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Neoplasias

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PATOLOGIA Weslley Jonathan P4 
 
NEOPLASIAS 
- Não existe uma definição exata do que é a 
neoplasia 
▪ Robbins: um distúrbio do crescimento 
celular que é desencadeado por uma série 
de mutações adquiridas que afetam uma 
única célula e sua progênie clonal. → as 
mutações causais fornecem para as células 
neoplásicas uma vantagem de 
sobrevivência e de crescimento, resultando 
em proliferação excessiva que é 
independente de sinais fisiológicos de 
crescimento (autônoma). 
▪ Bogliolo: Lesão constituída por proliferação 
celular anormal, descontrolada e autônoma, 
em geral com perda ou redução de 
diferenciação, em consequência de 
alterações em genes ou proteínas que 
regulam a multiplicação e a diferenciação 
das células. 
 
- Em organismos celulares, a taxa de 
proliferação de cada tipo de célula é 
controlada por um sistema que permite que 
ocorra replicação dentro dos níveis 
homeostáticos 
- Essa replicação precisa ser controlada de 
modo rígido por esse sistema de controle → 
As neoplasias são marcadas por uma 
proliferação celular descontrolada 
- As células neoplasias progressivamente 
sofrem uma perda de diferenciação, 
tornando-se ATÍPICAS → Normalmente 
quando mais avançado é o estado de 
diferenciação, mais baixa é a taxa de 
reprodução 
- As células neoplásicas sofrem alterações 
nos seus mecanismos regulatórios de 
multiplicações, adquirindo uma autonomia de 
crescimento e se torna independente de 
estímulos fisiológicos 
As atividades celulares que se manifestam 
continuamente, sem regulação, são 
chamadas constitutivas; para a célula 
tumoral, proliferação é atividade constitutiva. 
 
- O que diferencia a neoplasia de uma 
displasia e hiperplasia é sua autonomia de 
proliferação → Quando ocorre em um órgão 
sólido, o maior numero de células forma um 
TUMOR (existem vários tipos de tumores) 
- Existem duas categorias de neoplasias, do 
ponto de vista clinico, evolutivo e 
comportamental: 
1. Neoplasia benigna – Geralmente não 
são letais e não causam problemas ao 
hospedeiro, podendo evoluir por 
muitos anos sem causar risco de vida 
2. Neoplasia maligna – Possui 
crescimento rápido e provocam 
perturbações homeostáticas graves 
que levam o indivíduo à morte 
 
- As neoplasias benignas e malignas 
possuem dois componentes: 
▪ Parênquima (células neoplásicas) 
▪ Estroma conjuntivovascular 
As propriedades biológicas dessas 
neoplasias dependem das características 
desses dois componentes e das interações 
entre eles 
 
Os tumores (neoplasias) podem ser 
classificados de acordos com critérios: 
o Comportamento clínico – Benigno ou 
maligno 
o Aspecto macroscópico – Critério 
histomorfológico, o qual a neoplasia é 
identificada pelo tecido ou célula 
proliferante 
o Origem da neoplasia – Critério 
histogenético 
 
Classificações das neoplasias (critério 
histomorfológico): 
TUMORES BENIGNOS: 
o Sufixo “OMA” – Empregado em 
neoplasias BENIGNAS → Fibroma 
(tecido adiposo), condroma 
(cartilagem), mioma (muscular) 
TUMORES MALIGNOS 
o “Carcinoma” – Neoplasia maligna 
que surge de células epiteliais, de 
qualquer uma das camadas 
germinativas (ectoderma, 
mesoderma endoderma) → 
Neoplasias na epiderme (ecto), 
túbulos renais (meso) ou lúmen 
intestinal (endo) são todos 
denominados de CARCINOMAS 
o “Sarcoma” – Neoplasias malignas 
que surgem de tecido mesenquimal 
sólido - ex. Fibrossarcoma, 
condrossarcoma, leiomiossarcoma 
PATOLOGIA Weslley Jonathan P4 
 
o Leucemias – Surgem de células 
formadoras de sangue (leucemia 
significa sangue branco) 
o Linfoma – Tumor de linfócitos ou 
seus precursores 
o “Blastoma”- Sinônimo de neoplasia, 
quando empregado com sufixo indica 
um tumor que reproduz 
características EMBRIONÁRIAS – ex. 
Nefoblastoma, neuroblastoma 
O termo carcinoma de células escamosas 
denota um câncer em que as células tumorais 
lembram o epitélio escamoso estratificado, e 
adenocarcinoma denota uma lesão em que as 
células epiteliais neoplásicas crescem em um 
padrão glandular. 
Algumas vezes o tecido ou órgão de origem 
pode ser identificado e é adicionado como um 
descritor, como no adenocarcinoma de 
células renais ou no carcinoma de células 
escamosas broncogênico. 
 
Na forma mais usual de denominar um 
tumor, toma-se o nome da célula, do 
tecido ou do órgão reproduzido e 
acrescentam-se os sufixos -OMA, -
SARCOMA OU -CARCINOMA: 
o Lipoma - tumor benigno que 
reproduz lipócitos; 
o Hemangioma - tumor que 
reproduz vasos sanguíneos 
o Condrossarcoma - tumor maligno 
que forma cartilagem 
o Hepatoblastoma - tumor maligno 
que reproduz hepatócitos com 
características embrionárias 
o Adenoma - tumor benigno 
derivado de glândulas, podendo ou 
não, formarem estruturas 
glandulares 
o Adenocarcinoma - tumor maligno 
que forma glândulas 
 
 
O nome de um tumor pode conter outros 
termos para indicar certas propriedades da 
lesão ou sua diferenciação: 
o Carcinoma epidermoide - o epitélio 
neoplásico produz ceratina, tendo 
portanto diferenciação semelhante à 
da epiderme 
o Adenocarcinoma cirroso - o estroma 
do tumor é muito desenvolvido e 
duro, dando consistência muito firme 
à lesão 
 
Teratomas: 
▪ São tumores benignos ou malignos 
que são originados células tronco toti 
ou multipotentes 
▪ Se originam nas gônadas (testículos ou 
ovários) 
▪ São constituídos por tecidos derivados 
de mais de um folheto embrionário 
▪ Teratomas benignos há uma maior 
diferenciação dos tecidos, formando 
estruturas organoides (PELE E 
ANEXOS, OSSOS, DENTES, OLHOS) 
dispostos desordenadamente 
▪ Teratomas malignos, a diferenciação é 
LIMITADA (são imaturos), 
encontrando-se apenas raros esboços 
organoides de permeio com as células 
que sofreram transformação maligna 
 
NEOPLASIA BENIGNA 
- Geralmente não representam grandes 
problemas para o portador, dependendo do 
seu VOLUME, LOCALIZAÇÃO e 
PROPRIEDADES: 
▪ Os adenomas pleomórficos de 
glândulas salivares com frequência 
recidiva após cirurgia 
▪ Tumores benignos não se disseminam 
ESPONTÂNEAMENTE mas podem ser 
levados a distâncias → Traumatismos 
ou o aumento da pressão intracavitária 
(ex. Cistadenomas papilíferos do 
ovário) podem se romper-se e libar 
células ou papilas na cavidade 
peritoneal → Essas células podem se 
espalhar e se implantar no peritônio, 
pelo movimento das alças intestinais, e 
formar COLÔNIAS TUMORAIS 
SECUNDÁRIAS 
▪ Adenomas secretores de substâncias 
importantes na homeostase podem 
provocar a MORTE do individuo devido 
a sua alta produção – ex. Tumores 
pancreáticos secretores de insulina 
podem levar a hipoglicemia fatal 
PATOLOGIA Weslley Jonathan P4 
 
▪ Neoplasias quando localizadas em 
locais vitais podem levar a morte – ex. 
Gliomas no encéfalo são de difícil 
acesso cirúrgico e não podem ser 
totalmente ressecados, mesmo 
tumores com crescimento lento, 
circunscrito e sem capacidade de 
invasão tecidual → Esses tumores 
podem crescer ao ponto de 
interromper a circulação do líquor, 
comprimir e deslocar estruturas 
nervosas vitais e levar o paciente a 
morte 
Por tudo isso, essas neoplasias não podem ser 
classificadas como benignas ou malignas apenas por 
seus aspectos morfológicos; componentes da biologia 
da lesão, seu componente clínico e suas formas de 
evolução são também muitas vezes indispensáveis 
para se rotular um tumor como benigno ou maligno. 
 
CARACTERÍSTICAS 
- As células das neoplasias benignas 
geralmente são BEM DIFERENCIADAS, 
podendo ser indistinguíveis de células 
normais- Possuem atipias celulares e arquiteturais 
discretas → O tumor reproduz bem o tecido 
que lhe deu origem 
- Tem um crescimento LENTO, devido a baixa 
taxa de divisão celular 
- Em tumores benignos as células CRESCEM 
UNIDAS ENTRE SI, não se infiltrando em 
tecidos vizinhos 
- Geralmente formam MASSAS ESFÉRICAS e 
tem um CRESCIMENTO EXPANSIVO, podendo 
causar ATROFIA de outras regiões por 
compressão 
- Os tumores benignos formam CAPSULAS 
FIBROSAS que o delimitam, facilitando sua 
remoção cirúrgica 
- Geralmente esses tumores não recidivam 
após ressecção cirúrgica 
- O crescimento lento dos tumores benignos, 
permitem o desenvolvimento adequado de 
VASOS SANGUINEOS → Essas vasos 
asseguram uma boa nutrição para as células, 
sendo degenerações, necroses e 
hemorragias POUCO COMUNS 
- Os tumores benignos não produzem 
substâncias que causam a caquexia ou 
anemia 
 
Imagem (FIBROADENOMA DA MAMA) - Lesão nodular, 
homogênea e bem delimitada do parênquima 
No microscópio: A neoplasia é envolta por capsulas de 
tecido conjuntivo 
 
NEOPLASIA MALIGNAS (CÂNCER) 
- As propriedades das células cancerígenas 
se aproximam das células embrionárias 
normais → isso é um sinal fenotípico de perda 
de diferenciação 
- As novas propriedades adquiridas pelas 
células, geram modificações fenotípicos que 
que confere as células cancerosas: 
▪ Imortalização 
▪ Capacidade de autossustentação 
▪ Capacidade de invasão 
▪ Capacidade de evasão do sistema 
imunitário 
▪ Formação de colônias a distância 
 
As principais propriedades e características 
fenotípicas são: 
▪ Autonomia de proliferação 
▪ Insensibilidade aos sinais inibitórios da 
mitose 
▪ Evasão da apoptose 
▪ Evasão da senescência replicativa 
▪ Autonomia de sobrevivência 
▪ Instabilidade genômica 
PATOLOGIA Weslley Jonathan P4 
 
▪ Capacidade de evasão do sistema 
imunitário 
▪ Adaptações metabólicas, permitindo a 
sobrevivência em ambientes menos 
oxigenados 
▪ Capacidade de invasão 
▪ Capacidade de metastatizar 
 
PROPRIEDADES E CARACTERÍSTICAS 
Autonomia de sinais de proliferação: 
▪ Produção de fatores de crescimento 
pelas células tumorais e pelas do 
estroma ativadas pelas células 
neoplásicas 
▪ Mutações ativadores em oncogenes → 
Esses genes quando codificados 
formam FATORES DE CRESCIMENTO 
ou RECEPTORES → Geram fatores de 
crescimento com maior afinidade ao 
receptor ou formam receptores que 
permanecem ativos mesmo sem a 
presença de um agonista – ex. Alguns 
Carcinomas produzem PDGF, enquanto 
outros carcinomas como da mama e 
gliomas produzem EGFR mutado 
(truncado) 
▪ Mutação com ganho de função em 
oncogenes que produzem moléculas 
transdutoras do sinal do receptor que 
permanecem ativadas independente da 
ativação do receptor 1 – ex. BRAF no 
carcinoma papilífero da tireoide, que 
fica permanentemente ativado, 
mantendo ativa a via das MAPK 
▪ Hiperexpressão de genes que acionam 
o ciclo celular por translocação de um 
gene para junto de um promotor 
potente 
▪ Quebra cromossômica com inversão 
que gera genes de fusão que codificam 
proteínas ativas (receptores ou 
proteínas cinases do citosol), 
independentemente do estímulo 
necessário para sua ativação (receptor 
com atividade cinase em tirosina 
originado por inversão no oncogene 
RET no carcinoma papilifero da 
tireoide; proteína hibrida BCR-ABL, 
com atividade de cinase em tirosina no 
citosol, na leucemia mieloide crônica). 
 
Insensibilidade aos sinais inibidores de 
mitose: 
▪ Mutação inativadora em genes que 
codificam moléculas reguladoras da 
via MAPK 
▪ Mutação com perda de função ou 
deleção de GENES SUPRESSORES de 
tumor que controlam o ciclo celular → 
pRB, que sequestra o fator de 
transcrição E2F, o qual ativa a entrada 
em G1; p53, que inativa complexos 
ciclina/CDK, bloqueando a progressão 
do ciclo celular nas suas diferentes 
fases 
▪ Modificação na atividade de fatores de 
crescimento inibidores de divisão 
celular, que se tornam ativadores de 
proliferação descontrolada (ex. O TGF-
β) → Nas células cancerosas, as vias 
de transdução de sinal que inibem a 
proliferação ficam inibidas, enquanto 
há uma ativação das vias que induzem 
a transição epiteliomesenquimal 
▪ Perda da INIBIÇÃO POR CONTATO → As 
células cancerígenas mesmo quando 
atingem um ESTADO DE 
CONFLUÊNCIA, não param de se 
multiplicar e de se locomover, gerando 
pilhas de células superpostas 
(normalmente quando as células 
ATINGEM UMA CERTA QUANTIDADE, 
param de crescer e de se movimentar, 
esse fenômeno é CHAMADO DE 
INIBIÇÃO PRO CONTATO OU 
DEPENDENTE DE DENSIDADE) 
Esse fenômeno depende do sistema caderina/β-
catenina: quando as células estão separadas, sem 
adesão pela caderina, a β-catenina fica livre no 
citoplasma; não sendo degradada, ativa fatores de 
transcrição. 
O GENE SUPRESSOR DE TUMOR NF-2 (deletado ou 
inativado na neurofibromatose) codifica uma proteína 
citosólica (MERLINA) que liga moléculas de adesão 
(caderinas E) com receptores de fatores de 
crescimento, mantendo-os INATIVOS; células em 
proliferação, ao estabelecer contato e adesão com 
células vizinhas, têm os receptores para fatores de 
crescimento inibidos pela PROTEÍNA MERLINA LIGADA 
A CADERINAS. 
O produto do gene supressor de tumor LKB1, cujo 
produto organiza a polaridade das células epiteliais, 
também está envolvido na perda de inibição por 
contato. 
PATOLOGIA Weslley Jonathan P4 
 
Após o contato celular, LKB1 é ativado e sua ação 
orquestra a polarização celular e inibe o MYC, 
impedindo a estimulação da divisão celular 
 
Evasão dos mecanismos de apoptose: 
▪ Resulta de inibição de genes pró-
apoptóticos, da hiperexpressão de 
genes antiapoptóticos 
▪ Ocorre inativação de genes que 
codificam proteínas de checagem de 
lesões no DNA – ex. TP53 é inativado 
em vários tumores 
 
Autofagia: 
▪ As células cancerosas podem 
manipular a autofagia em seu proveito: 
na falta de nutrientes ou por agressão 
por radiação ou quimioterápicos 
▪ Ativam a autofagia e reduzem o volume 
celular, originando células 
quiescentes, em DORMÊNCIA 
TRANSITÓRIA, que pode ser 
responsável por recidivas do tumor 
após aparente regressão pelo 
tratamento. 
▪ Camundongos com inativação de 
genes indutores de autofagia são mais 
suscetíveis a tumores induzidos, o que 
sugere que a autofagia tem algum 
efeito antitumorigênico associado ou 
não a apoptose. 
 
Evasão da senescência replicativa: 
▪ Após vários ciclos de proliferação, as 
células perdem a capacidade de se 
replicarem mesmo ainda estando 
viáveis 
▪ Esse fenômeno ocorre devido a 
EROSÃO DOS TELÔMEROS (sequencias 
repetidas de subunidade TTAGGG que é 
sintetizado pela telomerase) 
▪ Nas células normais, a telomerase 
possui uma atividade bem baixa ou não 
existente 
▪ Quando os telômeros ENCURTAM, 
sensores específicos são estimulados 
e a MULTIPLICAÇÃO CELULAR É 
INTERROMPIDA ou entram em 
apoptose pela ação da P53 → esse 
fenômeno é a SENESCÊNCIA 
REPLICATIVA 
▪ Sem telômeros, as pontas do DNA 
cromossômico ligam-se umas às 
outras, de forma anômala, gerando 
cromossomos dicêntricos, caos 
mitótico e, por fim, morte celular 
▪ A senescência replicativa é um dos 
mecanismos de proteção contra 
proliferação celular descontrolada, 
pois é induzida em células com 
ativação de oncogenes cujos produtos 
induzem proliferação celular, 
reforçando a ideia de que se trata de 
processo que se antepõe à 
proliferação neoplásica 
▪ Em células cancerosas, porém, a 
telomerase permanece ativa e não 
ocorre senescência replicativa. 
▪ Ativação da telomerase em células 
cancerosas, atua na evasão da 
senescência replicativa, diminui a 
apoptose e amplifica os mecanismosde proliferação celular. 
 
Imortalidade: 
▪ Células normais em cultura têm vida 
limitada (sofrem até cerca de 60 
divisões). 
▪ As células malignas, ao contrário, 
multiplicam-se indefinidamente, por 
causa de autonomia de proliferação, 
insensibilidade a inibidores da mitose e 
evasão da apoptose e da senescência 
replicativa → isso confere às células 
neoplásicas a propriedade de 
imortalidade, possibilitando sua 
multiplicação indefinida. 
▪ A aquisição de imortalidade não 
confere ainda o fenótipo de 
malignidade, pois células 
imortalizadas inoculadas em animais 
atímicos não invadem os tecidos, ainda 
que mantenham a atividade 
proliferativa. 
 
Instabilidade genômica: 
▪ Resulta de defeitos em GENES DE 
REPARO DE DNA e do ESTRESSE 
OXIDATIVO durante a replicação do 
DNA → Favorece quebras no DNA em 
sítios frágeis 
PATOLOGIA Weslley Jonathan P4 
 
▪ O genoma se torna instável quando as 
lesões no DNA não são reconhecidas e 
nem reparadas 
▪ Nas células malignas, as mutações 
com perda de função ou silenciamento 
dos GENES GUARDADORES DE 
GENOMA tornam o genoma suscetíveis 
a mutações → Esses genes codificam 
sensores de danos ao DNA, que 
processam seu reparo, controla sinais 
para interromper o ciclo celular ou 
induzir a apoptose 
▪ O incremento de mutações favorece o 
surgimento de clones com 
propriedades que aceleram a 
malignização 
▪ A atividade da telomerase garante 
também a FIXAÇÃO E A 
ESTABILIZAÇÃO DAS ALTERAÇÕES 
CROMOSSÔMICAS decorrentes do 
encurtamento dos telômeros ocorrido 
nas fases iniciais da carcinogênese, 
quando a atividade que recompõe os 
telômeros não existia → fixação ou a 
estabilização dessas alterações torna 
o genoma ainda mais instável, 
facilitando quebras, deleções ou 
translocações gênicas. 
▪ Ao longo do tempo a instabilidade 
genômica confere às neoplasias 
malignas, a capacidade de acumular 
novas mutações e de mudar seu 
fenótipo, sua agressividade e sua 
resistência 
▪ Os subclones que vão adquirindo 
novas alterações podem se tornar 
mais proliferativos e mais resistentes 
à morte celular 
▪ Certos clones adquirem alterações 
que levam vantagem para metástases 
em relação ao tumor inicial; por esse 
motivo, a metástase pode ser 
genomicamente diferente do tumor 
original. 
 
Recorrência do câncer: 
▪ A resposta quimioterápica inicial pode 
reduzir a massa neoplásica por ação 
nos SUBCLONES SENSÍVEIS aos 
medicamentos 
▪ Ao passar do tempo, o que restam são 
os subclones mais resistentes, que vão 
se tornando cada vez mais 
enriquecidos no tumor e torna o câncer 
mais resistente ao tratamento 
▪ As recidivas podem ser entendidas 
pela maior participação dos subclones 
resistente 
▪ Quando há recorrência da doença, 
deve-se reavaliar os achados 
morfológicos, imuno-histoquímicos e 
moleculares presentes ao diagnóstico, 
o que pode contribuir na conduta 
terapêutica. 
 
 
Angiogênese: 
▪ As células malignas induzem a 
angiogênese (neoformação vascular) 
para garantir seu suprimento 
sanguíneo, por formação de novos 
vasos a partir dos vasos vizinhos 
▪ A angiogênese nos tumores ocorrem 
pelos mesmos mecanismos que 
ocorrem na cicatrização de feridas e 
em inflamações 
▪ Células tumorais, células do estroma 
do tumor e leucócitos liberam fatores 
angiogênicos, como VEGF A e B e FGFb, 
que atuam no endotélio de capilares 
vizinhos e induzem sua proliferação, 
migração e diferenciação em novos 
capilares. 
▪ A angiogênese é mantida por inibição 
de fatores antiangiogênicos (ex. 
trombospondina-1). 
▪ HIPÓXIA no tumor induz angiogênese, 
pois o HIF (hypoxia inducible factor) 
ativa a transcrição de genes que 
codificam fatores angiogênicos. 
▪ A angiogênese é mais intensa e mais 
acelerada pela produção de outros 
fatores de crescimento (HGF) e de 
quimiocinas (ex. CXCL 12) por células 
PATOLOGIA Weslley Jonathan P4 
 
tumorais e do estroma, que atuam em 
receptores no endotélio, favorecendo a 
migração e a reorganização dessas 
células em novos vasos. 
▪ Os vasos neoformados no tumor são 
irregulares, dilatados e formam redes 
erráticas de fluxo sanguineo, com 
áreas frequentes de micro-
hemorragia e quantidade anormal de 
células endoteliais proliferadas e em 
apoptose. 
 
Adaptação metabólica: 
▪ Adaptações no metabolismo celular, 
especialmente ENERGÉTICO, é 
necessário para o câncer manter sua 
alta atividade proliferativa 
▪ A adaptação metabólica ocorre por 
alterações na expressão genica 
durante a cancerigênese que sintetiza 
isomorfas de enzimas predominantes 
na vida embrionária → essas enzimas 
catalisam vias metabólicas menos 
complexas que oferece vantagem a 
essas células em relação as normais 
▪ O metabolismo das células cancerosas 
tem uma exacerbação acentuada da 
glicose anaeróbia → EFEITO DE 
WARBURG 
▪ Os tumores malignos são ávidos por 
glicose → isso permite o seu 
reconhecimento por PET (tomografia 
por emissão de pósitrons) 
▪ Com o aumento da glicólise ocorre 
acidificação do meio pelo excesso de 
ÁCIDO LÁCTICO gerado → o ácido 
láctico pode ser utilizado por clones 
neoplásicos que realização oxidação 
aeróbia 
▪ Alguns canceres possuem dois tipos 
de células: 1) As que realizam glicólise 
anaeróbia com liberação do ácido 
láctico e 2) Células que fazem oxidação 
mitocondrial, utilizando o ácido láctico 
eliminado pelas células com alta 
atividade glicolítica 
▪ O individuo passa a sofrer alterações 
metabólicas como: Depleção de glicose 
e acumulo de lactato que sobrecarrega 
os mecanismos de gliconeogênese 
hepática 
▪ As células malignas também tem 
grande aptidão de captar aminoácidos 
e sintetizar proteínas → com isso elas 
continuam se replicando mesmo 
quando a disponibilidade de 
aminoácidos é pequena 
 
Resposta inflamatória: 
▪ A indução da resposta inflamatória 
recruta células da imunidade inata e 
adaptativa para o estroma, onde são 
editadas ou educadas para colaborar 
na carcinogênese por produzir fatores 
de crescimento, fatores angiogênicos e 
proteases que favorecem a 
proliferação, a sobrevivência e o 
deslocamento das células cancerosas. 
▪ As células cancerosas liberam 
citocinas pró-inflamatórias que 
induzem resposta imunitária 
adaptativa do tipo Th2, em que os 
macrófagos são ativados para o reparo 
e a regeneração (macrófagos M2). 
 
Funções celulares: 
▪ Por causa da perda da diferenciação 
celular, as células neoplásicas tendem 
a perder funções especificas do tecido 
de origem 
▪ O grau da perda de diferenciação varia 
entre os tumores → Há tumores 
anaplásicos que perdem totalmente as 
propriedades morfofuncionais das 
células de origem, enquanto há 
tumores bem diferenciados que 
produzem as mesmas substancias 
sintetizadas pelos tecidos normais 
▪ ex. ADENOMAS OU CARCINOMAS DA 
CORTICAL DA SUPRARRENAL podem 
produzir hormônios esteroides → 
essas células são insensíveis ao 
mecanismo de controle de secreção e 
acabam liberando quantidade 
excessiva dos hormônios, causando 
síndromes clinicas de 
hipercorticalismo 
▪ Células neoplásicas também podem 
adquirir NOVAS FUNÇÕES que não 
eram existentes nas células normais – 
ex. Neoplasias de células não 
endócrinas que passam a produzir 
PATOLOGIA Weslley Jonathan P4 
 
hormônios como ACTH, paratormônio, 
eritropoietina e etc... → São 
responsáveis pelas SÍNDROMES 
PARANEOPLÁSICAS 
 
ASPECTOS MORFOLÓGICOS 
- Os tumores podem ser CÍSTICOS ou 
SÓLIDOS 
- Tumores benignos são geralmente bem 
delimitados e frequentemente apresentam 
capsula de tecido conjuntivo→ exceções são 
alguns GLIOMAS (SNC) e tumores vasculares 
que tem limites pouco preciso e não possuem 
capsulas 
- Os tumores malignos são pouco 
delimitados, não possuem capsula e 
comumente invadem os tecidos e estruturas 
vizinhas 
 
Os tumores sólidos apresentam-se 
macroscopicamente sob quatro tipos: 
1. Nodular 
2. Vegetante 
3. Infiltrativo 
4. Ulcerado 
 
Tumor nodular: 
▪ O tumor forma uma massa expansiva 
que tende a ser esférica, sendo visto 
em tumores benignos 
▪ São visto em tumores malignos 
quando são originados em órgãos 
sólidos – ex. Pulmões, fígado e rins 
 
Imagem (Adenocarcinoma nodular do rim) - A lesão 
apresenta áreas de necrose e de hemorragia. 
Apesar de parcialmente encapsulado, o tumor infiltra-
se no parênquima renal (setas) 
Exemplo de tumor NODULAR e maligno em órgão 
sólido 
 
Imagem (Pólipo do intestino grosso) – Exemplo de 
tumor benigno 
 
 
Imagem (Numerosos pólipos do intestino grosso, 
sésseis ou pediculados) - Exemplo de tumor benigno 
 
Tumores vegetantes: 
▪ Tumores benignos ou malignos que 
crescem em superfície (PELE OU 
MUCOSA) 
▪ Forma uma massa exofitica que pode 
ser: Poliposa, papilomatosa ou couve-
flor 
 
PATOLOGIA Weslley Jonathan P4 
 
Imagem (Tumor vegetante e papilífero do reto (aspecto 
de couve-flor) – Exemplo de tumor vegetante 
 
Tumor infiltrativo: 
▪ Praticamente exclusivo de tumores 
malignos 
▪ Todos os canceres há INFILTRAÇÃO DE 
TECIDOS (o tumor não respeita limites) 
→ No caso, esse tipo infiltrativo 
ressalta o aspecto macroscópico 
predominante da lesão 
▪ Ocorre infiltração maciça da região 
acometida sem formar nódulos ou 
vegetações 
▪ Quando originado em órgãos ocos, 
especialmente quando é do tipo anular 
(acomete toda a circunferência) pode 
provocar a ESTENOSE 
▪ Uma variedade do tipo infiltrativo é o 
CÂNCER CIRROSO → É formado uma 
grande quantidade de estroma 
conjuntivo, como acontece no câncer 
de mama 
 
Imagem (Adenocarcinoma infiltrativo do cólon, do tipo 
anular e estenosante) -Exemplo de tumor vegetante 
em órgão oco, do tipo anular, provocando estenose 
Notar dilatação do órgão a montante da lesão. 
 
Tumor ulcerado: 
▪ Tumor que sofre ulceração precoce 
▪ Esse tipo é quase exclusivo de 
neoplasias malignas 
▪ A lesão se infiltra nos tecidos 
adjacentes e ulcera-se no centro, 
formando uma CRATERA → Essa 
cratera possui BORDAS 
ENDURECIDAS, ELEVADAS e 
IRREGULARES 
▪ Em muitos casos, especialmente em 
tumores malignos, existem 
combinações desses tipos, como 
neoplasia ulcerovegetante etc. 
 
Imagem (Adenocarcinoma do estômago, do tipo 
ulcerado) – Exemplo de lesão que infiltra-se nos 
tecidos adjacentes e ulcera-se no centro, formando 
uma cratera que geralmente tem bordas endurecidas, 
elevadas e irregulares 
Lesão crateriforme com bordas irregulares e elevadas 
 
o Papiloma – Neoplasia benigna 
que produz micro e 
macroscopicamente estruturas 
visuais semelhantes a dedos ou 
verrucosas 
o Cistadenomas – Formam 
grandes massas císticas – ex. 
Cistadenoma (no ovário) → 
Alguns produzem padrões 
papilares que se projetam para o 
espaço cístico (CISTOADENOMAS 
PAPILARES) 
o Pólipo – Estrutura benigna ou 
maligna que se projeta 
macroscopicamente acima da 
mucosa 
 
 
o Imagem (PÓLIPO COLÔNICO) – Pólipo 
adenomatoso (glandular) que se projeta para a 
luz do cólon e se liga à mucosa por um 
pedículo 
PATOLOGIA Weslley Jonathan P4 
 
ASPECTOS MICROSCÓPICOS 
- Todo tumor é formado por dois 
componentes: 
▪ Parênquima tumoral (Células 
neoplásicas) 
▪ Estroma conjuntivovascular 
 
- Incialmente só existem células neoplásicas, 
e a medida em que a lesão cresce, surge o 
componente estromático 
- Os vasos sanguíneos só passam a ser 
formados quando o tumor atinge 1 a 2mm 
- As neoplasias NÃO possuem inervação → A 
dor que os pacientes possam sentir é por 
infiltração ou compressão de terminações 
nervosas no tecido vizinho 
- As células neoplásicas tendem a apresentar 
aspectos das células normais, porém com 
algumas diferenças: 
o Neoplasias benignas - Células bem 
diferenciadas, com atipias celulares e 
arquiteturais discretas, reproduzindo o 
tecido de origem 
o Neoplasias malignas - Propriedades 
bioquímicas, morfológicas e funcionais 
diferentes, com um alto índice mitótico 
e com um rápido crescimento → 
Devido a essas características os 
vasos sanguíneos e o estroma não se 
desenvolvem bem, levando a 
degenerações, necroses, hemorragias 
e ulcerações (diferente dos benignos) 
 
Alterações nas células: 
▪ As células cancerosas são MAIS 
VOLUMOSAS que as normais, 
principalmente pelo aumento do 
núcleo (amento da relação 
núcleo/citoplasma) 
▪ A cromatina é irregular e mais 
compacta → HIPERCROMASIA 
NUCLEAR 
▪ Pode haver células BINUCLEADAS ou 
MONONUCLEADAS 
▪ Pode haver figuras de mitose típicas ou 
atípicas (mitoses tri ou multipolares) 
▪ Anomalias cromossômicas sobretudo 
pelo aumento do número de 
cromossomos → tri ou tetraploidia, 
sendo a aneuplodia mais frequente em 
neoplasias mais agressivas 
▪ Ocorre aumento da quantidade de 
célula por unidade de área → 
HIPERCELULARIDADE 
▪ Alteração do citoplasma na sua forma 
e volume → PLEOMORFISMO CELULAR 
▪ As células malignas apresentam 
ATIPIAS variadas devido sua perda de 
diferenciação celular 
▪ As células podem se tornar 
monstruosas e perder seus aspectos 
morfológicos específicos, a ponto de 
não saber se são EPITELIAIS ou 
MESENQUIMAIS 
▪ Atipia acentuada e perda completa das 
características morfológicas é 
denominada de ANAPLASIA 
▪ Ocorre também atipias arquiteturais e 
histológicas, pois as células não se 
organizam segundo orientação própria 
do tecido normal 
▪ Em adenocarcinomas, as glândulas 
apresentam inversão da polarização 
das células e tendem a formar 
glândulas pequenas com luz reduzida 
ou mesmo apenas cordões celulares 
sem lúmen evidente. 
 
Imagem (Carcinoma de células escamosas) - 
Hipercelularidade e intenso pleomorfismo celular. 
Os núcleos de algumas células são volumosos e muito 
atípicos. 
 
- As células cancerosas (neoplasia maligna) 
podem se movimentar e se infiltrar no 
estroma dos tecidos adjacentes pois são 
menos aderidas entre si 
- Os limites do câncer com as estruturas 
adjacentes são pouco definidos, devido seu 
CRESCIMENTO INFILTRATIVO 
PATOLOGIA Weslley Jonathan P4 
 
- Em torno da lesão principal há ILHOTAS OU 
CORDÕES DE CÉLULAS NEOPLÁSICAS que se 
proliferam e dão origem a novos tumores → 
Por isso, um cirurgião retira também uma 
certa quantidade de tecido aparentemente 
normal (MARGEM DE SEGURANÇA) para 
tentar remover todo o tumor 
Durante certo tempo na evolução inicial de 
carcinomas, as células neoplásicas ficam 
restritas à camada epitelial e limitadas pela 
membrana basal → Como não há invasão do 
estroma subjacente, fala-se em carcinoma in 
situ 
 
Neoplasias malignas: 
▪ Possui estroma com vários tipos 
celulares: Células endoteliais, 
pericitos, fibroblastos, mastócitos e 
células da medula óssea (linfócito, 
precursores de células dendríticas, 
células tronco mesenquimais e células 
supressoras miloides) 
▪ A origem das células é complexa, 
podendo ser: Originadas do estroma 
vizinho (endotélio e fibroblastos), 
diferenciam-se a partir de precursores 
vindos da medula óssea (pericitos, 
mastócitos) ou vem da circulação 
(inflamação induzida no tumor – 
leucócitos exsudados e células 
supressoras mieloides) 
▪ As células neoplásicas podem originar 
alguns tipos de célulasdo estroma, 
especialmente fibroblastos associados 
ao tumor → Esta possibilidade tem 
sido evidenciada em alguns tumores 
em que células-tronco do tumor 
mostram ampla plasticidade, 
originando células com características 
de endotélio ou de fibroblastos 
associados ao tumor. 
▪ As células do estroma do câncer 
possuem propriedades diferentes das 
células do estroma do tecido de onde o 
tumor se originou → facilitam a 
progressão da neoplasia 
▪ Essas diferenças são induzidas por 
células cancerosas do estroma de 
origem ou são adquiridas durante a 
diferenciação de células do estroma 
originadas de células-tronco do tumor 
▪ O desenvolvimento do câncer depende 
não somente de alterações genéticas 
ou epigenéticas em células 
neoplásicas, mas também do estroma 
▪ A quantidade e a qualidade das células 
presentes no estroma dos diferentes 
tipos de canceres varia bastante 
▪ Em todos os tumores há um 
EXSUDATO INFLAMATÓRIO presente, 
mesmo que escasso 
 
O prognóstico pode melhorar ou piorar com 
relação ao exsudato inflamatório presente: 
• Estudos revelaram uma melhora no 
prognóstico quando há uma 
predominância de TCD4+ 
(produtores de IFN-Y [TH1]), TCD8+ 
Macrófagos do tipo M1 
• O predomínio dos linfócitos Th2, 
macrófagos tipo 2 ou de células 
mieloides supressoras estão 
associadas com pior prognóstico 
 
A quantidade e a qualidade da MEC, no 
estroma dos cânceres também varia 
 A quantidade de colágeno é pequena, 
enquanto o ácido hialurônico é abundante, o 
que favorece o deslocamento das células 
tumorais. 
Há tumores que induzem grande produção de 
MEC, especialmente de colágeno, formando 
tecido conjuntivo denso, pobre em células, 
com fibras colágenas grossas e muito 
acidófilas → Esses são denominados 
TUMORES DESMOPLÁSICOS, não se 
conhecendo o significado dessa produção 
exagerada de MEC.

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