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Genética do Câncer Prof. Msc. Fernando Mello Disciplina: Genética Humana Visão geral • Câncer: Conjunto de mais de 100 doenças, caracterizadas pelo crescimento desordenado de células, podendo invadir outras regiões do corpo. Também chamado de neoplasia maligna. Resulta de disfunções genéticas, que podem ser ativadas ou exacerbadas por fatores ambientais. Mutações em genes críticos → proliferação celular desregulada → TUMOR. Tumores malignos → capazes de invadir tecidos vizinhos → metástase Tumores Benignos → não invadem tecidos vizinhos. As muitas formas de câncer Vários tecidos diferentes do corpo Alguns mais agressivos e outros mais brandos Alguns podem ser tratados e outros não Mulheres Homens • Pesquisa oncológica: Remoção de tecido tumoral e dissociação das células. Cultivo de célula tumoral in vitro → análise da proliferação e características genéticas. Cultivo de células normais e posterior indução do câncer por carcinógenos. Extração de DNA para análise molecular. Toda célula cancerosa apresenta crescimento desregulado → crescem uma por cima da outra. Câncer e ciclo celular O ciclo é controlado por um grupo de proteínas de controle → Ciclinas e CDks. Ponto de controle START → ciclina D/CDK4 Pontos de controle disfuncionais devido mutações nos genes que codificam as proteínas de controle aumenta o risco de câncer. Câncer e morte celular programada Células supérfluas podem ser eliminadas por mecanismos programados pela própria célula. Morte celular programada → APOPTOSE Importante para eliminar células potencialmente cancerosas Caspases → enzimas que atuam na apoptose quebrando proteínas celulares. Mutações em genes de caspases podem levar ao câncer. Base genética do câncer • Evidências de que o câncer tem causas genéticas: A condição cancerosa é transmitida da célula mãe para a filha durante a divisão celular. O câncer pode ser induzido por agentes capazes de gerar mutações. Alguns tipos de câncer tendem a ocorrer em famílias. Cânceres em leucócitos têm grande associação com alterações cromossômicas. • Com o avanço da genética molecular, descobriu-se que o estado canceroso é, de fato, associado a defeitos genéticos específicos. • Vários defeitos são necessários para converter uma célula normal em cancerosa. • Duas grandes classes de genes, quando mutadas, contribuem para o desenvolvimento da doença: Oncogenes Genes supressores de tumor • Oncogenes: São genes mutantes, cuja função ou expressão alterada resulta em estimulação anormal da divisão e proliferação celular. Protoncogene → gene normal que, ao sofrer mutação, se transforma em um oncogene. Geralmente estão hiperexpressos em casos de câncer. Translocação entre cromossomos 9 e 22 → fusão BCR/ABL → desregulação de proteínas cinases → associação com leucemia. • Genes supressores de tumor São genes cujos produtos apresentam importante papel no controle do ciclo celular, no reparo do DNA e na apoptose, inibindo a formação de tumores. Mutação nesses genes levam indiretamente ao câncer, pois mutações se acumulam em protoncogenes sem ocorrer o reparo. Geralmente estão hipoexpressos em casos de câncer. Ex: Gene TP53 (Proteína p53) → fator de transcrição → frequente em câncer de estômago Gene BRCA1 e BRCA2 (pBRCA1 e pBRCA2) → atuam na transcrição → frequente em câncer de mama. Marcas registradas do Câncer • As células cancerosas adquirem auto-suficiência na sinalização de processos que estimulam divisão e crescimento. • As células cancerosas são anormalmente insensíveis a sinais que inibem o crescimento. • As células cancerosas adquirem um potencial replicativo ilimitado. • As células cancerosas podem escapar da morte celular programada. • As células cancerosas desenvolvem meios de se nutrir → angiogênese. • As células cancerosas adquirem a capacidade de invadir outros tecidos e colonizá-los. • Bibliografia: SNUSTAD, D. Peter; SIMMONS, Michael J. Fundamentos de genética. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. NUSSBAUM, Robert L. et al. Thompson & Thompson genética médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus-Elsevier,2008.
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