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Pluralistas x Elitistas
O Elitismo é um grupo de obras cuja característica marcante de que a Política seja um espaço dominado pela minoria, como visto anteriormente. Segundo Vilfredo Parreto, de acordo com a teoria dos resíduos, os homens podem ser divididos em seis grupos de capacidades de comportamento social. O primeiro apresenta um conjunto de atributos responsáveis na capacidade de raciocínio experimental e de ousadia, ou seja, é encontrada a elite dos homens.
Já Gaetano Mosca diz que o modo como a sociedade se organiza condiciona o espaço e as possibilidades para a participação do indivíduo. Como a sociedade moderna se estruturou de modo a restringir os espaços de participação, a Política passou a investir na característica elitista. Embora que os argumentos se aproximam, ao considerar que a ação política está dominada por minorias organizadas, mais bem capacitadas para se organizar e definir o espaço político, este argumento se diferencia com a de Mosca, pois considera a causa do elitismo em termos sociológicos e não psicológicos.
Robert Michels enfatizava as tendências oligárquicas que a moderna forma de administração econômica e política desenvolveram, ou seja, na medida em que essa organização cresce e aumenta, as necessidades burocráticas e administrativas condicionam a formação de uma estrutura decisória fechada, autoritária e elitista.
Estes autores perceberam que a Política é como uma portadora de uma lógica de ação racional e estrategicamente elaborada. Esta lógica favorece a formação de grupos que procuram interesses, de preferência em regimes democráticos, em comandar a Política com ações bem coordenadas e elaboradas. Também criticaram a ideia de vigência de uma democracia popular, pois mesmo com a existência desta democracia, apenas uma pequena parcela da população que são os eleitos são os que tomam as decisões.
Joseph Schumpter, um dos autores que defendem a tese do Pluralismo, defende que a democracia deveria ser definida um conjunto de regras universalmente aplicáveis capazes de assegurar uma grande competição política entre os grupos de interesses que praticamente controlavam a Política contemporânea, notadamente os presentes nos partidos políticos.
Nessa definição, a Política assume características institucionais, abandonando-se a ideia de definição coletiva de um bem ou valor universalmente aplicado e incorpora-se a ideia de que tal valor ou bem é impraticável em sociedades bem diferenciadas. Desta forma, buscando o consenso entre tantas opiniões diversas que necessariamente surgem, que se tornam fundamentais na instituição das regras de competição políticas mais abertas e universais.
Robert Dahl desenvolveu ainda mais esse modelo, ao propor o conceito de poliarquia, um sistema político cujo espaço para a configuração de grupos de interesses, bem como para a competição política, fosse razoavelmente ampliado, tornando-se mais aberto para a participação política do cidadão, desde que a capacidade de o indivíduo se articular dentro de um grupo de pressão fosse assegurada. Ele também propõe uma categoria analítica cuja escala varia conforme a participação política, desde as oligarquias cujo governo é concentrado e elitista até a democracia (inexistente nos tempos atuais) em que o governo é mais aberto e poliarquico. 
Mesmo assim, a Política ainda está dominada pela ação dos grupos, mantendo características elitistas, embora que trabalha com um modelo permitindo a comparação entre sistemas políticos de diferentes caracterizações quanto à abertura para o embate político. O termo cujo grupo procurou investigar o fenômeno da Política nos tempos contemporâneos é o Pluralismo.

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