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Tecido Cartilaginoso

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Tecido Cartilaginoso
Texto: Profª Ms Rosângela Lenzi de Mattos
 O tecido cartilaginoso assim como o ósseo, sangue, linfoide e outros, é considerado um tecido conjuntivo especializado. 
 A cartilagem é um tecido conjuntivo de sustentação que constitui a maior parte do esqueleto temporário do embrião dos vertebrados. Ela pode crescer de modo suficientemente rápido para acompanhar o crescimento embrionário e fetal, fornecendo um molde dentro do qual a maior parte dos ossos se desenvolvem. 
 As cartilagens são constituídas por células - condroblastos e osteoblastos e uma matriz extracelular – matriz cartilaginosa. A matriz cartilaginosa é avascular. Por ser avascular, possui baixo metabolismo e a capacidade de regeneração de uma região cartilaginosa lesada é pequena, exceto em crianças; mas devido a esta característica podem ser transplantadas com sucesso. 
A matriz cartilaginosa é destituída de fibras nervosas.
 Envolvendo a maioria das cartilagens há um tecido conjuntivo denso, denominado de Pericôndrio, onde observa-se a presença de células mesenquimais, com capacidade de originar as células jovens da cartilagem - condroblastos. Estas células são mais ativas na síntese da matriz cartilaginosa. Nesta região ocorre um crescimento aposicional que tende a afastar os condroblastos do pericôndrio. 
À medida que a matriz é depositada, os condroblastos tornam-se aprisionados pela matriz e passam a ser denominados de condrócitos, ficando localizados em lacunas.
 A matriz cartilaginosa é formada por substância fundamental amorfa (SIA) e fibras colágenas ou elásticas. A SIA é formada por proteoglicanas (proteínas + glicosaminiglicanas – GAGs), glicoproteínas adesivas e água. As GAGs mais comuns são ácido hialurônico, condroitin sulfato e queratan sufato. Estas moléculas hidrófilas. 
Os condrócitos mantém a capacidade de multiplicação por um crescimento intersticial. No crescimento intersticial, os condrócitos após dividirem-se vão formar aglomerados de células denominados grupos isógenos de condrócitos. 
De acordo com características morfofisiológicas existem três tipos de cartilagens: 
Cartilagem hialina - É a mais abundante do organismo. 
É translúcida, possui uma matriz basófila e com fibrilas colágenas tipo II.
Constitui o 1º esqueleto do embrião. Ocorrendo, também, nas extremidades ventrais das costelas, vias respiratórias (traqueia, brônquios, laringe), superfície articular dos ossos longos, no disco epifisário, septo nasal e na extremidade ventral das costelas. 
Cartilagem elástica - Em sua matriz há um maior teor de fibras elásticas. Os condrócitos são semelhantes aos da cartilagem hialina e também podem formar grupos isógenos. Ocorre na orelha, condutos auditivos e epiglote. 
Cartilagem fibrosa ou fibrocartilagem – Não possui pericôndrio, sua matriz é acidófila, pois é rica em colágeno tipo I, com disposição paralela das fibras, sendo portanto, bastante resistente.
É observada nos discos intervertebrais, na sínfise pubiana, nos meniscos e em locais onde os tendões inserem-se no osso. 
Os discos intervertebrais possuem um centro constituído de um tecido conjuntivo derivado da notocorda denominado núcleo pulposo, envolvido por um anel fibroso de cartilagem fibrosa. Nesse disco, a ausência do pericôndrio torna a regeneração mais difícil de acontecer. A Hérnia de Disco decorre de uma lesão no anel fibroso, onde tem-se extravasamento do núcleo pulposo, que faz compressão em nervos espinhais causando muita dor.

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