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Andressa Augusto Raphael Vania Introdução Chelonia • Quelônios ou Testudines são nomes que agrupam todas as formas de tartarugas viventes identificadas no mundo; • Cágados: carapaça relativamente baixa, pouco convexa e com membranas interdigitais entre os dedos, ainda com garras; • Jabotis: carapaça alta, muito convexa e patas colunares; • Tartarugas marinhas: patas achatadas e com forma de remos. Morfologia • Presença de um casco: formado dorsalmente pela carapaça (dupla camada: ossos dérmicos e escamas) e ventralmente pelo plastrão coberto por placas de queratina; • A carapaça dérmica funde-se ás vertebras e costelas, e o plastrão funde às clavículas; • As tartarugas evolutivamente perderam os dentes, substituídos funcionalmente por um bico córneo cortante, análogo (mas não homólogo) ao das aves. Características Gerais • Apenas Ovíparas com ovos protegidos por membrana e casca; • A deposição dos ovos (nidificação) ocorre em covas cavadas no solo das matas ou areia da margem de rios ou praias, sem cuidado parental; • O ciclo de vida é bastante longo, chegando à mais de centenas de anos; • Migratórias ou apresentam forte identidade com o ambiente onde vivem; • As tartarugas são animais comumente chamados de ectodérmicos – a temperatura interna varia de acordo com a temperatura do ambiente. Registro Fóssil • A origem desses animais não é bem conhecida, embora se saiba que tenham surgido a cerca de 220 milhões de anos, quando o planeta possuía um único supercontinente chamado Pangeia; • Seus fósseis mais antigos foram encontrados no período Triássico, porém, em maior diversidade no Cretáceo; • Existe uma espécie de tartaruga que ainda manteve o seu aspecto pré-histórico, é a Chelydra serpentina, conhecida popularmente como "Tartaruga Mordedora". Evolução • As fenestrações temporais indicam as ligações evolutivas entre os grupos: Subordens • A Ordem Chelonia foi dividida em duas subordens monofiléticas: a Pleurodira e a Cryptodira (GAFFNEY,1991); • Cryptodira as espécies retraem a cabeça por meio de uma flexão vertical das vértebras do pescoço; • Pleurodira flexionam o pescoço lateralmente; • As sinapomorfias utilizadas para a divisão das subordens seguiu caracteres relacionados ás vertebras cervicais; Famílias • Existem atualmente 13 famílias de Testudines; baseado em alguns dados morfológicos e moleculares: Famílias • Tem-se por exemplo: • Chelonidae (tartaruga oliva- Lepidochelys olivacea); • Emydidae (tartaruga madeira-Glyptemys insculpta); • Testudinidae (tartaruga-gigante-das-galapagos - Chelonoidis nigra). Evolução • Acredita-se que a origem do grupo Chelonia deu-se por um ancestral em comum com um réptil extinto do gênero Pappochelys rosenae, que é estrutural e cronologicamente intermediário do Odontochelys. • Os dois compartilham costelas de tronco anteroposteriormente largas com forma de T em seção transversal, vértebras dorsais alongadas e cintas de membros modificadas. Evolução • A Odontochelys semitestacea possui dentes e meio casco, somente a parte inferior e uma cauda bem longa. • A Odontoquelis desenvolveu somente o plastrão justamente porque viveu em um ambiente aquático. Evolução • Um estudo que usou comparações moleculares e visou montar uma árvore de parentesco entre todas as tartarugas e jabutis mostrou que quase todos os grupos são aquáticos. • Os jabutis compreendem o grupo dos Testudinidae e tem apenas um ramo na árvore evolutiva. Isso mostra que os jabutis vieram de ancestrais aquáticos semelhantes a Odontoquelis. Evolução • A Proganochelys cujo principal representante era a Proganochelys quenstedti, datando de cerca de 210 milhões de anos atrás. • Os Proganochelys tinham cerca de 1 metro. Não tinham dentes, somente um tinha um bico. O casco era formado por placas ósseas. • Sua cauda era longa, tinha pontas com espinhos e terminava em um único e pequeno espinho. • As placas que constituem a carapaça e do plastrão já estavam como nas tartarugas atuais, embora não houvesse placas adicionais ao longo das margens do casco, que teriam servido para proteger as pernas. • Sua cabeça não podia ser recolhida sob a casca, porém seu pescoço estava protegido por espinhos. Enquanto não tinha dentes na sua boca, ela teve pequenos dentinhos no palato. Evolução • Tudo esta em aberto, pois a evolução dos Testudines ainda permanece um mistério para a biologia evolutiva. Ela não está tão bem embasada como ocorre em outros grupos de animais. Há buracos no registro fóssil e muitos dados faltam para sustentar exatamente o perfil evolutivo desse grupo de animais. • A anatomia tão incomum dificulta o estabelecimento das relações filogenéticas do grupo. Referências • DAWKINS R. O maior espetáculo da Terra. Companhia das letras. 2009. • http://www.tamar.org.br/interna.php?cod=80 • https://en.wikipedia.org/wiki/Turtle • http://www.testudines.org/medias/medias_gal.aspx?gal=/articles/biology/a natomy/skeleton • https://pt.wikipedia.org/wiki/Proganochelys • https://images.nature.com/full/nature- assets/nature/journal/v456/n7221/images/nature07533-f1.2.jpg • https://www.nature.com/articles/nature14472 • http://www.ib.usp.br/evosite/evo101/IICTreebuilding.shtml • http://www.euquerobiologia.com.br/site/wp-content/uploads/2016/01/5- Os-aminiota-R%C3%A9pteis.pdf Obrigado!