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Fórum 1 - Ética e Virtude na Antiguidade - A diferença dos pensamentos de importantes filósofos gregos e seus fundamentos, persistentes até os dias atuais.

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Participação nos fóruns – Ciência Política
Fórum 1: Ética e virtude na antiguidade - A diferença dos pensamentos de importantes filósofos gregos e seus fundamentos, persistentes até os dias atuais.
Segundo o texto “Teoria Política na Antiguidade – Ética e Política”, a ética e a política começaram a ser discutidas na Grécia Antiga, tempo que na qual se originaram as polis (cidades-estados) que eram autônomas de Atenas (capital) e continham diferentes modos de governo. 
Atenas era o centro de discussão sobre política, representados pela filosofia de Sócrates, Platão, Aristóteles, Tucídides, entre outros que apresentavam inúmeras diferenças sobre o modo de ensino da política e da administração de uma polis, discussões estas que passam a se tornar fundamentais para entendermos o conceito de ética e política naquela época, embora que algumas destas são presentes nos dias atuais.
Para os Sofistas, o homem tem a capacidade intelectual de aprender e discutir sobre política. Já Sócrates, crítico em relação às experiências politico-educacionais atenienses, diz que política não é assunto para ser discutido com qualquer pessoa, pois não são todos os homens que tem esta capacidade. 
Outro ponto discutido foi o conceito de justiça: afinal o Estado tem o poder maior do que o cidadão ou todos são iguais perante a lei? E a desigualdade social?
Trasímaco, um dos autores sofistas, nos diz um conceito de justiça que chega até mesmo a ser atual, devido a recentes eventos: o homem busca satisfações pessoais e o Estado está lá para a proteção destes, chegando a reprimir aqueles que desejam "ameaçá-las". 
O homem, assim que dominante, torna-se capaz de superar qualquer legislação, qualquer lei disposta a ordenar a coexistência entre indivíduos. Desta forma, ele poderá, utilizando suas estratégias e critérios pessoais, determinar que leis seguir. 
E os súditos? Por ele, os súditos somente devem a eles obedecê-los, pois do contrário será castigado e receberá injúrias. Porém se este, além de se apropriar dos bens dos cidadãos, e os transformam em escravos, ao invés destes castigos, é qualificado de feliz e bem-aventurado, por todos que souberam desta injustiça. 
Sócrates, respondendo a este pensamento, diz que se o Estado possuir estes fundamentos é capaz de se desintegrar ou de ser invadida, pois a sociedade pode se descontentar e até mesmo se revoltar, impossibilitando a manutenção de laços de solidariedade. E que seria antiético o homem estar acima da lei imposta aos demais.
Contra esta formulação, Sócrates, Platão e Protágoras, com o fundamento de resgatar a função educativa (Paidéia) da polis passaram a discutir a importância do ensino da política sobre o indivíduo.
Por Platão, a justiça é baseada em princípios, sendo que o indivíduo é ligado a uma função social, cujo desenvolvimento fundamenta-se no empenho, a determinação ao se adequar corretamente em tal função, de forma harmoniosa, caracterizando assim uma virtude.
Ele também procura a nos demonstrar uma pirâmide social, e o porquê dela. Por Platão, esta distinção é divina, vem da modelação dos homens por parte de Deus. E assim surgiram os homens de Ouro, Prata, Ferro e Bronze, que possuem funções distintas uns dos outros. 
O cumprimento da função repousa no caráter, no determinado tipo de ordenar a razão, a irascibilidade e os desejos da alma, responsáveis pelas ações. Para ele, os dois primeiros elementos se unem contra a força do desejo, assim ordenando a alma para que corresponda à temperança, virtude esta que deve estar presente em todos os homens, pela correta educação que é fundamental para a instalação da justa ordenação social. Para desenvolvê-las, é preciso à instrução, uma educação que dirija o aprendizado do cidadão para que desempenhe corretamente esta ordem. Assim, a Paideia assume este papel da definição do caráter do indivíduo com o seu papel na sociedade, pois ela regasta a importância da intervenção nele.
Semelhante ao pensamento de Sócrates, Platão nos diz que apenas os homens de Ouro (que são poucos), após serem rigidamente instruídos e tendo um alto saber filosófico, são os quem tem a capacidade para governar. 
Isso atacou a democracia ateniense por ela permitir indistintamente aos cidadãos o acesso a locais inadequados a educação política, como as assembleias, por exemplo. Para eles, o governo (daquela época) era licencioso, dominado pelos desejos, que nem na ciência eram contidos. Era evidente a falta da função do estado de licenciosidade entre os indivíduos, baseada no princípio da igualdade. Assim, conclui-se que a tirania, para o pensamento socrático-platônico, nada mais era do que a perda da liberdade, enormemente desenvolvido na democracia.
Já o pensamento de Protágoras, diferente do pensamento dos dois filósofos, diz que é possível instruir o indivíduo a vida política, pois não pode ser uma qualidade restrita a certo grupo de indivíduos, assim constituindo uma democracia. Cada indivíduo pode transmitir esta virtude ao outro que pode até mesmo averiguar e analisar que virtude está correta. Porém ele concorda na questão de que a Paideia é o centro formador do indivíduo, pois ela aperfeiçoa o cidadão em cada um de seus domínios.
O homem, por Protágoras, não é perfeito e depende continuamente da vida coletiva. Ele adquiriu recursos suficientes para manter-se vivo, mas não a sabedoria política.
Mas quando ele as adquire que garantia tem para que ele se permaneça vivo, exposto as dificuldades até mesmo da vida coletiva? 
Considerando a falta de habilidade política, o fator fracassaste das tentativas de união, os pensamentos de Protágoras e Trasímaco se contrastam nitidamente, pois caso isoladas as disposições naturais, é impossível que o indivíduo permaneça na vida coletiva/política.
Para ele, Zeus distribuiu – de maneira desigual – a aptidão para o respeito mutuo e o senso de justiça, portanto surgiram os especialistas. Assim a pergunta de Hermes, em como proceder à distribuição das virtudes sobre o respeito e a justiça, é respondida desta forma:
As cidades só existem se muitos compartilham estas virtudes, da mesma forma que acontece com as artes. Se alguma pessoa for incapaz de adquirir estas virtudes, ela deve ser considerada como uma praga à cidade e assim ser condenada a morte.
Esta punição é definida como a evidência da possibilidade do ensino da virtude cívica aos cidadãos, pois o objetivo visa à salvaguarda do futuro da coletividade e que não se restringe à reparação da injúria sofrida. A finalidade é a educação cívica de cada cidadão.
Conclusão
1 – Segundo os sofistas, todos tem a capacidade de saber sobre política, porém os dominantes tem a capacidade de até mesmo burlar leis e só basta aos súditos obedecê-las.
2 – Segundo o pensamento socrático-platônico, a justiça é baseada na virtude, porém não são todos que possuem a capacidade de ensinar e discutir política, muito menos de administrar uma polis, e que esta desigualdade social é divina.
3 – Ao contrário dos sofistas, e do pensamento de Sócrates e Platão, Protágoras define que o homem depende da vida coletiva, da vida política e que o ensino dela, assim como a discussão, é uma virtude de Zeus que apesar de ser aplicada de maneira desigual é a responsável até mesmo pela sobrevivência do indivíduo e restringi-la seria um crime.
Fórum 2: para cada forma de poder, uma ética distinta.
Aristóteles ao formular a tipologia clássica das formas de poder logo afirma que o poder político é o mais complexo por conta de ter dois agentes que se intercalam na relação: O governante e o governado, que deveriam ser tanto sujeitos, quanto objetos na relação, segundo o filósofo.
Porém, não são todos os governantes que exercem desta maneira, muitos deles exercem pelo seu próprio interesse, assim como acontece no poder despótico, entre o senhor e o escravo. A democracia é uma forma degenerada de governo, por conta deste fato percebido por Aristóteles. Podemos dizer que naquela época, já existia corrupção entre os governantes, assim como a ambição pelo poder de influência.Só que a democracia, na Grécia antiga, tinha valores inversos em relação aos tempos atuais. 
Já Bobbio, em sua tipologia, acrescentou algumas formas de poder, semelhantes à forma de Aristóteles. Mas é certo que o poder político, apesar de ter um significado diferente por Bobbio, ainda aparece, porém perde parte de seu domínio para o poder econômico, graças à revolução industrial e o surgimento das empresas, assim como os bancos que exercem seu poder através de empréstimos a elas, com determinadas taxas de juros e também para o poder ideológico, que influencia não somente o modo de vida do indivíduo assim como seu comportamento político-econômico. Fazendo uma comparação, ela foi citada na tipologia de Aristóteles, porém conjuntamente com o poder político. 
Aqueles que não seguem estes tais padrões são submetidos à ameaça do uso da força, meio na qual não somente o poder político exerce nos dias atuais, citado até mesmo por Weber: “O estado caracteriza o poder político e é o monopólio do uso legítimo da força física sobre os indivíduos que integram uma sociedade”. O estado só torna-se diferente das organizações criminosas pelo fato de ter a legitimidade para exercer este uso em última instância.
Ou seja, o Estado tem uma relação de poder além de político, despótico, influenciada pelos setores econômicos e ideológicos, que caracterizam não apenas ela, como também o indivíduo.
Fórum 3: os argumentos de Maquiavel inviabilizam as ideologias utópicas? Por quê? 
O renascimento, que é fortemente conhecido como um movimento artístico que ocorreu entre os séculos XV e XVI, após a longa época da Idade Média, transformou não somente o campo das artes, mas também a economia e a política, como a transição gradual do feudalismo para o capitalismo e o absolutismo monárquico (que se finda na Revolução Francesa, após causar grandes revoltas sociais), muito semelhante à política nos tempos da antiguidade grega.
Até lá, diversas discussões em como haver uma ordem social justa e como pode ser uma Utopia, desequilibraram a política, uma vez que a Utopia prevê o fim desta divisão social que até hoje impera, mas com reformulações.
Podemos dizer que naquela época, a Igreja já não tinha mais a força de ditar regras e influenciar no comportamento não apenas de seus fiéis, uma vez que os artistas, financiados pelos burgueses, publicavam suas ideias discutindo, além destes temas, em como o Estado pode ser capaz de reduzir estas desigualdades sociais, obtendo um modo de governo mais justo, e estes cidadãos passaram a discutir também sobre elas, uma vez que estavam descontentes do modelo político-social da Idade Média.
Um deles foi Maquiavel. Levando em consideração os valores, os princípios da Utopia, de um mundo idealizado, pode-se dizer que o autor (Maquiavel), propôs um modelo de ética aos governantes: em como chegar nele e se manter através da capacidade de gestão, e seus exemplos vem daqueles que conseguiram independente dos meios utilizados para esta obtenção. 
Ou seja, podemos dizer que ele valorizava o poder, enquanto a Utopia valorizava um futuro em que cidadãos possam viver de maneira mais justa, mais igualitária, digamos. Portanto Maquiavel e Utopia são distintas a esse ponto.
Fóruns 4 e 5: A organização social dependerá sempre do contrato social sobre o qual está fundamentado e a preponderância do poder Executivo sobre os demais.
O estado sempre dependerá do contrato social, pois, para que possamos viver em uma sociedade organizada pelas leis, que nossos direitos sejam assegurados (como a Saúde, por exemplo) de maneira virtuosa e ética, tanto o individuo quanto o Estado devam restituir parte de sua liberdade em troca destas.
Ou seja, ambos fazem parte de um contrato democrático, que é renovado continuamente, na qual todos são fiscalizados pelas suas ações, para que irregularidades não ocorram e a ordem esteja mantida. Do contrário, cabe tomar decisões para que tanto os direitos quanto os deveres sejam assegurados por lei.
Portanto, o Estado é divido em três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. E cada um destes poderes depende do outro no que diz repeito ao cumprimento deste contrato, bem como suas prestações sociais ao cidadão.
O poder Executivo, segundo o autor, possui uma superioridade em relação aos demais poderes devido a sua força de coesão que faz com que ele seja executado, salvo a fiscalização do poder Legislativo e também a legitimidade do Judiciário, ou seja, de maneira virtuosa e sem corrompimentos, como a Segurança, a Saúde, a Educação, entre outros direitos e deveres que todo o cidadão tem graças à promulgação de leis e/ou decretos. E ela também se deve ao fato da presença física em cada município, seja por creches, ou postos de saúde, ou até mesmo os Poupa Tempos por exemplo.
Embora que alguns autores discordem, já que este poder não cria leis tampouco promulga a sua adequação, sua preponderância vem devido as suas funções perante os cidadãos, seja na fiscalização de recolhimento de impostos e/ou também na cobrança do cumprimento da lei, seja por diversos meios, já que uma vez que promulgada a constituição, o contrato social, o cidadão cede parte de sua liberdade para o seu cumprimento assim como o estado também a cede, pois o poder do Estado não é totalitário, absoluto. É democrático. Portanto, é com estas ferramentas explicativas que o Poder Executivo possui esta preponderância diante aos demais.
Importante citar que, se o contrato social (que hoje conhecemos como a Constituição) não tivesse sido elaborada, a Lei da Natureza continuava a prevalecer, ou o Estado possuiria um caráter autoritário dos tempos do Absolutismo. Assim, não existiria a República, muito menos a democracia.

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