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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS 
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS – IFCH 
DEPARTAMENTO DE ARQUEOLOGIA 
 
 
Douglas Souza da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
Raízes das Relações de Assimilação Romana 
 
 
 
 
Sumário 
Introdução 3 
Rapto das Sabinas 4 
A Guerra Contra Roma 5 
Raízes das Relações de Assimilação Romana........................................6 
BIBLIOGRAFIA............................................................................................................7 
 
 
 
 
 
 Introdução 
 
O Império Romano, como todos os impérios, começou pequeno e com 
problemas básicos, por exemplo, a falta de mulheres para que sua população 
pudesse crescer consideravelmente e, se as alianças fazem um império forte, 
Roma em seus primórdios obteve alianças a força. 
Um evento emblemático na história da fundação de Roma é o do Rapto das 
Sabinas. Os Sabinos eram um povo que ocupavam a região central da península 
itálica. Os sabinos ocupavam as colinas próximas a Roma, no Lácio, a oeste dos 
Apeninos ocupando toda a ribeira leste do rio Nera e de ambos os lados do 
Velino, até chegar ao Tibre e o Aniene (Ânio) no sul, abrangendo as atuais 
regiões do Lácio, Úmbria e Abruzos. Atualmente a área 
chamada Sabina constitui uma sub-região do Lácio, a leste de Roma, perto de 
Reate. 
Os Sabinos tinham como grandes traços culturais o de assentamentos 
temporários, já que os grupos étnicos da península itálica tendiam a viver em 
assentamentos temporários e não em cidades ou povoados. Os Sabinos tinham 
um centro de poder de liderança, já que seu povo poderia ser divido entre 
sabinos interno e tiberinos. Do ponto de vista histórico arqueológico, a nação 
sabina dividia-se em duas. Depois que o povo sabino saiu da localidade de 
Amiterno junto ao Grande Sasso, dispôs-se a colonizar primeiro a bacia reatina 
e dali, a região que vai para o Tibre. Assim, distingue-se uma Sabina interna. 
A sabina tiberina, porém, com os centros de Cures, Ereto, Trébula e 
Mutuesca , desenvolve uma civilização urbana. Nela os arqueólogos 
descobriram sepulcros com câmara mortuária e estrutura social articulada. A 
área tinha duas grandes vias de comunicação: a Via Salária e o Tibre, ambos 
facilitaram o desenvolvimento das relações com outros povos da região (umbros, 
etruscos e romanos). 
Outros traços culturais comuns entre esse povo que estava dividido são os 
de identidade e interação por exemplo um sistema alfabético com o qual 
expressavam a própria língua. Além da crença religiosa e a língua. 
Após traçar a identidade e o contexto local desse povo, podemos ver a 
influência e necessidade de aliança de outros povos em torno desses acessos 
comerciais que os povos sabinos dominam. 
 
 Rapto das Sabinas 
 
O rapto das sabinas foi o evento conhecido na formação de Roma, sendo 
considerado um mito de sua fundação. Nela, narrada por Tito Livio e Plutarco, 
diz que os Romanos teriam conseguido por meio de um roubo, as mulheres da 
tribo Sabina, que anteriormente teriam de forma “pacifica” tentado negociações 
para casar seus homens com essas mulheres. As negociações romanas falham 
não apenas com essa tribo mas com outras que viviam em torno da cidade da 
recém formada Roma. Os sabinos temiam o crescimento desse possível rival, e 
esse medo os fizeram rejeitar a maioria das negociações com Roma. 
O líder e fundador da cidade, Rômulo, então teve a ideia de raptar as 
mulheres sabinas em um festival em homenagem ao Deus Netuno. Os Sabinos 
foram convidados para este ritual festivo com a palavra que os romanos 
respeitariam as cortesias como anfitriões. Outras tribos também convidadas, 
talvez para parecer mais convincente aos Sabinos, foram os Ceninenses, os 
Crustumerinos e os Atemnos. Durante o festival, Rômunlo deu um sinal para 
seus homens raptarem as mulheres, demasiadamente as sabinas. Tito Livio, em 
seus relatos, deixa claro que Rômulo e seus romanos deixaram que a decisão 
de ficar fossem das mulheres sabinas após dizerem a elas os benefícios e 
vantagens que teriam casando com um cidadão romano. Um desses benefícios 
seria o de terras e direitos civis romanos. Além disso, ainda segundo Livio, diz 
que teria o próprio Rômulo ido até as mulheres e lhes explicado que tudo era 
culpa de seus pais, pois não teria deixado elas casarem com seus vizinhos, 
fazendo assim as alianças. 
A maioria das mulheres mantiveram-se ao lado de Roma e de seus 
maridos, e para evitar mais conflitos entre seus familiares e maridos, ofereceram 
elas a própria vida, alegando serem elas a principal causa da guerra. 
 
 
 
A Guerra Contra Roma 
 
Os Ceninenses foram os primeiros a desferir um ataque à Roma, sendo 
eles rechaçados pelos exércitos romanos e seu Rei sendo morto e suas tropas 
derrotadas. Em seguida Rômulo atacou a cidade de Cenina e a conquistou já 
na primeira tentativa. 
Os Atemnos fizeram uma breve incursão sobre terras romanas, mas os 
romanos rapidamente atacaram e tomaram sua cidade. Os Crustumerinos 
tiveram uma serie de histilidades contra os romanos, mas os romanos se 
anteciparam e conquistaram sua cidade rapidamente, evitando assim um 
desgaste de recursos em uma guerra longa e evitando uma eventual junção das 
tribos em prol de um ataque maciço a Roma. 
Os romanos em seguida fizeram diversas colônias nessas cidades 
conquistadas, obtendo por meio da guerra o motivo da qual a começaram. 
O exercito Sabino entrou na batalha contra Roma sendo comandados por 
seu Rei Tito Tácio que, com o auxílio de uma romana, conseguiu adentrar e 
tomar a cidadela, no entanto esta romana chama de Tarpeia, foi morta esmagada 
pelos escudos Sabinos após os mesmos passarem. Com a vantagem da tomada 
da cidadela, os romanos receberam grandes prejuízos na batalha, sendo 
forçados a recuarem após a morte de seu comandante, Hostílio. Recuando até 
as portas do Palátium, Rômulo levantou a moral do exército com a promessa de 
levantar um templo de Júpiter no local, inspirados os soldados romanos 
conseguiram derrubar um dos generais dos sabinos de seu cavalo, Meto Cúrcio, 
e esse general fugiu. os romanos conquistaram a vantagem, até que a um certo 
ponto as mulheres sabinas intervieram na batalha, tentando reconciliar os dois 
lados: 
 
“Entraram corajosamente no meio dos objetos que eram arremessados, 
com cabelos despenteados e roupas rasgadas. Correndo por entre o espaço 
entre os dois exércitos, tentavam fazer com que os combates cessassem e 
acalmar as paixões exaltadas apelando aos seus pais, num dos exércitos, e a 
seus maridos, no outro, para que não amaldiçoassem a si mesmos ao manchar 
suas mãos com o sangue de um sogro ou de um genro, nem desse a seus 
descendentes a mancha do parricídio. "Se", gritaram, "vocês estão cansados 
destes laços de parentesco, destes laços matrimoniais, voltem então sua ira para 
nós; somos nós o motivo desta guerra, fomos nós quem ferimos e matamos 
nossos maridos e nossos pais. Melhor perecer do que viver sem um ou outro de 
vocês, seja como viúvas ou órfãs.” – Tito Livio 
 
Após a reconciliação que se seguiu, os sabinos concordaram em formar 
uma nação única com os romanos, e o rei sabino, Tito Tácio, passou a governar 
Roma juntamente com Rômulo até a sua morte, cinco anos mais tarde. 
 
Raízes das Relações de Assimilação Romana 
 
As futuras relações diplomáticas de Roma podem ter sido beneficiadas com 
esse incidente, fazendo com que o medo de dominação à força com as outras 
tribos, façam elas serem mais amigáveis e propensas a diálogos com os termos 
romanos. A futura expansão romana, com a moral elevadapelo seu líder Rômulo 
e sua triunfal conquista em batalhas contra três tribos, acarretará em uma rápida 
expansão diplomática e um reconhecimento local. A junção de diversas tribos 
locais, principalmente a sabina, podem ter sido um grande fator na consolidação 
de Roma, tendo ela entrado em contatos com os traços culturais mais 
importantes dos Sabinos pelo seu Rei Tito Tácio, que governou junto à Rômulo. 
Uma característica romana de assimilação cultural pode ter sido adquirida 
nesse incidente, tendo os romanos um interesse maior e posteriormente sendo 
a assimilação uma característica dos romanos. A assimilação das zonas e 
relações comercias dos Sabinos também foram agregados pelos Romanos, que 
ganharam acessos a diversos rios e rotas importantes para o contato e comércio 
com outros povos. 
 
 
 
 
Bibliografia: 
https://martaiansen.blogspot.com/2016/05/rapto-das-sabinas.html 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sabinos 
https://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%B4mulo 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rapto_das_Sabinas 
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/rapto-das-sabinas-na-
origem-roma.htm 
http://www.templodeapolo.net/mit_mitos_ver.asp?ID=1865&value=O%20r
apto%20das%20Sabinas&sec=Mitologia&sub=Mitologia%20Romana&pro=&len
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Zahar%20de%20Mitologia&rev=&usu=odsson%20ferreira

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