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Química Ambiental Prof. Alexandre de A. Marcelino Propiciar uma visão geral da Química Ambiental para que, como gestores ambientais possam integrar e articular uma relação entre a Química Ambiental e os problemas decorrentes das atividades poluidoras e, em decorrência possam avaliar riscos e impactos, bem como as medidas necessárias para prevenção, controle, monitoramento, mitigação, minimização e remediação. Objetivo Em que consiste a disciplina? • Compreensão dos fundamentos da química dos elementos constituintes do meio ambiente: rochas, solos, água, ar e organismos vivos. • Compreensão do comportamento químico dos componentes do meio ambiente, levando em consideração as interações e os processos a eles associados. • Formar um profissional capacitado a relacionar à química e os problemas ambientais, sendo capaz de atuar em prevenção, controle, monitoramento, mitigação, minimização e remediação da poluição. • Estimular uma visão crítica e integradora a respeito das condições do meio ambiente e as estratégias a serem adotadas, para a garantia de que, em decorrência da atividade antrópicas, os menores riscos e impactos ambientais negativos possíveis ocorram Conteúdo da disciplina • Unidade 1: Matéria e energia – Constituição atômica, estrutura eletrônica e periodização. – Ligações químicas. – Ácidos e bases. – Energia, entropia, e radiações eletromagnéticas Conteúdo da disciplina • Unidade 2: Atmosfera. – Química da Estratosfera e troposfera; Efeito estufa. – Química da camada de ozônio, poluição do ar. Conteúdo da disciplina • Unidade 3: Hidrosfera. – Recursos hídricos. Química das águas naturais. A química da oxidação-redução em águas naturais. – Química dos compostos de enxofre e nitrogênio. Concentrações iônicas em águas naturais e em água potável. O sistema carbonato. – Poluição hídrica e processos químicos de descontaminação de águas poluídas. Conteúdo da disciplina • Unidade 4: Solos. – Formação e química dos solos. Constituintes inorgânicos e orgânicos. – Poluição do solo por acidez, metais e compostos orgânicos. – Processos de descontaminação em solos poluídos. Prevenção de poluição. Avaliação • O processo de avaliação será composto de três etapas: Avaliação 1 (AV1), Avaliação 2 (AV2) e Avaliação 3 (AV3). • A AV1 contemplará o conteúdo da disciplina até a sua realização, incluindo o conteúdo das atividades estruturadas. • As AV2 e AV3 abrangerão todo o conteúdo da disciplina, incluindo o conteúdo das atividades estruturadas. Para aprovação na disciplina o aluno deverá: • 1. Atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a partir da média aritmética entre os graus das avaliações, sendo consideradas apenas as duas maiores notas obtidas dentre as três etapas de avaliação (AV1, AV2 e AV3). A média aritmética obtida será o grau final do aluno na disciplina. • 2. Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações. • 3. Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas Bibliografia • Bibliografia Básica: • Baird, Colin. Química Ambiental, 2 ed. Porto Alegre, Bookman, 2008. • Spiro, T. G., Stigliani, W, M., Química Ambiental, 2 ed. São Paulo, Pearson, 2009. • Brown, T. L., LeMay, H. E., Bursten. B. E., Burdge, J. R.. Química uma ciência central. 9 ed. São Paulo, Pearson, 2005. • Bibliografia complementar: • Atkins, P. Jones, L. Princípios de Quimica - Questionando a vida moderna e o meio ambiente. Editora Bookman, 3ª Ed. Porto Alegre, 2005. • Rocha, J. C., Rosa, A. H., Cardoso, A. A. Introdução a química ambiental, Editora Bookman, Porto Alegre, 2004. • Manom E. B., Pacheco, E. B. A. V., Bonelli, C. M. C., Meio ambiente poluição e reciclagem, Editora Edgard Blucher, 1ª Ed. São Paulo, 2005. • Kotz, J. C., Treichel, P. Química e Reações Químicas. Editora LTC, 4ª Ed. Rio de Janeiro, 2002. • Bruice, P. Y., Química orgânica. Editora Pearson, 4ª ed. Vol. 1, São Paulo, 2006. • Desde cedo as pessoas sempre se perguntaram de que as coisas são feitas – Existe um número infinito de substância na natureza? – Ou apenas algumas substâncias que compõem as coisas ao nosso redor? – Se subdividirmos uma porção de carvão em muitos pedaços pequenos, até que ponto podemos executar este processo sem que as propriedades que identificam a substancia sejam perdidas? – Quais são os “blocos” que constituem a matéria? Introdução ao modelo atômico • Na antiguidade acreditava-se que dividindo a matéria em pedaços cada vez menores, chegar-se-ia a um ponto onde particulas, cada vez menores, seriam invisíveis ao olho humano e, segundo alguns pensadores, indivisíveis. Graças a essa propriedade, receberam o nome de átomos, termo que significa indivisíveis, em grego. Foi quando surgiu entre os filósofos gregos o termo atomismo. • Heráclito postulava que não-ente (vácuo) e matéria (ente) desde a eternidade interagem entre si dando origem ao movimento. E que os átomos apresentam as propriedades de: forma; movimento; tamanho e impenetrabilidade e, por meio de choques entre si, dão origem a objetos. • Segundo Demócrito (cerca de 420 a.C) a matéria era descontínua, portanto, ao invés dos corpos macroscópicos, os corpos microscópicos, ou átomos não interpenetram-se nem dividem-se, sendo suas mudanças observadas em certos fenômenos físicos e químicos como associações de átomos e suas dissociações e que qualquer matéria é resultado da combinação de átomos dos quatro elementos: ar; fogo; água e terra. Aristóteles (cerca de 340 a.C), ao contrário de Demócrito, postulou a continuidade da matéria, ou, não constituída por partículas indivisíveis. • Em 60 a.C., Lucrécio compôs o poema De Rerum Natura, que discorria sobre o atomismo de Demócrito. • Os filósofos porém, adotaram o modelo atômico de Aristóteles, da matéria contínua, que foi seguido pelos pensadores e cientistas até o século XVI d.C Modelo atômico de Dalton John Dalton (1766-1844), no séc. XIX (a partir de 1803), retomou os átomos como constituintes básicos da matéria. Para ele os átomos seriam partículas pequenas, indivisíveis e indestrutíveis. Cada elemento químico seria constituído por um tipo de átomos iguais entre si. Quando combinados, os átomos dos vários elementos formariam compostos novos. Assim, na sequência dos seus trabalhos, concluiu que: – Os átomos são indivisíveis e indestrutíveis; – Existe um número pequeno de elementos químicos diferentes na natureza; – Reunindo átomos iguais ou diferentes nas variadas proporções, podemos formar todas as matérias do universo conhecidas(Como os Diamantes); • Para Dalton, o átomo era um sistema contínuo. Apesar de um modelo simples, Dalton deu um grande passo na elaboração de um modelo atômico, pois foi o que instigou na busca por algumas respostas e proposição de futuros modelos. • Para Dalton cada elemento era constituído de um tipo de átomo. Modelo atômico de Thomson Joseph John Thomson (1856-1940): No final do século XIX, para alguns cientistas, era filosoficamente difícil de acreditar que o universo tinha em seu nível mais fundamental tantas “partículas” elementares quantos elementos diferentes, principalmente com as descobertas do elétron e da radioatividade. Determinou que: - Os átomos não eram indivisíveis - Os elétrons eram carregados negativamente - Os átomos eram neutros e estabilizados por partículas positivas. **Para Thomson a estrutura interna do átomo erapositiva e nesta estrutura os elétrons distribuíam-se de maneira uniforma **Contribuição da descoberta da radioatividade Filme: descoberta do elétron Radiação • O que é radiação? Propagação de energia de um ponto à outros Marie Curie Pierre Curie Henri Becquerel Observaram que elementos mais “pesados” encontrados na natureza como Uranio e Rádio emitem radiação espontaneamente Primeiramente foi observado três tipos de radiação: Alfa, Beta e Gama. Características: • Alfa: carga “+” (pequeno poder de penetração) • Beta: carga “–” e massa pequena (alto poder de penetração) • Gama: não sofria influencia do campo Eletromagnético • Após a emissão da radiação o elemento original transformava-se em outro completamente diferente • A radiação não era afetada por nenhum processo físico químico (temperatura ou reações químicas) = a radioatividade é um processo nuclear Modelo atômico de Rutherford Ernest Rutherford (1871-1937) determinou que: – A maior parte das partículas Alfa atravessam a lâmina de ouro sem sofrer desvio • Conclusão: o átomo era vazio e não maciço como afirmara Thomson – Algumas partículas eram desviadas • Conclusão: havia “partes” positivas que desviavam estas partículas – Um número bem pequeno de partículas batiam e retornavam • Conclusão: As partes positivas (região central) eram bem pequenas – Previu a existência do nêutron no núcleo Mas...havia uma falha: o elétron deveria perder energia cinética e potencial, caindo progressivamente sobre o núcleo, fato que não ocorre na prática. Filme: Experimento de Rutherford Modelo atômico clássico Modelo atômico de Bohr Niels Bohr (1885-1962): Aperfeiçoou o modelo de Rutherford O átomo contém níveis de energia em sua eletrosfera As órbitas (estado estacionário) na eletrosfera são chamadas de camadas ou níveis de energia
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