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1a Prova EMT

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�1
ESTUDO 1ª PROVA EMT 
As empresas transnacionais: Uma abordagem à luz do direito internacional privado e do 
direito privado Brasileiro – Müncheqn 
• Empresa Transnacional – Noções Gerais 
 Não há hierarquização na Sociedade Internacional Global e sim um regime de coordenação; 
e é neste contexto que as relações internacionais cresceram principalmente no que diz respeito às 
relações comerciais, com a ideia de formação de zonas de livre comércio. Esse é o fenômeno da 
globalização, ou mundialização, ou transformação do mundo em uma aldeia global ou ainda num 
mundo sem fronteiras. 
 Essas mudanças vêm proporcionando uma redefinição do Estado perdendo assim parte de 
suas prerrogativas e funções: A figura do Estado tende a ser substituída por forças mais atuantes que 
correspondam melhor às necessidades econômicas e sociais do nosso século. 
 Esses fenômenos das sociedades mercantis que operam em diversos países do mundo, sendo 
que sua sede está localizada em um chamado “Estado de origem”, situando-se assim o centro de 
suas decisões, não é, em absoluto, novidade no cenário internacional. Neste contexto, surgem as 
Empresas Transnacionais. O papel destas empresas no desenvolvimento dos países de todo mundo 
foi recentemente objeto de um estudo, onde se comprovou que nada menos do que 83% das 
diferenças no PIB per capita são explicados pela competitividade empresarial. 
 Quando um país está superando outro em condições de riqueza equivalentes, aumentando a 
renda per capita, o mais provável é que seja por causa do dinamismo de suas empresas. A relevância 
das Empresas Transnacionais perante o mundo, entre outras, é seu poderio econômico. 
 Em razão da visibilidade e importância que reveste as Empresas Transnacionais, os Estados 
preocupam-se em disciplinar a conduta destas empresas, regulamentado, em especial, mercados 
pouco concorridos. Os inúmeros contratos que celebram com outras empresas, nacionais e 
internacionais e também Estados, além daqueles em que estão localizados seus estabelecimentos 
principais, demonstram a sua vitalidade. 
Conceito e características de Empresa Transnacional 
 Quando surgem atividades por parte das empresas, além das fronteiras do seu Estado 
originário, passa a existir a Empresa Transnacional, pois ela começa a fazer parte do Direito 
Internacional, respeitando assim o mesmo, sem deixar de respeitar as leis daqueles países de que já 
atuavam, além de submeter-se àquelas legislações dos países que virão a atuar. Dentro dos limites 
impostos pelas leis de cada país, a Empresa Transnacional procura configurar mercado 
internacional, englobando os mercados nacionais. Para isso, apóia-se no fato de que a tecnologia e a 
organização moderna empresarial permitem planejar sua produção que será global e independente 
de fronteiras nacionais. 
�2
 A doutrina tem concordado com três critérios para a definição das Empresas Transnacionais: 
a) tamanho físico ou importância de suas atividades; b) forma de gestão e organização; e c) 
existência de gestão voltada à sua expansão internacional. No Direito Internacional, Empresa 
Transnacional indica que as atividades da sociedade se processam na sociedade internacional. Uma 
Transnacional seria constituída por empresas repartidas por territórios de diferentes Estados e 
ligadas juridicamente entre si de tal modo que obedecem a uma estratégia comum. 
 Para Willian A. Dymsza, uma Empresa Transnacional seria aquela que se torna 
completamente internacional e negocia em todo o mundo, não se preocupando com fronteiras. Tem 
como proprietário muitos acionistas, tendo sua administração e controle também internacional, com 
seus diretores escolhidos em qualquer país do mundo. Esta pode nascer de fusão de várias empresas 
internacionais, evoluindo de modo que a distinção entre o país de origem e os países estrangeiros 
desaparece. 
 Essa estratégia de negócios, inicialmente, pode apenas importar bens ou serviços, até a 
construção de fábricas destinadas a suprir os mercados onde se instalam. Pode também consistir na 
instalação de filiais a 100% (ou quase), na constituição de joint-ventures com empresas locais, ou 
na penetração de mercados mediante contratos de master-franchising. Possui como fundamental 
característica a diversidade de estabelecimentos comerciais, portanto, às mais diferentes leis. Assim, 
quando uma empresa instala uma filial em qualquer lugar do mundo, esta carece de personalidade 
jurídica própria, e, portanto, seria como um prolongamento da matriz. Por esse motivo, o que se tem 
visto é a instalação de Transnacionais como subsidiárias, isto é, são controladas pela matriz apenas 
porque esta possui a maioria de seu capital, mas tem seu capital próprio e autonomia financeira. 
 Tem também como característica a capacidade de orientar, centralizadamente, as suas 
operações em todo o mundo, com o objetivo de reduzir os custos e aumento das influências, assim 
como criar facilidades para a expansão do seu mercado. Todos os pontos do negócio da Empresa 
Transnacional são decididos pela matriz e repassadas para as suas filiais, sucursais, coligadas ou 
controladas em todo mundo. Assim, estas características contribuem para dar mais poder de 
barganha a todo o conjunto, e a cada filial isoladamente. 
 Com relação aos lucros da Empresa, normalmente como as filiais mantêm um dever de 
submissão, é imposto à elas que remetam os seus lucros para a Matriz33 sem reinvestir no mercado 
interno do Estado-hospedeiro. O que ela busca na verdade é cada vez mais investir em setores 
diferentes e ampliar seus lucros. Assim surge um confronto de interesses: o Estado, que não pode 
interferir na decisão da empresa, devido ao princípio da jurisdição territorial, o que limitada suas 
ações; de outro, a pretensão de controlar os investimentos exportados, sob a alegação de que a 
riqueza originada em determinado Estado deve servir também a este. Também tem facilidade de 
eliminar as empresas concorrentes dos países em que se instalam, reduzindo a concorrência aos seus 
produtos. Algumas delas chegam até a interferir no governo dos países onde se instalam. 
 Uma empresa será Internacional, não quando pertencer a pessoas ou organizações de 
nacionalidades diferentes, mas sim quando estiver envolvida em qualquer atividade de exportação-
importação e licenciamento de marcas e patentes até a fabricação integral de vários produtos em 
diversos países. A empresa passa a ser internacional a partir do momento em que as vendas e os 
�3
lucros obtidos fora do país de origem adquirem importância e a administração começa a dedicar 
mais atenção. 
Há grande discussão referente à Empresa Transnacional e a Empresa Multinacional. Uma Empresa 
é Transnacional ou não “Nacional” se ela executa operações importantes, sob orientação 
centralizada, no território de duas ou mais nações. Ao mesmo tempo, é uma Empresa Multinacional, 
e não “Nacional”, somente quando duas ou mais pessoas de nacionalidades distintas participam com 
significância de suas operações. 
 Existem diferenças básicas entre Empresas Transnacionais e Empresas Multinacionais. 
Enquanto na primeira o poder de comando é descentralizado, isto é, possui muitos centros, não 
havendo subordinação direta a um só comando, na segunda, há apenas um centro de comando, com 
Presidência, diretorias, gerências e etc. As Empresas Transnacionais agem em forma de cadeia e 
redes de trabalho, independentes entre si e com missões diferentes; nas Empresas Multinacionais, 
há uma relação de subordinação hierárquica dos seus membros ao comando principal. 
 Além disso, as Empresas Multinacionais utilizam comandos iniciando-se na Presidência até 
o último componente da cadeia, o que dá pouca funcionalidade à circulação de dados e 
informações. A cadeia de comando prevalece pela hierarquia; já nas Empresas Transnacionais, estas 
se comunicam por sistemas operacionais, que são constituídos por programasfuncionais de 
transmissão de dados para todas as filiais, facilitando assim a tomada de decisão pela administração 
central com dados reais e informações relativas à produção, lucros, vendas e condições financeiras 
da cada unidade. 
Norma Jurídica de Controle das Atividades das Empresas Transnacionais 
 Deve-se analisar a amplitude de uma norma jurídica que possa regular as atividades das 
Empresas Transnacionais, pois estas deveriam receber uma regulamentação internacional ampla que 
satisfaça todos os interesses das Empresas Transnacionais. Uma estrutura de normas que possa tem 
incidência válida e eficaz no campo de atuação destas empresas, ou seja, um padrão jurídico que 
atenda tanto a necessidade de ampliação de mercado quanto o controle de práticas abusivas 
tendentes a prejudicar os estabelecimentos de políticas públicas em países emergentes e pobres. No 
entanto, relacionando as atitudes e interesses conflitantes de diversos países, conclui-se haver uma 
certa inviabilidade prática de acordos internacionais ou de uniformização de legislação neste ponto, 
que só poderá ser objeto de atitudes de cada país isoladamente, ou de acordos regionais 
 O controle das Empresas Transnacionais pode gerar duas conseqüências, simultâneas, ou 
seja, por um lado, os países temem se tornarem escravos destas empresas, porém, desejam sua 
presença, uma vez que vêem nelas uma necessidade para sua economia. Isto é, ao mesmo tempo em 
que aspiram suas contribuições para a riqueza e o crescimento econômico do seu país, não gostam 
dos resultados dessa atuação. 
 Para enfrentar essa situação, os governos hospedeiros têm adotado políticas, restringindo a 
entrada de capital estrangeiro, regulamentação da propriedade ou do controle, tentativas de 
prevenção contra a criação de obstáculos às políticas restritas por parte das Transnacionais e dos 
�4
governos dos países que as controlam. Do mesmo modo, os governos tentam indiretamente 
estabelecer políticas de fortalecimento da indústria doméstica, incentivando a competitividade. 
 A Empresa Transnacional está sujeita a muitas jurisdições no momento em que a matriz e as 
suas subsidiárias são instaladas em diversos Estados, e assim incorporadas a diferentes 
ordenamentos jurídicos. Cada Estado tem jurisdição sobre a empresa que no seu território está 
instalada, no entanto, não há uma única lei que se aplique a empresa como um todo. Deste modo, 
cada governo tem influência, uma expectativa de lealdade e um dever diplomático, que marcam a 
dúvida do seu relacionamento com a empresa. Ocorre que o Estado somente regulamenta a 
subsidiária ou a matriz que está sujeita á ele, mas não é dada a ele oportunidade de influenciar nas 
decisões desta ou daquela outra filial. Portanto, no caso de serem dadas ordens às filiais, não 
atingem a matriz. As Empresas Transnacionais não são controladas diretamente pelos Estados, isto 
é, o Estado não desempenha participação direta em sua constituição, mas sim regulamentando seus 
investimentos, estabelecendo condições para a implantação dos investimentos, controlando a 
concorrência do mercado. Esta crescente regulamentação e fiscalização mostram que os Estados 
não estão tão à mercê das empresas. 
 Inclui-se no controle das Empresas Transnacionais, àquele feito pelos países, principalmente 
os em desenvolvimento, estabelecendo as movimentações referentes à permissão de circulação de 
capitais e tecnologias. Esse controle trata de regulamentos de ordem administrativa, e de ordem 
pública interna. Muitas dessas regras se constituem em leis de polícia interna de cada um destes 
países. 
 Esse controle de investimentos das empresas tem o fundamento de que a riqueza nacional, 
exportada através de investimentos, deve sempre servir ao Estado de onde se origina. Estes 
controles às empresas com filiais ou subsidiárias, afeta as sociedades que são também constituídas 
em outras jurisdições, com personalidade jurídica e nacionalidade diferente. A aplicação destas leis, 
com seu caráter de extraterritorialidade não têm sido muito aceita, pois as empresas afetadas ficam 
em difícil situação tendo que cumprir leis conflitantes. 
 É preciso reconhecer que há um problema em cada país hospedeiro controlar tais empresas. 
Isso decorre do fato de que apenas uma empresa está sob àquela jurisdição, e que a matriz tem um 
poder maior em face de cada um deles. 
Como as empresas multinacionais negociam nas Relações Econômicas Internacionais – Sarfati 
• As EMNs, as Teorias de Relações Econômicas Internacionais e o Modelo Racional de 
Negociação. 
 A investigação da tensão entre política e economia constituiu foco da Economia política. 
Assim, o foco da economia política internacional seria o impacto da economia de mercado mundial 
nas relações entre os estados, e como os estados tentam tirar vantagem dessas forças para o seu 
próprio proveito. Já Strange considera que a EPI deve se preocupar com o poder das grandes 
�5
corporações e suas relações com os estados além do papel desenvolvido por atores não estatais 
como o crime organizado ou mesmo organizações internacionais não governamentais (OINGs) 
como o Greenpeace. 
O papel das EMNs dentro das teorias de relações econômicas internacionais 
Marxismo-Lenismo 
 O modo de produção reflete a forma com que uma sociedade organiza suas atividades 
produtivas e dentro disso se inclui as relações sociais de produção, ou seja, qual a relação entre 
aqueles que detêm o meio de produção e aqueles que têm a força do trabalho. 
 As EMNs à época de Marx não tinham o escopo internacional que essas empresas possuem 
hoje, mas sua teoria já previa a formação dessas grandes corporações. Em ultima instancia, a teoria 
de estado de Marx dizia que o Estado é o comitê executivo do capitalismo, ou seja, o Estado existe 
pra proteger o capitalismo e por consequência o interesse da burguesia é o interesse do Estado. 
 No período imperialista, de Lênin e Bukharin, as grandes corporações internacionais 
começavam a se formar. Para Lênin, o capitalismo tem na livre concorrência o seu mais caro 
fundamentos, especialmente na produção de commodities, que na sua época se caracterizou pela 
formação de monopólios (oposto da competição). Como consequência centenas de pequenas 
empresas faliram e milhares de trabalhadores perderam seus empregos em função do deslocamento 
da produção para plantas de larga escala. Assim, o capitalismo estaria em transição para um 
imperialismo, definido como o estagio monopolista do capitalismo. O imperialismo possui cinco 
características básicas: 
1. concentração de produção e capital atingiu tal nível que criou monopólios que tem um papel 
central na economia dos países. 
2. A fusão do capital bancário com o capital industrial criando as bases do capital financeiro ou da 
oligarquia financeira. 
3. A exportação do capital de forma diferenciada da exportação de commodities assumiu uma 
importância excepcional. 
4. As formações de capitalistas monopolistas internacionais que combinando suas participações 
dominam o mundo 
5. A divisão territorial entre as grandes potências capitalistas está terminada. 
 Assim, no imperialismo, o capital financeiro havia adquirido importância fundamental ao 
servir de meio de prestação de serviço à classe burguesa. Assim, haveria uma necessidade 
proeminente do capital financeiro de se internacionalizar de mono a conseguir auferir mais e mais 
lucros. Portanto era fundamental uma associação política entre bancos, industrias e pessoal do 
governo para assegurar a expansão do capital especialmente do capital refletido nas grandes 
empresas multinacionais. 
 Para Bukharin, o imperialismo explicita uma visão puramente estrutural sob o aspecto do 
nível de análise, pois o comportamento do Estado não pode ser explicado simplesmente em função 
�6
do interesse de determinados setores da burguesia, ou seja, a estrutura econômica que existedentro 
de um Estado tem que ser preservada dentro da economia global capitalista. Em outras palavras, os 
estado formam suas preferências de política externa em função de seu posicionamento na economia 
global sempre buscando melhorá-lo; então reagem à estrutura econômica produzindo 
comportamentos de guerra ou cooperação em função de seu posicionamento dentro do jogo da 
produção mundial. 
 Embora o imperialismo possa conceber que as empresas e os Estados possam ter interesses 
contraditórios parece que a única forma que a teoria concebe a influencia de um EMN em relação a 
outro Estado, diferente do de sua origem, é pela via da força bruta de seu Estado materno, pois, à 
medida que os monopólios colidem os Estados entrariam em guerras imperialistas em defesa do 
interesse de seus próprios monopólios. 
A teoria da dependência 
 Durante a década de 1950 a crítica a atuação hegemônica americana começou a emergir 
dando origem aos movimentos terceiro-mundistas e ao surgimento de uma visão do Sul relativos 
aos processos políticos e econômicos vividos na época da guerra fria. Um dos grandes centros do 
desenvolvimento dessas ideias foi a CEPAL. 
 Raul Prebisch identificou que o padrão de comercio internacional segundo o qual os países 
em desenvolvimento se especializavam na produção, principalmente, de commodities agrícolas, e 
os países desenvolvidos, em produtos industrializados, aprofundavam as diferenças econômicas 
entre estes países, ou seja, havia um mecanismo de trocas desiguais. 
 Dentre as varias versões de teoria ligadas ao movimento dependentista destaca-se o trabalho 
de FHC e Enzo Faleto, no qual as principais características são: 
1. Desenvolvimento: resultado da interação de grupos e classes sociais que têm um modo de 
relação que lhes é próprio, e portanto, interesses materiais e valores distintos, cuja oposição 
conciliação ou superação dá vida ao sistema socio-econômico, a estrutura social e política vai se 
modificando a medida que diferentes classes sociais e grupos sociais conseguem impor seus 
interesses, sua força e sua dominação ao conjunto da sociedade. 
2. Subdesenvolvimento: a relação de desenvolvimento e subdesenvolvimento apresenta duas 
dimensões a interna e a externa, ambas as dimensões são fortemente condicionados pela 
estrutura econômica internacional. Isso quer dizer que, se a economia mundial hoje é capitalista 
industrial, cada país será desenvolvido e subdesenvolvido considerando o seu lugar dentro da 
divisão internacional do trabalho (DIT). Entretanto não basta compreender as condicionantes 
estruturais, é preciso investigar os fatores históricos para um determinado país assumir uma 
posição contemporaneamente na divisão internacional do trabalho que o coloque na situação de 
subdesenvolvido. 
3. Centro e Periferia: O conceito de economias centrais e periféricas não elimina o de 
desenvolvidas e subdesenvolvidas, apenas destaca as funções que cabem às economias 
subdesenvolvidas no mercado mundial, sem levar em conta os fatores politicos e sociais na 
�7
situação da dependência. Basicamente, as economias centrais são aquelas que são o epicentro 
da produção e consumo dos produtos e serviços com maior valor agregado, é entre elas que 
ocorre a maior parte do comercio mundial. 
4. Noção de dependência: A relação de dependência é criada e alimentada especialmente porque, 
em geral, os países em desenvolvimento fabricam produtos com baixo valor agregado, como as 
commodities agrícolas e minerais, exportando-os aos países desenvolvidos, que por sua vez, 
transformam muitas matérias-primas em produtos acabados com alto valor agregado e exportam 
os mesmos para os países em desenvolvimento. 
Aqui, o primeiro elemento da relação centro-periferia aparece por meio do mecanismo denominado 
de trocas desiguais. O segundo elemento está no padrão de produção mundial, que coloca essas 
grandes empresas mundiais no centro do jogo econômico, tornando esses países periféricos 
largamente dependentes do capital estrangeiro. 
 Dentro do contexto da Teoria da Dependência as EMNs têm o grande papel de serem os 
agentes da dependência entre os países centrais e periféricos, ou seja, à medida que essas empresas 
se expandem em seu processo de internacionalização diversas empresas nacionais acabam 
desaparecendo em meio a processos de aquisição e fusão. Como consequência, o movimento 
acelerado de globalização econômica torna os países periféricos cada vez mais dependentes do 
fluxo de capital internacional e do desenvolvimento tecnológico conduzido por essas EMNs. 
Fundamentalmente, as EMNs aumentam a vulnerabilidade dos Estados periféricos, entretanto, esses 
países não tem alternativa a este movimento de internacionalização, pos, o custo de ficar fora da 
economia global é muito maior do que o custo da vulnerabilidade crescente. 
 Assim, nessa teoria, as EMNs são vistas como entidades poderosas que exploram os países 
periféricos e aprofundam as diferenças entre Norte e Sul. A saída apontada para diminuir a 
vulnerabilidade em relação ao capital internacional frequentemente inclui programas de substituição 
de importação buscando favorecer o desenvolvimento de empresas nacionais em determinados 
setores. 
 Stephen Hymer acreditava que o capitalismo é regido por duas leis; a do crescente tamanho 
das firmas – as empresas crescem em tamanho e escopo, dentro e através das fronteiras nacionais, 
criando uma estrutura hierárquica de centro e periferia e divisão de trabalho pelo mundo – e a do 
desenvolvimento desigual – dado o grande tamanho das empresas, considerável mobilidade e poder 
monopolístico, as EMNs controlam e exploram o mundo todo para sua própria vantagem. Essas 
atividades corporativas produzem uma economia mundial composto por sociedades exploradas ricas 
do norte e sociedade empobrecidas do sul. 
The Theory of the Transnational Corporation 
Hymer 
�8
 Hymer critica as teorias neoclássicas. Ele viu a necessidade de diferenciar os investimentos 
financeiros puros e aqueles feitos pelas grandes empresas com o objetivo de produção. Essa 
diferenciação é feita pelo controle, o investimento direto da à firma o controle das atividades na 
empresa no exterior, e o investimento de portfólio não. Adquirindo o controle estrangeiro a firma 
remove os conflitos com os competidores locais, isso dá a firma maior poder de mercado, e 
intensifica as imperfeições da estrutura de mercado. Em sua teoria, ele afirma que as imperfeições 
de mercado e a procura por poder de mercado são determinantes para o IDE. 
 Ainda, o poder de mercado é afetado pelas estratégias das companhias. O tipo das 
imperfeições que ele considera são as estruturais, aquelas derivadas da estrutura do mercado, como 
a estrutura oligopolística na qual poucas empresas dominam o mercado. Hymer enfatiza a natureza 
contraditória e conflituosa da produção capitalista, se preocupando com os efeitos das atividades 
das MNCs no trabalho, políticas, estado nação e seu governo; com a efetividade das políticas 
econômicas; e com a divisão do trabalho. 
Ciclo internacional de vida do produto de Vernon 
 O contexto econômico da teoria de Vernon são as crescentes tecnologias e mercados para 
novos o consumo de produtos em massa. Enquanto o foco de Hymer são as empresas, o de Vernon 
são os produtos. Como os novos produtos emergem, como eles impactam na empresa inovadora e 
na estrutura industrial na qual ela opera; como a empresa é afetada pelo progresso do produto; como 
o produto progride nos mercados nacionais e internacionais e nas produções locais. 
 Vernon assume que as empresas em qualquer país avançado possuem igual acesso ao 
conhecimentos, entretanto, isso não significa igual probalidade de aplicação de tal conhecimentos 
para o desenvolvimento de novos produtos. Os elementos chave na teoria altamente dinâmica de 
Vernon são: produtos inovativas, os quais dão a firma uma posiçãomonopolística temporária; 
interação entre o vida do produto, o grau de competição da industria e a geografia do comercio e da 
produção/IDE. 
Teoria da internacionalização 
 A teoria da internacionalização reflete as mudanças no ambiente econômico do pós-guerra 
expressado pela expansão das economias ocidentais. Existem custos e benefícios de 
internacionalização; e a balança entre os dois é o que vai determinar seu limite. As duas areas mais 
importantes para a internacionalização de transnacionais são mercados para intermediação de 
produtos e mercados para conhecimento. Transnacional implica internacionalização através das 
fronteiras nacionais. A internacionalização do mercado de conhecimento gera um alto nível de 
multinacionalidade para as firmas. Já que o conhecimentos é um bem publico e pode facilmente ser 
transmitido através das fronteira, essa exploração é logicamente uma operação internacional. Assim 
a conclusão parece ser que as imperfeições de mercado geram incentivos para a internalização; o 
�9
mercado do conhecimento é altamente imperfeito, por essa razão os benefícios de internalizar são 
grandes. 
 A teoria de internacionalização das transnacionais continua sendo uma teoria muito usada. 
Essa teoria tenta explicar por que as firmas preferem o IDE ao licenciamento para crescerem, e 
ainda, porque preferem internalização à relação baseada em mercado. Entretanto, mesmo aceitando 
que a internalização é favorecida por causa dos cortes nos custos de transação, não é claro o porque 
as firmas preferem o IDE à roda de exportação: o primeiro implica na internalização entre fronteiras 
e a outra modalidade implica internalização com estado-nação. 
Vantagens OLI de Dunning 
 Dunning desenvolveu uma teoria considerando: todas as principais modalidades de 
internacionalização, especificamente, IDE, exportação e licenciamento; questões sobre como e 
quando as firmas investem em outros países; e questões sobre o porque certos países se tornam 
atrativos aos Investimentos estrangeiros. A analise de Dunnin foi construída baseada em três 
vantagens: Propriedade, localização e internalização: 
- Vantagens de propriedade: especificas a uma empresa em particular. Constitui vantagens 
competitivas contra seus rivais e permite a companhia tirar vantagem das oportunidades de 
investimentos. Essa vantagem liga a teoria do Dunning à do Hymer. 
- Vantagens de localização: são aquelas especificas a um pais especifico que seja atrativo aos 
investimentos estrangeiros 
- Vantagens de internalização: são todos os benefícios que derivam da produção interna da firma; 
elas permitem que eles transpassem os mercados externos e os custos de transação associados a 
eles. São essencialmente benefícios de operar com hierarquias ao invés de mercados. Essa 
vantagem da teoria de Dunning o liga a teoria da internalização. 
Teorias de Internacionalização – PUC-RIO 
 As teorias de internacionalização, usualmente buscam dar respostas à questões do tipo: por 
quê, quando, onde e como as empresas se envolvem nos negócios internacionais. 
Formas de entrada 
 O modo ou forma de entrada nos mercados internacionais pode assumir diversas formas em 
face do amplo conjunto de atividades que os negócios internacionais apresentam. Dunning afirma 
que determinadas característica dos países de destino, como a dimensão do mercado, riscos 
políticos existentes, e perspectivas de crescimento dos mercados, condicionam a forma escolhida 
pelas empresas para penetrarem nesses mercados. Nos casos em que a dimensão do mercado é 
�10
restrita ou existem alguns riscos políticos, muitas empresas optam pela exportação ou 
licenciamento, não se justificando investimentos físicos nos países de destino. 
 Maia et al. afirmam que, as características do produto, a natureza da procura e as barreiras 
alfandegárias, poderão influenciar igualmente as opções das empresas quando da decisão sobre a 
foram de entrada no mercado externo. Somados a isso, alguns fatores internos à própria empresa 
também são condicionantes da forma de entrada nos mercados externos. 
Exportação 
 A exportação pode ser entendida como a atividade voltada para o mercado externo, 
desenvolvida pela organização quando não há implantação estável e permanente no exterior sob 
forma de subsidiária ou filial. 
 As exportações caracterizam-se por uma demanda minima de capital e são relativamente 
simples de serem iniciadas; podendo se dar de três maneiras: 
1. Exportação direta: a organização estabelece seu próprio departamento de exportação para a 
venda de seus produtos no mercado externo. A vantagem é um controle maior, por parte do 
exportados, sobre seu produto, alem da possibilidade de construção de uma rede própria de 
distribuição no mercado externo. 
2. Exportação intermediada e auxiliada: apresenta como vantagem um contato rápido da empresa 
com o mercado externo. Não possui muitos riscos, os custos são menores, porém, o 
comprometimento da empresa, por ser pequeno, pode levar à falta de controle sobre a 
comercialização de seus produtos no mercado externo. 
3. Exportação Cooperativa, ou piggyback: quando uma empresa exportadora utiliza canais de 
distribuição de outra empresa local para vender seus produtos no mercado externo; inovação na 
distribuição internacional. O sucesso dessa estratégia exige que as linhas de produtos 
distribuídos se complementem e que contenham apelo para o mesmo tipo de consumidos. Os 
custos e os investimentos são relativamente menores e a organização dispõe de mais controle 
sobre seus produtos no mercado externo do que a intermediada e auxiliada. 
Via Contratual 
- Acordos de Licença 
 Podem ser usados para a fabricação de bens e produtos, para utilização da marca, 
distribuição, patentes e segredos comerciais, tecnologias, processos produtivos e know-how, 
serviços, entre outros. Maneira lucrativa e de baixo custo para conquista de novos mercados. A 
desvantagem é que o licenciado de hoje pode se tornar o concorrente de amanhã. 
- Franquia 
�11
 Franqueador fornece ao franqueado o direito de utilização do conceito do seu negócio, 
incluindo os planos de marketing, os manuais, as marcas, a competência, o sistema de gestão e os 
serviços, os padrões e procedimentos e monitoração da qualidade em troca do pagamento de 
royalties; enquanto o franqueado se compromete com a gestão do negócio. As vantagens para os 
franqueadores são a rapidez de expansão, aumento da cobertura geográfica, participação de 
mercado e da rentabilidade, redução dos custos de propaganda, de compras e de distribuição e a 
melhora da publicidade. Desvantagens: perda do controle total sobre o negócio, despesas de 
formatação e aumento da dificuldade de se manter a padronização. Já para os franqueados há o 
aumento de chance se sucesso, maiores garantias de mercado e economias de escala, retorno sobre o 
investimento mais rápido e a presença do franqueador garantindo assessoria e orientação; em 
contrapartida eles tem autonomia parcial, riscos de descumprimento do contrato, risco do mix de 
produtos não ser respeitado, o peso das taxas de franquias e a localização forçada do negócio. 
- Contrato de Gestão 
 Uma organização se compromete a gerir todas ou parte das operações de outra empresa 
estrangeira, através de um rendimento fico ou de participação nos lucros. Assim, não são 
necessários elevados investimentos por parte da empresa estrangeira e as estratégias de marketing 
do bem produzido continuam sob sua responsabilidade; a grande desvantagem é de a empresa 
contratada tornar-se um futuro concorrente. 
- Alianças Estratégicas 
 coalização entre duas ou mais organizações para alcançar objetivos estratégicos, 
mutualmente benéficos a todas as empresas envolvidas. Essas alianças devem proporcionar aos 
parceiros maior probabilidade de sucesso em um contexto competitivo. Podem ser definidas como 
empreendimentosde risco com destaque para: 
• Joint Ventures 
 Duas empresas, estrangeira e nacional, concordam em estabelecer uma nova empresa no 
mercado-alvo. Se comparadas à implantação de subsidiarias e filiais, as joint ventures apresentam 
investimentos, controle e riscos menores. A formação de joint ventures proporciona melhor acesso 
ao conhecimento geral do ambiente necessário ao estabelecimento de estratégias de marketing 
eficientes; redução dos riscos inerentes ao processo; melhor acesso aos recursos financeiros e 
gerenciais e aos insumos e matérias primas locais; melhor controle sobre o mercado local e maior 
velocidade de entrada no mercado local. Em mercados nos quais o governo proíbe o controle 
acionário estrangeiro e em areas nas quais os blocos econômicos desempenham papel importante, as 
joint ventures apresentam-se como uma boa alternativa de entrada. 
• Consórcios em negócios Internacionais 
�12
 Agrupamento de empresas com interesses comuns, reunidas em uma entidade estabelecida 
juridicamente. As vantagens variam com o tipo de produto, o estagio de desenvolvimento atingido 
pelo consórcio, entre outros. As dificuldades dizem respeito aos problemas financeiros, ao medo das 
empresas em relação à proteção de informações confidenciais, à concorrência interna entre os 
parceiros, às mudanças posteriores à composição do consorcio e à carência de pessoal qualificado 
tanto em administração, quanto em marketing. 
Investimentos Diretos 
 Algumas organizações que querem expandir suas atividades para o mercado global optam 
pelo controle total das operações, que pode se dar por duas formas: aquisição de uma planta já 
existente no mercado-alvo, ou inicio de um novo negocio, através da construção e implantação de 
subsidiárias e filiais (Greenfield). 
- Projetos Greenfield 
 Maior flexibilidade no que se refere à tomada de decisão relativa aos recursos humanos, 
suprimentos, logística, layout da nova planta, tecnologia de produção. Ainda, não há necessidade de 
integração entre compradora e comprada. Entretanto, os riscos são maiores já que são necessários 
investimentos de capital, de recursos e de tempo. 
- Aquisição 
 Acesso rápido ao mercado local, a possibilidade de acesso a marcas já estabelecidas, aos 
canais de distribuição e às tecnologias. Os obstáculos são: problemas de comunicação e conflitos de 
culturas resultantes da necessidade de integração entre compradora e adquirida. 
�13
Vantagens e Limitações das Principais formas de entrada 
Modelos de aprendizado e Inovação 
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�14
 Os modelos representando a perspectiva do aprendizado baseiam-se em noções gerais de 
aprendizado organizacional. O coração dessa perspectiva está no modelo Uppsala de 
internacionalização, o qual explica a internacionalização das empresas como um processo de 
aprendizagem em que a empresa investe seus recursos gradualmente e adquire conhecimentos sobre 
um determinado mercado internacional de maneira incremental. 
 O conceito de cadeia de estabelecimento refere-se à ideia de que a empresa se desenvolve 
em determinado mercado internacional investindo recursos de forma sequencial. O montante de 
recursos investido no mercado alvo é dependente do grau de conhecimento da empresa a respeito 
dele; quanto maior o grau de conhecimento da empresa sobre o mercado, maior a tendência em 
investir recursos nele. 
 A cadeia de estabelecimento pode se dar por cinco estágios sucessivos na evolução da 
internacionalização de empresas, cada um representando um maior grau de envolvimento 
internacional. Um primeiro estagio de nenhuma atividade exportadora, seguido por um de 
exportações ocasionais; posteriormente um envolvendo exportações sistemáticas através de agentes 
intermediadores independentes; um quarto estagio onde a empresa estabelece subsidiarias, e um 
estagio final quando a empresa parte para o estabelecimento de unidades produtivas no exterior. 
Nem todas as empresas seguem todos esses estágios. 
 Outra característica observada é a distância psíquica - valores, práticas gerenciais e 
educação de dois países. A distancia psíquica possui papel importante em processos de 
internacionalização, já que restringe investimentos iniciais da empresa em países considerados 
culturalmente distintos. Ou seja, normalmente, a empresa começa se internacionalizar em países 
culturalmente próximos. 
 O Modelo de Upsala, é baseado, então, em três pressupostos: 
1. falta de conhecimento é o maior obstáculo para internacionalização 
2. o conhecimento necessário é adquirido principalmente através das operações atuais da empresa 
em determinado mercado alvo. 
3. a empresa internacionaliza suas operações investindo recursos de maneira gradual 
 Conhecimento e comprometimentos são entendidos como os estados do modelo, aspectos 
que interagem com aspectos transitórios, como decisões de comprometimentos - decisões de 
investimento em recursos em determinado mercado internacional - e operações atuais - são a 
principal fonte de conhecimento da empresa sobre o mercado-alvo. 
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 Quanto mais uma empresa investe em determinado mercado internacional mais ela adquire 
conhecimentos sobre esse mercado; quanto maior o grau de conhecimento da empresa sobre esse 
mercado maior o seu grau de aptidão para efetuar novos investimento; e assim, quanto maior o grau 
de aptidão da empresa, maior a probabilidade de que os investimentos sejam realizados. Assim, os 
aspectos transitórios não só resultam do conhecimento e comprometimento, mas também 
determinam os níveis de conhecimento e de comprometimento a serem efetuados no futuro. 
Descontinuidade no processo e internacionalização 
 Crítica ao modelo Uppsala; em que Forsgren afirma que à medida que a empresa aprende 
sobre determinado mercado, ela reduz o grau de incerteza em relação a ele. Consequentemente, 
também diminui sua necessidade de desenvolver-se gradualmente a fim de minimizar a incerteza. A 
empresa entrará e desenvolver-se-á no mercado-alvo de maneira mais ousada e menos incremental. 
 Hedlund e Kverneland defendem a ideia de que a sequencia e a velocidade do processo de 
internacionalização das empresas podem ser afetadas pelo fato de o ambiente de negócios ser mais 
incerto, volátil e interdependente do que o ambiente implícito no modelo Uppsala. Assim, as 
empresas evoluem de maneira mais rápida em mercados internacionais a fim de obter economia de 
escala, escopo e aprendizagem por meio da integração de suas operações. 
Teoria das Redes Industriais e de Negócios 
 As redes são geralmente definidas como conjuntos de relacionamentos de troca. Os modelos 
e teorias referentes às redes de negócios, incluindo os modelos teórico da internacionalização na 
perspectiva das redes foram desenvolvidos nos anos 80. Essa teoria enfatiza os relacionamentos que 
uma determinada empresa constrói com outros atores econômicos a fim de alcanças os seus 
objetivos. Em termos de processos de internacionalização, essa teoria enfoca os relacionamentos 
que a empresa desenvolve com diversos atores externos, como fornecedores e compradores. 
 A performance das empresas, incluindo sua competitividade internacional, depende não só 
dos próprios esforços, da experiência e dos recursos, mas também da performance das outras 
empresas e da natureza dos relacionamentos existentes entre elas. 
 Essa teoria também considera a importância dos relacionamentos que as diversas unidades 
de uma mesma empresa multinacional desenvolvem entre si. Tanto os relacionamentos construídos 
dentro da empresa quanto com outras empresas, são desenvolvidos de maneira gradual, ou seja, os 
processos de internacionalização são o resultado de relações desenvolvidas de forma incremental. 
 A empresa também se torna suscetível as mudanças originadas em diferentes partes dessas 
redes, e elas podem resultar em descontinuidades na sequencia do processo de internacionalização. 
�16
A competitividade internacional de algumas empresas na rede, bem como sua ligação e experiência, 
pode dar uma contribuição importante para o potencial de internacionalização de outras empresas, 
dependendo do tipo de relacionamento entre elas. 
 Axelsson e Agndal indicam que um comportamento de internacionalização pode ser 
explicado pela infraestrutura da rede de indivíduos e rede de contatos pessoais, que podem 
funcionar como facilitadores desses movimentos. 
Aspectos Conceituais Relacionados ao IDE 
 O IDE pode ser definido como o resultado de um ato de compra realizado por pessoa ou 
instituição domiciliada no exterior de ativo emitido por pessoa ou instituição domiciliada no país. 
Distingue-se o investimento estrangeiro entre os que acarretam e os que não o controle ou 
participação ativa na gerência de empresas no país receptor pelo investidor estrangeiro. Assim, aos 
empréstimo e financiamentos recebidos para fins de investimento ou compra de participação 
acionária de tipo ou volume que não implique esse tipo de controle, convencionou-se chamar de 
investimentos de carteira (ou portfólio), enquanto que os investimentos diretos ou de risco seriam 
aqueles que resultariam na transferência de parte significativa do poder de decisão gerencial da 
empresa que emite o ativo a residentes no exterior. 
 O fluxo de investimento direto seria o valor contábil da parcela dos lucros que é reinvestida 
pelos acionistas estrangeiros, suas compras líquidas de ações e os empréstimos feitos por eles à 
empresa. Outra definição importante é a de Estoque de Investimento Direto no exterior, que seria o 
valor contábil do capital investido e reservas, mais o resultado líquido de empréstimos, créditos 
comerciais e outras formas de divida para com os acionistas estrangeiros da empresa. 
 O investimento direto está relacionado a muito mais fatores do que a simples aquisição de 
ativos e ao simples envio de capital ao exterior. A atividade no exterior engloba também fatores 
como a transferência de tecnologia, o gerenciamento dos recursos humanos, a implantação de 
processos de produção, o relacionamento e integração com clientes e comunidade local. 
Fatores determinantes do investimento direto no exterior 
 A teoria eclética da internacionalização das firmas foca a análise nos fatores determinantes 
da realização de investimentos estrangeiros por parte das empresas multinacionais, buscando 
identificar motivações para a atividade internacional, além das próprias razões estratégicas dessas 
empresas, tais como: 
- disponibilidade de matérias-primas e demais recursos externos à empresa necessários para a 
produção; 
- os ganhos de eficiência com a integração das operações; 
- a possibilidade de se evitar regulamentações; 
- a proteção de patentes e de marcas; 
- as necessidades de expansão quando as capacidades da economia de origem estão esgotadas; 
�17
- a possibilidade de se evitar barreiras ao comércio internacional 
- aumento da flexibilidade da produção 
- os ganhos resultantes de depreciação real das moedas dos países de destino dos investimentos; 
- proximidade com os clientes no exterior 
- redução do risco para os acionistas, com a diversificação dos investimentos, dentre outros. 
Paradigma Eclético da internacionalização da produção ou Paradigma OLI 
 A teoria procura explicar a decisão de produzir ou não em um mercado externo, partindo da 
premissa que determinadas falhas de mercado (custos de informação e transação, oportunismo dos 
agentes e especificidades de ativos) levariam uma empresa a utilizar o investimento direto, ao invés 
de licenciamento ou exportação, como modo de entrada em um mercado externo, quando 
dispusesse de vantagens diferenciais em relação a outras firmas e desejasseproteger tais vantagens, 
utilizando-se de sua própria estrutura. 
 A dimensão, localização geográfica e composição da produção industrial por parte das 
EMNCs são determinadas pela interação de três conjuntos de variáveis independentes. De um modo 
geral, estas vantagens especificas se dividem em três tipos: vantagens de propriedade, de 
localização e internalização; as quais ficaram conhecidas na como paradigma de OLI (ownership, 
locational e internalisation advantages). 
 A primeira delas são as vantagens competitivas da empresa que busca engajar-se na 
atividade produtiva internacional, as quais são de propriedade específica dessas empresas 
investidoras, ou seja, suas vantagens especificas de propriedade. Quanto maiores as vantagens 
competitivas das empresas investidoras em relação às demais empresas e em particular aquelas 
domiciliadas nos países onde buscam realizar seus investimentos, maior a probabilidade de que 
realizem atividades produtivas no exterior. 
 As vantagens de propriedade de uma firma são distinguidas em dois tipos, podendo ser de 
natureza estrutural, derivadas da posse de ativos específicos, tais como patentes, marcas, 
capacidades tecnológicas e de gerenciamento, habilidade para a diferenciação de produtos, 
economias de escala, recursos humanos, e/ou de natureza transnacional; derivada da capacidade de 
hierarquia, decorrente do common governance de atividades diversas que resultam da própria 
caracteriza multinacional da empresa. 
 Uma vez estabelecida aquela vantagem, devem ser pesadas a importância dos atrativos 
locais de diferentes países ou regiões de destinos dos investimentos diretos. Quanto maiores as 
dotações de fatores de determinada localização, sejam elas naturais ou criadas, que não possam ser 
deslocadas através das fronteiras, e que sejam necessárias para a exploração das suas próprias 
vantagens especificas de propriedade através da produção internacional. 
 Podem se destacar como vantagens de localização: a dimensão do mercado consumidor e as 
perspectivas de seu crescimento, o nível de desenvolvimento econômico, a dotação de infra-
estrutura do país, a presença de concorrentes locais e as políticas públicas de promoção ao 
investimento, dentre outras. 
�18
 Além dessas condições, a empresa terá que decidir sobre a forma de aproveitá-las, podendo 
optar entre a internalização das atividades no exterior, ou a cessão do uso dessa vantagem mediante 
o estabelecimento de um contrato ou licença. 
 Esse paradigma propõe que quanto maior a rede de benefícios da internalização de mercados 
de produtos intermediários transnacionais, maiores as chances da empresa optar por se engajar na 
atividade produtiva internacional por conta própria, ao invés de licenciar o direito de fazê-lo seja 
por serviços técnicos ou acordos de franquia. A incerteza quanto ao desconhecimento da cultura do 
outro país pode ser minimizada com o acumulo de conhecimento advindo da atividade direta no 
exterior, flexibilizando o modelo de analise. 
 
 As condições acima são as necessárias para a existência de IDE. Além disso, esse modelo 
propõe definir as melhores formas de envolvimento econômico internacional para as empresas. 
 
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�19
 Uma vez identificadas as vantagens que permitem que a empresa internacionalize suas 
atividades, a opção por faze-lo depende deuma analise de custos e benefícios entre as distintas 
alternativas, que são afetadas por um conjunto de fatores, tais como: forma de concorrência no 
setor, grau de imperfeição da informação disponível no pais de destino, nível de proteção dos 
direitos de propriedade, características do pais emissor e receptor do investimento e variedade e tipo 
de produtos que a firma pretende produzir no mercado externo. 
 
 Levando em conta tais variáveis contextuais, como uma maneira de ordenar as inúmeras 
alternativas que poder surgir das diferentes combinações das vantagens de propriedade, 
internalização e localização, Dunning classifica o investimento estrangeiro em 4 tipos: busca de 
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�20
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Existem também os investimentos de fuga, que correspondem à transferencia do capital do pais de 
origem da empresa em função de fatores como a existência de uma legislação restritiva. 
 
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�22
Abordagens recentes sobre determinantes do IDE 
 Dunning aponta novas razões para investimentos diretos das firmas no exterior 
intensificados nos anos 90: 
- crescimento dos esquemas de integração regional como NAFTA e UE. 
- políticas de atração de investimento diretos de empresas estrangeiras resultantes do entendimento 
por parte dos governantes da importância das EMNCs na atração de capital estrangeiro, na 
geração de empregos e na difusão e absorção de tecnologia 
- Alianças estratégicas e suas implicações na teoria eclética da internacionalização das firmas. 
Resumindo: 
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�23
O IDE nas Companhias dos países em desenvolvimento 
 EMNC de país desenvolvido é utilizado pode ser definido como companhias que apresentam 
a matriz, o controle e a propriedade estabelecidos em países em desenvolvimento, além disso, elas 
devem, além do investimento de capital, contribuir com outros elementos, como tecnologia, 
gerenciamento, técnicas de marketing, etc, no processo de expansão através de IDE. 
Características das EMNCs de PED 
 A maior parte dos IDEs realizados por economias periféricas localizam-se em outros PED, 
que gozam de nível de industrialização igual ou inferior, com tendência a concentração nas regiões 
onde se encontra a sede da EMNC. Contudo, alguns setores se destacam com IDE em países em 
desenvolvimento, como o bancário, de hotelaria e de construção civil. Essas Empresas tendem a ser 
mais interessadas em comercializar e produzir em outros PED por estarem mais aptas a se adaptar 
aos contextos econômico e social desses países. 
 As empresas dos PED respondem mais claramente às preocupações do país escolhido e 
também de forma mais diplomática do que as EMNCs tradicionais, já que as empresas dos PED 
focalizam nichos mercadológicos e atendem segmentos de mercado não atendidos pelas grandes 
companhias dos PD. A grande maioria das filiais e subsidiárias de empresas de PED no exterior 
cumpre a finalidade de dar suporta às atividades de exportação e fabricas de montagem final, com 
os componentes trazidos da matriz. Além disso, o IDE de companhias de PED são localizados na 
região próxima à da matriz. 
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�25
Avaliação comparativa do escopo descritivo e explanatório dos principais modelos de 
internacionalização de empresas - ESPM 
5 
 
 
 
Revista Eletrônica de Negócios 
Internacionais da ESPM 
http://www.espm.br/internext 
 
 
 
ISSN: 1980-4865 
 
 
CARNEIRO, Jorge; DIB, Luis Antônio. Avaliação comparativa do escopo descritivo e explanatório dos principais modelos de 
internacionalização de empresas. INTERNEXT – Revista Eletrônica de Negócios Internacionais da ESPM, São Paulo, v. 2, n. 1, p. 1-25, 
jan./jun. 2007. 
 
RICARDO, 1817; OHLIN; HESSELBORN; WISKMAN, 1977); as teorias de Portfólio de 
Investimentos (GRUBEL, 1968; LEVY; SARNAT, 1970) e o modelo do Ciclo de Vida 
Internacional do Produto (VERNON, 1966, 1979). Para tais teorias a unidade de análise é 
mais ampla do que a empresa individual, abrangendo a indústria ou as economias nacionais. 
Por conseguinte, neste trabalho, foram priorizadas as teorias que têm a firma como sua 
unidade de análise. 
 
Teoria Breve Resumo 
Teoria do Poder 
de Mercado 
Originada do trabalho seminal de Hymer (1960/1976), que acreditava que nos estágios 
iniciais de seu crescimento as empresas continuamente aumentariam sua participação em 
seus mercados domésticos através de fusões, aquisições e extensões de sua capacidade. 
Conforme aumentasse a concentração industrial e o poder de mercado da empresa, também 
aumentariam os lucros. Entretanto, existiria um ponto onde não seria fácil aumentar ainda 
mais a concentração no mercado, pois apenas poucas empresas permaneceriam. Neste 
momento, os lucros obtidos do alto grau de poder monopolístico dentro do mercado 
doméstico seriam investidos em operações externas, gerando processo similar de 
concentração crescente em mercados estrangeiros. 
Teoria da 
Internalização 
Foi formalmente proposta e depois revisitada por Buckley e Casson (1976, 1998), mas tem a 
origem conceitual no seminal artigo de Coase (1937). Sua ênfase recai na eficiência com a 
qual transações entre unidades de atividade produtiva são organizadas e usa os custos de 
transação (WILLIAMSON, 1975, 1979) como o racional para justificar se deve ser utilizado 
um mercado (externo à empresa, contratual) ou uma internalização (hierarquia) para uma 
determinada transação. Uma análise (supostamente racional) de benefícios versus custos 
(TEECE, 1981, 1986) determinaria o grau “certo” de integração da empresa em suas 
atividades internacionais. 
Paradigma 
Eclético 
É oriundo dos trabalhos de Dunning (1977, 1980 e 1988) e considera que as empresas 
multinacionais (MNCs) possuem vantagens competitivas ou de “propriedade” vis-à-vis seus 
principais rivais, que elas utilizam para estabelecer produção em locais que são atrativos 
devido a suas vantagens de “localização”. Existiriam dois tipos de vantagens competitivas: 
derivadas da propriedade particular de um ativo singular e intangível (como uma tecnologia 
específica da empresa) ou derivadas da propriedade de ativos complementares (como a 
capacidade de criar novas tecnologias). MNCs possuem ainda vantagens de “internalização” 
para reter controle sobre suas redes de ativos (produtivos, comerciais, financeiros etc). Estas 
vantagens advêm da maior facilidade com a qual uma firma integrada pode apropriar retorno 
integral de sua propriedade de ativos distintivos como sua própria tecnologia, bem como da 
coordenação do uso de ativos complementares, que seriam os benefícios transacionais. 
Dunning defende que o Paradigma não deve ser encarado como mais uma teoria de 
internacionalização, mas sim como um arcabouço para seu estudo. 
Quadro 1 – Teorias econômicas selecionadas. 
 
Já as abordagens “comportamentais” originaram-se dos chamados “modelos de 
estágios”. Dentre estes, o modelo originado na Universidade de Uppsala foi o primeiro e, de 
longe, o mais amplamente citado (LANGHOFF, 1997; OVIATT; MCDOUGALL, 1999) e 
testado empiricamente (BELL, 1995; PETERSEN; PEDERSEN, 1997) na literatura. Dois 
outros desenvolvimentos teóricos importantes e posteriores ao estabelecimento do Modelo de 
Uppsala são freqüentemente citados na literatura (JOHANSON; VAHLNE, 1990, 2003; 
6 
 
 
 
Revista Eletrônica de Negócios 
Internacionais da ESPM 
http://www.espm.br/internext 
 
 
 
ISSN: 1980-4865 
 
 
CARNEIRO, Jorge; DIB, Luis Antônio. Avaliação comparativa do escopo descritivo e explanatório dos principais modelos de 
internacionalização de empresas. INTERNEXT – Revista Eletrônica de Negócios Internacionais da ESPM, São Paulo, v. 2, n. 1, p. 1-25, 
jan./jun. 2007. 
 
KNIGHT, 2000): o empreendedorismo internacional e a perspectiva de networks e também 
serão considerados neste trabalho (vide Quadro 2). 
 
Teoria Breve Resumo 
Modelo de Uppsala 
Pretende ser um mecanismo explicativo básico sobre as etapas de um processo de 
internacionalização. O foco é a empresa individual e sua gradual aquisição, integração 
e uso de conhecimento sobre mercados e operações estrangeiros; além de seu 
comprometimento sucessivamente crescente com esses mercados, através de estágios 
seqüenciais. A ordem de seleção de países para a internacionalização seguiria uma 
relação inversa com a “distância psíquica” entre o país alvo e o país de origem 
(JOHANSON; WIEDERSHEIM, 1975; JOHANSON; VAHLNE, 1977). Outra linha de 
pesquisa relacionada envolve os chamados modelos de estágios no processo de 
exportação (BILKEY; TESAR, 1977; WIEDERSHEIM et al, 1978; CAVUSGIL, 
1980; REID, 1981; CZINKOTA, 1982). 
Networks 
Esta abordagem considera que os próprios mercados devem ser encarados como redes 
de empresas (JOHANSON; MATTSON, 1986; FORSGREN, 1989). Quando associada 
à internacionalização, dela decorre que a empresa vai desenvolver posições em redes 
no exterior. Embora sua premissa comportamental seja a mesma do modelo de Uppsala 
(JOHANSON; VAHLNE, 2003), as decisões acerca do processo de internacionalização 
serão determinadas direta ou indiretamente pelas relações no interior das redes de 
negócios. “Tanto o aprendizado quando o desenvolvimento da rede influenciam e são 
influenciados pelo processo contínuo de internacionalização” (WELCH; WELCH, 
1996, p.14). 
Empreendedorismo 
Internacional 
McDougall (1989) afirmou que a teoria tradicional sobre negócios internacionais 
assumia implicitamente que as empresas internacionais já haviam sido constituídas há 
muito tempo. Já a visão do empreendedorismo internacional (COVIELLO; MUNRO, 
1995; MCDOUGALL; OVIATT, 1997; ANDERSSON, 2000) visa explicar a expansão 
internacional de novas empresas ou start-ups através da análise de como os 
empreendedores reconhecem e exploram oportunidades. Também se busca estudar as 
diversas motivações que os levam às operações internacionais (ZAHRA et al., 2005). 
Entretanto, o empreendedorismo não está limitado a novas empresas (BIRKINSHAW, 
1997), pois empresas já estabelecidas também precisarim se tornar empreendedoras 
para competir de modo eficiente. 
Quadro 2 – Teorias comportamentais selecionadas. 
 
 
3 IDENTIFICAÇÃO DAS

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