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Parasitologia – aula 1 28 de abril, 2022 Animais Peçonhentos Animais venenosos x Animais peçonhentosNão são parasitas, são predadores ↓ ↓ Tem veneno mas não conseguem Inoculam o veneno passar para outros seres · Conceito: peçonha é uma substância tóxica produzida e passível de ser inoculada em outro animal, por aparato inoculatório próprio do ser produtor. São toxinas utilizadas ativamente para caça ou defesa. · Grupos peçonhentos abordados: · Aracnídeos; · Lagartas; · Serpentes. · Aracnídeos · Filo – Arthropoda (patas articuladas); subfilo – chelicerata (queliceras); classe – arachnida; incluem aranhas, escorpiões e opilião; · As lacrais pertencem a classe chilopoda; · Opiliões: são aracnídeos que possuem o prossoma fundido com opistossoma, um par de olhos centrais e um par de glândulas odoríferas nas laterais do prossoma. Quando molestados exalam forte odor para a defesa. · Lacraias: artrópodes terrestres que apresentam um par de antenas, um par de forcípulas e o corpo segmentado dividido em cabeça e tronco. Possuem glândulas de veneno situadas internamente na cabeça. Os acidentes são causados pelos gêneros scolopendra, otostimus e cryptops. · Anatomia externa – possuem corpo dividido em prossomo (=cefalotórax) e opistossoma (= abdômen), sendo que /as aranhas estão unidas pelo pedicélio (estrutura curtacom exoesqueleto flexível, permitindo ampla movimentação de opistossoma em relação ao prossoma) · Prossoma: parte anterior do corpo. A cabeça e o tórax estão fundidos formando cefalotórax. Dorsalmente apresentam um conjunto de 2 a 8 olhos dispostos em uma elevação ou fileiras. Estão presentes os seguintes segmentos: um par de quelíceras; um par de pedidpalpos; quatro pares de pernas locomotoras. Queliceras – situadas na região frontal, é o primeiro par de apêndices do prossoma, constituídos por dois segmentos: um basal e uma extremidade diferenciada conforme ordens Pedipalpos – situadas na região anterior do prossoma, é o segundo par de apêndices que auxiliam na apreensão de suas resas e durante o acasalamento · Opistossoma: região posterior do corpo, cujo formato varia entre as espécies dos grupos de aracnídeos está relacionada a digestão, absorção, respiração, excreção e reprodução Na região posterior e ventral estão situadas as fiandeiras · Glândulas de veneno: são geralmente duas contendo abertura externa por onde é liberado. Cada agrupo aracnídeo possui estruturas próprias · Alimentação: são carnívoro alimentando-se de animais vivos. Alguns podem fazer canibalismo. Enzimas digestivas são introduzidas nas presas, sendo o composto da digestão sugado · Reprodução: possuem sexo separado e a fecundação pode ser interna ou externa. Podem ser ovíparos, vivíparos ou partenogenéticos. Cópula das aranhas – muitas gêmeas predam o macho após a cópula. Fecundação dos escorpiões · Sentidos · Visão: podem estar dispostos em cômoro ocular ou em fileiras · Mecanorreceptores: pelos sensoriais que percebem sensações táteis e vibrações · Quimiorreceptores: percepção de odores e paladar, relacionados a corte, detecção de inimigos e presas. · Importância ecológica: fazem parte da cadeia alimentar de muitos vertebrados e invertebrados. Importantes predadores dos insetos · Importância médica: os aracnídeos de importância médica são representados por aranhas e escorpiões que possuem veneno toxico para o homem · 3 familias de aranhas importantes · Ctenidea – aranha armadeira · Sicariidae – aranha marrom · Theridiidae – viúva negra/marrom · Aranha armadeira – phoneutria nigriventer · Comportamento – noturno, escondendo-se durante o dia. Não constrói tela; · Temperamento – agressivo, irrita-se facilmente e levanta as patas dianteiras quando ameaçada; · Dimensões – 4 a 5 cm corpo, 15 a 18 envergadura. · Veneno – dor intensa no local da picada (neurotóxico), em crianças pode ser grave (choque neurogênico) tornando-se necessário o uso de soro anti-aracnídeo) · Tratamento – bloqueio anestésico, antiinflamatório, antibióticos e soro anti-aracnídico Foneutrismo - Tabela de tratamento · Tarântula de jardim – lycosa arythrognatha · Comportamento – hábitos errantes (diurnos e noturnos), sendo frequentemente encontrada me gramados ou jardins. Muito comum na região urbana; · Temperamento – pouco agressiva, prefere sempre fugir, mas pela grande distribuição, acidentes são comuns · Dimensões – 2 a 3 cm de corpo, · Veneno – pouco tóxico, não causando problemas de saúde pública · Tratamento – sintomático · Aranha marrom – loxosceles sp. · Comportamento: vive no solo, rachaduras, esconde-se em buracos e pilhas de madeira. Abriga-se em casas e em roupas; produz teia · Abdômen com formato de caroço, seis olhos · Temperamento: não agressiva, pode picar ao ser prensada; · Dimensões – 1 a 1,5 cm de corpo, 3 a 4 de envergadura · Veneno – mais tóxico ao homem. Picada indolor após alguns dias surge lesão, necrose local e insuficiência renal. Ferimento em alvo; · Tratamento – sintomático e soro antiofídico · Viúva negra – Lactrodectus sp. (mactans; curacaviensis; geometricus) · Comportamentos – comum em áreas rurais e peridomiciliar, fazem teias tridimensionais em arbustos, muretas e bancos. Possui hábitos diurnos e noturnos. Predomina na região litorânea. · Temperamento – pouco agressiva, ataca sob ameaça · Anatomia – duas fileiras de quatro olhos, abdômen em forma de ampulheta · Veneno apresenta neurotoxicidade (sintomatologia semelhante a armadeira)(face miastemica) · Tanatose: sob ameaça, fingi-se de morta · Dimensões – 1 – 1,5cm corpo e 3 cm envergadura · Veneno – neurotóxico (dor local, sudorese intensa, hipertensão e dor abdominal) · Tratamento – soro específico, analgésicos, relaxantes musculares e bloqueio local · Sinais clínicos – tremores, ansiedade, excitabilidade, insônia, prurido, edema face e pescoço; contraturas musculares, atitude de flexão no leito, hiperreflexia, dor abdominal intensa, podendo simular abdome agudo; contratura fácil, trismo de masseter; sensação de morte iminente, taquicardia e hipertensão seguida de bradicardia; náusea, vomito, sianorreia, anorexia, obstipação; retenção urinária, dor testicular, priapismo; ptose, edema bipalpebral, hiperemia conjuntival, midríase. Diagnóstico diferencial: aranhas dos gêneros Nesticodes e Steatoda, embora menores, são muitas vees confundidas com as aranhas viúvas negras, são conhecidas como falsa viúva negra, viúva-vermelha, aranha-de-canto-de-parede; no entanto, não são perigosas aos seres humanos. · Aranhas de importância médica Caranguejeira – Familia Theraphosidae · Comportamento – arrantes, de hábitos terrestres, constroem tocas para refúgio. Atividade noturna; · Temperamento – pouco agressiva, ataca quando se sente ameaçada · Dimensões – 6 cm de corpo e 15 cm de envergadura; · Veneno – pouco tóxico ao homem, picada dolorosa e possui pelos urticantes no abdômen · Tratamento – sintomático · Migalomorfia – queríceas sobem e descem Prevenção de acidentes · Manter jardins e quintais limpos; · Evitar folhagens densas junto as paredes; · Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los; · Não colocar a mão (sem luvas) em buracos ou sob pedras ou troncos; uso de calçados de couro e luvas ao limpar o jardim; · Usar telas nos ralos; · Vedar frestas nas portas, paredes e janelas; · Afastar as camas das paredes e evitar que as roupas de cama encostem no chão; · Preservar os inimigos naturais (lagartos, lagartixas, sapos, aves, entre outros) · Escorpiões · Escorpião pretos – Tityus bahienses · Comportamento - errantes e solitários, habitam locais úmidos, sob pedras e troncos. Atividade noturna, encontrados em porões, sótãos, sob acúmulos de lixo doméstico; · Temperamento – ataca quando ameaçado · Dimensões – 6 a 7 cm de corpo; · Veneno – neurotoxinas, provoca dor, náuseas, vômitos e pode levar ao óbito por choque cardiocirculatório ou edema pulmonar; · Tratamento – lavar com água e sabão, soro específico e sintomático · Escorpião amarelo – Tityus serrulatus · Comportamento – atividade noturna, reproduzem por partogenese, filhotes passam duassemanas nas costas das cmães · Temperamento – ataca quando ameaçado · Dimensões – 6 a 7 cm de corpo; · Veneno – age sobre a sistema nervoso periférico dos humanos, causando dor, pontadas, aumentando a pulsação cardíaca e diminuindo a temperatura corporal · Tratamento – anestesia local, soro anti-escorpiônico · Corpo acinzentado, apêndices amarelos. No quarto seguimento da cauda há uma serrilha · Considerado o mais veneno da América do SulEspécie não perigosa: pedipalpos curtos e grossos; cauda com um só aguilhão Espécie perigosa: pedipalpos longos e delgados;; causa com dois aguilhões · Escorpião do nordeste – Tityus stigmurus · Erucismo · O termo erucismo tem origem latina, sendo utilizado para designar as intoxicações decorrentes de lagartas peçonhentas · Duas famílias possuem importância médica · Megalopygidae · Saturniidae · Região sul é a que tem mais acidentes · Lonomia obliqua · Comportamento – vive me regiões de florestas, mas pode ser encontrada no meio rural; · Identificação – corpo marrom, espinhos em forma de pinheirinho verde folha, listra marrom contornada de preto ao longo do dorso, manchas brancas no dorso; · Sintomas locais – dor e queimação, hiperemia, prurido e raramente bolhas (sintomas benignos e de regressão espontânea) · Sangramentos observados – equimose, hematúria, sangramento em feridas recentes, hemorrafias de mucosas, intra-articulares, abdominais, pulmonares, glandulares, cerebral, subaracnóideas
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