homem. Picada
indolor, após alguns dias surge lesão,
necrose local e insuficiência renal;
• Tratamento – sintomático e soro anti-
loxocélico.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Scytodes fusca
Loxosceles laeta
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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
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Lesão provocada pela 
picada da aranha marrom.
FILME
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Aranha marrom– Loxoceles sp.
• Tratamento – Específico:
ARANHAS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA:
Aranha marrom– Loxoceles sp.
• Tratamento – Geral:
ARANHAS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA:
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ARANHAS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA:
Viúva negra– Latrodectus sp.
• Comportamento – habitam vegetação
rasteira, arbustos, cupinzeiros e fendas de
madeira. Comuns em áreas rurais e
peridomiciliar e constroem teias
tridimensionais. Atividade diurna e noturna;
• Temperamento – pouco agressiva, ataca
quando se sente ameaçada;
Distribuição geográfica.
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ARANHAS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA:
Viúva negra– Latrodectus sp.
Dimensões – 1 a 1,5 cm de corpo e 3 cm de
envergadura ;
• veneno – neurotóxico, causando dor local,sudorese intensa, hipertensão, dor
abdominal;
• Tratamento – analgésicos, relaxantes
musculares, bloqueio local, soro especif.
• tremores, ansiedade, 
excitabilidade, insônia, 
cefaléia, prurido, edema de 
face e pescoço
• contraturas musculares, 
atitude de flexão no leito, 
hiperreflexia, dor abdominal 
intensa, podendo simular 
abdome agudo
• Contratura facial, trismo de 
masseteres
• sensação de morte 
iminente, taquicardia e 
hipertensão seguida de 
bradicardia
• Náusea, vômitos, sialorréia, 
anorexia, obstipação
• Retenção urinária, dor 
testicular, priapismo
• Ptose, edema bipalpebral, 
hiperemia conjuntival, 
midríase
Blefarite em paciente 
picado por Lactrodectus
Sinais clínicos 
observados:
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Gênero Latrodectus mais comumente 
encontrados:
Latrodectus geometricus
Latrodectus curacaviensis
Latrodectus mactans
Caracterização do gênero:
Latrodectus geometricus
Latrodectus mactans
Latrodectus curacaviensis
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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Latrodectus geometricus Steatoda triangulosa
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ARANHAS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA:
Caranguejeira– Pachistopelma rufonigrum
• Comportamento – errantes, de hábitos
terrestres, constroem tocas para refúgio.
Atividade noturna;
• Temperamento – pouco agressiva, ataca
quando se sente ameaçada;
ARANHAS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA:
Caranguejeira– Pachistopelma rufonigrum
• Dimensões – 6 cm de corpo e 15 cm de
envergadura ;
• veneno – veneno pouco tóxico ao homem,
picada dolorosa e possue pêlos urticantes
no abdômen;
• Tratamento – sintomático.
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Aranha caranguejeira –
Pachitospelma 
rufonigrum
ESCORPIÕES DE IMPORTÂNCIA MÉDICA:
• Escorpião preto – Tityus bahienses
• Escorpião amarelo – Tityus serrulatus
• Escorpião do nordeste – Tityus stigmurus
Escorpiões
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ESCORPIÕES DE IMPORTÂNCIA MÉDICA:
Escorpião preto – Tityus bahienses
• Comportamento – errantes e solitários,
habitam locais úmidos, sob pedras e
troncos. Atividade noturna, encontrados
em porões, sótãos, sob acúmulos de lixo
doméstico;
• Temperamento – ataca quando ameaçado;
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Escorpião preto – Tityus bahienses
• Dimensões – 6 a 7 cm de corpo;
• veneno – neurotoxinas, provoca dor,
náuseas, vômitos e pode levar ao óbito por
choque cardiocirculatório ou edema
pulmonar;
• Tratamento – lavar com água e sabão ,
soro específico e sintomático.
ESCORPIÕES DE IMPORTÂNCIA MÉDICA:
Escorpião preto ou 
marrom – Tityus 
bahienses
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ESCORPIÕES DE IMPORTÂNCIA MÉDICA:
Escorpião amarelo – Tityus serrulatus
• Comportamento – atividade noturna,
reproduzem por partenogênese, filhotes
passam duas semanas nas costas da mãe;
• Temperamento – utiliza mimetismo para se
esconder, ataca quando ameaçado;
Escorpião amarelo – Tityus serrulatus
• Dimensões – 6 a 7 cm de corpo;
• veneno – age sobre o sistema nervoso
periférico dos humanos, causando dor,
pontadas, aumentando a pulsação cardíaca
e diminuindo a temperatura corporal;
• Tratamento – anestesia local , soro anti-
escorpiônico.
ESCORPIÕES DE IMPORTÂNCIA MÉDICA:
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Escorpião amarelo –
Tityus serrulatus
Apresenta o tronco 
escuro, patas, 
pedipalpos e cauda 
amarela sendo esta 
serrilhada no lado 
dorsal. Considerado 
o mais venenoso da 
América do Sul
ESCORPIÕES DE IMPORTÂNCIA MÉDICA:
Escorpião do nordeste – Tityus stigmurus
• Comportamento – atividade noturna,
errantes, solitários, habitando áreas
quentes e secas. Abrigam-se
principalmente em cupinzeiros;
• Temperamento – ataca quando ameaçado;
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Escorpião do nordeste – Tityus stigmurus
• Dimensões – 6 a 7 cm de corpo;
• veneno – neurotóxico, caracterizado por
distúrbios locais (dor, eritema, dormência e
edema);
• Tratamento – soro anti-escorpiônico e
sintomatológico.
ESCORPIÕES DE IMPORTÂNCIA MÉDICA:
Escorpião do nordeste –
Tityus stigmurus
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Escorpião do nordeste –
Tityus stigmurus
Escorpião amarelo –
Tityus serrulatus
Escorpião preto ou 
marrom – Tityus 
bahienses
PREVENÇÃO DE ACIDENTES:
• Manter jardins e quintais limpos;
• Evitar folhagens densas junto as paredes;
• Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los;
• Não colocar a mão em buracos ou sob
pedras ou troncos;
• Uso de calçados de couro e de luvas ao
limpar o jardim;
• Vedar as portas e janelas ao anoitecer;
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PREVENÇÃO DE ACIDENTES:
• Usar telas nos ralos;
• Vedar frestas nas portas, paredes e janelas;
• Afastar as camas das paredes e evitar que
as roupas de cama encostem no chão;
• Acondicionar o lixo em sacos fechados
para evitar atrair baratas;
• Preservar os inimigos naturais (lagartos,
sapos, galinhas, coatis, entre outros).
Nós somos 
do mau!!!
Será???
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LAGARTAS PEÇONHENTAS (ERUCISMO):
Hylesia sp
Lonomia obliqua
LAGARTAS PEÇONHENTAS:
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LAGARTAS PEÇONHENTAS:
Lonomia obliqua (Taturana)
• Comportamento – Vive em regiões de
florestas, mas pode ser encontrada no meio
rural e na vegetação existente nas áreas
urbanas. Durante o dia, ficam agrupadas
em troncos. Possuem coloração marrom-
clara esverdeada com listras ;
LAGARTAS PEÇONHENTAS:
Lonomia obliqua (Taturana)
Identificação – corpo marrom, espinhos em
forma de pinheirinho verde folha, listra
marrom contornada de preto ao longo do
dorso, manchas brancas no dorso;
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LAGARTAS PEÇONHENTAS:
Lonomia obliqua (Taturana)
Sintomas locais: dor em queimação,
hiperemia, prurido e raramente bolhas
(sintomas benignos e de regressão
espontânea em poucas horas);
Sintomas gerais: cefaléia, mal-estar geral,
náuseas e vômitos, dores abdominais e
mialgia;
LAGARTAS PEÇONHENTAS:
Lonomia obliqua (Taturana)
Sangramentos observados: equimose,
hematúria, sangramento em feridas recentes,
hemorragias de mucosas (gengivorragia,
epistaxe, hematêmese, enterorragia),
hemorragias intra-articulares, abdominais,
pulmonares, glandulares e intraparenquimatosa
cerebral ou subaracnoídea.
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LAGARTAS PEÇONHENTAS:
LAGARTAS PEÇONHENTAS:
Prevenção:
• Observe cuidadosamente troncos e folhas
de árvores antes de encostar ou manusear.
• Use luvas, camisas de manga comprida e
botas durante as atividades agrícolas.
• Tenha cuidado ao pisar ou sentar embaixo
das árvores.
• Evite desmatamento, queimadas e uso
abusivo de inseticidas.
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Então, quer dizer 
que eu sou vilã?
SERPENTES:
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SERPENTES:
Comportamento :
• Podem ser diurnas ou noturnas;
• Atividades decorrem - busca de alimentos,
acasalamento, reprodução, controle da
temperatura corpórea e repouso;
• Classificação – terrícolas,
(semi)arborícolas, (semi)aquáticas,
subterrâneas.
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SERPENTES:
Comportamento :
• Essencialmente predadoras (invertebrados
e vertebrados);
• Modo de captura das presas - constritoras
ou peçonhentas;
• Bote;
• Ovíparas e vivíparas;
• Cópula.
SERPENTES:
Sentidos:
• Visão – não é o principal órgão de
orientação;
• Olfato – principal sentido de orientação;
• Paladar – pouco desenvolvido;;
• Fosseta loreal – entre o olho e a narina,
com função termorreceptora;
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:
EXCEÇÃO DA REGRA
Cobra coral
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44Gênero Bothrops, que com a nova nomenclatura foi 
dividido em cinco gêneros: Bothrops, Bothropoides, 
Rhinocerophis, Bothriopsis e Bothrocophias.
Bothrops atrox
Rhinocerophis alternatus
Bothrops atrox Bothropoides neuwiedi
Bothropoides 
jararaca 
Bothrops 
jararacussu
Rhinocerophis 
alternatus
Bothrops, Botropoides e Rhinocerophis no Brasil -
distribuição:
Bothropoides erythromelas
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SERPENTES PEÇONHENTAS:
Bothrops /Rhinocerophis(jararaca, cruzeira)
• Comportamento – hábito terrícola, explora
arbustos, brejos e lagoas comum em áreas
de ocupação humana;
• Temperamento – agressivo, é a serpente
que mais causa acidentes no Sul e Sudeste
do Brasil;
Bothrops /Rhinocerophis(jararaca, cruzeira)
• Dimensões – jararaca até 1,20m e jaracuçu
1,50m;
• veneno – necrosante (mediadores
inflamatórios), hemorrágico e coagulante;
• Tratamento – soro anti-botrópico e de
suporte.
SERPENTES PEÇONHENTAS:
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Cobra cruzeira 
(Rhinocerophis 
alternatus)
É a mais tóxica 
dentre as jararacas, 
com a exceção 
da jararaca ilhoa, 
três vezes mais 
peçonhenta
• Características do acidente:
– Local: processo inflamatório, edema local,
equimose, dor e adenomegalia regional
progredindo, ao longo do membro, para
bolhas (conteúdo seroso ou sero-
hemorrágico) e, eventualmente, para
necrose.
– Sistêmico: alteração da coagulação,
sangramentos espontâneos, náuseas,
vômito, sudorese, hipotensão e choque.
SERPENTES PEÇONHENTAS – Bothrops, 
Bothropoides e Rhinocerophis.
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• Exames complementares:
• Tempo de Coagulação: auxílio
diagnóstico e acompanhamento;
• Hemograma: leucocitose, neutrofilia,
desvio à esquerda, trombocitopenia;
• VHS: aumentado;
• EQU: proteinúria, hematúria,
leucocitúria;
• Outros: uréia, creatinina.
SERPENTES PEÇONHENTAS – Bothrops, 
Bothropoides e Rhinocerophis.
Bothrops, 
Bothropoides e 
Rhinocerophis.
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Bothrops, Bothropoides e 
Rhinocerophis.
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SERPENTES PEÇONHENTAS:
Lachesis sp. (surucucu )
• Comportamento – hábito noturno, terrícola,
matas Amazônica e Atlântica, incidência
acidentes de 3%;
• Temperamento – ataca ao ser molestada;
• Dimensões – É a maior serpente
peçonhenta das Américas (até 4,5m), com
presas de até 3,5cm.
Lachesis muta muta
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Lachesis sp. (surucucu)
• veneno – muito semelhantes ao veneno
botrópico, a diferença se dá na presença de
alterações vagais (náuseas, vômitos,
cólicas, diarréia , hipotensão e choque);
• Tratamento – soro anti-botrópico-laquético
(SABL).
SERPENTES PEÇONHENTAS:
Lachesis muta muta
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Lachesis muta muta
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SERPENTES PEÇONHENTAS:
Crotalus sp. (cascavel)
• Comportamento – hábito terrícola, de
hábitos crepuscular e noturno. Ocorre
principalmente nas áreas de campo e
cerrado;
• Temperamento – agressivo, quando
irritadas produzem som característico ao
agitarem a cauda (chocalho ou guizo);
Crotalus sp.
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Crotalus sp. (cascavel)
• Dimensões – até 1,20m;
• veneno – miotóxico (rabdomiólise),
neurotóxico e coagulante;
• Tratamento – soro anti-crotálico e de
suporte.
SERPENTES PEÇONHENTAS:
VÍDEO1
Picada cascavel
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SERPENTES PEÇONHENTAS – Crotalus sp.
• Tratamento de suporte:
– Manter a Hidratação e pressão sanguínea:
Ringer com lactato e manitol a 20% ;
– Prevenção do tétano – soro e vacina;
– Furosemida – 1mg/kg dose na criança e
40mg/kg no adulto;
– Combater a acidose metabólica com
bicarbonato de sódio;
– Sintomático – AINes, antibióticos,
analgésicos, outros.
SERPENTES PEÇONHENTAS – Crotalus sp.
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SERPENTES PEÇONHENTAS:
Micrurus sp. (cobra-coral)
• Comportamento – hábito subterrâneo, sob
troncos, folhas, raízes e pedras;
• Temperamento – não agressíva, oferece
perígo quando manuseada. Quando
molestada ergue e enrola a cauda
(comportamento defensivo);
• Dimensões – até 1,00m;
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Micrurus sp. (cobra-coral)
• veneno – muito tóxico e pode causar a
morte (IRA) em pouco tempo (neurotoxina –
bloqueio da junção neuromuscular);
• Tratamento – soro anti-elapídico e de
suporte.
SERPENTES PEÇONHENTAS:
COMO DIFERENCIAR A CORAL VERDADEIRA 
DA FALSA?
1) Continuidade ventral das cores.
2) Tamanho dos olhos.
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SERPENTES PEÇONHENTAS – Micrurus sp.
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• Uso de botas de cano alto;
• Uso de luvas de couro ao limpar o jardim;
• Não colocar as mão em buracos ou tocas;
• Cuidado ao revirar cupinzeiros ou toras;
• Limpar o terreno evitando ratos;
• Fechar frestas na casa;
• Preservar os predadores naturais (corujas,
gaviões, seriema, gato do mato, etc.);
PREVENÇÃO DE ACIDENTES OFÍDICOS:
• Lavar o local da picada com água ou com
água e sabão;
• Manter o paciente deitado, procurando
acalmá-lo;
• Manter o paciente hidratado;
• Conduzí-lo ao serviço médico mais
próximo;
• Se possível, capturar a serpente.
PRIMEIROS SOCORROS:
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• Torniquete ou garrote;
• Cortar o local da picada;
• Colocar folhas, café ou qualquer coisa que
possa contaminar o ferimento;
• Oferecer bebidas alcoólicas ou qualquer
outro líquido tóxico;
• Fazer qualquer prática caseira que retarde
o atendimento médico.
NÃO FAZER EM HIPÓTESE ALGUMA:
Quer dizer que eu 
sou a única vilã?
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LEITURA COMPLEMENTAR:
• MARCONDES, C.B. Doenças transmitidas e
causadas por artrópodes. São Paulo: Atheneu, 2009.
557p.
• http://www.butantan.gov.br/home/acidente_com_ani
mais_peconhentos.php
• http://www.brasilescola.com/biologia/serpentes.htm
• http://www.herpetofauna.com.br/SerpentesVenenosa
sBrasil.htm
• http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/158
14/000687975.pdf?sequence=1
• Parte anterior do corpo. A cabeça e o tórax
estão fundidos formando o cefalotórax.
Dorsalmente apresentam um conjunto de 2 a 8
olhos dispostos em uma elevação (escorpiões
e caranguejeiras) ou em fileiras (aranhas
verdadeiras).
• Estão presentes os seguintes segmentos:
1. Um par de quelíceras;
2. Um par de pedipalpos;
3. Quatro pares de pernas locomotoras.
PROSSOMA:
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DISPOSIÇÃO DOS OLHOS:
Cômoro ocular do 
escorpião amarelo – T. 
serrulatus.
Fórmula ocular – Lycosa 
erythrognatha.
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QUELÍCERAS:
Situadas na região frontal, é o primeiro par de
apêndices do prossoma, constituídos por dois
segmentos: um basal e uma extremidade
diferenciada conforme as ordens.
• Escorpiões são pequenas e em forma de pinça.
• Aranhas é composta por um segmento basal e um
ferrão inoculador de veneno. O movimento das
quelíceras distingue os dois grupos de aranhas:
Mygalomorphae e Araneomorphae. VOLTAR
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PEDIPALPOS:
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Situadas na região anterior do prossoma, é o
segundo par de apêndices que auxiliam na
apreensão de suas presas e durante o
acasalamento.
• Escorpiões possuem cinco segmentos, sendo o
último artículo em formato de pinças.
• Aranhas são compostos por seis segmentos e os
machos possuem função copulatória.
OPISTOSSOMA (ABDÔMEN):
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Região posterior do corpo, cujo o formato
varia entre as espécies dos grupos dos aracnídeos.
Está relacionado com a digestão, absorção,
respiração, excreção e reprodução.
Na região posterior e ventral do opistossoma
das aranhas estão situadas as fiandeiras.
Nos escorpiões subdivide-se em: mesossoma
e metassoma.
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Fosseta loreal
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