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ENFOQUES À TEORIA DA CONTABILIDADE
Diversos enfoques tem sido adotados num esforço para resolver problemas complicados em contabilidade, como o suscitado pela ABC. Os parágrafos a seguir esquematizam alguns dos enfoques mais comuns: fiscal, legal, ético, econômico comportamental e estrutural.
ENFOQUE FISCAL
O enfoque preferido por muitos iniciantes em contabilidade consiste em perguntar o que a Secretaria da Receita Federal (IRS-Internal Revenue Service) tem a dizer a este respeito. Por exemplo, poder-se-ia indagar se a SRF permitiria que a ABC reconhecesse receitas naquela altura; alternativamente, se o proibiria?
O primeiro e mais óbvio dilema, com este enfoque, é de que se ignora com a IRS teria chegado a sua conclusão.Quando exploramos as origens da contabilidade fiscal, descobrimos rapidamente que os objetivos da contabilidade fiscal, são muitos distintos dos objetivos de divulgação de dados financeiros. A Recita Federal (IRS) não esta interessada em medir o lucro de uma empresa quanto em determinar a base para fins de tributação. Em conseqüência as conclusões da contabilidade fiscal são irrelevantes, para nossos fins.
Isto não quer dizer que as vária leis de imposto de renda não tenham exercido um impacto significativo sobre a pratica da contabilidade em muitas áreas. Foram importantes para colocar em pratica contábil média no nível das melhores empresas de sua época. Isto produziu um aperfeiçoamento das práticas gerais de contabilidade e ajudou a preservar a uniformidade. Além disso, a provisão para depreciação, incluída na Legislação Tributária de 1909 e leis subseqüentes, deu origem a método sistemáticos de depreciação, à busca de melhores conceitos de depreciação, a ao uso de métodos mais apropriados de cálculo de custos de depreciação.
Além disso, as exigências da Lei de 1918, que tornou obrigatória a avaliação de estoques, quando necessária, para a apuração do lucro, provocou ampla discussão a respeito dos métodos apropriados de avaliação. A aceitação, nas normas iniciais, do princípio de avaliação de estoques pelo custo ou pelo valor de mercado, o que seja menor, conduziu a uma generalização deste procedimento e a discussões de a respeito da propriedade de idéia.
Infelizmente, as normas de legislação fiscal tem exercido efeitos adversos sobre a teoria e os princípios contábeis em muitas área. A tendência no sentido de aceitar as normas de imposto de renda como principio e praticas contábeis aceitos e lamentável.
Em resumo, o efeito da tributação de resultados de empresas sobre a contabilidade, nos Estados Unidos e em outros países, tem sido considerável, mas tem sido principalmente de natureza indireta. A legislação fiscal propriamente dita não tem sido um pioneiro de pensamento contábil. Embora as leis fiscais tenham acelerado a adoção de boas práticas contábeis e, portanto, provocando uma análise mais crítica de procedimentos e conceitos contábeis aceitos, também tem representado um obstáculo à aceitação de boa teoria.
ENFOQUE LEGAL
Um segundo enfoque comum, para os iniciantes em contabilidade, a analise de situações como a do caso ABC, é recomendar que se obtenha uma opinião legal. Com certeza, dizem alguns, uma venda deve ser reconhecia quando a propriedade legal de um bem é transmitida. Infelizmente, isto não resolve o problema tão facilmente quando poderia se esperar, pois geralmente há transmissão de propriedade quando o tribunal que esta julgando um caso específico assim o decide.
O Fasb (Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira), ao estabelecer um Referencial Conceitual para a contabilidade, investigou o uso da lei como base dos princípios contábeis. Observou que em muitas situações, há questões econômicas, alem de legais. Portanto, embora a lei certamente proporcione numerosos exemplos que podem estimular o pensamento em questões de teoria da contabilidade, raramente ela é um fator decisivo.
ENFOQUE ÉTICO
Um terceiro enfoque pergunta se há uma solução ética para o dilema da ABC. Existe alguma coisa que a administração deveria estar fazendo? Será que não seria o caso de fazer mais do que simplesmente obedecer a um conjunto de princípios contábeis geralmente aceitos? Ao fazermos tais perguntas numa seção separada, não estamos querendo dizer que os outros enfoques não possuam conteúdo ético, e ta pouco que as teoria éticas ignorem necessariamente todos os outros conceitos. Questões éticas fundamentais fazem parte importante de toda a moderna construção de teorias.
O enfoque ético à teoria da contabilidade dá ênfase aos conceitos de justiça, verdade e eqüidade. É interessante notar que cada um desses conceitos acabou sendo incluído no Referencial Conceitual criado pelo Fasb. Considerações tais como ausência de viés e fidelidade de representação são vistas como confiável. A neutralidade, ou seja, a característica de que a informação não deve receber qualquer colorido de modo a influenciar comportamento em qualquer direção, é um aspecto essencial do estabelecimento de padrões. As considerações éticas, portanto, exercem uma influencia ampla em toda a contabilidade.
Nesse caso especifico poderia ser perguntado se a administração estava sendo justa com os acionistas, ao contabilizar as transações naquela altura. Ou poderá ser feita a pergunta oposta; teria sido justa a administração deixando de reconhecer a recita naquela altura? Também poderia ser perguntado se a administração da ABC estava dizendo a verdade, embora a verdade, em contabilidade, seja difícil de definir e aplicar.
Muitos associam o termo verdade a proposições ou enunciados que consideram ser princípios consolidados. Por exemplo, muitos consideram o reconhecimento de um ganho no ato da venda de uma ativo como divulgação de condições ”verdadeiras”. Essas mesmas pessoas acham que a divulgação da reavaliação positiva de um ativo como rendimento ordinário, antes de sua venda, carece de veracidade. Assim a regra estabelecida em relação ao reconhecimento de receita é usada como diretriz para determinar a verdade - e não o contrário. Isto faz com que a veracidade dos relatórios financeiros dependa da validade básica das regras e dos princípios aceitos nos quais os relatórios se apóiam. Esta é uma base inadequada para determinação do que é verdadeiro.
ENFOQUES ECONÔMICOS
Com a esperança de dirimir questões com as suscitas pela ABC, o contador tem procurando, há muito tempo, interpretar conceitos contábeis em termos de conceitos econômicos. Nos últimos anos, tem havido verdadeira explosão de pesquisa analisando a correspondência entre interpretações econômicas e dados contábeis. As próximas seções indicam três avenidas distintas para a adoção de um enfoque econômico em contabilidade: o macroeconômico, microeconômico e o social-empresarial.
Macroeconomia
 Um enfoque macroeconômico procura explicar o efeito de procedimento alternativos de divulgação de dados sobre indicadores e atividades econômicos num nível mais amplo do que o de uma empresa, como por exemplo de um setor de atividade ou a economia nacional. Que efeito haveria sobre a economia, se houvesse algum, se todas as empresas reconhecessem receitas no ponto em que a administração da ABC o proferia.Embora a maioria dos países implante políticas macroeconômica por meio de políticas monetárias e fiscais e controles diretos, alguns países particulares a Suécia, procuram basear os conceitos e as práticas contábeis em metas macroeconômicas . 
 Um dos efeitos de tal enfoque é o de que o objetivo de divulgação de lucros estáveis de um ano a outro legitima o uso de reservas e políticas flexíveis de depreciação. Não está claro como isto ajudaria a administração da ABC.
Macroeconomia
Um enfoque microeconômico à teoria da contabilidade procura explicar o efeito de procedimentos alternativos de divulgação sobre indicadores e atividades econômicas no nível da empresa. A moderna teoria da contabilidade, apoiada na micro economia, concentra-se assim na empresa como entidade econômica,encerando o efeito de suas principais atividades na economia por meio de sua operações em mercados.Este é o ponto de vista adotado pelo Fasb em Referencial Conceitual.
 Esse enfoque parte da premissa básica de que a informação financeira possui conseqüência econômicas inevitáveis. A forma exata assumida por essas conseqüência nem sempre é de fácil determinação, e está sujeita a alguma discussão. 
Qualquer interesse remanescente em relação à questão giraria em torno da preocupação da administração com lucro contábil maior.
Contabilidade Social – Empresarial
 A visão microeconômica da contabilidade na abrange, necessariamente todos os efeitos que as empresas exercem na sociedade. Os custos da poluição ambiental do desemprego, de condições insalubres de trabalho e outros problemas sociais não são normalmente divulgados por uma empresa, exceto à medida que são assumidos diretamente por ela por meio de tributação e regulamentação. A contabilidade social empresarial visa atacar essas questões. Umas das proposta do relatório é a publicação de um demonstrativo de valor adicionados que aloque receitas, depois de descontados o custo de matéria primas a empregados, credores e acionistas.Em conjuntos tais grupos são denominados grupos de interesse da empresa.
 O reconhecimento do papel mais amplo das empresas é encontrado na teoria empresarial do capital, além disso, o Fasb formalmente reconheceu em seu Referencial Conceitual que há muitas partes interessadas nas informações financeiras de uma empresa, além dos seus próprios correntes. Elas incluem credores, consumidores, sindicatos, professores e até estudantes.Muito trabalho porém ainda precisa se feito para desenvolver uma teoria completa da contabilidade social.No passado, o interesse foi relativamente pequeno, talvez porque os trabalhadores sindicaliza dores, embora representem um grupo importante de interesse nas empresas, não tenham desempenhado papel significativo na formulação da política de contabilidade nos Estados Unidos.
 Essa situação poderia mudar, caso os Estados Unidos se aproximassem mais da experiência. Além disso medidas que os teóricos lidarem melhor com a natureza da informação financeira como bem público, será mais provável o desenvolvimento de técnicas para lidar com outros bens públicos que formam a base das preocupações da contabilidade social.Os defensores do enfoque social reagem com a afirmação de que a existência de bens públicos invalidas tal resultados exigindo a adoção de um enfoque mais amplo .A esta altura, nossa preocupação não é tomar partido, mas fazer com que o leitor se cientifique de que o teórico da contabilidade se defronta com questões éticas a todo instante.
ENFOQUE COMPORTAMENTAL 
 Uma alternativa ao enfoque econômico consiste em confiar nas visões da psicologia e da sociologia no desenvolvimento das teorias da contabilidade. Nesse enfoque, a preocupação reside na relevância da informação transmitidas a responsáveis pelas tomadas de decisões e no comportamento de indivíduos ou grupos diversos em conseqüência da apresentação de informações contábeis. Os usuários mais importantes de relatórios contábeis apresentados a grupos externos à empresas geralmente incluem acionistas, outros investidores, credores e autoridades governamentais, entretanto as teorias comportamentais também podem levar em conta os efeitos de relatórios externos sobre as decisões da administração e o efeitos, sob a forma feedback, das ações de contadores e auditores. Desse modo as teorias comportamentais procuram medir a avaliar os efeitos econômicos, psicológicos e sociológicos de procedimentos contábeis e mecanismos de divulgação alternativos. 
O enfoque comportamental à teoria da contabilidade tem estimulado uma busca tanto entre contadores acadêmicos quanto profissionais, de objetivos fundamentais para a contabilidade e de respostas a perguntas tais como: Quem são os usuários das demonstrações financeiras publicas? Qual é a natureza da informação especifica desejada pelos vários grupos usuários? Podem ser encontradas necessidades comuns de apresentação de demonstrações genéricos, ou devem ser atendidas necessidades específicas? Como reagem os investidores e administradores a procedimentos e relatórios contábeis diferentes?
ENFOQUE ESTRUTURAL
O enfoque clássico a contabilidade, visando a solução de problemas tais como os suscitados pela ABC, poderia ser denominado estrutural, porque se concentra na estrutura do próprio sistema contábil. A maior parte do raciocínio neste enfoque, particularmente no nível local, da se por analogia. Procura lidar com os problemas por semelhanças. Em outras palavras, os contadores procuram classificar transações semelhantes de maneira similar, ou mais formalmente, buscam a uniformidade no registro e na divulgação de transações. É apenas quando encontram uma transação que não se encaixa num molde prévio que são obrigados a recorrer a princípios mais fundamentais. Todo este processo como um todo, faz nos lembrar da primeira semana em relação a um curso de contabilidade.Muitos leitores que pode se lembrar de uma procura ansiosa daqueles primeiros dias do estudo de contabilidade, dos lançamentos a serem feitos diariamente em relação aos nomes que foral dados. Como deveria ser classificada uma compra de lapiz? Deveria se tratada da mesma fôrma que a compra de componentes? O que deveria ser considerado material de consumo e o que deveria ir para o estoque?
Fica claro neste enfoque, com base no caso da ABC que tantos os auditores como os administradores adotaram um enfoque estrutural. A uniformidade foi a primeira linha de argumentação para as empresas e seus críticos. Havia utilizado a entrega como o momento no qual reconheciam todas as vendas em todos os seus negócios prévios tinham que planejar continuamente acreditando que as novas vendas eram análogas em relação as anteriores. O argumento dos auditores fica bem claro e bem parecido ter sido que as transações eram suficientemente diferentes para que não fosse possível fazer um paralelo. Vale ressaltar ainda que no caso do princípio da uniformidade não estava sendo questionado mas apenas a aplicação especifica. 
Este processo de classificação similar de dados semelhantes e sua sintetizarão em agrupamentos específicos (contas), e posteriores sintetizacao dos agrupamentos em relatórios e demonstrativos que pode ser chamado de compactação, tantos aos contadores quanto os estatísticos agregam números aos totais ou medias. Ambas necessitam de se preocupar-se com uma classificação correta dos objetos, porque no caso de tirar a temperatura ao longo de um ano não faz sentido calcular a media se o interresse é calcular a temperatura media do verão. De maneira semelhante, os contadores devem classificar eventos econômicos corretamente para chegar a demonstrações financeiras que façam sentido. 
Em 1941, o Comitê de Terminologia do Instituto Americano de Contadores (AIA), predecessor do Instituto Americano de Contadores Públicos Registrados (AICPA), captou o processo de compactação numa definição frequentemente citada:”A contabilidade é a arte de registro, classificação e sintetização, de maneira significativa e em termos monetários, de transações e eventos que são em parte, de natureza financeira, e de interpretação se seus resultados.”
Hoje estão em moda definições mais amplas da contabilidade, mas o processo de “registro, classificação e sintetização” ainda representa o núcleo da contabilidade.

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