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Comportamento Agressivo

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
ICHS- INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS SOCIAIS.
“COMPORTAMENTO AGRESSIVO”
IE - 201 – PSICOLOGIA DAS RELAÇÕES HUMANAS
PROFESSORA: LUCIENE ALVES MIGUEZ NAIFF
ALUNA : RAPHAELA PEREIRA RANGEL
MATRÍCULA : 200811537-0
 
 RESUMO
O trabalho fala sobre o Comportamento Agressivo, mas muitos trabalhos sempre mostram os tipos de comportamento agressivo, um assunto que tem sido muito discutido, é sempre muito mostrado as agressões que acontecem como as domiciliares ( marido que bate na esposa, pais que batem em seus filhos), algumas agressões contra homossexuais, não só fisicamente como verbalmente. Dentro da disciplina de Psicologia das Relações Humanas estudamos alguns tipos de agressões que acontecem e como é visto isso pela Psicologia. Por isso, esse trabalho foi feito com uma abordagem um pouco diferente. Dentro do tema “ Comportamento Agressivo”, esse trabalho não fala sobre como é esse comportamento, dá alguns exemplos também, mas o foco é em cima de como chegamos a esse comportamento. Ou seja, o trabalho foi realizado em cima de uma questão, que é; como uma criança que muitas vezes considerada “calma” , pode chegar a situação de se tornar um adulto agressivo. O trabalho mostra algumas questões e/ou atitudes que influenciam crianças a terem essa mudança de comportamento e a abordagem de exemplos dessa mudança com casos extremos dessa má influência.
INTRODUÇÃO
Tipos de Comportamento: Agressivo, Passivo e Assertivo
A pessoa com comportamento passivo, é mais passiva e só reage mais agressivamente quando ela já chegou no seu limite. E a pessoa agressiva, ela sempre reage antes com agressividade e depois fica passiva. E a característica assertiva; é a melhor forma de viver. É quando na forma de assertividade. Exemplo, quando dentro da gente o 	“sim” é de verdade, e quando o ” não” é não de verdade. Ou seja, quando o sim e o não estão bem claros dentro da pessoa. Não se pode manipular esse sim e esse não. Não se pode dizer “sim” só para agradar alguém (e ficar pensando se deveria ter dito isso ou não), e também não pode dizer um “não” e ficar com todas as culpas. O assertivo enxerga as coisas bem claras ( 1ª visão clara é da gente mesmo, e depois se chega ao outro).
O agressivo, simplesmente, tem que dominar o ambiente, e espiritualmente, ele invade o ambiente com as energias dele. Como por exemplo, a experiência em que chega uma pessoa agressiva, e alguém comenta “ Nossa o ambiente ficou pesado!”, se sente um desconforto. Com o agressivo, você não sabe direito o que vai acontecer na maioria das vezes ( Então, se uma mulher tem um parceiro agressivo, ela nunca vai saber o que vai encontrar). Porque o agressivo, vai consumindo todas as cargas emocionais e uma hora ele não suporta mais e joga em cima de alguém, ele não consegue ter um comportamento constante, o comportamento é de altos e baixos.
O passivo, acumula as cargas emocionais, só que ele não consegue “jogar” em cima de um outro, ele tem que “digerir” isso. O agressivo acaba tendo menos doenças do que o passivo que engole e acaba transformando aquilo em um coisa física.
O agressivo acaba tendo comportamento mais obcessivo . Isso significa que ele tenta resolver à nível de pensamento ( pessoa obcessiva : é aquela que recebe um não e não aceita isso, mentalmente, não consegue levar isso para a situação , leva logo para o ego, não aceita o motivo, é sempre algo contra a pessoa, não sabe conversar). Existem graus de agressividade. É importante conversar sem uma “carga emocional”, a pessoa poder dizer o que quer ou não, e a outra aceitar ou não. É necessário um ajuste nessa situação com conversas, uma mudança de comportamento, é necessária para mudar o mundo se quisermos ser mais felizes e melhor. Todos têm inteligência para mudar a vida , a dificuldade está é no esforço, o esforço pessoal.
Violência na TV
A Televisão é algo que desde os primórdios sempre foi um meio de influência na sociedade, algo que todos se baseiam e querem imitar, que sempre ditou a moda. Boa parte da sociedade quer ser ou parecer com uma daquelas celebridades. E se muitos adultos já são influenciados pela televisão, imaginem as crianças e jovens... 
A televisão também já passou por algumas censuras, tanto uma censura quase total como no período de Ditadura, quanto algumas mais recentes em relação a beijos homosexuais em determinados horários. Mesmo assim, se pararmos um dia para ver televisão , é fácil perceber que muitos programas , filmes , desenhos passam em horas erradas e sem censura.
Mas isso é outro assunto... O fato é, muitos filmes passam as vezes em horários em que as crianças estão vendo TV, e boa parte deles tem cenas violentas, isso sempre esteve presente em filmes de sucesso, mas parece que de uns anos pra cá vem aumentando. Não só nos filmes mas em tudo, as vezes liga a televisão e é filme mostrando a realidade agressiva do Brasil, ou então noticiários mostrando coisas horríveis... é muito fácil ligar a televisão e pensar “ nossa, só mostra desgraça...” E se já pensamos assim, imagina as crianças... Por exemplo, anos atrás você tinha uma programação com desenhos que ensinam algo de bom para as crianças, atualmente, a maioria deles são de lutas. Antes sempre teve essa relação do bem e do mau, mas mostrava que para ganhar tinha que ser mais inteligente, por tanto estudar mais para isso, ou até com brigas, mas de feitiços ou algo do tipo. Agora, a maioria dos desenhos que passam na TV são do tipo Anime, desenhos japoneses de luta que mostra que o melhor sempre vence, e alguns bem violentos. Alguns filmes vem sendo utilizados por assassinos como aprendizado para seus crimes. E as crianças ainda não sabem diferenciar o certo do errado, antes tinham como heróis aquele com super poderes, ou grande jogadores de futebol, hoje seus heróis são policiais ou até mesmo os bandidos ( mas isso vem mudado um pouco com a instalação de UPP’S nos morros).
A adolescência é a transição entre a infância e a vida adulta. É nela que a pessoa descobre a sua identidade e define a sua personalidade. Um período da vida que começa aos 10 anos e vi até os 19 anos, e segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente começa aos 12 anos e vai até os 18 anos, onde acontecem diversas mudanças físicas, psicológicas e comportamentais. Nesse processo manifesta-se uma crise, na qual se reformulam os valores adquiridos na infância e se assimilam numa nova estrutura mais madura. E então surgem o amor, puberdade, os amigos,a independência, o acesso a informação, as “tribos”, a sexualidade e outros hormônios. Porém, a adolescência conturbada dá-se devido ao surgimento de problemas, tais como a falta de relacionamento com os pais, busca por outras saídas, muitas vezes uma segunda vida virtual, influência da “galera” que levam a problemas maiores como: a ditadura da beleza: anorexia e bulimia, drogas, cigarros, bebidas, gravidez indesejada/aborto, depressão ou bulling. A adolescência é a melhor parte da vida e é curta, passa tão rápido e merece ser divertida...
Jogos violentos : O perigo dos jogos.
Quanto mais a tecnologia evolui, mais os jogos ficam realistas e alguns jogos de estilos variados como tiro, luta, entre outros ... não tem censura, além do aviso de faixa etária, não mudando nada, pois com a internet uma criança pode muito bem procurar o jogo violento e jogar sem nenhum impedimento. Algumas pessoas facilmente influenciadas podem perder a cabeça e fazerem coisas horríveis ... Nos jogos você pode até morrer, mas logo após pode continuar apertando CONTINUAR. Nós só temos uma vida que tem que ser aproveitada sem impedimento do livre arbítrio das outras pessoas.
Alguns vídeo games abusam na violência muito deles são proibidos mas chegam a crianças e jovens. Esses jogos podem estimular o comportamento agressivo. Um exemplo , é o crime que aconteceu num colégio de Realengo.Se paramos para analisar cenas vistas em reportagens sobre o ocorrido e algumas cenas que acontecem nesses jogos, as semelhanças entre as imagens impressionam... De um lado, uma sala e um colégio, do outro vídeo games em que o jogador pode fazer o papel do assassino. 
Um jovem de 23 anos com distúrbios mentais graves, o atirador de Realengo, matou 12 crianças. Ele vivia isolado, passava boa parte do dia em frente ao computador, ele jogava vídeo games violentos sempre (jogos mais atuais possíveis, que muitos ainda não tinham, jogos de tiros).
12 anos atrás em São Paulo, “um estudante de medicina com 24 anos, invadiu uma sala de cinema em um shopping, na tela o filme “ Clube da Luta”. Na platéia 28 pessoas. Um jovem tímido de classe média alta tinha nas mãos uma metralhadora. A cena foi de um “filme de terror”.O jovem parou perto da tela de exibição e disparou para cima, andou mais alguns metros e atirou contra a parede oposta . Em seguida, deu vários tiros contra a platéia, 3 pessoas morreram e ele foi condenado a 120 anos de prisão.” 
Assim como o atirador de Realengo, ele sofria transtornos de personalidade, era adepto de vídeo de games violentos. Pouco tempo atrás, meninas brincavam com bonecas e meninos de futebol ou bolinha de gude. Hoje, a brincadeira favorita é o vídeo game. São jogos de todos os tipos, entre eles os violentos e proibidos, que pais, professores e especialistas tentam descobrir como manter os jovens afastados desses jogos que estimulam a agressividade.
O atirador de SP e o de Realengo, são casos extremos, pessoas com transtornos mentais que foram inspirados por jogos. Mas não é preciso ser doente para sofrer compulsão que os jogos violentos provocam.
A sensação de prazer e vitória pode motivar a dependência.
“ O anormal é quando você não consegue parar, você entra naquele ciclo que se retro – alimenta no cérebro de motivação, prazer e repetição. Você larga tudo e fica por conta dos jogos.” (Soraya Hissa de Carvalho, psicanalista)
Não é preciso procurar muito para encontrar esses jogos, as lan houses que se espalham pelos bairros recebem milhares de adolescentes em busca de jogos eletrônicos todos os dias, os violentos estão entre os favoritos. Imagens de sangue enchem a tela após tiros. Os jovens acreditam que são tão importantes e tem a mesma capacidade que os policiais, pois segundo eles, com os jogos eles sentem a mesma adrenalina que passam na vida real. E quando começam a jogar , esses jogos do tipo “policial x bandido”. Só pensam em uma coisa :“É preciso matar , pra não morrer!” 
“ Se ele tiver prazer e ele repetir essa ação, ele vai querer repetir várias vezes, depois ele passa a atuar dessa maneira que a gente considera errada socialmente na escola, em casa ou até mesmo na rua.” (Soraya Hissa de Carvalho, psicanalista)
Os games violentos são simuladores quase reais do que existe de pior no cotidiano. Um do mais procurados no mercado, possibilita o jogador arrombar o carro, roubar, e até matar. Em outro proibido no Brasil, o personagem principal é um jovem que bebe, joga e se envolve com dançarinas de strip-tease, e derrepente ele sai matando os inimigos em uma sequência assustadora de tiros.
Todo game lançado no Brasil precisa ser aprovado pelo Ministério da Justiça, os técnicos analisam o conteúdo e classificam o jogo de acordo com a idade, como nos filmes, alguns são livres, outros só podem ser comprados por maiores de 18 anos; em alguns casos justiça proíbe a comercialização do jogo. O problema é a dificuldade na fiscalização. O controle também precisa ficar na mão da família. Jovens que jogam demais esses jogos, acabam mostrando com o tempo mudanças no comportamento, se tornando mais agressivos, nem sempre fisicamente, mas também verbalmente. Influenciando a maneira como trata a família, muitas vezes xingando e gritando com os pais, quando eram retirados do jogo. Um método que tem sido eficaz nesse caso, é a procura por médicos , recorrendo a tratamentos psicológicos, tem obtido resultados significantes.
“Eles ficam mais agressivos durante a aula, não prestam atenção naquilo que o professor está ensinando, tendem a desenvolver mais o déficit de atenção, a hiperatividade e agressividade com os colegas, com aquelas pessoas que eram consideradas amigas e com os professores também.” (Soraya Hissa de Carvalho, psicanalista)
Pais violentos que descontam raiva nas crianças
Apesar de parecer muito complexo, a psicologia consegue estabelecer um limite que pode ajudar os pais a avaliarem se o “tapinha” vai educar ou é só violência: o objetivo do tapa e o resultado alcançado com o método. “A palmada quer fazer com que a criança assimile uma ordem que ela não atendeu. A violência só quer amenizar a raiva dos pais e não está necessariamente relacionada com algo de errado que a criança fez e que precise ser repreendido”, compara a psicoterapeuta Aracelly Maria Marques.
Acontece que um evento de perda de paciência, um ato de violência provocado por uma emoção muito forte, não é justificável, mas é pontual. O problema é quando isso acontece de forma rotineira. 
E para quem se preocupa com o tempo que os filhos passam em frente à TV, a psicóloga lembra uma pesquisa que comprovou que a exposição à violência doméstica está muito mais associada à formação de indivíduos violentos do que à audiência de desenhos de luta. Na verdade, cada criança tem um jeito de enfrentar a violência, mas as chances dela ser absorvida pelo comportamento são grandes. 
O maior risco desta situação é que as crianças se sentem penalizadas com razão. Ou seja, elas nem sabem por quê estão apanhando, mas acreditam que os pais estejam certos e que elas devem merecer mesmo aquele castigo. O resultado disso? “Baixa auto-estima e sentimento de inferioridade que podem acompanhar o indivíduo pelo resto da vida”, alerta Aracelly. 
CONCLUSÃO
 Com uma análise melhor do assunto chegamos ao ponto que muitos crimes poderiam não acontecer com uma base familiar melhor estruturada, um controle maior dos pais sobre seus filhos... Isso não quer dizer que todo assassino mata, porque não teve pais carinhosos. Mas sim que coisas que podem passar despercebidas como esses filmes/jogos podem mudar muitas vezes , para pior, nossa sociedade. Nossas crianças são o futuro do nosso pais, e como podem ser facilmente influenciadas é preciso tomar mais cuidado com elas, não só com elas mas com o jovens também. 
 Como solução para isso é interessante utilizar as ferramentas de computador para bloquiar o conteúdo violento. Talvez não proibir os jogos, mas trocá-los por jogos mais didáticos, em cada idade fazer um tipo de negociação, como a troca por games mais “leves”. 
O Conversar, é muito importante e também diálogo e atenção as crianças, pois são influenciáveis, e podem seguir os exemplos errados. É importante tentar entendê-los, pensar sobre o que acontece quando seu filho age com o comportamento em questão. Tentar se envolver, mostrar formas divertidas de controle. 
Muitas crianças demonstram comportamentos agressivos desde bem pequenas, com puxões , mordidas e tapas. É necessário mostrar uma atitude de não se render aos choros, mas com castigos do tipo : deixar sem TV , ou algo assim, e em hipótese nenhuma bater, pois os filhos se espelham em seus pais, se eles batem passam uma idéia errada para seus filhos de que bater é o correto. E isso pode transformar crianças inocentes em jovens deliquentes e agressivos...
BIBLIOGRAFIA
http://www.achanoticias.com.br/noticia.kmf?noticia=7124780 , acessado em 28 de junho de 2011.
www.youtube.com , tags : Comportamento agressivo, jogos agressivos... acessado em 28 de junho de 2011.
http://www.youtube.com/watch?v=rUM6K2_Oet4 , acessado em 24 de junho de 2011. (Filme utilizado como base para a criação do trabalho).
www.centrodeestudos.org, acessado em 24 de junho de 2011.
www.diariodeumprojetor.com , blog pessoal de Moisés Esagüi.
(Moisés Esagüi é psicanalista e desenvolve pesquisas sobreprojeção astral, clarividência, bioenergias e comportamento humano. Nesse vídeo, que é um trecho do "Curso de Assertividade nos Relacionamentos", Moisés fala um pouco sobre passividade, agressividade e assertividade, mostrando como podemos ser felizes ou infelizes de acordo com a forma que escolhemos para nos relacionar com o outro e com a vida.)
http://www.youtube.com/watch?v=UtKfMG64Bdk&feature=related , acessado em 24 de junho de 2011. (Filme utilizado como base para a criação do trabalho, vídeo sobre a “Influência dos games e dos filmes”).

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