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Zo�l��i� V - I un����e Amniotas (viventes) 1. Synapsida: maioria fósseis, mamíferos são os únicos do grupo viventes. 2. Sauropsida A origem dos amniotas foi datada no Carbonífero, com registros fósseis como o Hylonomus, o Paleothyris e o Archaeothyris. Este grupo comporta 2 linhagens, Synapsida e Sauropsida. No qual trazem 2 propostas, a primeira une essas linhagens acima com Mesosauria como grupo-irmão de Reptilia, por sua vez, a segunda é um táxon mais incisivo que une Synapsida e Reptilia. O grupo dos amniotas é mais adaptado ao ambiente terrestre, sua maior ocupação se deu por sua maior mobilidade e exploração do ambiente. O maior desafio deste grupo foi o ambiente terrestre; obtenção de O2; sustentação do corpo (gravidade); percepção do ambiente (sentidos). ● A reprodução se dá apenas por fecundação interna. ● Impermeabilização do tegumento. ● Pulmões em cavidades. ● Músculos esqueléticos. Característica dos Amniotas: ● Ovo amniótico: âmnio: permite que o embrião continue se desenvolvendo mesmo em ambientes de pouca umidade e delimitando um meio aquoso de outro. alantóide: armazém de excretas nitrogenadas e realiza trocas gasosas. Casca/córion: promove o suporte mecânico, evitar perda de água e por ser semipermeável ocorre trocas gasosas e de umidade. O córion envolve todos os elementos do ovo e realiza trocas e é bastante vascularizado. O Hylonomus, o Paleothyris e o Archaeothyris com aproximadamente 20cm possuíam um menor consumo de energia, para sobrevivência e facilidade para locomover (ágeis), viviam sobre vegetações úmidas sobre o solo; O pequeno tamanho promovia acesso à grande variedade de presas de pequeno porte disponíveis no Carbonífero, alimentando-se de artrópodes; A presença de dentículos no teto da boca permitia prender presas até maiores durante suas mordidas; A base para a inserção do músculo pterigóide permitiu a deposição vertical dos adutores da mandíbula e horizontal dos músculos mandibulares, proporcionando maior abertura da boca e mais força durante o fechamento, ocasionamento maior efetivação na predação, língua muscular móvel, permitindo a movimentação do alimento. Menor dependência da água do meio externo. ● Crânios de amniotas (quanto às fenestras temporais): - Anápsido: nenhuma abertura; - Sinápsido: possui uma fenestra inferior; - Diápsido: possui duas fenestras, uma inferior e outra superior; - Euriápsido: possui uma fenestra superior (extintos) ● Ossos do Crânio: - Parietal; - Esquamosal; - Pós orbital; - Quadrado; - Jugal; - Quadrado-jugal. ● Testudines (Ordem Chelonia) ~ 360 sp Os primeiros registros fósseis são datados no Triássico, sendo o Eunotosaurus africanus, que apresentavam costelas alargadas e gastralia. Posteriormente surge o Pappochelys rosinae, o qual apresentava uma novidade evolutiva, a gastralia expandida. A posição dos Testudines ainda é incerta, mas até então o consenso é em Diapsida, visto que possuem um crânio anápsido que é uma condição modificada de um crânio diápsido. ● Classificação (Subordem): Cryptodira, movimenta o pescoço todo para dentro do casco, horizontalmente em forma de S. Pleurodira, movimento do pescoço lateralizado, protegendo menos o crânio. ● Morfologia: Externa: casco, formado por elementos do esqueleto + queratina. Na área dorsal: carapaça (formado por vértebras + costelas). Na área ventral: plastrão (formado pela gastralia). Há uma conexão entre, chamada ponte óssea. A função primária não era a proteção garantida pelo casco, logo, devido às costelas expandidas gerava a redução na habilidade de movimento, dificultava a respiração, entretanto hoje possui a função de PROTEÇÃO. Testudinata: ● Casco completo. ● Ranfoteca, camada de queratina que recobre os ossos dos conjuntos mandibular/maxilar - bico córneo. Vértebras cervicais e caudais estão livres, possuem movimentos articulados; Vértebras da cintura (ílio, ísquio e púbis) ligadas aos elementos ósseos da carapaça ou não. A vértebra central (coluna) é imóvel. Características: costelas horizontalmente orientadas, expandidas; Sem dentes no palato (possui bico córneo= capacidade cortante). Há linhagens de Testudines que perderam os dentes, mas ainda assim há uma mordida cortante, por conta de elementos ósseos, os quais são afilados e formados de queratina, ornamentações em forma de serrilhações. Para a formação dos escudos são liberadas substâncias queratinizadas sobre a epiderme, essa reposição da queratina ocorre pelas margens aumentando o tamanho do escudo, o qual é utilizado para identificação taxonômica pelas linhas de crescimento. Somente em Testudines as costelas vertebrais recobrem a cintura pélvica, pois no seu desenvolvimento embrionário um conjunto de células, denominadas crista carapacial (inovação evolutiva) impedem que as células embrionárias migrem para a área ventral (anterior), confinando somente na área dorsal, fazendo com que as costelas se formem abertas como um leque (costelas horizontalmente organizadas) confeccionando uma base para a carapaça, logo a cintura peitoral ficam cobertas pelas costelas vertebrais. A respiração em Testudines, chama-se respiração costal. Há uma lâmina muscular (lâmina diafragmática) na região anterior e posterior, movimentando-se de forma antagônica, uma contrai e a outra relaxa, ao se locomover promovendo uma diminuição do espaço dentro do casco, contraindo e expandindo o pulmão, que por sua vez, realiza a aspiração. Morfologia associadas ao ambiente: Terrestres: cascos altos, mais hidrodinâmico, membros em forma cilíndrica (pé de elefante, conferem melhor sustentação do corpo); Transitórios entre terrestre e marinho; Aquáticos: cascos baixos, menos hidrodinâmicos, membros com membranas interdigitais (semi aquáticos) entre os dedos ou totalmente recobertos por derme, epiderme (aquáticos), efeito nadadeira. Apresentam dimorfismo sexual, nos terrestres frequentemente são maiores e possuem uma cavidade no plastrão para auxiliar na cópula com a fêmea. Além disso, nos machos a cloaca é mais distal em relação às fêmeas. Nos aquáticos geralmente as fêmeas são maiores que os machos. Delimitação e defesa dos territórios: ● fezes, feromônios, vocalização. ● combate físico (mordidas nas patas e cabeça, golpes contra o casco). ● sinalização (elevação do pescoço). Acasalamento (4 etapas estereotipadas): 1. encontro do casal; 2. perseguição á fêmea (pode ñ ocorrer); 3. pré-cópula; 4. cópula. Nidificação: 1. deambular (modo de movimentar); 2. abertura da cova; 3. postura dos ovos; 4. fechamento da cova; 5. abandono do ninho; ● Em alguns aquáticos, especialmente marinhos, há o acréscimo da agregação e subida à praia. Nº de ovos variam a depender da espécies, em pequenos variam a menos de 10 ovos e em grandes até mais de 100 ovos. O desenvolvimento dos embriões têm influência direta da temperatura, pois auxilia na síntese de enzimas envolvidas na determinação de gônadas; produção de estrógeno. Período termo sensitivo é no terço final do desenvolvimento embrionário. Temperatura pivotal pode variar com a distribuição geográfica das espécies. A determinação do sexo se dá na maioria pela temperatura (DST) e menoria por genética (DSG). Na eclosão ocorre o abandono do ninho simultaneamente (vantagem: diminuição no risco de predação; especialmente nas espécies com oviposição sintópica). No cuidado parental, evento raro nos Testudines, as fêmeas mantêm os ovos embaixo do corpo, com intuito de expulsar predadores, ocorre a defesa do ninho contra intrusos e há associação filhote/mãe com comunicação acústica (descoberta recente). ● Fósseis - Testudines ainda em controvérsia. - Eunotosaurus africanus (Seeley, 1892, ~ 260 m.a. Permiano médio, África) Basal Costelas alargadas, parcialmente sobrepostas com gastralia (costelas abdominais), conjuntos de ossos nas costelas que não se ligam às vértebras. 9 vértebras no tronco. - Pappochelys rosinea(Schoch e Seus, 2015, ~ 240 m.a.a. Triássico, Alemanha) Costelas alargadas, não sobrepostas. 8-10 vértebras. Com gastralia expandida. Crânio diápsido (fenestra inferior aberta) - Eorhynchochelys Sinensis (Li et al, 2018, ~ 230 m.a.a. China) Basal Sem casco. Fenestra superior ausente. Fenestra inferior parcialmente aberta. 12 vértebras. Sem dentes na porção anterior, provável bico córneo; dentes pequenos na maxila e dentário. 1,8 metros. - Odontochelys Semitestacea ( “Tartaruga com dentes”, Li et al, Triássico ~ 220 m.a.a. China) Com dentes. Com plastrão bem desenvolvido. Sem carapaça. Costelas dorsais expandidas. - Proganochelys sp (“1º tartaruga”, Triássico, ~ 210 m.a.a. Alemanha) Sem dentes. Com bico córneo (ranfoteca). Com plastrão e carapaça. Crânio anápsido. - Chinlechelys tenertesia (Triássico, USA, 2009) Mais basal Carapaça fina (1 - 3 mm). Terrestre. ● Lepidosauria - Rhynchocephalia: Tuatara (Sphenodon) único grupo vivente; - Squamata. Provável origem na Europa, fósseis mais antigos: Squamata ~ 242 m.a (Megachirella); Rhynchocephalia ~ 230 m.a (divergência ~ 240 m.a.a.). Lepidosauromorpha (Taytalura alcoberi - Fóssil mais basal - Argentina 232 m.a.). Lepidosauromorpha e Lepidosauria: grande distribuição no triássico - norte e sul da Pangea. - Europa e América do Sul; - Forma ancestrais e derivados “convivem” por ~ 10 m.a.a. Lepidosauria viventes: ampla distribuição geográfica (exceto os extremos polares). ● abertura cloacal em fenda transversal; ● hemipênis (desenvolvido em Squamata, havendo várias ornamentações); ● mudas periódicas; ● autotomia caudal (perdido em várias, presente em répteis basais fósseis, Captorhinus, talvez em Mesosaurus) ● crescimento determinado (placa epifisária reabsorvida): convergência com mamíferos. ● Sphenodon punctatus, táxon que inclui o vivente Sphenodon (Sphenodon dontidae) e fósseis. Anteriormente 2 espécies por avaliação genética indicaram tratar-se de uma única espécie com variação populacional. ● Grupo-irmão de Squamata (na maioria das análises). ● Abundantes no Triássico e Jurássico. ● Maior fauna de Lepidosauria no Cretáceo, com posterior declínio. ● Marinhos, terrestres, arborícolas (variam de tamanho 15-150 cm). ● Crânio diápsido (padrão não modificado). ● Com gastralia (costelas abdominais). ● Dentição: 2 fileiras superiores (palatino + maxilar); 1 fileira inferior (dentário + mandibular). ● Fileira de escamas em forma de espinho sob o dorso e cauda, tímpano ausente. ● Carnívoros. ● Reprodução: corte e cópula (por aposição de cloacas; órgão copulador ausente nos machos adultos); desova entre 1 a 5 anos. ● Ovíparos, com ninhadas em torno de 10 ovos, eclosão após longo período incubatório (~ 12 meses); determinação do sexo dependente da temperatura. ● Declínio populacional acentuado: extinção de populações em algumas ilhas; introdução de animais exóticos que predam ovos, jovens e adultos. - Squamatas: São divididos em serpentes, amphisbaenia e “lagartos”. *O termo “Lagartos” não caracteriza um grupo/clado, porém são todos os demais, são Squamatas, exceto Serpentes e Amphisbaenia. Já serpentes e amphisbaenia são grupos monofiléticos. ● Squamatas: LAGARTOS (não é um clado). Amplamente distribuídos, ~ 292 sps. .Gekkota .Scincoidea .Lacertoidea .Iguania .Anguimorpha Diversidade em tamanho (1,6 cm até 3 cm). Membros desenvolvidos na maioria das espécies (Teiidae), alguns ápodes ou com membros reduzidos (Diploglossidae). Pálpebra presente, na maioria, mas ainda assim alguns ausentes. Crânio anficinético: maioria com 2 pontos de articulação no crânio: - Mesocinético: frontal e parietal. - Metacinético: parietal e supraoccipital. A morfologia resulta em pouca abertura bucal, porém com acréscimo de força para mordida. Cinetismo reduzido em muitas (principalmente em herbívoros); perda de articulações. .Gekkota .Scinciformata .Iguania .Anguimorpha Indicações de genes associados a veneno em estruturas/tecidos não funcionais (podendo ter surgido antes de Toxicofera). Glândulas secretoras de proteínas - Iguania: ancestral; - Demais: formas derivadas. ● Squamatas: Serpentes e Amphisbaenia. Os Squamatas realizam mudas periodicamente, onde as escamas que revestem os seus corpos se desprendem e saem por completo. A reprodução em Squamatas é por fecundação interna com o auxílio do hemipênis (órgão copulador com 2 estruturas que se projeta para fora), nas fêmeas a sua cloaca reflete ao hemipênis do macho para a cópula. A maioria são ovíparos, com casca coriácea, levemente ovalados ou muito alongados e alguns vivíparos. Demais Squamatas a cópula com auxílio do hemipênis, mas ocorre em alguns a partenogênese, o qual é registrada em mais de 50 sps, a hipótese para esse fenômeno surge como um híbrido de espécies próximas; mecanismo provável: alteração no mecanismo de gene (c-mas) que impede a divisão celular do óvulo sem a fecundação do espermatozóide. O cuidado parental é presente, realizam contração muscular provocando aquecimento na desova; ocorre defesa do ninho; atendimento aos filhotes (comum em viperidae). Possuem crânio diápsido modificado - perda da barra inferior ou ambas. Cinetismo craniano variável. *Crânio + cinetismo = capacidade maior de movimento articulador -> Ossos mais robustos; -> Serpentes macrostomata: perda de ossos; -> 2 ramos da mandíbula conectados por músculos e pele; articulação entre os ossos frouxa, os ramos se abrem e se separam amplamente; tegumento da garganta flexível. .Diapsida .Lepidosauria .Squamata .Gekkota .Scinciformata .Iguania .Anguimorpha .Lacertiformes .Amphisbaenia (subordem - monofilético) propostas diversas p/ posição entre os demais Squamatas. .Serpentes ● Amphisbaenia (Família Amphisbaenidae) Ocorre no Brasil. Origem estimada em dados moleculares: Cretáceo. Fósseis mais antigos: Paleoceno. A Diversificação ocorreu no período Cenozóico (Paleoceno). A distribuição geográfica é entre áreas florestas úmidas e regiões áridas. Sua dispersão se deu pelo os oceanos, sob ilhas de vegetação flutuante (América do Norte - Rhineuridae); Ocorre no Paleoceno, logo após a extinção em massa (Cretáceo - Paleoceno). Possui um crânio acinético, compacto, bem ossificado, corpo alongado com o mesmo diâmetro, a cauda afilada, robusta, propícia para o seu movimento que permite se deslocar para trás nas construções de galerias. Devido ao seu hábito fossorial há a presença de olhos resquiciais, sensoriais, fotorreceptores, portanto não forma imagem. Um tegumento constituído por anéis, as escamas dorsais são mais largas e as ventrais mais estreitas. Possuem dentes com uma disposição peculiar, um dente mediano acima que se encaixa em 2 dentes abaixo, “efeito pinça”. A cloaca em forma de fenda transversal, após a cloaca o que resta é a cauda. Todos possuem poros pré-cloacais ligados às glândulas, feromônios para reprodução, entretanto se varia a quantidade de poros. Em sua maioria são ovíparos (cerca de 95% das espécies) e a minoria vivíparos (5%). Apresentam desovas pequenas de 8 ovos e desenvolve-se em torno de 2 meses. Estes ovos normalmente são alongados e depositados em formigueiros; dispostos em sequência no corpo da fêmea e alguns ainda possuem o dente-do-ovo. Apenas 1 grupo possui membros superiores pequenos (reduzidos/resquiciais): Bipeds (Bipedidae), no México, alguns com resquício de cintura pélvica e peitoral. Entretanto, no Brasil há apenas Amphisbaenia ápodes. Em Amphisbaenia, a região da autotomia será marcada pelo o anel autotômico que possui uma musculatura diferente entre as demais, onde rompe entre as vértebras e se solta. Essa parte irá se regenerar, mas não irá originar outro anel autotômico. Ainda assim, nem todas deste grupo realizam a autotomia. *A autotomia é um mecanismo de defesa, que ocorre em Squamatas (autotomia caudal), porém não é exclusiva deste grupo. Neste mecanismo o animal ao se sentir emperigo, um processo ativo que consiste na contração dos músculos da cauda fazendo com que se separe do corpo e distraia o predador para conseguir fugir. ● Serpentes (Jurássico Médio 167 - 143 m.a.a) Ocorrência geográfica ampla, início do Cretáceo. Ophidia basais no Jurássico, serpentes no cretáceo. Tradicionalmente, uma divisão em 2 clados: - Scolecophidia (5 famílias comporiam) incluiriam pequenas serpentes fossoriais: .Anomalepididae; .Typhlopidae; .Leptotyphlopidae; .Gerrhopididae; .Xenotyphtopidae; - Alethinophidia (incluiriam demais serpentes com modos de vida diversos): .Amerophidia; .Aniliidae; .Tropidophiidae. .Afrophidia; .Henophidia; .Booidea; .Cenophidia; .Dipsadidae; .Colubridae; .Elapidae; .Viperidae. * Estudos recentes apontam Anomalepididae como grupo-irmão de Alethinophidia. Ampla variedade de habitats ocupados: oceanos desertos; florestas; altas e baixas altitudes; arborícolas; fossoriais; aquáticos e terrestres. Serpentes possuem uma musculatura forte e bem robusta; corpo alongado; ápodes; completa ausência de uma cintura pélvica. Vértebras pré-caudais em nº superior a 120 espinhos neurais curtos. Crânios pouco cinéticos em escavadores (Scolecophidia + Anomalepididae + Aniliidae). Crânios altamente cinéticos em não escavadores (Alethinophidia, exceto o Amerophidia - Aniliidae). Até 8 pontos de articulações móveis: caixa craniana; supratemporal; pré-frontal; pterigóide; ligamento quadrado - pterigóide; quadrado; conexão quadrado - supratemporal; palatino. Dentes afilados, curvos. Corpo alongado, membro posterior (esporão - Epicrates - Booidea). Fosseta loreal: órgão termorreceptor que fica entre as narinas e olhos (Viperidae) As serpentes são os únicos com escamas ao longo do corpo, além disso uma escama transparente recobrindo o olho, por conta da ausência de pálpebras. Nos Alethinophidia há a presença de escamas diferentes na área dorsal e ventral. Já nos Scolecophidia há escamas iguais em ambas as áreas, além dos olhos vestigiais recobertos por escamas, caudas mais curtas e cabeça e cauda semelhantes. *Escamas quilhadas são uma sobre a outra de forma intercaladas, dando um aspecto mais áspero à serpente. Maioria com redução de pulmão esquerdo. É notório em animais estreitos, com pouco espaço interno, que haja adaptações dos órgãos, ao exemplo de órgãos duplos, ou serão dispostos um abaixo do outro ou haverá a redução de um deles, consequentemente tornando um mais eficientes que o outro. Ex: pulmão esquerdo reduzido ou completamente ausente; vesícula biliar caudal ao fígado; rim direito cranial ao esquerdo. Scolecophidia + Anomalepididae: Maioria com olhos pouco desenvolvidos; Escamas circulares, brilhantes; Escamas dorsais e ventrais semelhantes; Hemimandibulas ligadas anteriormente, sínfisis mandibular rígida. .Alethinophidia .Amerophidia .Aniliidae (75 cm; fossorial; olhos reduzidos - Norte da América do Sul) .Tropidophiidae (Jiboia anã - Brasil, 3 sp's; não tem no laboratório) .Booidea .Dipsadidae (Brasil - 260 sp’s) .Colubridae (Brasil - 35 sp’s) .Elapidae (Brasil - 33 sp’s) .Viperidae (Brasil - 31 sp’s) O guizo (chocalho) é constituído por queratina e formado a partir de cada muda de Squamata. O som produzido pelo o guizo é advindo da acústica produzida dentro de cada anel de queratina, visto que por serem independentes e preso somente por uma “trava” um ao outro, ao balanço da cauda (característica comum das serpentes) os anéis se batem e produzem o som. As serpentes possuem diferentes tipos de dentes: 1. Áglifa: serpentes com dentes, mas sem presa inoculadora de veneno. 2. Opistóglifa (Opis= atrás): dente inoculador presente no final da mandíbula, maior que os demais dentes comuns, com sulcos superficiais ou maciços. 3. Proteróglifa (Prote= primeiro): um dente na frente inoculador, menor em comparação aos outros tipos, mas ainda maior que os demais dentes comuns e são caniculados. 4. Solenóglifa (Sole= tubo): um dente na frente inoculador, bem maior aos demais. Por ser um dente preso ao osso da mandíbula, ao se abrir o dente que é recoberto por um tegumento/muscosa se projeta para fora, ficando visível, podendo-se dizer que torna-se “móvel” ao movimento da mandíbula. É um dente com canal fechado por conta da evolução do sulco, que ao aumentar esse canal ao longo do tempo, as paredes irão se encontrar deixando apenas um abertura ao final do canal formado. *Dentes sulcados: 50% veneno injetado; *Dentes caniculados: 90% veneno injetado. ● Veneno em Squamata (secreção tóxica): - A proposta é que surge uma vez, Toxicofera (Anguimorpha + Iguania) + Serpentes. Squamata com veneno: .Helodermatidae (dente sulcado; lagartos) .Varanidae (dente com ranhuras; lagartos) .Viperidae .Elapidae .Atractaspididae (África) .Dipsadidae (40% com glândulas de veneno) .Colubridae (40% com glândulas de veneno) *Em serpentes: glândulas de veneno entre os Caenophidia. Apenas glândulas maxilares. *Estratégia de predação e presença de glândulas de veneno: - Booidea: constrição, sem veneno. - Colubroidea (não é um Colubridae, é uma superfámilia): sem constrição, há veneno. *Secundariamente constritoras, perda de veneno (atrofia da glândula de veneno): Pantherophis sp. *Resumindo: 1. Músculos e costelas curtas -> formam alças curtas -> favorece a constrição, mas limita a velocidade. 2. Músculos e costelas longas -> formam alças longas -> dificulta a constrição, mas favorece a velocidade (portanto é necessária a presença de veneno para atacar a presa). ● Função do veneno: - Imobilização da presa; - Auxílio na digestão em presas maiores, para assim evitar que ocorra o processo de decomposição, logo a proliferação de bactérias que possa atingir de forma maléfica a serpente.