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MOD 3 REL ET RAC E AFROD

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26/9/2014 online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/9
 MÓDULO 3 - AFRICANIDADES: ALGUNS ASPECTOS DA HISTÓRIA AFRICANA DOS
NEGROS NO BRASIL
Em primeiro lugar, cabe-nos definir o conceito de africanidades brasileiras. Trata-se de um
processo de valorização e resgate da história e cultura africana e afro-brasileira, a fim de
desfazer os estereótipos raciais construídos pelos grupos dominantes (brancos, homens,
proprietários, livres e ricos). Assim, podemos dizer que esse é um paradigma que considera a
perspectiva dos negros brasileiros na formação da cultura e da sociedade brasileira. Significa
enxergar o mundo através de uma lente sob a perspectiva dos afrodescendentes, segundo nos
define Silva (2003, p. 26):
A expressão africanidades brasileiras refere-se às raízes da cultura brasileira
que têm origem africana. Dizendo de outra forma, queremos nos reportar ao
modo de ser, de viver, de organizar suas lutas, próprio dos negros brasileiros e,
de outro lado, às marcas da cultura africana que, independentemente da origem
étnica de cada brasileiro, fazem parte do seu dia-a-dia.
(...) Então, estudar Africanidades Brasileiras significa estudar um jeito de ver a
vida, o mundo, o trabalho, de conviver e lutar por sua dignidade, próprio dos
descendentes de africanos que, ao participar da construção da nação brasileira,
vão deixando nos outros grupos étnicos com que convivem suas influências, e,
ao mesmo tempo, recebem e incorporam as daqueles.
A partir, portanto, dessas concepções, é mister que façamos essa reconstrução histórica através
de uma perspectiva diferente daquela que temos utilizado em nossas escolas durante tanto
tempo. Uma perspectiva que dê a conhecer a grande participação dos africanos na formação do
Brasil. Uma perspectiva que os apresente não apenas em sua condição de escravizados, mas
como personagens participantes da construção histórica, que, com suas culturas, línguas, formas
de organização e economia, participaram expressivamente da construção disso que somos hoje.
3.1. Pegando o fio da história: a África antes de 1500
Em geral, fomos ensinados a pensar a partir de uma série de concepções bastante deturpadas
ou incompletas sobre o continente africano e sua população, concepções essas em geral
propagadas pelo pensamento conservador, responsável em grande medida pela formulação do
chamado racismo científico.
É nesse sentido que toda a história da África passou a ser sistematicamente distorcida,
esquecida ou menosprezada nos livros de história e assim foi transmitida a nós e aos nossos
alunos há tantas gerações. Vamos começar a rever um pouco tudo isso e tentar pegar o fio
dessa história, primeiramente com um trecho de Salum (2005, sem página):
Para compreendermos a cultura material das sociedades africanas, a primeira
questão que se impõe é a imagem que até hoje perdura da África, como se até
sua "descoberta", fosse esse continente perdido na obscuridade dos primórdios
da civilização, em plena barbárie, numa luta entre Homem e Natureza.
De fato, a história dos povos africanos é a mesma de toda humanidade: a da
sobrevivência material, mas também espiritual, intelectual e artística.
A impressão que temos a partir do que estudamos em nossa vida escolar, é de que a África,
antes do início da exploração portuguesa, era um território “perdido no mapa”, com povos
“primitivos”, sem cultura escrita e com tribos selvagens que guerreavam e se escravizavam
mutuamente. Atualmente, nosso conhecimento sobre esse continente é tão parco que chegamos
a pensar nele como um único país, “a África”. Oliva (2003, p. 423) inicia seu artigo, intitulado “A
História da África nos bancos escolares: representações e imprecisões na literatura didática”,
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fazendo a seguinte pergunta: “O que sabemos sobre a África?”. Repare como sua resposta nos
parece infelizmente bastante familiar:
Quantos de nós estudamos a África quando transitávamos pelos bancos das escolas? Quantos
tiveram a disciplina História da África nos cursos de História? Quantos livros, ou textos, lemos
sobre a questão? Tirando as breves incursões pelos programas do National Geographic ou
Discovery Channel, ou ainda pelas imagens chocantes de um mundo africano em agonia, da
AIDS que se alastra, da fome que esmaga, das etnias que se enfrentam com grande violência ou
dos safáris e animais exóticos, o que sabemos sobre a África? Paremos por aqui. Ou melhor,
iniciemos tudo aqui.
É verdade: temos que reconhecer que sabemos nada ou quase nada sobre a África. A partir
dessa primeira constatação, cabe-nos, como educadores, a responsabilidade de sanar tal
deficiência em nossa formação e procurar nos apropriar dos conteúdos sobre a história da África
e dos negros no Brasil, disponíveis na íntegra para downloads na Internet.
 
3.2. Heranças coloniais africanas e a formação de um país chamado Brasil
Primeiramente, acompanhe conosco esta breve revisão histórica: sabemos que o Brasil é
resultado de um longo processo de exploração colonial promovido por Portugal, com apoio
financeiro da burguesia de então que, apesar de ainda não deter o poder político no século XVI,
já era proprietária de boa parte das riquezas disponíveis na época, reservas suficientes para
servirem de investimentos às empresas colonizadoras portuguesas rumo às Américas.
Assim, é importante ficar claro que já estávamos em pleno capitalismo moderno e que o Brasil
nada mais era do que um negócio bastante interessante e promissor, tanto para os monarcas
portugueses que comandaram politicamente a empreitada colonizadora, quanto para os
burgueses e homens de negócio da Europa que patrocinavam tais empreendimentos.
Existe uma linha de raciocínio que já faz parte de nosso senso comum, segundo a qual os
problemas do Brasil estão diretamente ligados à formação de sua população, uma vez que
teriam sido mandados para cá os “piores cidadãos” portugueses, indesejados na Europa, quase
“deportados” para uma terra onde poderiam “fazer do seu jeito” todas as coisas reprováveis que
antes faziam em Portugal. Daí vem também uma das explicações correntes sobre o nosso
“jeitinho brasileiro”, no sentido de que as leis não funcionam aqui porque desde a formação do
Brasil foram trazidos para cá somente ladrões, bandidos, vagabundos, prostitutas e
desocupados de todo tipo.
Isso não é verdade e a explicação fundamental está no fato de sermos, naquela época, a
empresa mais rentável de Portugal.
Portanto, tínhamos aqui uma base importante para o sustento da monarquia portuguesa, que já
enfrentava problemas sérios, tanto políticos quanto econômicos, para se manter nas relações
capitalistas europeias daquele momento. É nesse sentido que homens e mulheres passam a ser
enviados ao Brasil com a incumbência de fazer esse país-continente fornecer riquezas suficientes
para sustentar os luxos e extravagâncias da família real e sua aristocracia e, ao mesmo tempo,
para pagar os investimentos feitos pela burguesia de então, elite econômica durante aquele
período.
Foi com essa mentalidade que os portugueses começaram a explorar de todas as formas o
território brasileiro, retirando de nossos solos e florestas todas as matérias-primas que tivessem
algum valor no mercado capitalista europeu.
Muito cedo, entretanto, os portugueses perceberam que um dos grandes problemas que teriam
em sua missão de exploração brasileira seria a escassez de mão de obra para realizar um
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trabalho de tão grande monta como o que precisava ser realizado por aqui.
Uma solução encontrada foi a de trazer negros africanos, vindos de Angola e do Congo, para
trabalharem na agricultura. Como os portugueses já dominavam a arte das navegações, não foi
difícilforçar populações africanas a se transferirem para o Brasil, submetendo-os a uma das
condições de vida e trabalho mais desumanas que a história já assistiu.
É interessante que, mais uma vez, o que aprendemos em nossos bancos escolares a respeito
das justificativas sobre o tráfico negreiro aponta os índios como seres acostumados à liberdade
e que se recusaram ao trabalho escravo; já os negros, por estarem acostumados à escravidão já
existente no continente africano, teriam se submetido mais passivamente à condição de objeto,
coisa. Novamente, são explicações que não fazem qualquer sentido lógico.
Pois é, mais uma vez podemos verificar como esse processo, cujas raízes são profundas,
perdura até os dias de hoje, sendo que tais representações ainda aparecem na maioria dos
livros didáticos disponíveis para nossos alunos e professores.
É nesse sentido que acreditamos ser possível enxergar a História da África e suas implicações
para a História do Brasil de maneira bastante diferente daquela utilizada em nossos bancos
escolares. Ao nosso ver, a apropriação que fazemos de cada fato histórico recontextualizado
segundo a perspectiva das africanidades brasileiras, abrirá possibilidades e potencialidades na
ação/relação educativa, capazes de refazer nossas raízes autoritárias e racistas e promover, por
fim, uma realidade de igualdade entre todos e todas.
Leitura obrigatória:
SANTOS, H. A busca de um caminho para o Brasil: a trilha do círculo vicioso. São Paulo:
Editora Senac, 2001 (Texto 3A: A trilha do círculo vicioso: A forma como se deu a abolição, 1º
passo, p. 61-85).
SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves e. Africanidades brasileiras: esclarecendo significados e
definindo procedimentos pedagógicos. Revista do Professor. Porto Alegre, jan./mar. 2003, v.
19, n. 73, p. 26-30. (Texto 3B)
SILVÉRIO, Valter Roberto; ABRAMOWICZ, Anete; BARBOSA, Lúcia Maria Assunção (Coords).
Projeto São Paulo Educando pela Diferença para a Igualdade. Módulo II - Ensino Médio.
2004. Universidade Federal de São Carlos – NEAB / UFSCar (Texto 3C: MUNANGA,
Kabengele. Alguns aspectos da História Africana dos Negros no Brasil, p. 59-84). Disponível em:
<http://www.ufscar.br/~neab/pdf/enmedio_verde_compl.pdf>
 
Leitura para aprofundamento:
SALUM, Marta Heloísa Leuba (Lisy). África: culturas e sociedades. Sítio Arte Africana, Museu
de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE/USP) São Paulo, jul. 2005.
Disponível em:
<http://www.arteafricana.usp.br/codigos/textos_didaticos/002/africa_culturas_e_sociedades.html>
Acesso em: 27 de jul. 2011.
 
Filmes e músicas sugeridos para atividades complementares:
· Filme: Amistad. Dir.: Steven Spielberg. EUA, 1997.
· Filme: Quilombo. Dir.: Cacá Diegues. Brasil, 1984.
· Música: O Mestre-Sala Dos Mares, Aldir Blanc e João Bosco.
· Música: O Canto das Três Raças, Mário Duarte e Paulo César Pinheiro.
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Exercício comentado:
As alternativas abaixo apresentam alguns dos mitos e inverdades que acabaram sendo
propalados a respeito de nosso passado colonial e escravista, exceto:
A) O nosso povoamento é fruto de uma política colonial que teria enviado às terras brasileiras os
“piores cidadãos” portugueses, indesejados na Europa, como ladrões, corruptos e
desqualificados de toda sorte.
B) Os índios não puderam ser escravizados, pois eram mais rebeldes, tinham o espírito de
liberdade e não se sujeitaram às condições impostas pelo trabalho escravo.
C) O Brasil já era parte de um grande projeto capitalista moderno desde o início de sua
colonização, com altos investimentos da elite econômica da época, representada pela burguesia.
D) Os negros, por já estarem mais acostumados à escravidão no continente africano, foram mais
facilmente trazidos ao Brasil e submetidos ao trabalho forçado.
E) A escravidão no Brasil foi uma das mais longas na história moderna devido ao caráter passivo
e acomodado dos negros, que pouca ou nenhuma resistência apresentavam à sua condição de
escravo.
 
Comentário: Alternativa correta (C):
Ao contrário do que algumas fontes apresentam, o Brasil colonial e agrário não representava uma
sociedade arcaica e medieval, mas constituiu-se como a maior empresa capitalista de Portugal
no período chamado de capitalismo monopolista-comercial-manufatureiro. As demais alternativas
trazem afirmações errôneas, que em muito colaboraram e ainda colaboram para a construção de
estereótipos a respeito dos negros na história do Brasil.
 
Exercício 1:
Assinale a alternativa que melhor define o conceito de diáspora, vivida pelos negros após sua transferência forçada
ao Brasil, a partir de 1550:
A - Desterrados de seu continente, separados de seus laços de relação pessoal, ignorantes da língua e
dos costumes, o deslocamento dos negros foi de tal monta que acabou alterando cores, costumes e a
própria estrutura da sociedade local. 
B - O fato de que toda a história da África foi sendo apagada dos livros, que passaram a contar a história
apenas sob a perspectiva do branco colonizador. 
E - O envio de milhares de imigrantes brancos ao Brasil a partir principalmente do início do século XX, para
substituir a mão-de-obra negra após a abolição da escravatura. 
D - A contribuição que tiveram os quilombos como força de resistência negra durante o período de
escravidão, surpreendendo também pela capacidade de organização e por apresentar uma proposta
social e política alternativa ao modelo colonial. 
C - A inegável influência que a cultura brasileira, em formação, recebeu como herança africana, não só no
campo econômico, através do trabalho escravo e não remunerado, mas nos campos demográfico, cultural,
entre outros. 
Comentários:
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Exercício 2:
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(Concurso Público, adap. CESPE – 2004)
Com a queda da monarquia, em 1889, ainda que preservada a dominação oligárquica, o novo regime acaba
beneficiando-se dos efeitos modernizadores, decorrentes da abolição da escravatura (1888), sobre o
desenvolvimento da economia cafeeira que se dinamiza com a introdução do trabalho livre e de imigrantes
europeus. Com a Primeira República, extingue-se o sistema censitário, mas os analfabetos são excluídos
totalmente do direito de voto.
As primeiras pressões democratizantes buscando alterar a ordem liberal excludente se desencadeiam apenas
na década de 20, quando se inicia a crise da República Velha, que, com a Revolução de 1930, submerge no
centro de suas próprias contradições
 Hélgio Trindade . Brasil em perspectiva: conservadorismo liberal e democracia bloqueada. In: Carlos
Guilherme Mota (Org.).
Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000) - a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p.
357-64 (com adaptações).
 
 A partir do texto acima, julgue os itens que se seguem, relativos à evolução histórica do Brasil
republicano, e assinale a alternativa incorreta:
E - Uma das consequências do projeto nacional de branqueamento foi a marginalização social das
populações negras, uma vez que, sem possibilidade de trabalho remunerado, acabaram se instalando nas
periferias das cidades, nas regiões mais pobres do Brasil. 
D - Os quilombos foram muito importantes como elemento de pressão social para a abolição da escravidão
no Brasil, uma vez que milhares de escravos negros se refugiavam nesses locais, bem afastados e de
difícil acesso aos senhores brancos, abrindo espaço para o imigrante branco no mercado de trabalho. 
C - O ideal de branqueamento produziu as chamadas ideologias raciais do negro e mulato e do branco,
colocando de forma evidente negros e brancos em lugares sociais desiguais e hierarquizados. 
B - Após a abolição da escravidão(1888), porque não se preparou nenhuma condição para que os negros
recém-libertos estivessem em igualdade de direitos e oportunidades no então mercado de trabalho,
milhares de imigrantes brancos foram trazidos a partir principalmente do início do século XX para que
ocupassem esses postos de trabalho. 
A - Nos estertores do regime monárquico, a abolição do trabalho escravo pela Lei Áurea, ainda que tenha
desagradado a uma significativa parcela da classe proprietária, não foi capaz de promover a inclusão
social dos negros recém-libertados, reforçando um quadro de subalternidade dos afrodescendentes ainda
visível em pleno início do século XXI. 
Comentários:
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Exercício 3:
(Concurso Público, adap. TJ-SC – 2010) Sobre a escravidão no Brasil, leia as afirmativas abaixo:
I. Nos séculos XVI e XVII a Igreja, particularmente os jesuítas, era contra a escravização dos índios. Não
conseguiu impedi-las, mas reduziu sua propagação. A escravização dos negros africanos não originou o
mesmo vigor dos protestos da Igreja, além disso, para Portugal o cativeiro indígena não gerava lucro, mas
o tráfico negreiro constituía grande fonte de divisas.
II. Na metade do século XVI chegaram ao Brasil as primeiras levas de escravos numericamente
significativas.
III. Os quilombos eram refúgios, geralmente em lugares de difícil acesso, onde os escravos fugidos
formavam núcleos de povoação. Palmares, o mais conhecido dos quilombos, ficava na Serra da Barriga, no
atual estado do Alagoas. Dentre seus líderes, destaca-se Zumbi.
IV. A Lei que estabelecia que, a partir de 1888, que todos os negros seriam considerados livres foi a Lei
Visconde do Rio Branco.
 Assinale a alternativa correta:
A - Todas as proposições estão corretas 
B - Apenas as proposições II, III e IV estão corretas 
C - Apenas as proposições I, III e IV estão corretas 
D - Apenas as proposições III e IV estão corretas 
E - Apenas as proposições I, II e III estão corretas 
Comentários:
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Exercício 4:
(Concurso Público, adap. CESPE – 2006) Leia o texto abaixo.
 
Com o início do Segundo Reinado, são plenamente restabelecidas a prerrogativa monárquica e a centralização
administrativa. A Monarquia constitucional parlamentarista de quatro poderes se viu reforçada. Existiam dois grandes
partidos monárquicos. O Partido Conservador consistia na aliança entre a burocracia, o grande comércio e a grande
lavoura de exportação. O Liberal era formado por profissionais liberais urbanos e por agricultores ligados ao mercado
interno e às áreas mais recentes de colonização. Pelo sistema eleitoral que vigoraria até 1889, estavam excluídos do
direito de voto os escravos, os menores de 25 anos (com exceções), os criados de servir, os religiosos que vivessem em
comunidade claustral e todo aquele que não percebesse determinada renda líquida anual. Só podiam ser eleitos
parlamentares os cidadãos brasileiros com renda elevada que professassem a religião do Estado. A reforma eleitoral de
1881 ampliou a renda exigida para a condição de eleitor e proib iu o analfabeto de votar.
Em meio a esse sistema político é que seria processada a abolição da escravidão e
decretada a Lei de Terras (1850). A apreensão do processo de abolição da escravidão envolve
diversos níveis de análise, um dos quais diz respeito às dimensões macro-históricas e
mundiais do processo. É nesse contexto que se entendem as pressões inglesas para a
suspensão do tráfico atlântico para o Brasil.
João Luís Fragoso e Francisco Carlos Teixeira da Silva. A política no Império
e no início da República Velha: dos barões aos coronéis. In: Maria Yedda
Linhares (org.) História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1996, p.
199-204 (com adaptações).
Considerando o tema abordado no texto, a presença da escravidão na formação histórica do
Brasil e o processo abolicionista, que se estende por boa parte do século XIX, além de seus
desdobramentos na configuração da sociedade brasileira contemporânea, assinale a opção
correta.
 
A - Ao mencionar as dimensões macro-históricas do processo abolicionista, o texto certamente se refere
ao aparecimento do capitalismo como sistema dominante mundial. Não obstante, à Inglaterra interessava
a manutenção de relações sociais de produção pré-capitalistas em determinadas regiões, como as
vigentes na Europa naquele momento, com o propósito de exportar seu excedente de mão-de-obra. 
B - Poucas pressões inglesas contra o tráfico de escravos foram sentidas no Brasil logo após a
independência, tornando a Inglaterra um país de inexpressiva influência naquele momento histórico. 
C - Com o olhar de hoje mirando o passado, pode-se afirmar que as leis abolicionistas, em especial a que
extinguiu por completo a escravidão, conhecida como Lei Áurea, falharam em um ponto crucial: o de
estabelecer mecanismos que, superando a subalternidade própria da condição de cativo, promovessem a
plena inserção dos africanos e seus descendentes na sociedade brasileira. 
D - As pressões internacionais para o fim da escravidão no Brasil, que começaram a surgir após a
independência, não foram suficientes para forçar a assinatura de uma Lei que considerasse livre todos os
negros até então escravizados em nosso território. 
E - Transparece no texto que o consenso no Brasil colonial em torno da existência da escravidão foi
gradativamente desaparecendo à medida que se aproximava a independência, o que explica a relativa
rapidez do processo abolicionista no período colonial. 
Comentários:
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Exercício 5:
As alternativas abaixo apresentam alguns dos mitos e inverdades que acabaram sendo propalados a
respeito de nosso passado colonial e escravista, exceto:
E - O Brasil já era parte de um grande projeto capitalista moderno desde o início de sua colonização, com
altos investimentos da elite econômica da época, representada pela burguesia. 
D - A escravidão no Brasil foi uma das mais longas na história moderna devido ao caráter passivo e
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acomodado dos negros, que pouca ou nenhuma resistência apresentavam à sua condição de escravo. 
C - Os negros, por já estarem mais acostumados à escravidão no continente africano, foram mais
facilmente trazidos ao Brasil e submetidos ao trabalho forçado. 
B - Os índios não puderam ser escravizados, pois eram mais rebeldes, tinham o espírito de liberdade e
não se sujeitaram às condições impostas pelo trabalho escravo. 
A - O nosso povoamento é fruto de uma política colonial que teria enviado às terras brasileiras os “piores
cidadãos” portugueses, indesejados na Europa, como ladrões, corruptos e desqualificados de toda sorte. 
Comentários:
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Exercício 6:
Ao estudar as questões das Relações etnico raciais no Brasil observamos a importância e o
papel da escola no processo de transformação da realidade e da desigualdade racial no Brasil,
apesar de não ser ela a única responsável, a inclusão da temática das relações etnico-raciais no
ambiente escolar:
A - possibilita o aumento de estudos sobre a democracia racial e propõe melhorias para que os diferentes
grupos étnicos consigam se inserir na sociedade igualitária e democrática; 
B - evidencia a existência e permanência do racismo, caberá a cada indivíduo transformar a própria
realidade após essa tomada de consciência; 
C - torna explícito o racismo existente entre professores e alunos e entre os próprios alunos, podendo
assim a vítima tomar as atitudes legais cabíveis, caso se sinta lesada; 
D - impede que essas atitudes racistas se manifestem fora do ambiente escolaruma vez que serão
corrigidas ainda no processo de educação do cidadão; 
E - ajuda a desconstrução da mentalidade racista e discriminatória e a construção de uma sociedade mais
democrática e justa. 
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Exercício 7:
A política de reparações busca a construção de uma nação democrática em que todos,
igualmente, tenham seus direitos garantidos e sua identidade valorizada. Isso requer a mudança
nos discursos, raciocínios, lógicas, gestos e na desconstrução do mito da democracia racial na
sociedade brasileira. O mito da democracia racial, de acordo com as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das relações étnico raciais e para o Ensino da História e Cultura
Afro-brasileira e Africana:
A - aponta um avanço considerável na luta pela promoção da igualdade racial principalmente quando este
tema é inserido na agenda política da sociedade brasileira, envolvendo o Estado na implantação de
políticas públicas compensatórias e de reparação . 
B - acredita que a discussão sobre a questão racial se limita ao Movimento Negro e aos estudiosos do
tema. 
C - difunde a idéia de que as pessoas brancas são mais humanas, mais sensíveis, e tem inteligência
superior. 
D - difunde a crença de que, se os negros não atingem os mesmos patamares que os não negros é por
falta de competência ou desinteresse, desconsiderando as desigualdades seculares que a estrutura social
hierárquica cria com prejuízos para os negros. 
E - aponta a postura racista da construção da nacionalidade assumida pelo brasileiro e determina o lugar
do negro nesta sociedade. 
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Exercício 8:
(Unicentro 2010) Quando se menciona o trabalho escravo no Brasil, a primeira lembrança é a
da escravidão negra. Realmente, foi ela a mais marcante, a mais longa e terrível; mas o
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trabalho escravo se inicia no Brasil com a escravidão indígena. (Tomazi, Nelson Dácio
(coordenador). Iniciação à Sociologia. São Paulo: Atual, 2000, p.62).
 
Considerando a realidade estabelecida pela implantação do trabalho escravo dos negros
africanos trazidos ao Brasil, assinale a alternativa incorreta.
A - As condições de vida dos escravos africanos eram terríveis, razão pela qual a média de vida útil deles
não ultrapassava os quinze anos. 
B - Os negros africanos reagiram à escravidão das mais diversas formas: através das fugas, dos
quilombos, da luta armada, da preservação dos cultos religiosos, da dança, da música. 
C - O negro é parte integrante da história brasileira, apesar dos muitos preconceitos que ainda persistem
contra eles. 
D - O Brasil figura entre os primeiros países latino-americanos a declarar por meio de muitas leis, até a
promulgação da Lei Áurea, a libertação de seus escrav os. 
E - O fim do tráfico de escravos, no Brasil, ocorre em meados do século XIX, quando começam algumas
experiências com a mão de obra assalariada de estrangeiros. 
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Exercício 9:
(Ufu 2010) O movimento negro no Brasil, embora exista de fato desde a Colônia, teve seus
avanços reais constituídos em políticas públicas a partir dos anos 1990. Sobre as bandeiras,
ações afirmativas e conquistas deste movimento, é incorreto afirmar que:
A - tornaram possível a obrigatoriedade do ensino da história e da cultura afro-brasileira nas escolas de
ensino fundamental e médio . 
B - pretendem contribuir para diminuir a distância socioeconômica entre negros e brancos no Brasil e um
dos mecanismos para que isso ocorra é a instituição de cotas para negros na universidade. 
C - relacionam-se a um movimento de políticas de identidade étnico-racial que denuncia a democracia
racial brasileira como um mito. 
D - pretendem indenizar economicamente os descendentes de escravos negros no Brasil. 
E - o movimento negro pode ajudar a escolas quilombolas fornecendo estudos e conhecimentos
elaborados. 
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Exercício 10:
(ENEM 2009) A Superintendência Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan) desenvolveu o projeto “Comunidades Negras de Santa Catarina”, que tem como
objetivo preservar a memória do povo afrodescendente no sul do País. A ancestralidade negra é
abordada em suas diversas dimensões: arqueológica, arquitetônica, paisagística e imaterial. Em
regiões como a do Sertão de Valongo, na cidade de Porto Belo, a fixação dos primeiros
habitantes ocorreu imediatamente após a abolição da escravidão no Brasil. O Iphan identificou
nessa região um total de 19 referências culturais, como os conhecimentos tradicionais de ervas
de chá, o plantio agroecológico de bananas e os cultos adventistas de adoração (com
adaptações).
 
O texto acima permite analisar a relação entre cultura e memória, demonstrando que:
A - a) As referências culturais da população afrodescendente estiveram ausentes no sul do País, cuja
composição étnica se restringe aos brancos. 
B - a) A preservação dos saberes das comunidades afrodescendentes constitui importante elemento na
construção da identidade e da diversidade cultural do País. 
C - a) A sobrevivência da cultura negra está baseada no isolamento das comunidades tradicionais, com
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proibição de alterações em seus costumes. 
D - a) Os contatos com a sociedade nacional têm impedido a conservação da memória e dos costumes
dos quilombolas em regiões como a do Sertão de Valongo. 
E - a ) A permanência de referenciais culturais que expressam a ancestralidade negra compromete o
desenvolvimento econômico da região. 
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