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Tegumento, linfa

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RESUMO DE PATOLOGIA 
PROBLEMAS 1 & 2
Multiplicação celular e o processo 
carcinogênico
• Alterações no DNA ou mecanismos que controlam a expressão gênica, 
causadas por agentes químicos, físicos, biológicos, sofrendo ou não, 
influência da herança genética, responsáveis pela multiplicação anormal 
de células antes saudáveis. 
Ciclo celular 
• Lâmina 1: P45; A.151, pg.9,10; A.15, pg.11 a Hiperplasia
• Lâmina 2: A.377, pg. 1; A.367 A e B, pg. 14 a Hipertrofia
• Lâmina 3: A.359 a Apoptose
Hipertrofia 
• Hipertrofia é o resultado do aumento de produção das proteínas celulares.
• Pode ser induzida por ações conjuntas de sensores mecânicos (aumento da 
carga de trabalho), fatores de crescimento (TGF-β, fator-1 de crescimento 
semelhante à insulina [IGF-1],fator de crescimento fibroblástico) e agentes 
vasoativos (agonistas α-adrenérgicos, endotelina-1, e angiotensina II).
• As duas principais:
- fosfoinositídio 3-cinase/Akt (hipertrofi a fisiológica por exercício) 
- cascata da proteína G ligada a receptores → induzida por muitos fatores de 
crescimento e agentes vasoativos → hipertrofia patológica 
• A hipertrofia pode também estar associada com uma mudança das 
proteínas contráteis adultas para uma forma fetal ( isoforma α da 
miosina → β, (contração mais lenta e econômica)
• Alguns genes que são expressos apenas durante o desenvolvimento 
inicial são reexpressados em células hipertróficas e os produtos 
desses genes participam na resposta celular ao estresse.
• Ex: FNA → hormônio peptídico que causa secreção de sal pelo rim, 
reduz o volume sanguíneo e a pressão arterial e, portanto, atua no 
sentido de reduzir a carga hemodinâmica.
as fibras miocárdicas estão muito 
aumentadas de volume, como se pode 
observar em cortes longitudinais e 
transversais. Há também aumento do volume 
do núcleo nas fibras hipertróficas, devido a 
poliploidia
Hiperplasia
• Hiperplasia é um aumento do número de células em um órgão ou tecido, 
resultando geralmente em aumento da massa de um órgãoou tecido. Isto se 
esse tipo de tecido é capaz de se dividir. 
• A maioria das formas de hiperplasia patológica é causada por excesso de 
hormônios ou fatores de crescimento atuando em células alvo.
• - Embora essas formas de hiperplasia sejam anormais, o processo permanece 
controlado porque não há mutações em genes que regulam a divisão celular 
e a hiperplasia regride se a estimulação hormonal é eliminada. Portanto, a 
hiperplasia é diferente do câncer, porém a hiperplasia patológica constitui um 
solo fértil no qual a proliferação cancerosa pode surgir posteriormente 
Alguns folículos são bem 
maiores que o normal e 
contêm abundante 
colóide. Outros lembram 
folículos normais ou são 
pequenos. As células 
foliculares podem ser 
colunares, achatadas ou 
cúbicas, indicando 
variação na atividade 
funcional. Traves de 
tecido fibroso dão à 
glândula aspecto nodular.
Bócio significa aumento de volume da
tiroide, independente da causa
• Os bócios colóides são geralmente 
devidos à carência de iodo.
• Como a produção de T3 e T4 é menor por 
falta de matéria prima, há aumento da 
secreção de TSH hipofisário (feedback 
negativo), o que leva à hiperplasia da 
tiróide. Esta é inicialmente difusa e 
depois passa a nodular, devido ao 
crescimento irregular dos folículos, e 
traves de fibrose que se desenvolvem 
secundariamente a trauma e cicatrização 
(facilitados por maior tamanho da 
glândula).
• Bócios nodulares podem atingir grandes 
volumes e pesar até 2 kg. Apesar disso, os 
pacientes são geralmente eutiroideos, 
porque a glândula aumentada secreta 
mais hormônios e compensa a falta de 
iodo na dieta.
normal
patológico
Doença de Graves (Bócio Difuso Tóxico) 
• Folículos pequenos, freqüentemente abaixo do diâmetro normal, e contendo 
pouco ou nenhum colóide. Há infiltrado linfocitário focal, formando folículos 
linfóides com centros germinativos
• O mecanismo é autoimune → Há produção de anticorpos contra os 
receptores para TSH
• A quantidade de colóide na luz dos folículos fica pequena, pois a 
célula metaboliza o colóide para liberar T3 e T4 no sangue circulante 
→ Hipertiroidismo
Células foliculares 
denotam atividade 
funcional. Vários 
folículos são 
formados por células 
volumosas, com 
citoplasma 
abundante. Os 
núcleos são grandes, 
com cromatina 
frouxa, às vezes com 
nucléolo evidente, 
indicando intensa 
atividade funcional e 
de síntese proteica. 
Há certa variação da 
forma e tamanho dos 
núcleos.
Infiltrado inflamatório. Há infiltrado linfoplasmocitário focal, formando folículos linfóides
com centros germinativos. O infiltrado inflamatório é a expressão morfológica da natureza 
autoimune da doença.
Apoptose Os corpúsculos acidófilos de Councilman ou de Councilman-Rocha Lima representam hepatócitos 
em apoptose, um dos padrões morfológicos de 
morte celular. O citoplasma das células atingidas 
condensa-se e transforma-se em massa homogénea, 
intensamente acidófila. O núcleo também se 
condensa e as células, agora arredondadas, 
desprendem-se das vizinhas.
Hiperplasia Linfoide Folicular 
• A camada cortical está espessada e mostra 
numerosos folículos linfóides de vários 
tamanhos, com centros germinativos muito 
ativos. Os folículos correspondem à zona B do 
linfonodo, onde proliferam e amadurecem os 
linfócitos que se transformarão principalmente 
em células de memória e, em menor grau, 
em plasmócitos, as células produtoras de 
imunoglobulinas. Estes são produzidos 
principalmente nas regiões interfolicular e 
medular do linfonodo. Entre os folículos está 
a zona paracortical, que aparece mais escura, 
onde predominam os linfócitos T. 
No centro germinativo → células maiores e claras 
(macrófagos com restos de células que sofreram 
apoptose) → ‘aspecto em céu estrelado’.
Há também alguns centroblastos, que são células 
com aspecto jovem, com núcleo grande e vesiculoso
e nucléolos evidentes.
Mitoses são numerosas no centro germinativo, 
indicando que se trata de uma zona de intensa 
proliferação dos linfócitos B.
Displasia
• Crescimento desordenado que ocorre com 
frequência no epitélio metaplásico (porém nem 
todos epitélio metaplásico é displásico)
• Caracterizada pela: 
- Perda da uniformidade das células individuais 
→ pleomorfismo e núcleos hipercromáticos
- Perda da orientação arquitetônica 
- Figuras mitóticas abundantes 
DISPLASIA NÃO NECESSARIAMENTE DESENVOLVE 
PARA CANCER 
Neoplasia 
Neoplasia significa: neo (novo) + plasia (crescimento), “novos 
crescimentos” → proliferação descontrolada de células, que pode ser benigna 
ou maligna e por fim, o câncer é o termo utilizado para designar uma neoplasia 
maligna
Tumor se refere a massa → aumento de tecido decorrente de uma 
neoplasia ou reação inflamatória, por exemplo. 
.
Anaplasia
• Significa falta de diferenciação, marca de tumores malignos, associada a 
muitas outras alterações morfológicas:
- Pleomorfismo: variação no tamanho e forma das células → não uniformes 
- Morfologia nuclear anormal: núcleos desproporcionalmente grandes, 
cromatina agrupada de forma desordenada com coloração mais escura que 
o normal (hipercromática) 
- Mitoses: atividade mitótica maior nas células pariquimentosas→ figuras 
mitóticas bizarras 
- Perda de polaridade: alteração da orientação das células → crescimento 
anárquico 
- Estroma vascular escasso, áreas centrais de necrose isquêmica 
Genes do reparo do DNA
• Família MMR (reparo do 
pareamento errôneo)
• Família UVDR (reparo do 
dano por raios UV)
• Genes do reparo de dano por 
RI (recombinação
homóloga)
Linfomas 
• O linfomarepresenta um grupo de neoplasias malignas com origem 
de células linfóides, e que se diferem da leucemia
• linfocítica por se apresentarem na forma de massas tumorais sólidas e 
se originarem de tecidos linfóides como os linfonodos.
• Lembrando que as leucemias iniciam-se na medula óssea e atingem o 
sangue periférico, não formando massas tumorais. Os
• linfomas podem ser divididos em dois grupos principais: - Linfoma 
Não-Hodgkin (LNH) - Linfoma de Hodgkin. 
• Linfoma de Hodking: surge quando um linfócito se transforma em uma 
célula maligna. Na Doença de Hodgkin, os tumores disseminam-se de um 
grupo de linfonodos para outros grupos de linfonodos através dos vasos 
linfáticos. O local mais comum de envolvimento é o tórax, região também 
denominada mediastino.
• -Linfoma não Hodgkin neoplasias malignas, originárias dos gânglios (ou 
linfonodos).
• A diferença entre o linfoma de Hodgkin e o linfoma não Hodgkin está 
basicamente nas características das células malignas. Essa diferenciação só 
é possível após a biópsia e análise das células cancerígenas.
De um modo geral, pode-se dizer que as células malignas do linfoma de 
Hodgkin sofrem muitas alterações, se tornando muito diferentes das 
células normais dos tecidos linfoides, enquanto que as células do linfoma 
não Hodgkin sofrem transformação maligna, mas preservam algumas 
características iniciais.
- Proliferação atípica e clonal de células
- Semelhantes a células normais 
- Origem tanto primária (no próprio linfoma) quanto no tecido linfoide 
extranodal
• A classificação do linfoma não-Hodgkin assenta em diversos critérios 
bastante complexos. Um modo simplificado, embora válido, de 
analisar a situação é através de duas classificações do linfoma não-
Hodgkin, que possibilitam aos médicos decidir qual o tratamento a 
administrar aos doentes:
• Indolente (também designado de baixo grau ou de crescimento lento)
• Agressivo (também designado de alto grau ou de crescimento rápido)
• A designação de Indolente ou Agressivo baseia-se na evolução clínica 
do linfoma.
• Para classificar as neoplasias linfoides são 
necessárias observações quanto aos 
aspectos morfológicos, imunofenotípicos, 
genotípicos e clínicos 
- Neoplasia de células percursoras (LLA-B)
- Neoplasia de células periféricas
- Neoplasias T precursoras (LLA-T)
- Neoplasias de células T e NK periféricas 
- Linfoma de Hodking
• 85% das neoplasias 
linfoides são derivadas 
de células B
Etiopatogênese
• Fatores Genéticos (raro no 
oriente/comum no ocidente)
• Fatores Virais 
- EBV (LH/LNH Burkitt)
- HTLV-1 (linfoma/leucemia de cell T)
- HEPATITE (linfoma B esplênico) 
• TAX:produto desse gene é essencial para a replicação viral
- Aumento da via do PKI3/AKT (aumento do crescimento)
- Aumenta ciclinas/ diminui inibidores de CDK
- Instabilidade genômica 
• O EVB infecta as células T (CD21)
• Usurpação de vias normais de sinalização 
• LMP-1 (oncogene) = receptor de CD40 →
estimula o crescimento de cells T (via 
JAK/STAT) e evita a apoptose (BCL-2)
• Linfoma de Burkitt (endêmico na Africa
Central)
- Infecções comcomitantes (malária) 
diminuem a eficiência do sistema imune →
manutenção de cells B → persistência de 
células infectadas mesmo após ação da cells
T --> ganho de mutações como o MYC →
câncer
O EBV NÃO É ONCOGÊNICO NO CASO DO L. DE 
BURKITT MAS AGE COMO MITÓGENO 
POLICLONAL CAUSADOR DE MUTAÇÕES QUE 
IRÃO PRODUZIR O CÂNCER. 
LINFOMA DE HODKING 
• Origem em um único linfonodo ou cadeias linfonodais
• Primeira disseminação para tecidos linfoides contíguos 
• Células de Reed Strernberg (células neoplásicas gigantes que liberação fatores 
causadores da agregação de linfócitos, macrófagos e granulócitos reativos)
- Célula grande
- Binucleada ou multinucleada
- Nucléolo evidente e eosinófilico
- Citoplasma amplo
- Origem: célula B
Padrão clássico Linfo-histiocíticaLacunar 
• Existem 5 subtipos de LH:
1- Esclerose nodular
2- celularidade mista
3- rico em linfócitos 
4- depleção linfocitária
5- predominância linfocitária 
• LH clássico: marcadores 
linfoides negativos CD45- / 
positivo para CD30/CD15+
• LH PLN (RS linfocítio-
histiocítico→ CD45)
FATORES PROGNÓSTICOS 
• Quando identificado em 
estágio inicial pode ser 
curado com radioterapia 
• Porém, os curados pela radio, 
a longo prazo apresentam 
câncer de pulmão, melanoma 
e câncer de mama.
• O mesmo ocorreu para 
pacientes em estágio inicial 
tratado por quimio (ag. 
alquilantes) 
Infiltrado misto
As CÉLULAS ATÍPICAS de Reed-Sternberg (bi- ou 
multinucleadas) e as de Hodgkin (mononucleadas) 
estão esparsas entre as células inflamatórias.
Só as células atípicas são neoplásicas. As células 
inflamatórias são consideradas reativas. 
CÉLULAS DE HODGKIN. O núcleo com nucléolo 
proeminente é igual ao das células de Reed-Sternberg, 
mas as células são mononucleadas. Por si sós não 
permitem o diagnóstico definitivo de doença de 
Hodgkin
CÉLULAS DE REED-STERNBERG. O aspecto mais característico é 
uma célula binucleada com nucléolos grandes e eosinófilos, 
dando o clássico aspecto em olho de coruja. O citoplasma é 
abundante e eosinófilo. Só as células de Reed-Sternberg são 
consideradas diagnósticas da doença de Hodgkin, ou seja, seu 
encontro é obrigatório para fechar o diagnóstico
LINFOMA NÃO HODKING 
Morfologia:
• Aumento volumétrico indolor de 1 ou mais linfonosos (linfodenomegalias) 
• Início: Linfonodos separados e consistência elástica 
• Tardio: fusão dos linfonodos e aderência aos tecidos vizinhos (massas branco acinzentadas) 
Exemplo da prof: Linfoma folicular 
Exemplo da prof: Linfoma difuso de células grandes B 
Exemplo da prof: Linfoma de Burkitt
imita a hiperplasia linfoide folicular
NORMAL
Indica grau de malignidade baixo!
A.360 – LINFOMA FOLICULAR 
LINFOMA INDOLENTE!!
• Em ambas localizações as células são neoplásicas e 
constituídas predominantemente por centrocitos
com núcleos escuros, de contorno levemente 
irregular.
• As células com núcleos maiores, cromatina frouxa e 
nucléolos evidentes são centroblastos (são mais 
comuns dentro dos folículos.)
• Nos folículos as células estão um pouco mais 
espaçadas entre si dando aspecto mais frouxo em 
pequeno aumento. É freqüente observar-se 
acúmulos focais de um material róseo proteináceo, 
produto do metabolismo das células aí situadas.
• Fora dos folículos as células neoplásicas são, na 
grande maioria, centrocitos
centrócitos → menores 
centroblastos → maiores
• Células B germinativas normais 
expressam CD19/20/10, Ig de 
superfície e BCL6 ASSIM COMO 
as células neoplásicas do LNH 
Folicular
• O BCL-2 é negativo para células 
B normais → ajuda a classificar!!
A.361 
• Perda total da arquitetura
• Substituição das estruturas normais por células 
neoplásicas com aspecto difuso. 
• Não há folículos linfóides, seios linfáticos ou 
distinção entre camadas cortical e medular
• Células têm aspecto semelhante a imunoblastos
(células imaturas de linhagem B).
• Mitoses e apoptose → linfoma agressivo. 
• Esses tumores ocorrem mais freqüentemente em adultos
• Têm curso clínico agressivo e necessitam tratamento, pois, caso contrário, levarão o paciente ao 
óbito em pouco tempo.
LINFOMA AGRESSIVO!!
MITOSES → INDÍCIO DE MALIGNIDADE 
Linfomas altamente 
agressivos
Tumores de cells B maduras 
que expressam IgM, 
CD19/20/10 e BCL6 
O linfoma de burkitt não 
expressa BCL2
TUMOR BEM DELIMITADO E BEM 
DIFERENCIADO originado em fígado cirrótico.
.A cirrose é um importante fator de risco para o 
hepatocarcinoma devido à contínua necrose e 
regeneração de hepatócitos. 
Infecçãocrônica pelo virus B da hepatite aumenta 
muito a incidência do tumor porque este DNA 
virus tem capacidade de incorporar seu genoma 
ao da célula hepática
BRINKS rs !1!!

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