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Curso de Técnicas Posturais MÓDULO III Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados a seus respectivos autores descritos na Bibliografia Consultada. 79 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores MÓDULO III 5 – R.P.G. (REEDUCAÇÃO POSTURAL GLOBAL) 5.1 – CONCEITO 5.2 – HISTÓRIA 5.3 – METODOLOGIA 5.4 – EXEMPLOS DE EXERCÍCIOS 6 – OSTEOPATIA 6.1 – CONCEITO 6.2 – HISTÓRIA 6.3 – METODOLOGIA 6.4 – EXEMPLOS DE EXERCÍCIOS 80 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 5 – R.P.G. (REEDUCAÇÃO POSTURAL GLOBAL) 5.1 – CONCEITO O conceito de R.P.G. descreve seu próprio nome; trata-se da reeducação da postura que trata patologias mais complexas que se apresentam na fisioterapia. É um tratamento que considera os sistemas musculares, sensitivos e esqueléticos como um todo e procurar tratar, de forma individualizada, os músculos que se diferenciam em sua estrutura. Também trata das desarmonias do corpo levando muito em conta as necessidades individuais de cada paciente, pois acredita que cada organismo reage diferentemente a cada patologia. Portanto, trata-se de um trabalho exclusivamente individual, não podendo ser realizado com mais de uma pessoa (característica da maioria das técnicas posturais). Esse método é baseado no stretching, ou seja, no alongamento das cadeias musculares que se encontram encurtadas por alguma patologia já existente e que gerou esse encurtamento ou o próprio encurtamento por vícios posturais acaba gerando uma patologia. 5.2 – HISTÓRIA O R.P.G. foi criado na década de 80 pelo fisioterapeuta francês Philippe Souchard, que após 15 anos de pesquisa na área de ginástica postural, chegou ao seu próprio método de terapia física. Mais tarde, criou o método de S.G.A. (Stretching Global Ativo), para complementar as bases do R.P.G. Criou a universidade de Terapia Manual, sendo hoje Diretor-Presidente, que é escola francesa de R.P.G. (marca patenteada), que é o centro de formação contínua reconhecido pelo Ministério da Formação Profissional e detentora do selo de qualidade da Federação Francesa de Fisioterapia. Fundou o Instituto Philippe Souchard de R.P.G., em São Paulo, que ministra os cursos para a formação de errepegistas no Brasil. Atualmente, vivendo em Saint-Mont, Sul da França, mantém um centro de formação em R.P.G. e de outras terapias chamado Université internacional Permanente 81 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores de Thérapie Manuelle – UPITM. Philippe Souchard já formou mais de 6.000 terapeutas em R.P.G. na França, Portugal, Espanha, Itália, Bélgica, Brasil e Argentina. 5.3 – METODOLOGIA É uma técnica mais estática do que dinâmica, trabalhando-se em uma maca especial para o posicionamento do paciente nas diversas posturas do alongamento das cadeias musculares. É conhecida como estática, pois o alongamento é dado com o paciente em posturas na qual o paciente não precisa ficar deslocando e há um grande trabalho também por parte do terapeuta. Também porque trata os músculos denominados da estática, também chamados de antigravitacionais, sendo o tríceps sural, reto femural, isquiotibiais, pelvicotrocanterianos e espinhais. Esses músculos são os responsáveis pela manutenção do se humano em pé, pois estão em constante contração isométrica para que nós permaneçamos em pé. Sua fraqueza torna a postura ereta mais difícil, causando as deformidades. São igualmente tônicos os músculos cujo papel é o de suspender a cintura escapular e o tórax, os escalenos, trapézio superior, intercostais e o sistema musculofibroso, que suspende o centro frênico e uma grande parte da massa visceral. Veremos agora as principais diferenças dos músculos da estática e da dinâmica (estes últimos mais utilizados nas técnicas posturais mais dinâmicas, ou seja, em que o paciente faça mais arco de movimento e mais stretching muscular). MÚSCULOS DA ESTÁTICA MÚSCULOS DA DINÂMICA Muito fibrosos Pouco fibrosos Muito tônicos Pouco tônicos Muito vermelhos Menos vermelhos Mais rosados - fibras musculares curtas - fibras musculares longas - motoneurônios alfa-tônicos - motoneurônios alfa-fásicos de descarga lenta de descarga rápida - muito resistentes - pouco resistentes - pouco fatigáveis - rapidamente fatigáveis 82 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores - mais aptos ao alongamento - mais aptos a movimentos Fonte: Fundamentos da Reeducação Postural Global de Philippe Souchard Durante a sessão, exigem-se a participação ativa do paciente, através de padrões respiratórios e posturas específicas, com o objetivo de se trabalhar as cadeias musculares posteriores (músculos estáticos) e anteriores (músculos dinâmicos). Souchard desenvolveu oito posturas que promovem o alongamento das cadeias musculares, diminuição da sobrecarga articular e correção postural. São elas: • Rã no chão, braços fechados; • Rã no chão, braços abertos; • Rã no ar, braços fechados; • Rã no ar, braços abertos; • Postura sentada; • Postura em pé, contra a parede; • Postura em pé, no centro; • Postura em pé, inclinada para frente. As posturas deitadas permitem insistir no bom alinhamento da nuca, tórax, coluna vertebral, ombros, cotovelos, mãos, pelve, quadril, joelhos e nos pés. Já as em pé permitem ser mais preciso sobre a coluna vertebral, quadril, joelhos, pés, ombros, regiões lombar e torácica e no esquema corporal. A postura sentada dá margem para a insistência em coluna vertebral, quadril. Joelhos e esquema corporal. Lembrando-se que todas essas posturas devem ser conciliadas com a respiração de autocrescimento, com abaixamento das costelas. 5.4 – EXEMPLOS DE EXERCÍCIOS: Postura rã no ar, braços abertos sobre a maca de R.P.G. Fonte: www.corpopilates.com.br. Postura de rã no chão, braços aberto. Fonte: Internet – Google – sites sobre R.P.G. 83 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Postura em pé, inclinada para frente. Fonte: www.corpopilates.com.br. Postura de rã deitada, braços abertos, variação no chão. Fonte: Internet – Google – sites sobre R.P.G. 84 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 85 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa.Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 6 - OSTEOPATIA 6.1 – CONCEITO O termo Osteopatia ou Terapia Manual, como também é conhecido, pode referi-se a diferentes métodos de tratamento na fisioterapia: mobilização e manipulação articular, massagem do tecido conectivo, massagem de fricção transversa, entre outras. Mobilização e manipulação articular são métodos conservativos de tratamento de dor, restrição de amplitude de movimento articular (ADM), e outras disfunções de movimento do sistema músculo-esquelético. Na realidade, é denominado Terapia Manual toda técnica que utiliza as mãos para manipulação articular. Neste contexto também entra a técnica Maitland, que será abordada no próximo tópico. Por conta disto, suas histórias e conteúdos se assemelham e misturam-se. A Osteopatia é uma concepção terapêutica e diagnóstica das disfunções de mobilidade articular e teciduais em geral. 6.2 – HISTÓRIA A utilização da terapia manual data-se no Egito Faraônico e na Grécia Antiga (Hipócrates descreve em seu trabalho de articulações algumas manipulações) e apesar de ter sido abandonada pela comunidade médica dos Séculos XVIII e XIX, sua prática renasceu principalmente nas últimas décadas e atualmente faz parte importante da medicina contemporânea. Esta aceitação médica ocorreu principalmente devido ao sucesso da utilização científica no mesmo tratamento de disfunções músculo-esquelético. Este sucesso pode ser observado na “United States Clinical Practice Guideline, Acute Low Back Problems in Adults,” um guia publicado por um painel de especialistas e pesquisadores do governo americano, recomendando o uso de terapia manual. A osteopatia foi desenvolvida pelo médico americano Andrew Taylor Still, no fim da década do século XIX, que quando jovem sofria de enxaquecas e náuseas e que melhoravam quando apoiava a sua nuca em uma corda estendida entre duas árvores. Tornou-se cirurgião, mas quando viu que sua medicina era inútil para curar as dores de alguns pacientes, voltou a estudar anatomia e fisiologia para tentar compreender melhor o 86 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores ser humano. Em 1864, quando uma epidemia de meningite cerebroespinhal matou vários de seus pacientes e três de seus filhos, continuou seus estudos e, dez anos depois, quando atendeu uma criança com disenteria hemorrágica, percebeu que seu abdômen estava frio enquanto seu tórax estava quente e, ao mobilizá-la, esta ficou curada. Então entendeu que as estruturas ósseas e articulares estão interligadas, inclusive com as vísceras. Estudou mais e se tornou um médico de prestígio, fundando as três escolas de osteopatia que agora se espalham pelo mundo. Osteopatia é uma área da fisioterapia que expandiu imensamente nos últimos 30 anos. A “International Federation of Orthopedic Manipulative Therapy (IFOMT)” fundada em 1978 foi à primeira subdivisão da “World Confederation for Physical Therapy (WCPT).” Com a formação da IFOMT, a prática da terapia manual ganhou uma enorme popularidade na profissão do fisioterapeuta. O conhecimento dos princípios de terapia manual é muito útil para todo fisioterapeuta lidando com disfunções músculo-esquelético. A Osteopatia tem princípios deixados por Andrew Still: • A estrutura determina a função: a estrutura (ossos, músculos, fáscias, glândulas, vísceras, pele, etc.), representa as várias partes do corpo, cada uma com sua função. A enfermidade não pode desenvolver se a estrutura estiver em harmonia; • A unidade do corpo: o corpo humano tem a faculdade de encontrar e reencontrar seu equilíbrio (físico, mental, etc.). É o que chamamos de homeostasia. Still situou esta unidade ao nível do sistema miofascioesquelético, que é capaz de armazenar os traumas que sofre; • A autocura: o corpo tem a propriedade de evitar e eliminar doenças, desde que os meios não estejam bloqueados por desarmonia; • A lei da artéria: para Still, a lei da artéria é primordial. O sangue é o meio de transporte de todos os elementos e é o que assegura a imunidade natural. O seu bloqueio irá gerar uma circulação deficiente, resultando num retorno venoso lento, provocando paralisações venosas, acúmulo de toxinas e debilitando o órgão permitindo o aparecimento de enfermidades. 6.3 – METODOLOGIA 87 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores A Osteopatia trás vários tipos manipulações, cada uma com sua característica. Para que se eleja a técnica adequada, deve-se: • Conhecer o tecido lesionado (músculo, ligamento...); • Quais os tecidos responsáveis pelos sintomas; • Qual o estado do tecido lesionado (ex: hérnia); • As técnicas só possuem uma ação específica sobre tecidos específicos, ou seja, uma determinada técnica só age para determinado tecido. As técnicas se dividem em duas: as Estruturais e as Rítmicas. As estruturais são realizadas no sentido da barreira motriz, contra a restrição da mobilidade e obedecem à lei da dor. Elas vão ao sentido da restrição da mobilidade, a fim de romper aderências e regularizar o tônus para restaurar a função e a mobilidade articular. As Rítmicas controlam o ritmo e a repetição, utilizando-se de movimentos de translações, trações e compressão, angulações e impulsos. Cada movimento ativo e passivo é acompanhado de numerosos reflexos de angulação e adaptação, incluindo fenômenos de facilitação e inibição no nível dos mecanorreceptores. As técnicas Estruturais se resumem as Técnicas com Thrust, que é realizada dentro dos limites fisiológicos articulares; são movimentos de alta velocidade e curta amplitude (fazendo um barulho característico, por isso o nome Thrust); causa separação das superfícies articulares no meio das amplitudes, sem provocar traumatismos. Já no caso das Técnicas Rítmicas, são em número maior, dividindo-se em: • Técnicas de Stretching: estira os ligamentos, fáscias, músculos e tendões, são movimentos de curta amplitude e a força deve ser aplicada de maneira lenta e gradual para relaxar o tecido. À medida que ocorre o relaxamento, aumenta-se o estiramento para aproveitar a nova amplitude ganha; • Técnicas de Bombeo: estas técnicas são próprias para a liberação de ligamentos e aponeuroses, bombeando-se com tração e pressão alternadamente com relaxamento até que se obtenha uma sensação de diminuição da dor e da tensão; • Técnicas de Articulação: dirige-se aos elementos peri articulares (cápsula, ligamentos, fáscias); baseadas em movimentos repetitivos e passivos associados a uma ou várias alavancas. Sentindo as informações dos tecidos, o terapeuta, aumenta ou diminui a intensidade de suas ações; 88 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores • Técnicas de Inibição: é utilizada para desativação de pontos trigger (gatilho), dirigindo-se aos espasmos musculares; consiste em exercer uma pressão perpendicular sobre o músculo ou ligamento buscando a inibição, relaxamento e provocando um aumento circulatório e uma diminuição da resposta eferente; • Técnicas de Energia Muscular: utiliza de contrações isométricas e barreira motriz e utiliza movimentos nos três planos no espaço. O paciente empurra em direção oposta com o terapeuta resiste ao movimento fazendo uma contraforça. Cada contração muscular é seguida de um período de descontração. Após três ou quatro contrações, se ganha uma nova barreira motriz.6.4 – EXEMPLOS DE EXERCÍCIOS Técnica de Manipulação Vertebral – Osteopatia. Fonte: Internet – Google. Técnica de Osteopatia – Thrust. Fonte: Internet – Google. 89 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Técnica de Thrust com rotação lateral (Osteopatia). Fonte: Internet - Google Técnica Osteopática de Tração para Manipulação da Pelve. Fonte: Internet – Google. 90 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Técnica de Thrust das Vértebras Torácicas. Fonte: Internet - Google. -------------FIM DO MÓDULO III------------- 91 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
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